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21/09 - Marco temporal sobre terras indígenas: entenda o que dizia a tese derrubada pelo STF
Julgamento começou em 2021, após recurso da Funai, e foi retomado em 21 de setembro de 2023. Dispositivo previa que indígenas poderiam reivindicar somente terras ocupadas por eles antes da Constituição de 1988, desconsiderando grupos já expulsos. Indígenas comemoram derrubada do marco temporal em Brasília O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta quarta-feira (20), por 9 votos a 2, a aplicação da tese do marco temporal na demarcação de terras indígenas. A discussão colocou em lados opostos ruralistas e povos originários, que saíram vitoriosos na disputa. O dispositivo previa que só poderiam ser demarcadas terras que já estavam ocupadas por indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Esse entendimento deriva de uma interpretação literal do artigo 231 da Constituição, que diz: "São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens". A análise no STF começou em 26 de agosto de 2021, a partir de um recurso apresentado Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) contra o marco temporal. Nesta quarta, a pauta voltou ao plenário da Corte. O voto do ministro Luiz Fux consolidou a corrente segundo a qual o dispositivo fere a Constituição. A demarcação de terras indígenas é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, que estabelece aos indígenas o chamado "direito originário" sobre as suas terras ancestrais. Isso quer dizer que eles são considerados, por lei, os primeiros e naturais donos do território, sendo obrigação da União demarcar todas as terras inicialmente ocupadas por esses povos. 👉 Esta reportagem abordará os seguintes assuntos: Quem defendia e quem era contra o marco temporal O impacto que teria para indígenas Por que o caso foi parar no STF Como votaram os ministros Marco temporal no Congresso STF retoma julgamento sobre marco temporal das terras indígenas Carlos Moura/SCO/STF 1. Quem era contra e quem defendia a tese ❌ Indígenas eram contra o marco temporal. Eles afirmavam que a posse histórica de uma terra não necessariamente está vinculada ao fato de um povo originário ter ocupado determinada região antes de 5 de outubro de 1988. Segundo esse argumento, muitas comunidades são nômades, e outras tantas foram retiradas de suas terras pela ditadura militar. ❌ Para a organização não governamental (ONU) Instituto Socioambiental (ISA), a tese do marco temporal vinha sendo utilizada pelo governo Bolsonaro para travar demarcações e foi incluída em propostas legislativas anti-indígenas. Defensores da causa dos povos originários temiam que demarcações de terras já feitas fossem revogadas caso o STF validasse o dispositivo. ✔️Já proprietários rurais argumentavam que havia necessidade de se garantir segurança jurídica com relação ao tema e apontavam o risco de desapropriações caso a tese fosse derrubada. ✔️Assim como os ruralistas, o ex-presidente Jair Bolsonaro era favorável à tese do marco temporal. 2. O impacto que poderia ter para indígenas Análise: Os impactos socioambientais do Marco Temporal Se a tese do marco temporal fosse aceita pelo STF, indígenas poderiam ser expulsos de terras ocupadas por eles, caso não comprovassem que estavam lá na data da promulgação da Constituição de 1988 e sem que fossem considerados os povos que já foram expulsos ou forçados a sair de seus locais de origem. Processos de demarcação de terras indígenas históricos, que se arrastavam por anos, poderiam ser suspensos. O marco temporal também facilitaria que áreas que não deveriam ter titularidade, por pertencerem aos indígenas, protegendo física e culturalmente povos originários, pudessem ser privatizadas e comercializadas. A hipótese da comercialização respondia ao interesse do setor ruralista. 3. Por que o caso foi parar no STF Veja, abaixo, a cronologia do julgamento: Em 2013, o TRF-4 aceitou a tese do marco temporal ao conceder ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina a reintegração de posse de uma área que é parte da Reserva Biológica do Sassafrás, onde fica a Terra Indígena Ibirama LaKlãnõ. Na região, vivem os povos xokleng, guarani e kaingang. A decisão do TRF-4 mantinha entendimento de 2009, de outra decisão da Justiça Federal em Santa Catarina. Em 26 de agosto de 2021, o STF iniciou o julgamento de um recurso da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) que questionou a decisão do TRF-4. E o que fosse decidido pelos ministros da Corte criaria um entendimento que poderia ser aplicado em situações semelhantes em todo o Brasil. Em 20 de setembro de 2023, o STF retomou o julgamento e derrubou a tese do marco temporal. Após a decisão da Corte, o líder de povo Xokleng, Tucun Gakran comemorou: "É a maior vitória dos indígenas desde quando o não indígena tomou as terras dos povos indígenas" 4. Como votaram os ministros Votaram contra o marco temporal: Edson Fachin (relator) Alexandre de Moraes Cristiano Zanin Luís Roberto Barroso Dias Toffoli Luiz Fux Cármen Lúcia Gilmar Mendes Rosa Weber Dois ministros consideraram que o marco temporal deveria ser considerado no momento da demarcação de terras indígenas: Nunes Marques André Mendonça 5. Marco temporal no Congresso Além do processo que corria no STF, um projeto entrou em tramitação no Congresso para tentar transformar a tese do marco temporal em lei. Trata-se do PL nº 490/2007, que determina que devem ter direito às terras consideradas ancestrais somente os povos que as estivessem ocupando no dia da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. A proposta do legislativo altera o "Estatuto do Índio" para permitir, segundo o texto, um "contrato de cooperação entre índios e não índios", para que estes possam realizar atividades econômicas em terras indígenas. Além disso, a proposta prevê que não indígenas tenham contato com povos isolados “para intermediar ação estatal de utilidade pública”. Veja, abaixo, a cronologia do PL: Em 2007, o PL foi proposto na Câmara dos Deputados. Em 2009, o texto foi rejeitado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Em 2018, o PL acabou arquivado. No entanto, ainda em 2018, a proposta foi ressuscitada durante a campanha eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro, que prometeu acabar com "reserva indígena no Brasil". Em 29 de junho de 2021, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada Bia Kicis (PSL-DF), entendeu que o texto do PL era constitucional. Em 30 de maio de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto, por 283 votos a 155, com apoio público do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Houve uma abstenção. O texto, então, foi para o Senado. Em 20 de setembro de 2023, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação do PL. O adiamento ocorreu após a leitura do parecer favorável ao projeto, apresentado pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), e atendeu a um pedido de vista (mais tempo para análise) coletivo de senadores da base aliada ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Governistas ainda tentaram postergar a análise com uma tentativa de convocar audiência pública para debater o tema, mas a base acabou derrotada por 15 votos a 8. Com isso, a votação do projeto está prevista para 27 de setembro de 2023, em data posterior à última atualização desta reportagem.
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05/07 - Suíça fará doações ao Fundo Amazônia, anuncia representante do país europeu
Conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin, deu a declaração durante um fórum sobre investimentos e sustentabilidade, realizado no Itamaraty. Ele não citou valores. Guy Parmelin, conselheiro da Suíça, durante declaração à imprensa, no Itamaraty Reprodução/TV Globo O conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin, afirmou nesta quarta-feira (5) que a Suíça passará a fazer doações para o Fundo Amazônia. Ele não citou valores dos aportes. Parmelin fez o anúncio ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, na sede do Ministério das Relações Exteriores. Os dois participaram do Fórum Brasil-Suíça de Investimentos e Inovação em Infraestrutura e Sustentabilidade. "A partir de hoje, aprimoraremos nosso engajamento. Tenho o prazer de anunciar que a Suíça vai contribuir para o Fundo Amazônia. A primeira contribuição será nas próximas semanas. Queremos lançar essa parceira com o Brasil e outros países", afirmou o representante do país europeu. Criado em 2008, o Fundo Amazônia recebe doações majoritariamente da Noruega e também da Alemanha. Em 2019, primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, os países suspenderam os repasses e congelaram os valores para novos projetos, mantendo somente os pagamentos já programados. Além de Suíça, Estados Unidos e Reino Unido já anunciaram que farão aportes ao fundo. Em declaração à imprensa, Alckmin agradeceu pela iniciativa dos suíços. "Muito importante para a recuperação da nossa Floresta Amazônica, [gostaria de] destacar a boa parceria econômica e as oportunidades de investimentos", afirmou o vice-presidente. Alckmin disse também que o Brasil tem compromisso com o desenvolvimento sustentável e o combate ao desmatamento ilegal. "As Forças Armadas, inclusive, estão presentes na Amazônia para retirar garimpeiros ilegais, invasores de áreas de preservação. Enfim, um trabalho grande na região", declarou o vice-presidente. Na mesma linha de Alckmin, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo brasileiro lançará ainda em julho um novo plano de desenvolvimento para o país que terá como "pilar central" a transição energética. "O Brasil tem desafios, problemas a superar, mas, ao mesmo tempo que temos desafios, esses desafios se apresentam como enormes oportunidades de investimento e parcerias", afirmou o ministro. Acordo Mercosul-EFTA Durante os pronunciamentos desta quarta-feira, Alckmin e Parmelin citaram o acordo comercial negociado entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), da qual a Suíça faz parte. Negociado desde 2017, o acordo com o grupo foi concluído em 2019, após dez rodadas de negociações. Ainda há, contudo, algumas pendências relativas a questões técnicas e, por isso, ainda não foi finalizado. "Temos todo interesse em ampliar a abertura comercial e a possibilidade de investimentos recíprocos com a União Europeia e a EFTA. Com a União Europeia, o governo já está mais adiantado e estamos confiantes que chegaremos a bom termo. Com a EFTA, poderemos ter complementariedade econômica de investimentos que vão gerar emprego e renda", disse Alckmin no fórum. "O acordo Mercosul-EFTA é um instrumento-chave para reforçar ainda mais o potencial de cooperação entre nossos países", acrescentou Guy Parmelin. De acordo com a página oficial do Mercosul, o comércio entre o bloco e os países da EFTA gira em torno de US$ 7 bilhões anuais.
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05/07 - Idealizador do Lab Noronha, Sérgio Xavier é nomeado coordenador do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima
Nomeação foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (5). Segundo Xavier, Noronha terá ‘protagonismo no fórum’. Sérgio Xaiver é o idealizador o Lab Noronha Sérgio Xavier/Acervo pessoal O idealizador do laboratório de economia regenerativa de Fernando de Noronha (Lab Noronha), Sérgio Xavier, foi nomeado coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. O ato de nomeação foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e publicado no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (5). 📱Compartilhe no WhatsApp Sérgio Xavier, que já foi secretário estadual de Meio Ambiente entre 2011 e 2017, é jornalista, ativista socioambiental, desenvolvedor de projetos de baixo carbono. O Lab Noronha é um laboratório que incentiva a economia circular. Na sexta-feira (30), promoveu na ilha um encontro que discutiu ações para redução do plástico nos oceanos. O novo coordenador-executivo do Fórum do Clima explicou que, entre as atribuições da nova função, o pronto principal é discutir soluções para os problemas das questões climáticas. Noronha deve ganhar protagonismo nesse trabalho. “Nós vamos discutir a questão econômica, e uma das bases do fórum vai ser em Fernando de Noronha. A ideia é fazer na ilha um centro internacional de debates das questões ambientais”, declarou Xavier. Sérgio Xavier falou, ainda, que o Fórum do Clima deve discutir os problemas por regiões do país para integração das políticas públicas. O coordenador disse que planeja uma visita à ilha da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, programada, inicialmente, para a inauguração do Lab Noronha, que deve acontecer no mês de outubro. Participe da comunidade do g1 PE no WhatsApp e receba no celular as notícias do estado VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias O coordenador disse que planeja uma visita à lda ministra do Meio Ambiente à ilha, inicialmente planejada para a inauguração do Lab Noronha, programada para o mês de outubro.
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04/07 - Florada do ipê encanta moradores e colore Presidente Prudente no inverno; VEJA FOTOS
Reportagem do g1 visitou bairros em todas as regiões da cidade e registrou a beleza singular da árvore que possui papel fundamental no equilíbrio do meio ambiente. Ipê-rosa florido na Vila Iolanda, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 A chegada do inverno anuncia um espetáculo da natureza: a florada dos ipês começou, encantando os olhos e colorindo o caminho das pessoas que passam pelas ruas e praças de Presidente Prudente (SP). A reportagem do g1 circulou na tarde desta terça-feira (4) por bairros em todas as regiões da cidade e fez o registro fotográfico das belas árvores. A vez é do ipê-rosa. A cada parada, uma cena mais linda do que a outra. Cada lugar com seu encanto e as flores dão o toque charmoso. É impossível não se impressionar com o impacto da natureza. O prudentino Orlando Luís, que esperava a filha sair de um curso, na Vila Iolanda, explicou que fica deslumbrado com a espécie. “É muito lindo. Na minha casa, tinha um, mas caiu um raio e abriu no meio, mas era lindo demais. Eu tenho uma casa com um ipê-branco e um amarelo. É uma obra perfeita. Só Deus para ter uma coisa dessa”, disse ele ao g1. Florada de ipês encanta Presidente Prudente; VEJA GALERIA DE FOTOS ‘Espécies nativas’ Em entrevista ao g1, nesta terça-feira, o biólogo Luiz Waldemar de Oliveira explicou que os ipês, normalmente, dão uma florada por ano. Apesar disso, o profissional mencionou que já observou alguns ipês-brancos (Tabebuia roseo-alba) florescerem mais de uma vez durante o período. “Geralmente, o ipê-branco tem uma florada bem robusta e pode ter uma segunda florada menor. Dependendo da espécie, os ipês florescem num determinado período. [O florescimento] ocorre nestes meses, [a partir de] maio. Alguns indivíduos florescem até em outubro. A floração é estimulada pelo fotoperíodo, temperatura e chuvas. O estímulo é por dias mais curtos, temperaturas mais amenas e moderada pluviosidade. Estes fatores são determinados por seleção natural ao longo de milhares de anos”, argumentou ao g1. De acordo com o biólogo, os ipês são nativos, em sua maioria, de áreas de Cerrado. “O ipê-roxo [Handroanthus impetiginosus] e o amarelo [Handroanthus albus] são abundantes de nossa região, há uma abundante população, por exemplo, na reserva do [Parque Estadual do] Morro do Diabo. O ipê-branco também é comum no Cerrado. Existe uma espécie de ipê, o ipê-de-el-salvador (Tabebuia rosea), nativo da América Central, também muito abundante em nossa cidade. Este ipê alcança até 20 metros de altura, as flores geralmente se localizam nas extremidades dos galhos, e não perde totalmente suas folhas durante a floração. Suas flores são grandes, com 5 pétalas, e possuem uma tonalidade mais rosa”, acrescentou Oliveira. Ipê-rosa no Jardim das Rosas, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 ‘Cada cor tem seu período de florada’ O biólogo e professor André Gonçalves Vieira ressaltou ao g1 que o ipê “é uma árvore de desenvolvimento rápido, que consegue fazer uma regeneração de uma área degradada com maior rapidez”. “Ele possui uma relação de fundamental importância na fauna devido a várias espécies de animais o usarem como alimento e abrigo, além de ajudarem na polinização de outras plantas”, complementou. Ipê-rosa no Jardim das Rosas, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ainda segundo Vieira, “existem mais de 100 espécies de ipês e, dentre essa variedade, existem as espécies que ocorrem em nossa região que possui dois biomas, sendo o bioma de Mata Atlântica e o de Cerrado”. "Cada cor de ipê tem seu período (mês) de florada no ano. Os ipês florescem neste período devido à adaptação à baixa taxa de umidade no ar. Isto também proporciona uma menor competitividade, porque poucas espécies botânicas florescem neste período”, concluiu Vieira ao g1. Ipê-rosa na Vila Cláudia Glória, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 De acordo com o biólogo Luiz Waldemar de Oliveira, as cores são “determinadas geneticamente, não havendo registro de intercruzamento entre as diferentes espécies na natureza”. “Dependendo da cor, determinados animais são atraídos. O ipê-amarelo atrai grandes abelhas e beija-flores, sendo um importante recurso alimentar nesta época do ano. O ipê-branco atrai principalmente abelhas nativas sem ferrão. O ipê-roxo também oferece alimentos a várias espécies de aves, como beija-flores e outras aves nectarívoras. É um importante recurso alimentar para abelhas de várias espécies, tanto exóticas quanto nativas”, pontuou ao g1. Arborização urbana Com exceção do ipê-de-el-salvador, que, ainda conforme o biólogo Luiz Waldemar de Oliveira, foi introduzido em Presidente Prudente, as espécies encontradas nos fragmentos de Mata Atlântica da cidade são nativas. “O ipê, na arborização urbana, é uma espécie relevante. São espécies nativas, adaptadas ao clima, resistentes a doenças e pragas e proporcionam um enriquecimento na paisagem urbana com suas exuberantes florações. As suas sementes são dispersadas pelo vento e várias espécies de aves e abelhas, nesta época do ano, obtêm o alimento para a sua sobrevivência”, finalizou Oliveira ao g1. Ipê-rosa na Avenida Ana Jacinta, na Cohab, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Humberto Salvador, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Humberto Salvador, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa na Vila Claudia Glória, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa na Vila Furquim, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa na Vila Furquim, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Petrópolis, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Petrópolis, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Petrópolis, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa na Vila Furquim, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Petrópolis, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Jardim Petrópolis, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 Ipê-rosa no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, em Presidente Prudente (SP) Leonardo Jacomini/g1 VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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03/07 - Onça-pintada Juçara é flagrada ‘tomando um solzinho’ no Parque Estadual do Morro do Diabo; VÍDEO
Animal avistado às margens do Rio Paranapanema, em Teodoro Sampaio (SP), participou de uma enquete com mais de 700 votos para receber o nome. Onça-pintada é flagrada às margens do Rio Paranapanema, em Teodoro Sampaio A onça-pintada Juçara foi flagrada no Parque Estadual do Morro do Diabo, enquanto ‘tomava um solzinho’, às margens do Rio Paranapanema, neste domingo (2), em Teodoro Sampaio (SP)(veja o vídeo acima). Segundo o gestor da reserva florestal, Eriqui Inazaki, a fêmea foi identificada por meio da análise das rosetas, as manchas do animal, que funcionam como uma digital. Ao g1, Inazaki ainda pontuou, na tarde desta segunda-feira (3), que a imagem foi feita “durante uma fiscalização de guarda-parques da Fundação Florestal (FF)”. Eles gravaram a cena em um vídeo. Onça-pintada Juçara foi flagrada neste domingo (2), no Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP) Rodrigo Alves e Maycon Ferreira/Fundação Florestal No ano passado, a onça participou de uma enquete, nas redes sociais, para receber um nome. Na ocasião, a votação foi realizada durante dez dias e contou, no total, com mais de 700 votos. Juçara teve 32% dos votos na categoria das fêmeas. “Onças-pintadas adultas têm o hábito de caminhar em trilhas e descansar ao sol em locais abertos, como visto no vídeo. A espécie é listada pelo ICMBIO (2022) no Brasil como Vulnerável e em São Paulo (2018) como Criticamente Ameaçada”, acrescentou Inazaki ao g1. Onça-pintada Juçara foi flagrada neste domingo (2), no Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP) Rodrigo Alves e Maycon Ferreira/Fundação Florestal Onças no Morro do Diabo De acordo com gestor Eriqui Inazaki, os animais “não moram em uma Unidade de Conservação em específico, e sim trafegam por grandes corredores ecológicos do Estado”. “O Projeto MonitoraBioSP, programa de monitoramento da biodiversidade da Fundação Florestal, identificou no último ano, por meio das câmeras trap, armadilhas fotográficas instaladas dentro das matas, cerca de 11 diferentes animais, identificados por meio de suas rosetas, as manchas que são como uma impressão digital”, argumentou ao g1. Por se tratar de uma espécie do topo da cadeia alimentar, a presença das onças, ainda segundo Inazaki, é um indicador de outros animais da floresta e sua escassez indica o declínio da saúde da floresta. “Um dos principais motivos para sua ausência é a supressão da vegetação e a caça. Muitas vezes, quando as onças não encontram alimento na mata, buscam animais domésticos, ampliando os riscos que estão levando a espécie à extinção: os proprietários dos animais as consideram como uma ameaça econômica. Além disso, em rodovias que cortam áreas de preservação, é importante respeitar os limites de velocidade e redobrar a atenção com relação à passagem de fauna”, concluiu. Onça-pintada fêmea recebeu o nome de Juçara com 32% dos votos Fundação Florestal A espécie A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Tem até 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. Os machos pesam cerca de 20% a mais do que as fêmeas, podendo chegar a 135 quilos. A onça-pintada pode viver em vários tipos de hábitats, desde que uma parte da vegetação seja densa. É um animal solitário e territorial. Tem hábitos noturnos. Pode ocupar áreas de 22 km² a mais de 150 km² (dependendo da disponibilidade de presas). A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Mas está oficialmente extinta nos Estados Unidos e já é uma raridade no México. VEJA TAMBÉM: Espécie criticamente ameaçada, onça-pintada filhote morre atropelada em rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio Ameaçada de extinção, mais uma onça-pintada morre atropelada na rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo; foi o 2º caso em menos de uma semana Por meio de 'impressão digital', pesquisadores mapeiam onças-pintadas no Estado de São Paulo Espécie criticamente ameaçada, onça-pintada filhote morre atropelada em rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio Chico, Juçara, Nadi, Nanã e Raoni são os nomes escolhidos para batizar onças-pintadas da Mata Atlântica paulista Parque Estadual do Morro do Diabo comemora 80 anos de história e conservação Em plena luz do dia, onças-pintadas são flagradas após caça a macacos-pregos no Parque Estadual do Morro do Diabo; veja VÍDEO 'Extremamente ameaçada de extinção', onça-pintada encontra no Morro do Diabo um ambiente protegido para a preservação da espécie Vigilantes do Morro do Diabo registram imagens de onça-pintada durante ronda no Rio Paranapanema; veja VÍDEOS Na onça-pintada, ocorre também o fenômeno do melanismo, comum em outros felinos. A coloração amarela é substituída por uma pelagem preta. Dependendo da luz em que o animal se encontra, percebem-se as rosetas. O animal na forma melânica é chamado de onça-preta. As populações vêm diminuindo devido ao confronto com atividades humanas, como a pecuária. A espécie é classificada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Ibama como vulnerável e está no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites). Ou seja, o risco de extinção está associado ao comércio e sua comercialização só é permitida em casos excepcionais, mediante autorização expressa. VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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03/07 - Pesquisadores estudam interferência de ruídos de Fernando de Noronha no comportamento de golfinhos
Estudiosos da Universidade Federal de Juiz de Fora instalaram um hidrofone no Porto de Santo Antônio para comparar com os sons emitidos pelos animais na Baía dos Golfinhos. Pesquisadores estudam interferência de ruídos na comunicação de golfinhos em Noronha Pesquisadores Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, instalaram um hidrofone no Porto de Santo Antônio, em Fernando de Noronha, para analisar os sons emitidos pelos golfinhos na área (veja vídeo acima). O objetivo é analisar a interferência do barulho faz na comunicação desses mamíferos. 📱 Compartilhe no WhatsApp Os estudiosos vão a comparar a comunicação dos animais nessa região com os sons emitidos pelos cetáceos na Baía dos Golfinhos, que também é monitorada por equipamentos de áudio “Na Baía dos Golfinhos, que é uma área protegida, não há presença humana. O Porto de Santo Antônio tem características naturais similares. A diferença dos dois locais é que no porto tem uma grande atividade humana”, explicou o professor e pesquisador da UFJF, Raul Ribeiro. O estudioso, que é especialista em bioacústica de cetáceos, também é coordenador da organização não governamental Ocean Sound. Ribeiro afirmou que a atividade humana provoca uma poluição invisível, o chamado ruídos antrópico. “Esse ruído interfere na comunicação dos golfinhos. No médio e longo prazo, esse barulho exige que os animais se adaptem para fazer as atividades cotidiana, como se comunicar, encontrar alimentos e fugir de predadores. Isso exige um custo biológico para essa adaptação ao ruído nesses locais”, disse o pesquisador. Equipamento foi colocado na Baía dos Golfinhos Ismael Escote/Atlantis Para Raul Ribeiro, o comportamento dos animais muda por conta da maior quantidade de barulho. Por isso é importante realizar as gravações. “Nós vamos gravar desde a comunicação íntima entre mãe e filhote, reações agonísticas e até a comunicação nas relações de reprodução. Sabemos que os barcos fazem muitos ruídos e queremos saber qual é o impacto desses sons na comunicação dos animais”, falou o estudioso. Os equipamentos instalados têm bateria de longa duração. O hidrofone vai realizar gravações no Porto de Santo Antônio por um mês e meio, e na Baía dos Golfinhos por quatro meses. “Vamos coletar informações 24 horas por dia e traduzir isso em dados científicos, para contribuir com a conservação marinha em Fernando de Noronha. O tempo é suficiente para fazer esse tipo de avaliação”, disse o pesquisador Raul Ribeiro. A pesquisa tem o acompanhamento do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). O trabalho na ilha conta com o apoio da operadora Atlantis. Raul Ribeiro mostrou o hidrofone Ana Clara Marinho/TV Globo Participe da comunidade do g1 PE no WhatsApp e receba no celular as notícias do estado VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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29/06 - Turista se depara com jacaré de mais de 2 metros durante passeio de lancha no Balneário da Amizade: 'Fiquei impressionado'
Gerente de vendas Emanuel Gazola, de 38 anos, estava acompanhado de amigos, quando encontrou o réptil na divisa entre Álvares Machado (SP) e Presidente Prudente (SP). O gerente de vendas Emanuel Gazola flagrou jacaré em um banco de areia, no Balneário da Amizade, entre Álvares Machado (SP) e Presidente Prudente (SP) Emanuel Gazola A aparição de um jacaré no Balneário da Amizade deixou o gerente de vendas Emanuel Gazola, de 38 anos, impressionado. Ele estava no local a passeio com dois amigos e conseguiu flagrar o animal "descansando" em um banco de areia, na divisa entre Álvares Machado (SP) e Presidente Prudente (SP), na região oeste do Estado de São Paulo. Em conversa com o g1, na tarde desta quinta-feira (29), Gazola contou sobre o momento em que encontrou o jacaré, enquanto andava de lancha pelo lago, e qual foi a sua reação. "A foto foi tirada no meio da represa, em um banco de areia, lá onde fica a nascente do balneário, já perto da Estrada da Amizade. Não fiquei assustado, porém, fiquei impressionado com o tamanho do animal. Já vi vários outros jacarés em represas e rios, mas não deste tamanho", disse. De acordo com Gazola, o animal, visto nesta quarta-feira (28), aparentava ter 2,5 metros de comprimento e, além dele, também havia outro, que não foi fotografado. Questionado se já havia visto jacarés pelo Balneário da Amizade, Emanuel disse que esta foi a "primeira vez”. Jacaré-do-papo-amarelo foi flagrado no Balneário da Amizade, entre Álvares Machado (SP) e Presidente Prudente (SP) Emanuel Gazola Apesar disso, o biólogo e professor André Gonçalves Vieira, em entrevista à reportagem do g1, explicou que o “achado do animal na represa não é novidade”. "Pela imagem, este animal apresenta ter mais de 1,8 metro. O achado do animal na represa não é novidade, pois ela é conectada por outros corpos hídricos, sendo um deles o Rio Santo Anastácio, que deságua no Rio Paraná. É um corredor natural para esses animais. Devemos ter ciência de que esse animal faz parte do topo da cadeia alimentar e possui poucos predadores naturais. Os acidentes entre as pessoas e jacarés não são muito comuns e podem ocorrer, em alguns casos, como defesa própria, defesa de filhotes e defesa de alimentos", argumentou Vieira. O biólogo ainda citou que a lei federal 9.605/98, em seu artigo 29, aborda que é crime contra a fauna "matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida". 'Comum na região' O biólogo Luiz Waldemar de Oliveira informou ao g1 que o animal fotografado se trata de um jacaré-do-papo-amarelo (Caiman crocodilus) e que a espécie é comum na região. "Estes avistamentos são significativos, indicam uma recuperação da população desta espécie na nossa região. Geralmente os indivíduos se deslocam para novos hábitats, dispersão, para estabelecer novas populações", mencionou o biólogo. Jacaré-do-papo-amarelo foi flagrado no Balneário da Amizade, entre Álvares Machado (SP) e Presidente Prudente (SP) Emanuel Gazola Riscos De acordo com Oliveira, o risco de um ataque "sempre existe quando o animal sente-se ameaçado". "Qualquer tipo de aproximação ou investida de um humano mais curioso ou maldoso acarretará numa reação de defesa do animal. O correto é não se aproximar do animal, literalmente ignorá-lo. O jacaré está ali como predador e é inofensivo quando não é incomodado", reforçou ao g1. Ainda conforme o biólogo, o balneário fornece ao jacaré um “excelente hábitat para se alimentar e procriar”. Sobre a espécie O jacaré-do-papo-amarelo pode atingir 3 metros de comprimento. Mas esse tamanho é raro. Normalmente mede de 1,5 a 2 metros. É um animal esverdeado, quase pardacento, com o ventre amarelado e o focinho pouco largo e achatado. O focinho dele é menor do que o das outras espécies. E atrás da cabeça ele ainda tem escamas em fileiras cervicais. A fêmea permanece perto do ninho para evitar ataques de predadores, como o lagarto teiú, o quati e o mão-pelada. Quando os ovos estão para eclodir, os filhotes vocalizam chamando a mãe, que desmancha o ninho usando os membros anteriores e posteriores e o focinho. A fêmea carrega cada um na boca até a água, cuidadosamente. O macho cuida dos recém-nascidos que já estão na água e os pais permanecem perto dos filhotes, protegendo-os contra os predadores, em especial garças e outras aves grandes. Esse animal exibe traços herdados dos antepassados. É um réptil contemporâneo dos grandes dinossauros que habitavam a Terra há milhões de anos e que conseguiu sobreviver às grandes transformações do planeta. Jacaré-do-papo-amarelo foi flagrado no Balneário da Amizade, entre Álvares Machado (SP) e Presidente Prudente (SP) Emanuel Gazola VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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27/06 - Vídeo mostra teju comendo filhote de tartaruga em praia de Fernando de Noronha
Ninhos de tartaruga-verde são monitorados, com armadilhas fotográficas, em praias do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Vídeo mostra teju comendo filhote de tartaruga em praia de Fernando de Noronha Um teju foi filmado enquanto comia um filhote de tartaruga na Praia do Leão, em Fernando de Noronha (veja vídeo acima). As imagens foram gravadas pelo pesquisador Arthur Thomazi Moreira em armadilhas fotográficas instaladas pelo Centro Tamar e Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para monitorar ninhos de tartarugas. 📲 Compartilhe no WhatsApp Para fazer esse registro, foram utilizadas câmaras chamadas de trap, que também fotografam e filmam de forma automática. Nesta temporada, os equipamentos foram instalados nas praias do Parque Nacional Marinho em abril. Registro mostra teju predando filhote de tartaruga Arthur Thomazi Moreira/Divulgação Segundo o oceanógrafo Tunan Tomé, que atua como voluntário nas duas instituições, interações dos tejus com os ninhos de tartarugas são registradas diariamente. Em três vezes, foi possível comprovar que o teju se alimenta dos filhotes. “Nós armamos a câmera, geralmente no final da tarde, e existe um sensor. Com o movimento, o equipamento dispara e faz o registro, inclusive no período noturno. No dia seguinte, nós avaliamos o material capturado”, explicou Tomé. A tartaruga-verde, que tem nome científico Chelonia mydas, é a única espécie que se reproduz em Fernando de Noronha. O pesquisador explicou por que a predação não é constante. “O teju ainda não consegue cavar o buraco inteiro e chegar na profundidade dos filhotes. O teju é oportunista, espera as tartarugas saírem do ninho”, afirmou Tomé. O oceanógrafo Cláudio Bellini, do Centro Tamar, disse que as armadilhas fotográficas mostraram grande potencial para compreender as relações ecológicas em praias de desova de tartarugas marinhas e o comportamento dos predadores. “Foi observada a intensa atividade de teju (Salvator merianae), espécie exótica invasora em Noronha, ao redor dos ninhos em todos os pontos, o que inclui, além das imagens, a observação dos rastros nas praias. Por terem hábitos necrófagos [animais que se alimentam de restos orgânicos], eles são atraídos por ovos e filhotes em estado de putrefação”, disse Bellini. Tejus Pesquisadores indicam que o teju, ou teiú, é o maior lagarto das Américas e pode ser encontrado no Brasil todo. Apesar de estar incluído na convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites) devido à caça predatória, ele é considerado um predador oportunista com enorme capacidade adaptativa. Em locais onde são introduzidos, os tejus atuam como espécie invasora e causam desequilíbrio ecológico. De acordo com o veterinário Paulo Rogério Mangini, do Instituto Tríade, o teju come, além das tartarugas, ovos de aves, mabuyas (lagartixa local), caranguejos, entre outras espécies. Pesquisadores monitoram ninhos de tartaruga em Fernando de Noronha Arthur Thomazi Moreira/Divulgação Estudiosos indicam que o teju foi introduzido, provavelmente, no início do século 19 e, em 1950, já havia relato da presença do animal na ilha. Atualmente é realizado o controle da população de tejus em Fernando de Noronha pelo Programa de Manejo de Exóticas e Invasoras do ICMBio. Esse animal representa uma ameaça para as espécies nativas ou endêmicas, incluindo espécies ameaçadas de extinção. “A predação dos ninhos é um dos impactos causados pela população invasora de teju em Noronha. Isso reforça a importância do manejo que é realizado e o objetivo é a erradicação da espécie. O monitoramento é uma ferramenta importante para avaliação dos resultados para a conservação”, disse Bellini. Tunan Tomé reforçou a necessidade de parcerias para o manejo dos tejus. “É importante que parcerias sejam feitas para apoio ao manejo de espécies invasoras. Esse trabalho tem um custo alto, e o ICMBio precisa de financiamento para aquisição de armadilhas e pessoal especializado para ampliar as ações nessa área”, contou. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias Esse registro foi feito pelo pesquisador Arthur Thomazi Moreira, mas câmaras chamadas de trap, também fotografam e filme de forma automática. Nesta temporada os equipamentos foram instalados desde o mêsdabril nas praias do Parque Nacional Marinho.
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24/06 - Por que esse inverno será diferente dos outros? g1 explica
Temperaturas devem subir mais por causa da bagunça meteorológica causada pelo El Niño. Vídeo explica como acontece o fenômeno e por que cientistas estão falando em Super El Niño em 2023. G1 Explica: Inverno atípico O inverno de 2023 vai ser diferente: as temperaturas devem subir mais por causa da bagunça meteorológica causada pelo El Niño. Muita gente costuma definir o fenômeno como o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. Mas o que acontece, na verdade, é um não resfriamento das águas. No vídeo acima, o g1 Explica como acontece o El Niño e por que ele muda a temperatura do planeta. Você também vai entender porque, neste ano, os cientistas estão falando em Super El Niño. g1 no YouTube Para seguir o g1 no YouTube é simples, basta clicar neste link. Ou você ainda pode acessar o canal do g1 no YouTube. Fazer o login e clicar no botão inscrever-se que fica no topo da página no lado direito. g1 Explica sobre inverno atípico Editoria de arte/g1
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20/06 - Caracóis africanos: bióloga orienta forma correta de combater proliferação do molusco no período chuvoso
Achatina fulica, nome científico do molusco terrestre, são originários da região Centro Norte da África e não têm predadores naturais no Brasil. Veja como combater proliferação de caracóis africanos no quintais Neste período ainda chuvoso em Macapá, traz além de transtornos como alagamentos, dificuldades de locomoção pela cidade, traz proliferação de alguns “bichinhos” indesejáveis. É o caso dos caracóis africanos, também chamados de “caracóis gigantes”, que começaram a invadir quintais das casas de amapaenses e ambientes públicos que estão abandonados ou sem manutenção de limpeza. A Achatina fulica, nome científico do molusco terrestre, são originários da região Centro Norte da África e não têm predadores naturais no Brasil. Pela cidade de Macapá, o caracol pode ser visto em maior quantidade no período chuvoso, em que da terra encharcada eles emergem do solo e aumentam a reprodução. Achatina fulica, nome científico do molusco terrestre, são originários da região Centro Norte da África Camila Karina Ferreira / g1 Os caracóis se alimentam de qualquer tipo de material orgânico, como restos de comida, fezes, plantas e lixo em geral. Por isso, higienizar adequadamente alimentos que são consumidos crus para evitar possíveis contaminações, além de limpar os ambientes, quintais e jardins é essencial para impedir a proliferação destes animais. bióloga Tatiane Barbosa informou que no Brasil, a espécie foi trazida para a região sul do país, na década de 80 Camila Karina Ferreira / g1 De acordo com a bióloga Tatiane Barbosa, a espécie foi trazida para a região sul do país, na década de 80 para ser utilizada como iguaria, já que algumas pessoas apreciam o escargot. A ideia inicial era produzir numa escala maior mas para o paladar do brasileiro, não foi a melhor escolha. “Aqui em Macapá nós tivemos o primeiro registro por volta de 2008, e uma publicação científica a respeito da situação em 2012. E esta não é a proliferação mais intensa dos moluscos terrestres. A ocorrência de achatina fulica já aconteceu tanto em Macapá quanto em Santana. Atualmente" não observamos as piores infestações”, ressaltou. "Caracóis gigantes”, começaram a invadir quintais das casas de amapaenses Camila Karina Ferreira / g1 AP Os três principais problemas com a infestação dos caracóis Há três problemas em relação a presença da achatina fulica no território brasileiro: questão ecológica - pois ela pode competir, trazer prejuízos a espécies nativas; questão econômica - como é um animal detritívoro, pode trazer grandes prejuízos para hortas e cultivo de alimentos; questão da saúde - é essencial a higienização adequada para cada alimento cru que venha a ser ingerido, para evitar qualquer tipo de ingestão do molusco ou alimento contaminado por ele. Segundo a bióloga, não existe nenhuma fórmula química recomendada (molucicida) para eliminar os caracóis do território, apesar disso, não há motivo para criar alarme ou pânico, e sim saber cuidar e ter responsabilidade com a limpeza do local onde vive. A especialista ressalta que jogar sal nos animais não é a solução mais apropriada. “A única forma de minimizar a infestação é por meio do manejo ambiental, de acordo com as orientações. “Ao jogar sal, ele vai morrer, mas o sal vai salinizar o solo, se for área de jardim, esta área também será prejudicada e as conchas podem acumular água no período chuvoso e até contribuir como criadouro de Aedes aegypti”, explica. Como combater: Limpeza dos quintais, retirando material orgânico e todo o lixo acumulado. Ao identificar os caracóis no tamanho de pequeno ovos similares a pérolas, a recomendação é quebrá-los. A catação dos caracóis já adultos, deve ser feita com luvas ou com sacos plásticos nas mãos e depositados dentro de um balde com água fervente, e para cada litro de água, uma colher de hipoclorito de sódio. As conchas devem ser esmagadas, com um martelo, por exemplo. Plantar boldo também pode ser um repelente natural destes animais nos ambientes que são áreas de terra ou jardins. Não há dados precisos sobre a soltura destes animais na natureza ou se eles fugiram dos viveiros que eram utilizados para produção. Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:
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15/06 - Menor oferta de alimentos para baleias-francas traz incertezas sobre vinda dos animais a SC; entenda
Temporada de reprodução no Brasil ocorre entre julho e novembro, com picos em setembro. Baleias-francas passam por Santa Catarina Grupo Australis/Divulgação A temporada de reprodução das baleias-francas no Brasil, que ocorre anualmente entre julho e novembro, vai começar com incertezas este ano, segundo pesquisadores que monitoram a chegada dos mamíferos marinhos a Santa Catarina. Isso porque, segundo o gerente de pesquisa do Projeto ProFranca, Eduardo Renault, o ciclo reprodutivo dos animais sofreu alterações nos últimos anos. "Isso faz com que a gente não consiga prever como vai ser esta temporada", disse. A suspeita, segundo Karina Groch, bióloga e diretora do Projeto ProFranca é de que a mudança esteja ligada diretamente com a baixa na oferta de alimentos. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Ela explica que o intervalo normal de reprodução dos animais é uma vez a cada três anos. No primeiro inverno do ciclo, as baleias acasalam, mas não necessariamente se deslocam até as águas mais quentes. Especialista fala sobre expectativa da chegada de baleias-francas a SC Já no segundo ano, as fêmeas se afastam das baixas temperaturas e se dirigem ao litoral brasileiro, onde os filhotes nascem longe dos predadores. "Tendo o filhote aqui, elas têm a garantia que vão ter a tranquilidade para cuidar e amamentá-los", explicou. No seguinte, e último do ciclo reprodutivo, elas entram no período de descanso, que dura normalmente um ano. Durante o período, a fêmea se recupera para iniciar uma nova etapa. "O que tem acontecido é esta etapa tem se estendido. Isso pode ser porque ela não encontrou alimento suficiente e, com isso, vai adiar a próxima reprodução até estar mais forte para fazer o investimento de acasalar" explica. Duas baleias-franca adultas foram avistadas na manhã de sábado (12) em Palhoça Reprodução/NSC TV Redução de alimentos Conforme a pesquisadora, a redução na quantidade de alimento tem relação com as oscilações climáticas. "Quando está mais quente tem menos alimento e, às vezes, ela vai nadar mais para encontrar, e isso pode fazer com que ela demore para estar bem fisicamente". Primeira baleia-franca da temporada é avistada no litoral Baleias-francas passeiam com filhotes no mar Baleia-franca Ben Ami Scopinho/Arte Visitas a SC De acordo com o ProFranca, 228 baleias foram encontradas em Santa Catarina em 2022, número mais alto em cinco anos. Somente em dois dias, entre 20 e 21 de setembro de 2022, mês em que ocorre o pico, os sobrevoos detectaram cerca de 250 delas, entre mães e filhotes. Nos anos anteriores, a quantidade de registros foi menor. Em 2021, por exemplo, 120 baleias foram encontradas no estado. Um ano antes, os pesquisadores da ProFranca encontraram 42 animais. Em 2019 passaram 53 mamíferos da espécie. Já em 2018, quando houve o maior registro desde a década de 1980, 273 animais foram identificados. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias
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13/06 - VÍDEO: Espécie ameaçada de extinção que inspirou personagens da animação Madagascar já pode ser visitada no Zoo de Brasília
Casal de lêmures passou por quarentena e agora está em espaço definitivo. Julien e a Pandora são da espécie lêmure-de-cauda-anelada e vieram do Zoológico de Itatiba, em São Paulo, em abril. Lêmures podem ser visitados no Zoológico de Brasília Um casal de lêmures – animais ameaçados de extinção que inspiraram personagens da animação Madagascar – já podem ser visitados no Jardim Zoológico de Brasília. Nesta segunda-feira (12), Julien e Pandora ganharam um recinto definitivo (veja vídeo acima). Eles chegaram ao Distrito Federal no dia 24 de abril passado, vindos do Zoológico de Itatiba, em São Paulo. Após 49 dias em isolamento, a partir desta terça (13) eles podem se vistos pelo público. Lêmures ameaçados de extinção, que inspiraram personagem do filme Madagascar, podem ser visitados no Zoológico de Brasília Caio Cavalcante O espaço reservado a eles, além de vegetação, tem galhos e cordas para que se movimentem. O casal é da espécie lêmure-de-cauda-anelada, que depende de esforços em cativeiro para não desaparecer. Enquanto estiveram em São Paulo, Julien e Pandora geraram seis filhotes, mas Pandora precisou ser castrada durante uma gestação de risco. A expectativa é que o Zoo de Brasília receba outra fêmea que possa se reproduzir com Julien. LEIA TAMBÉM MICO-LEÃO-DOURADO: Zoo de Brasília recebe fêmea vítima de tráfico de animais VÍDEO: Dois lêmures de espécie em risco de extinção nascem em zoológico de Taubaté GLOBO REPÓRTER: As belezas da Ilha de Madagascar ‌Lêmure-de-cauda-anelada Lêmures ameaçados de extinção, que inspiraram personagem do filme Madagascar, podem ser visitados no Zoológico de Brasília Caio Cavalcante Existem 19 espécies de lêmures, todas exclusivas da Ilha de Madagascar, ao leste da África. O lêmure-de-cauda-anelada é o mais comum de se encontrar em zoológicos no mundo, com aproximadamente dois mil indivíduos em cativeiro. Os lêmures-de-cauda-anelada vivem em grupos familiares de até 30 indivíduos. Com hábitos diurnos, são predominantemente herbívoros. No Zoológico de Brasília, Julien e Pandora são alimentados com frutos, folhas, legumes e insetos. Leia outras notícias da região no g1 DF.
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12/06 - Fernando de Noronha vai receber evento internacional sobre proteção dos oceanos; veja atrações confirmadas
Encontro 'De mãos dadas por oceanos sem plástico' acontece em 30 de junho. Programação reúne especialistas, ativistas e gestores ambientais para discutir preservação. Tartaruga marinha em Fernando de Noronha Michele Roth/Acervo pessoal Fernando de Noronha sedia, no dia 30 de junho, o encontro internacional "De mãos dadas por oceanos sem plástico". A programação inclui apresentações artísticas, palestras, rodas de conversas, performances, atividades para crianças, exposição fotográfica e lançamento de livros. O encontro acontece das 15h às 22h, no Forte Nossa Senhora dos Remédios, e conta com transmissão pela internet. O evento é realizado pelo projeto Lab Noronha Pelo Planeta em parceria com o Forte Noronha e a Administração da Ilha. 📲 Compartilhe no WhatsApp Segundo os organizadores, o encontro vai reunir especialistas, ativistas e gestores ambientais para discutir preservação ambiental. Também vai ter a presença de representantes de entidades ligadas à proteção dos oceanos, além de formadores de opinião, empreendedores e jornalistas. Entre os palestrantes, está confirmado o jornalista Francisco José, que tem título de cidadão noronhense e mergulhou em todos os oceanos do planeta ao fazer reportagens para a TV Globo. Quem também participa do evento é a arte-educadora infantil Lulu Araújo, conhecida como Fada Magrinha. Também está prevista a exibição de filmes e vídeos com mensagens de lideranças nacionais e internacionais na área de meio ambiente. Além disso, o forte vai receber a feirinha NoronhArte, com produtos feitos na ilha. No encerramento do encontro, vai acontecer uma dança de ciranda, simbolizando a união de forças e ideias para barrar poluições e retirar os plásticos dos ambientes naturais. O comando fica por conta do mestre cirandeiro Anderson Miguel, da cidade de Nazaré da Mata, na Zona da Mata, que se apresenta na ilha pela primeira vez. O Maracatu Nação Noronha e artistas da ilha também participam do encontro. A programação completa do evento não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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08/06 - Polícia Ambiental resgata cervo-do-pantanal atropelado em estrada vicinal em Panorama
Animal vai ficar sob os cuidados de uma entidade em Assis (SP) até se recuperar. Cervo-do-pantanal foi atropelado em Panorama (SP) Polícia Militar Ambiental A Polícia Militar Ambiental resgatou nesta quinta-feira (8) um cervo-do-pantanal que havia sido atropelado na Estrada Vicinal Carvalho Sobrinho, em Panorama (SP). Quando chegaram ao local, no km 5 da via, os policiais constataram que o animal não tinha condições de locomoção. Após o resgate, o cervo foi levado até a Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis (SP), entidade que é identificada pela sigla de Apass, onde permaneceu sob os cuidados de profissionais habilitados. Quando estiver curado e em condições, o animal será devolvido ao seu hábitat natural. De acordo com as informações disponibilizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) é a maior espécie de cervídeo da América Latina, alcançando até 130 quilos, e habita várzeas das planícies de inundação dos grandes rios e seus tributários. A espécie é considerada vulnerável (VU), em relação ao risco de extinção, mas, no Estado de São Paulo, está criticamente em perigo (CR). Cervo-do-pantanal foi atropelado em Panorama (SP) Polícia Militar Ambiental Cervo-do-pantanal foi atropelado em Panorama (SP) Polícia Militar Ambiental Cervo-do-pantanal foi atropelado em Panorama (SP) Polícia Militar Ambiental Cervo-do-pantanal foi atropelado em Panorama (SP) Polícia Militar Ambiental VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região. Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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08/06 - Polícia Ambiental resgata seis aves silvestres de cativeiro e aplica multas de R$ 7,2 mil contra infratores
Pássaros estavam em duas residências no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP). Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental A Polícia Militar Ambiental resgatou, nesta quarta-feira (7), seis aves silvestres que eram mantidas irregularmente em cativeiro em duas residências no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP), e ainda aplicou multas que totalizaram R$ 7,2 mil aos infratores responsáveis pelo aprisionamento dos pássaros. Além disso, os dois homens envolvidos também responderão criminalmente. Na primeira casa fiscalizada, os policiais constataram que o morador, um homem, de 59 anos, mantinha quatro aves nativas em cativeiro sem autorização do órgão ambiental competente, sendo três coleirinhas-papa-capim e um tico-tico-rei. O envolvido recebeu um auto de infração ambiental no valor de R$ 2 mil por ter em cativeiro espécimes da fauna silvestre. As aves, como apresentavam estado bravio, foram soltas em seu hábitat natural, e as gaiolas foram destruídas. Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental Na outra fiscalização, os militares depararam-se com um homem, de 33 anos, realizando a soltura de uma ave da espécie coleira-papa-capim. Ele disse ser criador amadorista de passeriformes e ter em seu plantel duas aves sem anilha, sendo um azulão e um trinca-ferro. Além disso, ele também possuía outra ave anilhada da espécie azulão que não estava na relação de seu plantel. Diante das irregularidades constatadas, o homem recebeu três autos de infração ambiental, que totalizaram R$ 5,2 mil: um no valor de R$ 2,2 mil por reintroduzir na natureza espécime da fauna silvestre, referente à soltura do primeiro pássaro; um no valor de R$ 1 mil por ter em cativeiro duas aves da fauna silvestre (um azulão e um trinca-ferro); e outro no valor de R$ 2 mil por deixar de manter atualizado o registro de acervo faunístico. As aves da espécie azulão e trinca-ferro que estavam sem anilha foram soltas na natureza por apresentarem estado bravio. Já o azulão que estava anilhado ficou sob a responsabilidade do infrator até a regularização de seu plantel. Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental Ocorrências foram registradas no Jardim Brasil Novo, em Presidente Prudente (SP) Polícia Militar Ambiental VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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06/06 - Fazendeiro leva multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina
Polícia Ambiental constatou, nesta terça-feira (6), a supressão isolada de 420 árvores nativas em área comum na propriedade do homem, que ainda irá responder por crime. Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Um fazendeiro, de 45 anos, foi multado em R$ 189.071,25 por desmatamento e supressão de árvores em uma fazenda localizada em Sandovalina (SP), nesta terça-feira (6). De acordo com a Polícia Militar Ambiental, a ocorrência foi registrada durante a Operação Semana do Meio Ambiente, quando a corporação, que tinha acesso às imagens de monitoramento via satélite, foi até o local verificar as condições. Na área rural, foi constatado o desmatamento de 11,4675 hectares de vegetação nativa em estágio inicial de regeneração, em área objetivo de especial preservação. Por conta disto, foi elaborado um Auto de Infração Ambiental no valor de R$ 63,071,25 em desfavor do proprietário do local. Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Os policiais também constataram a supressão isolada de 420 árvores nativas em área comum, o que resultou na multa de R$ 126 mil para o fazendeiro. As árvores suprimidas, de acordo com a Polícia Ambiental, são das espécies “candeia, amendoim, macaúba, leiteiro, angico preto, angico branco, entre outras”. “As áreas degradadas foram embargadas e o envolvido irá responder criminalmente”, concluiu a polícia ao g1. Ao todo, as multas chegaram ao valor de R$ 189.071,25. Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental Fazendeiro levou multa de quase R$ 190 mil por desmatamento de 11 hectares de vegetação nativa, em Sandovalina (SP) Polícia Ambiental VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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06/06 - Centenária árvore de Florianópolis passa por sequenciamento genético para descoberta de origem; entenda
Figueira da Praça XV é um dos principais cartões-postais da Capital de Santa Catarina, mas ainda não tem definida a origem e espécie. Árvore da Praça XV passa por processo de sequenciamento genético para descobrir origem Tiago Ghizoni/NSC Pesquisadores do laboratório de genética vegetal da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) buscam, por sequenciamento genético, descobrir a identidade da Figueira da Praça XV, em Florianópolis. Centenária, a árvore é um dos principais cartões-postais da Capital de Santa Catarina, mas ainda não tem definida a origem e espécie. O trabalho é feito desde março pelo professor de biotecnologia Valdir Stefenon junto com os estudantes de pós-doutorado Yohan Fritsche e Thiago Ornellas. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Segundo os especialistas, até o momento se tem a evidência de que a espécie que habita a praça é exótica, ou seja, não é originária do Brasil. Outros detalhes, no entanto, devem ser divulgados nas próximas semanas. Após confirmarem a espécie da figueira, conforme os pesquisadores, será possível avançar e buscar possibilidades para a chegada da árvore na cidade. Até os dias atuais, não se sabe ao certo como e por quem ela foi levada para a praça. "A partir do conhecimento exato, é possível dizer de onde ela veio, se foi do Rio de Janeiro ou de outras partes do mundo", explicou Stefenon. Árvore da Praça XV em Florianópolis Tiago Ghizoni/NSC Tema de lendas contadas há gerações pelos moradores de Florianópolis, a figueira foi plantada por volta de 1870 na área que atualmente abriga a escadaria da Catedral, também no centro da cidade. Cerca de 20 anos depois, em 1891, ela foi transplantada para a praça e desde então serviu de sombra aos viajantes, além de palco para festividades.   Dia da Árvore: Projeto cataloga Imbuias gigantes, espécie símbolo em risco de extinção Como é feita a pesquisa Para a descoberta, os pesquisadores coletaram partes pequenas da árvore quem contém genomas de cloroplastos. A substância pode ser encontrada, por exemplo, nas folhas de plantas. A partir disso, o material foi colocado em um equipamento de alta tecnologia que identificou e mostrou o DNA da figueira da Praça XV. Com isso, os pesquisadores estão conseguindo comparar os dados da árvore da Capital com os de outras milhares espécies registradas em um banco de dados mundial. "Dessa forma, a gente consegue mostrar que a ciência também contribui e se mistura com a história, que a ciência tem que sair das quatro paredes do laboratório. Acho muito importante que não estamos fazendo algo só para o mundo cientifico, mas produzindo conhecimento para a cultura da cidade", explicou o professor. Sequenciamento genético da figueira Caroline Borges/g1 Árvores de 'espécies exóticas invasoras' com proibição de plantio em SC Árvore será clonada Além do trabalho de sequenciamento genético, os pesquisadores também desenvolvem uma pesquisa para clonagem da árvore. Usando filamentos mais novos da árvore, o processo vai ajudar a perpetuar as características genéticas da atual figueira. Segundo Stefenon, os primeiros resultados são positivos: "É um processo um pouco demorado, mas a gente acredita que dentro de um ano a gente vai ter uma quantidade considerável de clones da figueira. Se tem discutido com o grupo que esse clone pode ser [usado] de presente que caracterize exatamente o que é Florianópolis. E para fortalecer laços de amizade com outros municípios, outros estados, outros países", afirmou. Árvore da Praça 15 em Florianópolis Tiago Ghizoni VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias Veja mais notícias do estado no g1 SC
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05/06 - Programa de reflorestamento planta meio milhão de mudas nativas anualmente em áreas impactadas pela Usina Hidrelétrica de Porto Primavera
O objetivo da ação, que abrange 240 espécies nativas identificadas, é promover a recuperação de áreas de conservação e a criação de corredores ecológicos para animais silvestres no entorno do reservatório no Rio Paraná, na divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Programa de Reflorestamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) planta meio milhão nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sergio Motta Cesp A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) realiza o plantio de cerca de 500 mil mudas nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, no distrito de Porto Primavera, em Rosana (SP). O Programa de Reflorestamento Ciliar e Recomposição de Matas Nativas também está concentrado em uma área de preservação de 230 hectares em Paulicéia (SP). O objetivo da ação, que abrange 240 espécies nativas identificadas, é promover a recuperação de áreas de conservação e a criação de corredores ecológicos para animais silvestres no entorno do reservatório no Rio Paraná, na divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. "O volume é equivalente a 1.369 árvores nativas plantadas a cada 24 horas ou 1,6 muda nativa, por ano, para cada morador dos 12 municípios da área de influência do reservatório da usina”, cita a companhia. Programa de Reflorestamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) planta meio milhão nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sergio Motta Cesp O gerente de Sustentabilidade e Operações da Cesp, André Rocha, cita que a iniciativa “visa atender à diretriz da empresa de contribuir para a conservação da fauna e da flora e ao compromisso assumido no licenciamento ambiental do empreendimento, que prevê o reflorestamento de cerca de 230 hectares ao ano”. “A proteção da biodiversidade e das nossas riquezas naturais faz parte do nosso negócio. Desde o início do programa, já promovemos o reflorestamento em cerca de 4.500 hectares de áreas na região. Estas áreas, que equivalem a quatro mil e quinhentos campos de futebol, são, em sua maioria, áreas de preservação e de matas ciliares e na criação de corredores ecológicos para animais silvestres”, reforça Rocha. Programa de Reflorestamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) planta meio milhão nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sergio Motta Cesp O gerente ainda menciona que as ações têm ligação direta com outra iniciativa de preservação ambiental da companhia, o Programa de Monitoramento da Ictiofauna, feito no Rio Paraná e em rios que deságuam no reservatório da hidrelétrica de Porto Primavera. “Quando falamos em conservação ambiental e promoção do equilíbrio ambiental, são necessárias várias ações e iniciativas conjuntas. Ao promovermos ações de recuperação de matas ciliares, estamos contribuindo diretamente para a proteção dos rios e dos peixes da região”, acrescenta. Reflorestamento ciliar Iniciado há cerca de 20 anos, o Programa de Reflorestamento Ciliar e Recomposição de Matas Nativas foi implementado durante o início do reservatório de Porto Primavera. Para atender a iniciativa, a Cesp conta com a atuação do Horto Florestal de Porto Primavera, conhecido como Viveiro de Mudas, com capacidade de produzir mais de 1 milhão de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica e do Cerrado por ano. Ainda de acordo com Rocha, "essa produção de mudas envolve uma ação minuciosa, que se inicia na coleta das sementes das árvores em campo". Atualmente, a companhia mantém dois Bancos Ativos de Germoplasmas (BAGs), que são bosques de árvores nativas, um no Estado de São Paulo e outro em Mato Grosso do Sul, de onde é coletada parte das sementes para a produção das mudas no viveiro. Programa de Reflorestamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) planta meio milhão nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sergio Motta Cesp A companhia ainda adiciona que, somente nos BAGs, são mantidas 63 espécies diferentes de árvores nativas, sem contar as espécies existentes em áreas de preservação ambiental da empresa na região utilizadas como matrizes para a produção das mudas. Desde que o programa foi iniciado, “já foram catalogadas matrizes de aproximadamente 240 espécies de árvores nativas dos dois biomas na região”. “Este é um dos diferenciais do Horto Florestal, a grande variedade de espécies nativas reproduzidas e o cuidado com sua qualidade genética. Elas são coletadas diretamente da natureza, em um sistema preciso de georreferenciamento. É um trabalho contínuo de coleta, cuidados na produção e nos plantios. Com isso, conseguimos manter a diversidade genética, essencial para o sucesso das ações de reflorestamento.”, finaliza o gerente. Para cada muda produzida no Horto Florestal, são cerca de 30 árvores que podem fornecer sementes com diferentes materiais genéticos mapeados. "Essas matrizes estão presentes em uma faixa média de 250 quilômetros de extensão”, acrescenta a Cesp. Programa de Reflorestamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) planta meio milhão nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sergio Motta Cesp Doações A Cesp também mantém o Programa Fomento Florestal, que visa à doação de mudas para pessoas ou instituições que queiram promover o reflorestamento em áreas de conservação. “Somente em 2022, foram mais de 46 mil mudas nativas doadas para parceiros por meio desta iniciativa, o que equivale a 126 mudas doadas a cada 24 horas”, conclui a companhia. A doação de mudas nativas pode ser solicitada por meio do canal "Diálogo Aberto da Cesp", através do número de WhatsApp (11) 93032-6699. Programa de Reflorestamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) planta meio milhão nativas anualmente na região de influência da Usina Hidrelétrica Sergio Motta Cesp VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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03/06 - Após mortes de onças-pintadas atropeladas, Estado anuncia investimento de R$ 23 milhões para aumentar segurança no entorno do Morro do Diabo
Serão instalados mais quatro radares de controle de velocidade dos veículos e construídas três novas passagens subterrâneas de fauna na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque. Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), onde morreram duas onças-pintadas atropeladas no último mês de abril, corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP) Semil A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) anunciou, neste sábado (3), um investimento de R$ 23 milhões em iniciativas para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP). Entrarão em operação quatro novos radares de controle de velocidade dos veículos, além dos dois já existentes, totalizando seis em funcionamento, ao longo da Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), via que corta o parque, e serão construídas três novas passagens subterrâneas de fauna, com dimensões para animais de maior porte e direcionamento dos bichos. Também serão implantados 30 quilômetros de cercas de segurança ao longo da via e outros 10 quilômetros na Estação Ecológica do Mico-leão-preto. Ainda foi anunciada a instalação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Oeste Paulista para o atendimento de bichos atropelados e apreendidos. As medidas foram anunciadas após duas onças-pintadas terem morrido atropeladas na Rodovia Arlindo Béttio em um intervalo de menos de uma semana no último mês de abril. O primeiro caso, no dia 23 de abril, havia vitimado um filhote de aproximadamente nove meses de idade, no km 16. O segundo atropelamento, no dia 28 de abril, tinha causado a morte de uma onça-pintada com cerca de dois anos, no km 15. Os felinos pertenciam a uma espécie ameaçada de extinção. Neste sábado (3), a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, visitou o parque e vistoriou a SP-613, que atravessa a área da unidade de conservação da Mata Atlântica. “Esse é um ótimo exemplo de política transversal e integrada da Semil, a partir de uma iniciativa em prol da preservação da fauna local, unindo um dos braços ambientais da secretaria, a Fundação Florestal, e o Departamento de Estradas de Rodagem [DER]”, comentou. Não foram estabelecidos prazos para a execução das medidas anunciadas pelo Estado, mas apenas um cronograma que seguirá até 2026. Os prazos ainda estão indefinidos porque, segundo o Estado, dependem de procedimentos burocráticos, como a elaboração de projetos e a abertura de licitações. Governo do Estado anunciou neste sábado (3), em Teodoro Sampaio (SP), um investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Morro do Diabo Murilo Zara/TV Fronteira Mata Atlântica Localizado no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo, e próximo ao bioma do Cerrado, o Parque Estadual do Morro do Diabo é um dos raros trechos de Floresta de Planalto do país, abrangendo quase 34 mil hectares de Mata Atlântica interiorana. O parque abriga espécies ameaçadas de extinção, como anta, queixada, bugio, puma e onça-pintada, além de ser o lar da maior população livre do mico-leão-preto, uma espécie de primata entre as mais ameaçadas do planeta. Além disso, a unidade de conservação possui a maior reserva de peroba-rosa do país, desempenhando um papel importante nos trabalhos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Além de ser utilizado para atividades de lazer e esporte, o Parque Estadual do Morro do Diabo desempenha um papel importante nas pesquisas científicas. O parque serve como base para o Programa Monitora BioSP, da Fundação Florestal, instituição ligada à Semil. Os estudos realizados no parque fornecem subsídios para a tomada de decisões, não apenas para a proteção de espécies e a conservação da biodiversidade, mas também para a implementação de ações relacionadas ao aumento da cobertura vegetal e à redução da fragmentação das paisagens. Isso contribui para ampliar os serviços ecossistêmicos e ambientais das unidades de conservação e das zonas de amortecimento. VEJA TAMBÉM: Espécie criticamente ameaçada, onça-pintada filhote morre atropelada em rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio Ameaçada de extinção, mais uma onça-pintada morre atropelada na rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo; foi o 2º caso em menos de uma semana Governo do Estado anunciou neste sábado (3), em Teodoro Sampaio (SP), um investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Morro do Diabo Murilo Zara/TV Fronteira Em 2022, o governo de São Paulo realizou investimento de R$ 6 milhões na reforma das edificações do Parque Estadual do Morro do Diabo. Essas melhorias incluíram a revitalização do centro de visitantes, alojamentos, hospedarias, playground e museu. Além disso, recursos foram destinados para aprimorar as áreas das churrasqueiras e pontos de apoio para atividades de camping, bem como para receber motorhomes e trailers. O Morro do Diabo é considerado um dos quatro "parques-modelo" do Estado, ao lado dos parques estaduais da Ilha Anchieta, em Ubatuba (SP), da Ilha do Cardoso, no Vale do Ribeira, e de Intervales, na Serra de Paranapiacaba. Oferece atrações como a Trilha do Morro do Diabo, que conduz ao topo da montanha e proporciona uma vista panorâmica exuberante. Também está disponível a ciclorrota Caminho das Onças, um percurso de 51 quilômetros. Além disso, o parque conta com trilhas inclusivas, como a Trilha da Lagoa Verde, que pode ser percorrida utilizando cadeiras Julietti, especialmente projetadas para pessoas com limitações físicas. Governo do Estado anunciou neste sábado (3), em Teodoro Sampaio (SP), um investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Morro do Diabo Murilo Zara/TV Fronteira Risco de extinção da onça-pintada A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Tem até 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. Os machos pesam cerca de 20% a mais do que as fêmeas, podendo chegar a 135 quilos. A onça-pintada pode viver em vários tipos de hábitats, desde que uma parte da vegetação seja densa. É um animal solitário e territorial. Tem hábitos noturnos. Pode ocupar áreas de 22 km² a mais de 150 km² (dependendo da disponibilidade de presas). A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Mas está oficialmente extinta nos Estados Unidos e já é uma raridade no México. Governo do Estado anunciou neste sábado (3), em Teodoro Sampaio (SP), um investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Morro do Diabo Murilo Zara/TV Fronteira Na onça-pintada, ocorre também o fenômeno do melanismo, comum em outros felinos. A coloração amarela é substituída por uma pelagem preta. Dependendo da luz em que o animal se encontra, percebem-se as rosetas. O animal na forma melânica é chamado de onça-preta. As populações vêm diminuindo devido ao confronto com atividades humanas, como a pecuária. A espécie é classificada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como vulnerável e está no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites). Ou seja, o risco de extinção está associado ao comércio e sua comercialização só é permitida em casos excepcionais, mediante autorização expressa. Governo do Estado anunciou neste sábado (3), em Teodoro Sampaio (SP), um investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no entorno do Morro do Diabo Murilo Zara/TV Fronteira VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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31/05 - Semana do Meio Ambiente em Fernando de Noronha tem atrações gratuitas; confira programação
Eventos acontecem a partir da quinta (1º) e seguem até o dia 7 de junho em vários locais da ilha. Imagem de arquivo mostra o meio ambiente em Fernando de Noronha Admistração de Fernando de Noronha/Divulgação Fernando de Noronha comemora a Semana do Meio Ambiente com uma programação gratuita que começa na quinta-feira (1º) e segue até o dia 7 de junho. São realizadas expedições, gincanas, trilhas e debates. Segundo os organizadores, o objetivo do evento é colocar o tema da conservação em pauta. 📱Compartilhe no WhatsApp A abertura da programação acontece às 17h no Forte Nossa Senhora dos Remédios. Participam a administradora da ilha, Thallyta Figuerôa; a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Fernando de Noronha, Ana Luiza Ferreira; e a chefe do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Carla Guaitanele. Programação Sexta-feira (2): 🛬 Às 8h: O Aeroporto Carlos Wilson recebe uma ação de divulgação do programa Plástico Zero. O programa, criado em 2019, determina a redução do uso de descartáveis e plásticos na ilha. Os turistas vão receber informações do trabalho em Noronha para reduzir a geração de resíduos. 🐬Às 17h: O painel interativo “Conservação oceânica: o desafio perante o aumento do lixo marinho” é realizado no Forte dos Remédios. O encontro conta com a participação do oceanógrafo do Projeto Golfinho Rotador, José Martins. Sábado (3): 🌳 Das 8h às 11h: A Gincana Ambiental ocorre na Praia da Conceição, com atividades ambientais para crianças. 🐢 Das 16h às 18h: Uma roda de conversa acontece na Praça Tamar, com contos de temas ecológicos. Domingo (4): 🏝️ Das 8h às 12h: Expedição à Ilha Rata, a segunda maior do arquipélago, que faz parte do Parque Nacional Marinho e só pode receber visitação com autorização especial do ICMBio. 5 de junho: ☕ A partir das 6h: No Dia Mundial do Meio Ambiente, as atividades começam com ioga e café da manhã, no Mirante do Boldró. Temas ambientais são abordados com os alunos da Escola Arquipélago, durante o dia de aula. 🌊 A partir das 18h: Comemoração dos 37 anos da Área de Proteção Ambiental, também no Mirante do Boldró. 6 de junho: 🦈 A partir das 17h: O painel "Desafio na conservação da biodiversidade marinha: dos tubarões ao peixe-leão" é realizado no Forte dos Remédios, com a participação de especialistas como Rhiel Venuto, representante do ICMBio. 7 de junho: 🌤️ Às 17h: O Forte dos Remédios recebe o painel "Necessidade da resiliência e adaptação às mudanças do clima", com a participação de Dalla Bell, representante da Secretaria de Meio Ambiente. A programação é realizada em parceria pela Administração da Ilha, pelo ICMBio, pela Secretaria do Meio Ambiente, pelo Forte Noronha, pela Escola de Surfe Alma Solar, pelo Projeto Golfinho Rotador, pela Escola Arquipélago e pelo Projeto Tamar. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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23/05 - Organizações indígenas se manifestam contra a exploração de petróleo pela Petrobras na Bacia da Foz do Rio Amazonas
Declaração foi divulgada em um documento que destacou o impacto nas terras indígenas e as mudanças climáticas globais em função da exploração petrolífera. Dança do Turé na aldeia Manga, etnia Karipuna, em Oiapoque Mário Vilela/Funai A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se manifestaram contra a exploração de petróleo pela Petrobras na bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá, extremo norte do Brasil. A declaração foi divulgada em um documento que destacou o impacto socioambiental nas terras indígenas e as mudanças climáticas globais em função da exploração petrolífera. Manguezais, corais e terras indígenas: conheça a foz do Amazonas alvo da disputa As organizações disseram que este tipo de empreendimento não converge com o discurso de valorização da região amazônica e fizeram críticas aos apoiadores. "Para nós, é impossível que um governo se comprometa em ter uma política ambiental que combate as mudanças climáticas e, ainda assim, se posiciona a favor do licenciamento de projetos que terão impacto socioambiental e aumento do uso de combustíveis fósseis, um dos maiores gargalos para barrar a crise climática", escreveram. Em 14 de maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença para a Petrobras iniciar a exploração petrolífera na bacia da Foz do Rio Amazonas. O órgão informou que o plano da Petrobras para a área não apresenta garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo, e que viu lacunas na previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque. Infográfico mostra o local em que a Petrobras quer explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas Editoria da Arte/g1 A Petrobras declarou que atendeu a todos os requisitos do Ibama no processo de licenciamento e que a área em que pretende perfurar o poço está a 175 km costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. O Ministério de Minas e Energia declarou que recebeu a decisão do Ibama com naturalidade e respeito, e que o poço, de pesquisa, serviria para reconhecimento do subsolo e das potencialidades da região. Na primeira manifestação sobre o assunto, Lula (PT) disse nesta segunda-feira (22) achar difícil haver algum problema para a Amazônia, mas que ainda avaliaria o caso. Aldeia Manga, Amapá, Oiapoque Ibge/Divulgação O texto, que também carrega a logo da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), descreve que "não há lógica em possuir um discurso de sustentabilidade e desejar 'explorar' recursos em detrimento da vida de toda a humanidade". As organizações citam também que apenas a preservação das florestas em pé não deve ser suficiente para impedir que o planeta ultrapasse o aumento de 1,5º, considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas. Terras indígenas localizadas no extremo norte do Amapá Crianças e adultos participam da soltura de tracajás nas terras indígenas de Oiapoque Marcelo Domingues/Instituto Iepé De acordo com Renata Lod, vice coordenadora do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO), 4 povos vivem no litoral do estado: Karipuna, Galibi Marworno, Galibi Kali' na e Palikur-Arukwayene. Ao todo, são cerca de 13 mil indígenas vivendo em 3 Terras demarcadas e homologadas (TI Uaçá, TI Jumina e TI Galibi). As TIs são compostas por 56 comunidades dentro de uma área contínua de 518.454 hectares, organizada em 5 regiões: BR-156, Rio Oiapoque, Rio Uaçá, Rio Urukawá e Rio Curipi. Terras indígenas podem ser afetadas por exploração na costa do Amapá Maksuel Martins/Secom Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:
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22/05 - Candiru: conheça mitos e verdades por trás do 'peixe-vampiro' que penetra orifícios do corpo humano
Popularmente, existe a teoria de que o candiru é atraído pelo odor da urina, mas pesquisador explica que não há comprovação científica para essa teoria. Montagem candiru João Cordeiro / Instagram O candiru, conhecido como “peixe-vampiro”, é temido por banhistas da Amazônia pela sua capacidade de entrar em orifícios do corpo humano, como o pênis. Mas sabia que não são todos os candirus que possuem esse comportamento? E o que atrai esse animal até o corpo humano? O g1 conversou com o pesquisador e especialista em diversidade e biogeografia de peixes de água doce, Fernando Dagosta, que explicou um pouco sobre o comportamentos desses animais. Um entre tantos Primeiro é importante entender que existem várias espécies de candirus: alguns deles são “carniceiros” (se alimentam da carne de outros peixes) e os outros são apenas hematófagos (se contentam apenas com o sangue). “Os candirus verdadeiros [hematófogos] não são animais que têm preferência por alguma espécie específica. Então o candiru ataca praticamente quase todo tipo de peixe que tenha sangue o suficiente pra ele conseguir se nutrir”, explica Fernando. Candiru alimentado de sangue - Paracanthopoma parva Fernando Dagosta E complementa: “os candirus hematofágos funcionam, ecologicamente, como se fossem pernilongos: se alimentam do sangue do hospedeiro e vão embora. O pernilongo não fica grudado na gente todo tempo; ele vem, pica e vai embora. É a mesma coisa que o candiru faz no peixe”. Pelo comportamento de se alimentar de outros animais, o candiru é considerado um parasita. Na pesca, sobretudo nos rios da Amazônia, não é incomum que se pesque um peixe e ele venha com um candiru de brinde grudado nas brânquias do hospedeiro. Entenda como o candiru, o 'peixe-vampiro', pode causar lesões graves em banhistas O candiru se atrai pela urina? Depois de ter conhecimento das diferentes espécies de candirus, é importante entender que somente os hematófagos têm o comportamento de entrar nos canais da uretra de humanos. Mas o que atrai esse peixe até lá? Popularmente, existe a teoria de que o candiru é atraído pelo odor da urina. No entanto, segundo Dagosta, não existe comprovação científica de que isso realmente aconteça. Em uma pesquisa feita em 2001, pesquisadores brasileiros e norte-americanos da Universidade de Connecticut (The University of Connecticut at Avery Point, em inglês) e do Instituto Nacional de Pesquisas de Amazônia fizeram um estudo para analisar o comportamento do candiru hematófago. O artigo foi publicado no jornal acadêmico Biologia Ambiental de Peixes (Environmental Biology of Fishes, em inglês). LEIA TAMBÉM: Conheça o peixe transparente do rio Madeira que tem a bexiga no formato da letra grega Pi; vídeo Quem é o temido 'peixe vampiro' e por que ele ameaça banhistas de rios da Amazônia Bico de furar bambu, ninhos nunca vistos: conheça a ave rara e exclusiva da Amazônia ameaçada de extinção “Em um ambiente controlado, que era um aquário, eles colocaram os candirus e observaram as respostas de acordo com substâncias que eles colocavam nesse aquário. Então eles colocaram, por exemplo, amônia, aminoácidos, muco de peixe, urina humana… em nenhum dos casos eles obtiveram respostas significativas de forma estatística que possam indicar que o candiru se atraia por alguma dessas coisas”, explica Dagosta. No entanto, o pesquisador esclarece que a pesquisa foi feita em ambiente controlado e o comportamento do candiru nos rios pode se diferenciar do que foi observado. “Então o candiru é atraído por urina? Cientificamente não existe evidência de que isso aconteça. Por outro lado, a gente sabe que pelas brânquias dos peixes, eles eliminam amônia, que é um composto que tem nitrogênio em sua forma. Os candirus verdadeiros precisam entrar nas brânquias dos peixes para chupar o sangue. É possível que eles utilizem a amônia como um indicador de onde estão as brânquias. Então se uma pessoa está fazendo xixi - e os seres humanos não excretam amônia, mas excretam ureia, que também tem o nitrogênio em sua forma - então existe a possibilidade de que o candiru entre na uretra por confundirem o cheiro da amônia com o da ureia. Isso é só uma suposição, porque cientificamente não foi comprovado”. Visão espetacular Paracanthopoma truculenta, espécie de candiru Estudo de Fernando Cesar Paiva Dagosta e Mário de Pinna/Reprodução De acordo com Dagosta e a pesquisa feita na Universidade pública em Groton, uma característica cientificamente comprovado sobre o candirus é que eles possuem uma visão muito boa. Isso também pode ser uma explicação de como eles enxergam humanos como “vítimas”. “Os pesquisadores descobriram que o candiru responde visualmente aos estímulos no sentido de que quando eles colocavam um peixinho dentro do aquário com os candirus verdadeiros, os candirus eles olhavam esse peixinho e iam em direção a ele: o que significa que os candirus enxergam muito bem. Então tá confirmado cientificamente que os candirus são atraídos visualmente por objetos. Então se uma pessoa entrou na água, os candirus podem ser atraídos por ter um corpo grande perto deles e eles vão até as pessoas”, teoriza Fernando.
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22/05 - Manguezais, corais e terras indígenas: conheça litoral no centro da discussão sobre a exploração de petróleo pela Petrobras no Rio Amazonas
Biodiversidade existente na região onde acontece o encontro das águas do Rio Amazonas com o Oceano Atlântico na costa do Amapá, no extremo norte do Brasil. Biodiversidade costeira que pode ser impactada pela exploração de petróleo no Amapá Parque Nacional do Cabo Orange/Divulgação Com recifes de corais ainda pouco estudados e com o maior cinturão de manguezais do mundo – que se estende pela costa da Amazônia e representa 80% da cobertura do país –, a bacia da foz do Rio Amazonas é considerada uma região de grande relevância biológica. Esta biodiversidade está no centro das discussões sobre a exploração de petróleo no extremo norte do Brasil, a cerca de 175 quilômetros da costa do Amapá, na bacia da Foz do Amazonas. Infográfico mostra o local em que a Petrobras quer explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas Editoria da Arte/g1 Na quarta-feira (17), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença para a Petrobras iniciar a exploração petrolífera na região. O órgão informou que o plano da Petrobras para a área não apresenta garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo, e que viu lacunas na previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque. A Petrobras declarou que atendeu a todos os requisitos do Ibama no processo de licenciamento e que a área em que pretende perfurar o poço está a 175 km costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. O Ministério de Minas e Energia declarou que recebeu a decisão do Ibama com naturalidade e respeito, e que o poço, de pesquisa, serviria para reconhecimento do subsolo e das potencialidades da região. Na primeira manifestação sobre o assunto, Lula (PT) disse nesta segunda-feira (22) achar difícil haver algum problema para a Amazônia, mas que ainda avaliaria o caso. "Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]", declarou o presidente pouco antes de deixar o Japão, onde estava para a participar da cúpula do G7 . Lula se manifesta sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas O g1 reuniu informações sobre a fauna, a flora e a presença de povos originários neste espaço que possui tesouros naturais ainda pouco estudados. Leia abaixo. Compartilhe no Telegram Compartilhe no WhatsApp Corais da Amazônia Corais da Amazônia Greenpeace/Divulgação Em 2016, recifes de corais foram descobertos na costa do Amapá em meio ao anúncio de exploração de petróleo na região. Os “corais da Amazônia”, de acordo com a organização não-governamental (ONG) internacional Greenpeace, são formações únicas e seriam diretamente ameaçadas pela atividade petrolífera. Os corais foram citados pela primeira vez em maio de 2016 por um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que explorou a costa Leste do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa. De acordo com a pesquisa, os recifes são formados por corais, esponjas e rodolitos (algas calcárias). Diante do estudo, os pesquisadores fizeram em janeiro de 2017 a primeira expedição que, ao longo de 16 dias, mapeou e identificou as novas descobertas. Veja abaixo algumas imagens capturadas que revelam um ecossistema rico em texturas, cores e formatos, que sobrevive em águas profundas e com pouca luminosidade. O ecossistema ainda pouco conhecido fica a 100 quilômetros do litoral, próximo ao encontro das águas do Rio Amazonas e do Oceano Atlântico. Ele desperta grande curiosidade sobre como acontece a adaptação da vida marítima na mistura de água doce e salgada. Inicialmente, foi estimado que os recifes teriam pelo menos 9.500 quilômetros quadrados, mas após a expedição, os cientistas estimam que eles podem ter até 56 mil quilômetros quadrados, em uma área que vai da Guiana Francesa, passa pelo Amapá e Pará e chega ao Maranhão. Imagem submersa dos Corais da Amazônia Greenpeace/Divulgação Para o Greenpeace, os recifes estão ameaçados pelo fato de estarem localizados próximos ao bloco a ser explorado na bacia da foz do Amazonas. "O Greenpeace apoiou expedições científicas em 2017 e 2018, que já indicavam a inviabilidade ambiental para essa exploração. Inclusive, esse termo é usado no parecer do Ibama, que respeita o princípio da precaução, de se evitar qualquer intervenção o meio ambiente sem as garantias de que não vai ter impacto", disse Marcelo Laterman, porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil. Em 2018, uma petrolífera francesa que tentava explorar a mesma área teve a licença negada pelo Ibama. Imagem submersa dos Corais da Amazônia Greenpeace/Divulgação Também em 2018, um projeto de lei para tornar os corais da Amazônia uma área de preservação permanente começou a tramitar na Câmara dos Deputados, mas a proposta foi rejeitada em dezembro de 2021 pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. Em meio à discussão sobre a possível liberação da exploração de petróleo na área próximas aos corais, ONGs, universidades e moradores da região temem as consequências de impactos ambientais ao ecossistema. Manguezais da Amazônia Área de mangue no Cabo Orange, no Amapá ICMBio/Divulgação Distribuídos pelos estados do Amapá, Pará e Maranhão, os manguezais da Amazônia correspondem a mais de 80% dos manguezais do Brasil e possui o maior cinturão ininterrupto do mundo. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Amapá é o terceiro maior estado do Brasil com uma área de 226 mil hectares de mangues, atrás do Pará (aproximadamente 390 mil hectares) e do Maranhão (505 mil hectares). O dado, segundo o instituto, consolida a importância da costa norte para a conservação da vegetação. O mangue é um ambiente de transição entre o mar e o continente, entre a água salgada e a doce, entre os biomas terrestre e marinho, nas regiões tropicais e subtropicais. Parque Nacional do Cabo Orange (PNCO), no Amapá Marcus Cunha/ICMBio Na Amazônia, o ecossistema gera verdadeiras florestas com árvores de grande porte. O solo se forma a partir de uma grande quantidade de matéria orgânica em decomposição que serve de alimento e habitat para diversas espécies de crustáceos e peixes. No Amapá, ocorre entre o Oceano Atlântico e o Rio Amazonas, onde existem as áreas de várzea, protegidas pelos manguezais. “Ele surge com o objetivo de proteger o próprio continente de impactos possíveis, como de um tsunami, por exemplo, ou de grandes ondas. Ele também é um berçário de espécies aquáticas, onde peixes, crustáceos e camarões usam para reprodução. O mesmo peixe que a gente consome no mercado, é o mesmo peixe que um dia viveu no mangue”, destacou Paulo Silvestro, analista ambiental do ICMBio. A maior parte dos mangues amapaenses está localizada no Parque Nacional do Cabo Orange. Parque Nacional do Cabo Orange Ponta do Mosquito no Cabo Orange, no Amapá Divulgação/ICMBIo Com uma área de aproximadamente 657.318 mil hectares, o Parque Nacional do Cabo Orange está localizado nos municípios de Calçoene e Oiapoque, no Norte do Amapá, região também conhecida como Litoral Equatorial Amazônico. As espécies florestais mais comuns na região são as árvores mangue-branco, mangue-vermelho e o negro. O local abriga vários animais que estão ameaçados de extinção, entre eles gato-do-mato, cuxiú-preto, tartaruga-verde, tamanduá-bandeira, onça-pintada, peixe-boi marinho e peixe-boi-da-Amazônia. Peixe-boi ameaçado de extinção volta à natureza após seis anos de resgate Divulgação/Ibama Um protagonista desta região é o peixe-boi chamado "Victor Maracá". Ele foi resgatado e após viver por seis anos em uma piscina foi devolvido à natureza num rio na Aldeia do Manga, em Oiapoque. Peixe-boi ameaçado de extinção volta à natureza, em aldeia no AP Segundo o ICMBio, uma das visões que mais impressiona os visitantes é a grande concentração de aves, que utilizam a área para construção de ninhos nos mangues. Aves migratórias no Cabo Orange ICMBio/Divulgação De acordo com o biólogo analista do ICMBio, o Amapá recebe anualmente algumas espécies de aves que fogem do inverno de países como o Canadá e os Estados Unidos e que passam o verão nesse ponto específico no Norte do Brasil. “Tem animais que viajam milhares de quilômetros do Canadá e do Alasca (EUA) e vêm pra cá. O maçarico-rasteirinho, maçarico-de-perna-amarela. Do grande e do pequeno, vêm ficar aqui durante o inverno de lá, que tem muita neve e não tem comida", comentou Silvestro. Caranguejos-uçá ICMBio/Divulgação Outros protagonistas dessa área são os caranguejos-uça, crustáceos predominantes na região. A espécie se alimenta de folhas em decomposição, sementes e frutos de mangue. A carne do caranguejo-uça é bastante apreciada na culinária, por isso é definido anualmente o período de defeso durante a época reprodutiva da espécie. Conhecida como "andada", essa fase acontece no início do ano, quando os caranguejos saem das tocas e andam aos montes pelos manguezais, em busca de acasalamento e para a liberação de ovos. Caranguejos-uça na "andada" CPRH Esta área que compõe o Parque Nacional do Cabo Orange é apenas um recorte da rica biodiversidade existente na costa do Amapá. Outras duas unidades de conservação litorâneas também guardam as riquezas do extremo norte do Brasil: a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Estação Ecológica Maracá-Jipioca, que abriga a “Ilha das Onças-Pintadas”, uma das regiões mais remotas do estado com acesso pelo município de Amapá. ‘Ilha das Onças-Pintadas’: região remota na Amazônia ajuda na conservação da espécie Onça fotografada na Estação Ecológica Maracá-Jipioca, na chamada 'Ilha das Onças-Pintadas', no Amapá Girlan Dias/ICMbio Terras indígenas Crianças e adultos participam da soltura de tracajás nas terras indígenas de Oiapoque Marcelo Domingues/Instituto Iepé Povos Indígenas temem a exploração de petróleo na costa do Amapá por acreditarem que a atividade deve provocar impactos ambientais em pelo menos quatro etnias que ficam ao norte do estado. Renata Lod, vice coordenadora do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO), detalhou que os povos Karipuna, Galibi Marworno, Galibi Kali' na e Palikur-Arukwayene vivem em 3 Terras Indígenas demarcadas e homologadas (TI Uaçá, TI Jumina e TI Galibi). Comunidade indígena Açaizal CCPIO/Divulgação Ao todo, são cerca de 13 mil indígenas vivendo em 56 comunidades dentro de uma área contínua de 518.454 hectares, organizada em 5 regiões: BR-156, Rio Oiapoque, Rio Uaçá, Rio Urukawá e Rio Curipi. A vice coordenadora disse que as comunidades receberam com satisfação o resultado do parecer do ibama. "Ele apenas afirma aquilo que a gente vem tentando dialogar com a Petrobras todo esse tempo porque nós estamos tentando um diálogo para que o nosso protocolo de consulta seja respeitado, mas também para que a gente mostre os danos que isso pode trazer. Nós estamos vivendo as questões das mudanças climáticas e nós povos indígenas estamos vivendo na pele toda essa situação", disse. Terras indígenas podem ser afetadas por exploração na costa do Amapá Maksuel Martins/Secom Outra preocupação é a movimentação de aeronaves na região. Segundo Lod, o barulho pode causar transtornos nas aldeias, que não estão acostumadas com sobrevoos. Adaptações no aeródromo de Oiapoque para auxílio na exploração petrolífera "A questão das aeronaves que passavam quase que diariamente em cima das nossas aldeias trazendo consequências tanto para as nossas crianças que se assustavam, quanto para a caça. Isso assustava as caças, tanto pássaros, quanto animais terrestres [...] os nossos territórios vai sendo impactados com isso", completou. VEJA TAMBÉM: Perfuração marítima na foz do rio Amazonas pode afetar comunidades quilombolas e ribeirinhas no Pará Ministro de Minas e Energia pede para Petrobras não retirar sondas da bacia da foz do Amazonas Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:
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20/05 - Ministra dos Povos Indígenas defende que AGU se posicione contra a redução do Parque Nacional do Jamanxim
Em ofício enviado à Advocacia Geral da União, Sônia Guajajara argumentou que a alteração nos limites do parque não poderia ter sido feita por Medida Provisória. Nos governos Temer e Bolsonaro, AGU foi favorável à redução dos limites para permitir a passagem da Ferrogrão. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, durante audiência no Senado Edilson Rodrigues/Agência Senado A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, defendeu que a Advocacia Geral da União (AGU) mude seu entendimento e passe a ser contra a redução da área do Parque Nacional do Jamanxim, uma unidade de conservação no Pará. A redução foi feita via Medida Provisória no governo de Michel Temer (MDB) para permitir a passagem da Ferrogrão, ferrovia que vai ligar o Mato Grosso ao norte do Pará. Nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, a AGU foi favorável à redução dos limites do parque. Em ofício enviado à AGU, o Ministério dos Povos Indígenas argumenta que a redução da área do Parque Nacional do Jamanxim, fere a Constituição por ter sido feito via MP, e defende a necessidade consulta prévia aos povos indígenas. Questionada pelo g1, a AGU afirma que o pedido de revisão do entendimento feito pela ministra Guajajara está sob análise. O parque do Jamanxim é habitado por diversas comunidades indígenas, entre elas Munduruku, Kayapó e Apiaká. "A redução do parque sem consulta prévia aos povos indígenas fere não apenas o direito à consulta, mas também o direito à parcipação na tomada de decisões que afetam diretamente suas vidas e seus territórios", afirma a ministra Guajajara no documento enviado à AGU. O governo Temer aprovou a Medida Provisória 758/2016, que diminuiu a área do parque nacional em 35% na comparação com a área original (cerca de 480 mil hectares) para a exploração mineral e para a a passagem da Ferrogrão, cujo traçado corre paralelo ao da BR-163 e é uma demanda do agronegócio brasileiro. A medida foi transformada em lei em 2017. O andamento do projeto ferroviário, no entanto, foi paralisado em 2021 por uma decisão do Ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o caso. O PSOL, autor da ação, argumenta que a lei que reduziu os limites do parque é inconstitucional por ter sido feita por meio de Medida Provisória -- e não por projeto de lei, como determina a Constituição. Na ação, a AGU, ainda sob governo Bolsonaro, se mostrou favorável à redução da área com o entendimento de que a medida terá saldo ambiental positivo e que tramitação de projetos de lei e de Medida Provisória não possuem diferenças relevantes. O Ministério dos Povos Indígenas apontou a necessidade de mudança no posicionamento do órgão, "uma vez que o cenário é outro e a efetividade em proteção aos povos indígenas é umas das pautas primordiais do atual governo". O STF agendou para o dia 31 de maio o julgamento da ação.
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15/05 - Bico de furar bambu, ninhos nunca vistos: conheça a ave rara e exclusiva da Amazônia ameaçada de extinção
Choca-de-garganta-preta é exclusivamente pertencente à região amazônica e sua área de distribuição de estende pelo interflúvio dos rios Madeira e Tapajós. Biólogos de Porto Velho fizeram registro raro da ave. Choca-de-garganta-preta macho Carlos Alexandre Com apenas 17 centímetros e 31 gramas, o choca-de-garganta-preta carrega uma importante mensagem: a preservação da Amazônia é essencial para a manutenção da biodiversidade do mundo. Isso porque essa ave específica é exclusiva da região amazônica e está em alto risco de extinção antes mesmo que detalhes do seu comportamento tenham sido descobertos. Os registros do animal são raros e os estudos sobre ele são escassos. Até hoje, por exemplo, não se sabe como são seus ninhos porque nenhum deles foi encontrado. Também não existem informações quanto aos seus hábitos e métodos de reprodução. “Proteger a Amazônia é o ponto chave, na minha opinião. Sem isso a gente acaba perdendo diversas espécies que a gente nem mesmo conseguiu entender completamente como elas vivem, o que elas fazem. Com o desmatamento avançando tão rápido, a gente pode acabar perdendo espécies que a gente nem chegou a descobrir ainda”. A fala é de Wellington Nascimento, biólogo e guia de observação de aves. Ele e outros cientistas e amantes de pássaros fizeram um registro raro de um choca-de-garganta-preta em Porto Velho, durante um evento mundial de observação de pássaros realizado no último fim de semana. Rasga-mortalha: conheça a coruja que é temida popularmente por anunciar a morte Candiru: quem é o temido 'peixe vampiro' e por que ele ameaça banhistas de rios da Amazônia “Foi a primeira vez que vi a espécie em campo. Já tinha ido outras vezes observar ela, sem sucesso. Foi uma experiência incrível”, relembra. A choca-de-garganta-preta é exclusivamente pertencente à região amazônica. Inclusive, seu nome em inglês é “Rondônia Bushbird”. Sua área de distribuição de estende no interflúvio do rio Madeira e Tapajós. Segundo Wellington, em Rondônia a ave já foi encontrada em Ji-Paraná (RO) e Machadinho do Oeste (RO). O registro feito em Porto Velho, no último fim de semana, é raro. “O autor que descreveu ela diz que ela pode estar ameaçada de extinção por conta do desmatamento e pelo fato dela ocorrer numa área muito específica. Isso é muito perigoso para um espécie que, um exemplo, só vive numa floresta ‘X’. Se desmatarem aquela floresta, essa espécie deixa de existir”, comentou o biólogo. Raro e único O nome do choca-de-garganta-preta foi dado a ele por conta da coloração da fêmea: castanho-amarronzado com a garganta de cor preta. Já macho da espécie é completamente preto. O bico do pássaro é adaptado para furar bambus e se alimentar de formigas que vivem dentro dos bambuzais. No entanto, o biólogo Wellington Nascimento ressalta que mais informações sobre a alimentação e moradia da ave também são pouco conhecidas. “Quando a gente vai a campo e encontra esses bambuzais em que ela vive, todos eles são recortadinhos com um espacinho que provavelmente ela recortou para se alimentar. Até hoje não existe registros de ninhos e é o que a gente tenta estudar, com todo cuidado, tenta observar dentro do ambiente que ela vive”, aponta. O canto da espécie é uma sequência de assovios. Wellington descreve como “calmo, tranquilo, que pode até passar despercebido para algumas pessoas”. Áudio com o canto do choca-de-garganta-preta A ave ocupa a categoria de vulnerável na categoria de avaliação quanto à proteção. Isso significa que ela enfrenta um risco alto de extinção na natureza. O primeiro encontro O registro do choca-de-garganta-preta em Porto Velho foi feito durante o “Big Day”, evento mundial de observação de pássaros. “A gente teve a ideia: vamos lá no local ver se a gente consegue observar, porque o Raul [outro biólogo] já tinha escutado a espécie no local mas a gente não conseguia fazer o registro fotográfico nem vídeo. Então a gente ficou: ‘poxa, será que não é coisa da cabeça?’. É uma coisa tão rara que a gente acaba até duvidando de si mesmo”, relembra Wellington. No local, os biólogos colocaram uma caixa de som tocando o canto do pássaro, a fim de que ele respondesse para demarcar território. E não precisaram esperar muito. “Logo ela começou a cantar, a gente ficou em silêncio, esperamos um pouquinho e logo a gente conseguiu observar ela pulando entre um bambu e outro e a gente conseguiu fotografar e filmar”.
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09/05 - Justiça de RO reduz pena de Chaules Pozzebon, madeireiro apontado como o maior desmatador do Brasil
Chaules teve a pena de quase 100 anos reduzida para 70 anos, 11 meses e 19 dias. Ele foi condenado por coordenar uma organização criminosa e por extorsão; Defesa diz que vai recorrer da decisão. Chaules Volban Pozzebon foi preso em 2019 em Ariquemes Reprodução A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) reduziu, por 2 votos a 1, a pena de Chaules Pozzebon. O madeireiro apontado como um dos maiores desmatadores do Brasil foi condenado a mais de 99 anos de prisão no primeiro julgamento, mas teve a pena reformada para 70 anos, 11 meses e 19 dias na última semana. Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal analisaram os recursos dos réus e decidiram afastar as acusações de extorsão contra determinadas vítimas e manter outras. Desta forma, as penas de Chaules e dos outros 11 envolvidos foram reduzidas. Como funcionava o esquema? Chaules é empresário na região de Ariquemes (RO), dono de mais de 100 madeireiras. Ele foi condenado por coordenar uma organização criminosa que era composta, inclusive, por policiais da ativa e da reserva, além de outros indivíduos. Segundo o processo, existia uma porteira bloqueando o trajeto denominado “Estrada no Chaules”, que dava acesso para lotes utilizados para extração de madeira na área conhecida como Soldado da Borracha. Essa porteira era vigiada por pessoas armadas, integrantes da organização criminosa, que cobravam “pedágios” para que as vítimas passassem pela porteira. O grupo tinha toda uma logística de informações como “olheiros”, rádios e instalação de internet. Segundo o Ministério Público, o esquema era dividido em grupos e tarefas: Gerente de contas Coordenador de finanças Coordenador da porteira Grupo armado que atuava na porteira Núcleo de vigilância dos lotes Núcleo de limpeza dos lotes Chaules foi preso em 2019, durante a Operação Deforest. A investigação que culminou na operação começou a partir de denúncias feitas ao MP-RO por moradores da região do Vale do Jamari que estariam sendo ameaçados e extorquidos pelo grupo composto por empresários, policiais, pistoleiros, entre outras pessoas. Chaules foi preso em 2019 em Ariquemes. Polícia Federal/Reprodução A audiência de instrução do caso de Chaules foi determinada pelo TJ-RO como “histórica” pela complexidade e duração: foram 36 dias de audiência e 96 pessoas ouvidas. O que diz a defesa de Chaules? Ao g1, a assessoria informou que vai recorrer da decisão tomada pela Corte para fazer valer o voto divergente do. Abaixo, leia a nota na íntegra: "A defesa de Chaules Volban Pozzebon, conduzida pelas bancas Aury Lopes Jr. Advogados e Job Ferreira Advogados, afirma que irá recorrer da decisão tomada por maioria pela 1ª Câmara Criminal do TJRO, buscando fazer valer o voto divergente do Relator Des. Jorge Leal que analisou de forma muito mais correta e coerente com a prova produzia nos autos, absolvendo Chaules da quase totalidade das imputações e reduzindo a pena de 99 anos para 17 anos de reclusão". STF mantém prisão de Chaules Volban Pozzebon
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05/05 - Bugio ameaçado de extinção chama atenção de moradores ao escalar torre de telefonia de 30 metros de altura e invadir casas; VEJA VÍDEO
Polícia Militar Ambiental foi acionada para acompanhar o caso, em Tupi Paulista (SP), mas concluiu que a captura do animal não é adequada no momento devido a riscos. Bugio é avistado por moradores em uma torre de 30 metros, em Tupi Paulista (SP) Um bugio (Alouatta sp) tem chamado a atenção de moradores de Tupi Paulista (SP) por conta de sua aparição na zona urbana da cidade, inclusive no topo de uma torre de telefonia celular, de aproximadamente 30 metros de altura, nos últimos dias (veja o vídeo acima). A espécie é ameaçada de extinção no Estado de São Paulo. A comerciante Claudia Mantuanelli de Oliveira, que mora a duas quadras de distância da torre onde o animal tem sido visto, conversou com o g1, nesta quinta-feira (4), e disse que a Polícia Militar Ambiental foi acionada, mas pontuou que "não tinha o que fazer" sobre o caso. "A vizinha [da torre] ligou para a Polícia Ambiental e eles vieram, olharam e falaram que não tinha o que fazer e que era para não alimentar ele. Ele ficou dois dias nesta torre, lá em cima. Nesta quarta-feira [3], o bugio andou no quintal da mulher, que é vizinha da torre. Depois que começaram a colocar na rede social que ele estava aqui, algumas pessoas comentaram que já faz quase um mês que o animal está aqui em Tupi, e ninguém faz nada", explicou Claudia. Bugio se abrigou em torre de telefonia celular de 30m de altura, em Tupi Paulista (SP) Micheli Menegatti A fisioterapeuta Joisiany Ceber Anselmi, que também é moradora da cidade, confirmou que o animal surgiu em Tupi Paulista há um mês. "Já tem um mês que ele está sendo visto. Ele estava sendo visto no Jardim Primavera e, agora, ele está nesta torre. Durante o dia, pelo jeito, ele está dormindo, porque a gente não consegue achar ele. E, à noite, de tardezinha, ele já começa a aparecer”, disse Joisiany ao g1. Joisiany disse que, nesta quinta-feira (4), o bugio estava na casa de uma conhecida dela, em cima do muro, mas o animal, em questão de segundos, saiu do local. Ela ainda citou a preocupação das pessoas com o primata. “As pessoas estão preocupadas com ele subindo a torre e acontecer algum acidente. A nossa preocupação é ele passar por algum transtorno, se assustar, se estressar, ser atropelado, algo do tipo", completou ao g1. Bugio se abrigou em torre de telefonia celular de 30m de altura, em Tupi Paulista (SP) Micheli Menegatti Ameaça de extinção A espécie, do gênero Alouatta, faz parte de uma família de primatas que está ameaçada no Estado de São Paulo devido a "grandes intervenções ambientais", de acordo com o biólogo, especialista em gestão ambiental, professor e fotógrafo de natureza Helder Telles Stapait. Nestas circunstâncias, o especialista pontuou que o animal "oferece riscos devido à extrema proximidade com a população em área urbanizada". "Estes animais são silvestres, selvagens, que estão em busca de lugares e condições para se estabelecerem. O motivo de ele estar aí, nesta área urbanizada, pode ser uma altíssima supressão de áreas verdes. Uma intervenção na área de preservação ambiental, florestas, qualquer fragmento de mata onde o bando possa estar estabelecido", argumentou ao g1. O professor também citou que, em determinados casos, o grupo pode "expulsar um indivíduo, que vai se aventurar em novas regiões e pode ser que ele adentre em áreas urbanizadas". Bugio se abrigou em torre de telefonia celular de 30m de altura, em Tupi Paulista (SP) Cedida Orientações Stapait recomendou que as pessoas "jamais mantenham contato com estes animais". Isso porque, quanto maior o contato, "maior vai ser a confiança deste animal se aproximar das pessoas com base na relação de troca". "Isso pode gerar um problema muito grande quando faltar o alimento que essas pessoas possam vir a trazer para ele, aí ele pode se tornar um animal agressivo, para adquirir o alimento, e atacar estas pessoas", disse ao g1. A primeira coisa que as pessoas devem fazer, ao avistarem este tipo de animal em sua propriedade, ainda conforme o biólogo, é "acionar a Polícia Militar Ambiental". "É extremamente importante que o Poder Público tenha conhecimento da ocorrência de avistamento destes animais na área urbanizada", complementou. Bugio se abrigou em torre de telefonia celular de 30m de altura, em Tupi Paulista (SP) Micheli Menegatti Quando o homem avança com construções, indústrias e fábricas, novas áreas acabam exploradas. “Aqui na região do Pontal do Paranapanema, nós tivemos ao longo de muitos e muitos anos, mais especificamente nos últimos 40 anos, uma enorme exploração com muitos impactos ambientais gravíssimos”, ressaltou Stapait. “O maior inimigo dessas espécies é a intervenção humana. É essa intervenção que está inviabilizando o sucesso dessa espécie, a permanência dessa espécie, a sobrevivência deles”, destacou. São os fatores ligados à interferência humana que podem ser um dos motivos do aumento desses registros, cada vez mais próximos da área urbana, segundo o biólogo. Bugio se abrigou em torre de telefonia celular de 30m de altura, em Tupi Paulista (SP) Micheli Menegatti VEJA TAMBÉM: Filhote de bugio ameaçado de extinção aparece acompanhado da mãe em mata na zona urbana e chama a atenção em Presidente Venceslau Bugio, espécie de primata vulnerável no Estado de São Paulo, tem frequentes visualizações em Presidente Venceslau Presença de bugios na área urbana de Presidente Venceslau atrai curiosos, mas biólogo alerta para riscos da interação humana com os animais: 'Isso está errado!' Polícia Ambiental O capitão da Polícia Militar Ambiental, Júlio César Cacciari de Moura, explicou sobre os procedimentos que foram realizados após as denúncias de que o bugio estaria na área urbana de Tupi Paulista. “Recebemos e atendemos a solicitação de um primata da espécie bugio que adentra, por vezes, a área urbana de Tupi Paulista. Fomos ao local e, no momento do atendimento, o animal foi visualizado no alto de uma torre. A realização de contenção e captura (mecânica ou química) não é adequada no momento, por expor o animal a riscos”, pontuou Moura ao g1. Polícia Ambiental foi acionada após denúncia sobre aparição do bugio, em Tupi Paulista (SP) Cedida O oficial argumentou que a Polícia Ambiental acompanha a situação “para ações, caso necessárias”, e que o animal, diariamente, “entra em alguns lotes urbanos com árvores frutíferas". A orientação do capitão é para “não estimular a presença do animal silvestre, não deixando alimentos disponíveis para que naturalmente ele retorne para seu habitat”. Ele ainda citou que a espécie é “bastante presente naquela região”. Bugio também foi avistado em telhados de residências, na área urbana, em Tupi Paulista (SP) Cedida Defesa Civil O coordenador da Defesa Civil de Tupi Paulista, Dorival Blini, disse ao g1 que a Polícia Ambiental foi acionada por moradores, e não pelo órgão, para localizar o bugio. Blini ainda citou que, na próxima segunda-feira (8), a Defesa Civil irá comunicar a polícia para que as providências sejam tomadas. Torre de telefonia celular de 30m de altura, onde bugio se abrigou, em Tupi Paulista (SP) Micheli Menegatti Bugio também foi avistado em muros de residências, na área urbana, em Tupi Paulista (SP) Cedida VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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01/05 - Pesquisa analisa fundo do mar em Fernando de Noronha para identificar causas de mudanças em espécies
Aquecimento global, turismo e até o peixe-leão são analisados. Trabalho foi solicitado pelo ICMBio e conta com apoio das operadoras de mergulho. Pesquisadores avaliam o fundo do mar em Noronha Tiego Costa/Divulgação Um grupo de pesquisadores deu início ao estudo do fundo do mar de Fernando de Noronha. O objetivo é analisar o chamado bentos, áreas de substrato onde vivem corais, algas e pequenos peixes. Os primeiros resultados já mostram que há alterações e agora os pesquisadores querem saber qual é a influência do aquecimento global, do turismo e até do peixe-leão, espécie invasora e venenosa identificada na ilha desde dezembro de 2020, neste cenário. A professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Liana de Figueiredo Mendes, coordena o estudo. Ela pesquisa o mar de Noronha há 25 anos e recebeu uma solicitação do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para comparar os ambientes aquáticos do passado e atual. “Sabemos que em algumas áreas onde ocorriam esponjas e corais, não há mais esse registro. O fundo marinho dá sustentação para toda a cadeia produtiva do recife”, informou Liana Mendes. Compartilhe no WhatsApp A pesquisadora tem o levantamento das áreas feito há mais de 20 anos. A pesquisa vai comparar as regiões submersas com o mesmo método feito no passado, que é uma amostragem por quadrante. Na metodologia são utilizadas imagens em vídeo e fotografias. “Vamos avaliar os mesmos pontos registrados 25 atrás, usaremos o mesmo método. Vamos fazer amostragem por quadrante; nós mergulhamos, registramos a percentagem e a cobertura de espécies existentes”, explicou Liana Mendes. Corais são avaliados no estudo Tiego Costa/Divulgação Ela disse disse que, na análise preliminar, foi possível identificar que algumas áreas estão preservadas e outro lugares não estão com boa cobertura de fundo, como a chamada Laje Dois Irmãos. “A Laje Dois Irmãos tinha muitos corais e é possível ver que eles estão diminuindo. Ainda não é possível saber o motivo. Vamos avaliar e a expectativa é que em dois anos devemos ter algumas repostas”, afirmou a professora. Já a área conhecida como Ponta da Sapata, os estudos iniciais apontam que a região está preservada. Ao final do trabalho os pesquisadores podem propor ao ICMBio um manejo das áreas de mergulho, por exemplo, para ajudar na recuperação da região. Pesquisadores avaliam as áreas e anotam estado atual Tiego Costa/Divulgação Aquecimento global O aquecimento global pode ser um dos principais responsáveis pelas mudanças no fundo do mar em Fernando de Noronha. Há 25 anos a água do mar em Noronha, no período mais frio, contava com temperada de 25 graus; atualmente, chega a 26 graus. Nos períodos mais quentes, era entre 28 e 29 graus; hoje são registrados até 30 graus no verão. O peixe-leão também pode ameaçar as espécies do fundo do mar. “Vamos coletar o peixe-leão e analisar a genética do estômago. Queremos saber se eles estão se alimentando dos pequenos peixes da ilha”, disse Liana Mendes. LEIA TAMBÉM: Infográfico do g1 detalha animal que ameaça ecossistema local Entenda riscos do peixe-leão à natureza e aos seres humanos Peixe-leão é capturado pela primeira vez na costa de PE; animal é invasor, venenoso e predador O trabalho também conta com a participação do estudante de mestrado André Reis e com a colaboração do professor Sérgio Queiroz Lima. A coleta de dados é feita através de mergulho de apneia e de mergulho autônomo, com apoio das empresas que realizam a atividade em Fernando de Noronha. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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28/04 - Mais de três mil hectares de caatinga desmatados ilegalmente são embargados na Bahia
Donos dos terrenos foram identificados, autuados e responderão por crime ambiental, além de serem obrigados a recuperar as áreas degradadas. Multas superam R$ 5,8 milhões. Mais de três mil hectares de caatinga desmatados ilegalmente são embargados pelo Ibama na Bahia Divulgação/Ibama O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou nesta sexta-feira (28), que embargou 3.380 hectares de caatinga desmatados ilegalmente na região da bacia do rio São Francisco, na Bahia. Segundo o órgão, a área é equivalente a 3,3 mil campos de futebol. O embargo foi feito nesta semana durante a Operação Mandacaru I, de combate ao desmatamento ilegal do bioma caatinga. Segundo o Ibama, os donos dos terrenos foram identificados, autuados e responderão na Justiça por crime ambiental, além de serem obrigados a recuperar as áreas degradadas. As multas superam R$ 5,8 milhões. A Operação Mandacaru I foi realizada nos municípios de Santana, São Félix do Coribe, Sítio do Mato, Coribe, Carinhanha, Serra do Ramalho e Santa Maria da Vitória. De acordo com os agentes ambientais federais que participaram da ação, o desmatamento foi realizado para ampliação de atividades agropecuárias, em especial a criação de gado, sem licença dos órgãos ambientais. O Ibama informou que o desmatamento ilegal na caatinga empobrece o solo, provoca o assoreamento dos rios e elimina o habitat de diversos animais silvestres. Também contribui para o aumento dos níveis de gás carbônico na atmosfera, acelerando mudanças climáticas. De acordo com a superintendente do Ibama na Bahia, Lívia Martins, a operação realizada na caatinga terá continuidade ao longo do ano. Dia da caatinga Em 28 de abril é comemorado o dia da caatinga. A data foi instituída há 20 anos para tornar mais conhecido o único bioma exclusivamente brasileiro. Estima-se que a caatinga, situada majoritariamente na região nordeste, ocupe aproximadamente 10% do território brasileiro. Embora abrigue enorme biodiversidade, o bioma já perdeu 50% de sua área original. Da extensão remanescente, somente 8% está em unidades de conservação. A caatinga também abriga expressiva diversidade cultural. Sua população, de aproximadamente 20 milhões de pessoas, engloba povos tradicionais, quilombolas e 35 etnias indígenas. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻
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26/04 - 'Observadores da Natureza' começam a receber imagens da fauna de Fernando de Noronha; veja como contribuir
Moradores e turistas podem colaborar com o envio de vídeos e fotos para monitorar tubarões, raias, tartarugas e barracudas. Pesquisadores querem registros de tartarugas Ana Clara Marinho/TV Globo A Rede Onda ILOC, que é o grupo Observadores da Natureza para o Desenvolvimento Ambiental das Ilha Oceânicas, deu início nesta quarta (26) a uma campanha para receber registros da fauna de Fernando de Noronha. A ideia é usar o Projeto Ciência Cidadã para monitorar tubarões, raias, tartarugas e barracudas. Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram Os pesquisadores querem receber a colaboração da sociedade. Os moradores e os turistas que visitam Fernando de Noronha podem ajudar com o envio de imagens e fotos desses animais marinhos, uma forma de contribuir com o monitoramento da biodiversidade. “Nosso objetivo é unir os cidadãos não acadêmicos e os pesquisadores para buscar soluções para os problemas socioambientais identificados”, informou a pesquisadora da Rede Onda ILOC, Juliana Fonseca, que é doutoranda em ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A rede reúne pesquisadores de todo o país e tem o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os registros serão encaminhados para os estudiosos das espécies. “Essas fotos e vídeos vão ajudar a ampliar o mapeamento e o monitoramento de tartarugas, raias, tubarões e barracudas. Com isso, a gente consegue entender como essas espécies usam Fernando de Noronha e como interagem com o ambiente e com as pessoas que usam esse local”, falou Juliana Fonseca. Os pesquisadores pedem que sejam identificados local, dia e hora dos registros. As fotos e imagens podem ser encaminhadas para o WhatsApp (21) 9 7203-1568, para e-mail midiassociaisondailoc@gmail.com, ou por mensagem para o Instagram @onda_iloc. Pesquisadores também precisam de registros de tubarões Ana Clara Marinho/TV Globo Importância de Noronha Juliana Fonseca explicou a importância de Noronha para as pesquisas. “Fernando de Noronha é importante por conta das questões geomorfológicas, ecológicas e evolutivas. A ilha também tem uma ocupação e um histórico de ocupação diferente das demais ilha oceânicas”, revelou. A pesquisadora disse que Noronha é a única ilha com moradores residentes, escola, pescadores e turismo frequente. Isso aumenta a possibilidade da participação das pessoas no monitoramento. A estudiosa informou ainda que o Projeto Ciência Cidadã auxilia a conservação. Além do apoio à produção de conhecimento científico, promove o engajamento de cidadãos não acadêmico e tem o potencial de ampliar a rede de pessoas no desenvolvimento da sustentabilidade ambiental. “A participação de voluntários permite que o conhecimento das ciências do mar chegue a diferentes públicos da sociedade. Os colaboradores vão fazer parte da produção do conhecimento”, declarou Juliana Fonseca. Além de Fernando de Noronha, os pesquisadores também fazem campanha para receber registros da fauna da Ilha de Trindade, no Espírito Santo. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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25/04 - Por meio de 'impressão digital', pesquisadores mapeiam onças-pintadas no Estado de São Paulo
Trabalho contribui para a conservação dessa espécie, que é ameaçada de extinção. Pesquisadores estão mapeando as onças-pintadas no Estado de São Paulo Pesquisadores da Fundação Florestal (FF) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão mapeando onças-pintadas no Estado de São Paulo. Este trabalho dos especialistas é importante para a conservação dessa espécie, que é ameaçada de extinção. Onça-pintada que morreu atropelada, na manhã deste domingo (23), já tinha sido vista pelas câmeras de monitoramento do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP). Pesquisadores da Fundação Florestal (FF), em Teodoro Sampaio (SP), nomearam esta onça-pintada como 'Sarado' Reprodução/TV Fronteira Pesquisadores nomearam esta onça-pintada como 'Sarado' (imagem acima). Se trata de um macho, adulto, que pode pesar mais de 100 quilos. Além dele, uma parceria entre a FF e o ICMBio está mapeando as onças-pintadas em todo o Estado de São Paulo. Participam deste mapeamento todas as onças que já foram identificadas no Pontal do Paranapanema, Contínuo de Paranapiacaba, Serra do Mar e Vale da Ribeira. Câmeras de monitoramento auxiliam no mapeamento das onças-pintadas no Estado de São Paulo Reprodução/TV Fronteira A pesquisadora da FF, Andrea Pires, em entrevista à TV Fronteira, explicou que o trabalho funciona como um de 'guia das onças'. "Juntando informações, conhecimento, nós pensamos 'por que não fazer um guia das onças para o Estado de São Paulo?'. Porque cada onça tem como se fosse sua digital. Nós pensamos neste guia para auxiliar outros pesquisadores, que fizerem registros, ou até a população em geral, quando vai para o rio pescar e vê uma onça nadando ou uma onça em algum lugar do estado. A gente consegue ter essa identificação, porque traz informação para o monitoramento também", argumentou. Pesquisadora da Fundação Floresta, Andrea Pires, explica sobre o mapeamento das onças-pintadas Reprodução/TV Fronteira O mapeamento é feito através das rosetas, que são as pintas das onças. Funcionam como uma espécie de 'impressão digital' destes animais. Cada uma delas tem a sua marca única e, assim, elas são batizadas com o nome e todas as suas informações vão sendo armazenadas. O Chico, por exemplo, é um macho flagrado várias vezes pelas armadilhas fotográficas no Oeste Paulista e é acompanhado pelos pesquisadores desde filhote. Mapeamento é feito com a partir das rosetas das onças-pintadas Reprodução/TV Fronteira "Essas armadilhas captam essas imagens, a gente traz para o escritório, descarrega nos computadores e identifica as onças, dá um nome, batiza com a população, faz essa ação também. E cada uma delas a gente mapeia, roseta a roseta, para ter esse banco de dados grande de cada bicho, então a gente trabalha os dois lados, a cauda, o rosto, a cabeça, então tem esse perfil todo do animal para a gente poder identificar em qualquer ângulo que ele apareça", complementou a pesquisadora. A cada 60 dias os pesquisadores mudam as câmeras de monitoramento de lugar, dentro da mata. Estas alterações colaboram para que os profissionais consigam entender como os animais ocupam a área. No Parque Estadual do Morro do Diabo, a observação das onças-pintadas é feita em 40 pontos diferentes dentro da floresta. 'Chico' é acompanhado pelas armadilhas de monitoramento desde quando era filhote Reprodução/TV Fronteira VEJA TAMBÉM: Espécie criticamente ameaçada, onça-pintada filhote morre atropelada em rodovia que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio Chico, Juçara, Nadi, Nanã e Raoni são os nomes escolhidos para batizar onças-pintadas da Mata Atlântica paulista Parque Estadual do Morro do Diabo comemora 80 anos de história e conservação Em plena luz do dia, onças-pintadas são flagradas após caça a macacos-pregos no Parque Estadual do Morro do Diabo; veja VÍDEO 'Extremamente ameaçada de extinção', onça-pintada encontra no Morro do Diabo um ambiente protegido para a preservação da espécie Vigilantes do Morro do Diabo registram imagens de onça-pintada durante ronda no Rio Paranapanema; veja VÍDEOS Armadilhas fotográficas monitoram as onças-pintadas no Estado de São Paulo Reprodução/TV Fronteira O biólogo e monitor da biodiversidade, Fabrício Cecotti de Souza Maria, ressalta a importância do acompanhamento dos animais com as armadilhas fotográficas. "Dá para saber se ela passou aqui em tal período, se ela passou nessa região em outro período, então a gente consegue fazer uma linha temporal e a ocupação destes animais aqui no parque. É bem interessante quando você faz a análise dessas imagens, a gente acaba pegando umas imagens muito legais, comportamentos que acho que só pela câmera a gente conseguiria observar”, disse o monitor. "Tem o Chico, que a gente pegou ele desde filhote, acompanhando a mãe, e agora ele é adulto. Nas câmeras duplas, a gente conseguiu pegar mãe e filho adulto andando juntos, que é uma coisa um pouco rara", acrescentou Fabrício. 'Chico' é acompanhado pelas armadilhas de monitoramento desde filhote, quando era flagrado andando com a mãe Reprodução/TV Fronteira A bióloga Beatriz Beisiegel, do ICMBio, monitora há anos as onças-pintadas no Estado de São Paulo e principalmente no Contínuo de Paranapiacaba. No local, desde 2016, já foram identificadas 35 onças através deste monitoramento, que é feito com o auxílio das armadilhas fotográficas e com o acompanhamento dos animais através de colares com GPS instalados nos mesmos. "Um dos objetivos é atualizar a estimativa populacional da espécie aqui no Contínuo de Paranapiacaba. Nestes 10 anos aconteceram alguns fatos positivos para as onças e alguns fatos negativos. Entre os fatos positivos, está o aumento da população de uma das principais presas delas, que são as queixadas, e a criação e ampliação das unidades de conservação", pontuou Beatriz. Câmeras de monitoramento auxiliam no mapeamento das onças-pintadas no Estado de São Paulo Reprodução/TV Fronteira A especialista conta que isso possibilita a inferência de histórias de vidas dos indivíduos e a conservação da espécie. Mas, apesar deste trabalho, tem-se notado a diminuição das onças-pintadas no território paulista. "Estamos falando de uma facilitação muito grande do acesso às armas, de uma glamourização muito grande da figura do caçador, e a caça é uma ameaça importantíssima, e é uma das piores ameaças para uma população tão pequena quanto a nossa. Uma perda de um bicho, adulto, com dois terços da vida reprodutiva pela frente ainda, numa população tão pequena, é um fato que aumenta muito a probabilidade de extinção dessa população, então parece 'poxa, um bicho adulto morto aqui, outro bicho adulto morto ali, que diferença isso faz para a espécie, né?', mas em uma população pequena, isso pode aumentar para 100% a probabilidade de extinção dessa espécie aqui, em 100 anos", finalizou a bióloga. Câmeras de monitoramento auxiliam no mapeamento das onças-pintadas no Estado de São Paulo Reprodução/TV Fronteira Para os pesquisadores, o mapeamento é um trabalho importante para acompanhar a conservação deste felino, que é considerado o maior das Américas. "É uma espécie que a gente chama de guarda-chuva, porque conservando o ambiente que ela está, a gente conserva toda uma cadeia de interações de animais abaixo, porque ela é um topo de cadeia trófica, então quando eu conservo um ambiente, eu conservo para todo mundo. Essa é a importância do Parque Estadual do Morro do Diabo ter uma população de onça-pintada, porque mostra o quanto ele está conservando uma espécie tão ameaçada", concluiu Andrea. Mapeamento é feito com a partir das rosetas das onças-pintadas Reprodução/TV Fronteira Rosetas funcionam como uma espécie de 'impressão digital' das onças-pintadas Reprodução/TV Fronteira VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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24/04 - Operação especial captura 24 peixes-leão em Fernando de Noronha
ICMBio fez balanço do trabalho de manejo da espécie invasora realizado na ilha. Desde 2020 já foram capturados 154 indivíduos da espécie. Mergulhadores realizaram a captura em Noronha Pamella Rech/Barracudas Uma operação especial foi realizada no final de semana, em Fernando de Noronha, pela operadora Sea Paradise e foram capturados 24 peixes-leão, espécie invasora e venenosa. Com novos dados, o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) divulgou, nesta segunda-feira (24), que já foram capturados um total 154 peixes-leão desde que o primeiro animal da espécie foi pego na ilha, em dezembro de 2020. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O nome científico do peixe é Pterois volitans. Essa espécie tem espinhos que contêm uma toxina que pode causar febre, vermelhidão e até convulsões nos seres humanos. O animal é predador e pode consumir espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região, além de causar um desequilíbrio ecológico. Peixe-leão é invasor e venenoso Fábio Borges/Acervo pessoal LEIA TAMBÉM: Infográfico do g1 detalha animal que ameaça ecossistema local Entenda riscos do peixe-leão à natureza e aos seres humanos Peixe-leão é capturado pela primeira vez na costa de PE; animal é invasor, venenoso e predador A bióloga Clara Buck, integrante da equipe de pesquisa do ICMBio em Fernando de Noronha, informou que após a captura, os animais são encaminhando para estudo na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na California Academy, nos Estados Unidos. “Nós encaminhamos o material para entendermos melhor a biologia da espécie em Fernando de Noronha, com análise do que o peixe se alimenta, tamanho, reprodução e velocidade que ocorre o crescimento populacional, além de genética dos indivíduos”, declarou Clara Buck. A pesquisadora informou que o manejo do peixe-leão na ilha é realizado com apoio dos mergulhadores das operadoras. Os profissionais foram treinados e atuam no dia a dia no mar. Uma vez por mês os instrutores de mergulho também participam de uma ação conjunta com o ICMBio em pontos onde não ocorrem mergulhos comerciais, na área do Parque Nacional Marinho. “Além disso, duas expedições com mergulho técnico foram realizadas com a finalidade de identificar e capturar indivíduos em áreas profundas. A primeira expedição, em janeiro, contou com nove indivíduos capturados; a segunda expedição, em abril, contabilizou 24 capturas”, disse a pesquisadora do ICMBio. Peixes capturados foram entregues ao ICMBio ICMBio Noronh/Divulgação Clara Buck informou que essas expedições em áreas profundas são de grande importância para o manejo. O peixe-leão pode ser encontrado em regiões com até 300 metros de profundidade. Os indivíduos das áreas mais profundas podem contribuir com o aumento populacional e a ocupação das áreas rasas. A biólogo ressaltou que todos os mergulhadores e empresas que contribuem para a execução do plano de manejo têm autorização especial para portar o equipamento de captura do peixe-leão. A caça submarina é proibida nas unidades de conservação de Fernando de Noronha, que são o Parque Nacional Marinho e a Área de Proteção Ambiental (APA). A expectativa dos pesquisadores é que população do peixe-leão siga em crescimento. “Esperamos que a população continue aumentando nos próximos anos. A espécie tem grande capacidade reprodutiva; esse peixe pode colocar até 30 mil ovos por mês”, falou Clara Buck. Em Fernando de Noronha ainda não são aplicadas outras alternativas do plano de manejo da espécie. A pesquisadora informou que não está descartada a aplicação de medidas como a introdução do peixe-leão na alimentação dos moradores, testes com armadilhas específicas em áreas profundas, entre outras. “Essas medidas de manejo, quando aplicadas em conjunto, são muito efetivas e fundamentais para o controle populacional do peixe-leão. As alternativas são aplicadas em outros locais do [Oceano] Atlântico que passaram pela situação que estamos passando “, revelou Clara Buck. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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22/04 - Golfinhos-pintados são registrados em Fernando de Noronha; veja vídeo
A espécie não é comum na região. Em Noronha, espécie mais comum é a dos golfinhos-rotadores. Golfinhos-pintados são registrados em Fernando de Noronha Um grupo de golfinhos-pintados foi avistado em Fernando de Noronha (veja vídeo acima). A espécie não é comum na ilha, já que, no arquipélago, o mais comum é encontrar golfinhos-rotadores, Stenella longirostris. Eles nadavam na área conhecida como mar de dentro, entre a Praia da Cacimba do Padre e a Baía de Santo Antônio. Segundo os pesquisadores, esse é o primeiro registro de golfinho-pintado-pantropical em Fernando de Noronha no período chuvoso. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram “Nós estávamos pescando atum e encontramos esse grupo de golfinhos-pintados. Eles estavam na região e foi possível fazer o registro”, afirmou o marinheiro Ian Chacal, que fez o registro. O oceanógrafo José Martins, do Projeto Golfinho Rotador, disse que a instituição recebeu informações de tripulantes de embarcações da ilha que também avistaram os golfinhos-pintados-pantropicais, que tem nome científico Stenella attenuata. “O grupo visto conta com cerca de 30 golfinhos-pintados-pantropicais predominantemente adultos, com no mínimo dois juvenis”, relatou José Martins. Golfinhos-pintados em Fernando de Noronha Reprodução/WhatsApp O pesquisador informou que o Arquipélago de Fernando de Noronha é uma espécie de oásis no meio do oceano, tanto na região mais profunda, conhecida como paredes, como em águas protegidas de ventos e correntes. Esta situação propicia o avistamento de animais pelágicos (que vivem em mar aberto), como os golfinhos-pintados-pantropicais. Apesar de não ser a espécie mais encontrada no dia a dia de Noronha, o golfinho-pintado-pantropical é a quinta espécie de cetáceo mais avistada no arquipélago. Os cetáceos mais vistos são o golfinho-rotador, a baleia-jubarte, o golfinho-nariz-de-garrafa e a baleia-piloto. O Projeto Golfinho Rotador identificou grupos mistos de rotadores de Noronha e golfinhos-pintados nas áreas de alimentação, na região do chamado mar de fora (área voltada para a África) em 32 ocasiões, provavelmente com a função de proteção. Os pesquisadores informaram que existe a possibilidade de cruzamento dos pintados com os rotadores, que são muito próximos geneticamente. “Um subsídio a esta hipótese é a existência de um golfinho presumidamente híbrido entre golfinho-rotador e o golfinho-pintado-pantropical. Este híbrido foi avistado pela primeira vez ainda filhote, em agosto de 2000, e depois reavistado em 16 ocasiões até agosto de 2002”, informou Martins. O projeto realiza trabalhos de pesquisa e monitoramento dos golfinhos em Fernando de Noronha desde 1990 e conta com apoio do Programa Petrobras Socioambiental. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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16/04 - Duas startups acreanas são escolhidas em programa que destina recursos na área de bioeconomia
Programa Prioritário de Bioeconomia incentiva desenvolvimento sustentável na Amazônia e realizou evento nesta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) em Rio Branco. Programa incentiva inovação no desenvolvimento sustentável da Amazônia Flávio Forner/Arquivo pessoal Incentivar novos negócios e tecnologias para atender as demandas da cadeia produtiva da Amazônia. Esse é o objetivo do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), uma política pública da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que atua com a destinação de recursos em toda a Amazônia, e esta semana esteve no Acre para escolher projetos. Foram selecionados os projetos Hylaea, de insumos farmacêuticos, e Encantos da Floresta, que utiliza o sangue de dragão, um óleo de origem vegetal, contra úlceras diabéticas. O gerente do PPBio, Paulo Simonetti, explica que o programa surgiu com forma de investimento no polo industrial de Manaus, mas busca agora ampliar a zona de abrangência. Segundo ele, os projetos escolhidos recebem R$ 500 mil reais cada. “Esse evento faz parte de uma sequência de atividades para descentralizar esse investimento, sair da zona metropolitana de Manaus, e começar a investir em outros estados. Estamos com uma banca com várias instituições parceiras do estado do Acre, escolhendo duas startups. Cada uma vai receber 500 mil reais, para se estruturar, sair do papel”, conta. Os participantes foram apresentados às exigências legais do PPBio, e no segundo dia fizeram a exposição de seus projetos à banca para comprovar que estão no enquadramento legal do programa. Simonetti ressalta que a importância do recurso é auxiliar esses projetos inovadores a se posicionar no mercado. “Essas empresas muitas vezes não encontram no seu ambiente uma estrutura que possa fornecer o que é necessário para se manter no mercado. Acredito que é de fundamental importância esse recurso, não só para ela se estruturar”, finaliza. Bioeconomia sustentável: projetos do Acre podem receber até R$ 1 milhão em investimento Colaborou Agatha Lima, da Rede Amazônica Acre.
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14/04 - Em declaração, Brasil e China veem necessidade de 'ação urgente' para conservação da natureza
Comunicado conjunto foi divulgado após encontro entre os presidentes Lula e Xi Jinping. Países também dizem reconhecer que a mudança climática é um dos principais desafios da atualidade. Lula e Xi Jiping assinam 15 acordos de parceria em Pequim Ricardo Stuckert/Presidência da República Os governos do Brasil e da China emitiram nesta sexta-feira (14) uma declaração conjunta em que dizem reconhecer que a mudança climática é um dos "principais desafios" da atualidade e que veem necessidade de "ação urgente" para a conservação da natureza. O documento foi divulgado após os encontros bilaterais entre representantes do Brasil e do país asiático – o principal deles entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping. O petista está na China desde o início da semana em visita oficial, acompanhado de uma numerosa comitiva. "Os presidentes Lula e Xi reconheceram que a mudança climática representa um dos maiores desafios de nosso tempo e que o enfrentamento desta crise contribui para construir um futuro compartilhado de prosperidade equitativa e comum para a humanidade", diz trecho do comunicado conjunto. "O Brasil e a China enfatizam a necessidade de combinar uma ação urgente para o clima com a conservação da natureza para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a erradicação da pobreza e da fome, sem deixar ninguém para trás", acrescenta a nota dos dois países. Brasil e China estão entre os cinco países que mais emitiram gases do efeito estufa, segundo levantamento foi feito pelo think tank internacional Carbon Brief. Dividida em 14 pontos, a declaração diz também que os dois países se comprometem a "ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima". Cobrança aos países desenvolvidos China e Brasil dizem ainda que os países desenvolvidos têm "responsabilidade histórica" pela emissão de gases do efeito estufa e devem assumir um papel de liderança na ampliação de ações climáticas, como o financiamento de medidas relacionadas ao tema. "Continuamos muito preocupados com que o financiamento climático fornecido pelos países desenvolvidos continue a ficar aquém do compromisso de US$ 100 bilhões por ano, como tem acontecido todos os anos desde que a meta foi estabelecida em 2009, mesmo quando o montante real necessário ultrapassava de longe esse compromisso", afirmam Brasil e China. "Exortamos os países desenvolvidos a honrarem suas obrigações não cumpridas de financiamento climático e a se comprometerem com sua nova meta quantificada coletiva que vai muito além do limite de US$ 100 bilhões por ano", completam os países no comunicado. O documento diz ainda que Brasil e China "pretendem se engajar" na colaboração à eliminação do desmatamento e da exploração de madeira ilegal. 'Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China', diz Lula em reunião com presidente chinês Íntegra Leia a íntegra da declaração conjunta dos dois países: 1. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping reuniram-se em Pequim em 14 de abril de 2023. Durante sua conversa, os presidentes Lula e Xi reconheceram que a mudança climática representa um dos maiores desafios de nosso tempo e que o enfrentamento desta crise contribui para construir um futuro compartilhado de prosperidade equitativa e comum para a humanidade. 2. A comunidade científica internacional tem mostrado, de maneira inequívoca, que a atividade humana está mudando o sistema climático global e criando novos desafios para o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos têm responsabilidade histórica pelas emissões de gases de efeito estufa e devem assumir a liderança na ampliação das ações climáticas, alcançando a neutralidade climática antes de 2050, fornecendo financiamento climático e respeitando o direito ao desenvolvimento e o espaço político dos países em desenvolvimento. 3. O Brasil e a China enfatizam a necessidade de combinar uma ação urgente para o clima com a conservação da natureza para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a erradicação da pobreza e da fome, sem deixar ninguém para trás. 4. Brasil e China comprometem-se a ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima, bem como esforços conjuntos para uma melhor governança global no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), de acordo com a equidade e o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais, no contexto do desenvolvimento sustentável, do inalienável Direito ao Desenvolvimento e dos esforços para erradicar a pobreza e a fome. 5. Sob a égide da UNFCCC, o Acordo de Paris nos oferece um guia para coletivamente manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e para perseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Estamos determinados a fortalecer ainda mais o multilateralismo, inclusive com todos os nossos parceiros dentro do Grupo dos 77 e da China (G77+China), com vistas a um modelo de solidariedade climática que seja coletivo, que rejeite o unilateralismo e as barreiras comerciais verdes, e que esteja firmemente fundamentado em valores de solidariedade e cooperação em nossa comunidade internacional. 6. Saudamos a mensagem política central da COP27, em particular a necessidade de meios de implementação para os países em desenvolvimento, em momento em que o Acordo de Paris está sendo implementado em conformidade com a melhor ciência disponível e com base na equidade e no princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais. 7. Os países em desenvolvimento requerem apoio previsível e adequado dos países desenvolvidos, incluindo financiamento climático com escopo, escala e velocidade necessários e comensuráveis, bem como acesso à tecnologia e aos mercados para garantir e possibilitar seu desenvolvimento sustentável. Considerando que a implementação de uma transição justa para uma economia de baixo carbono e resiliente ao clima nos países em desenvolvimento custará trilhões de dólares, como apresentado no primeiro Relatório sobre a determinação das necessidades dos países em desenvolvimento relacionadas à implementação da UNFCCC e de seu Acordo de Paris, continuamos muito preocupados com que o financiamento climático fornecido pelos países desenvolvidos continue a ficar aquém do compromisso de US$ 100 bilhões por ano, como tem acontecido todos os anos desde que a meta foi estabelecida em 2009, mesmo quando o montante real necessário ultrapassava de longe esse compromisso. Exortamos os países desenvolvidos a honrarem suas obrigações não cumpridas de financiamento climático e a se comprometerem com sua nova meta quantificada coletiva que vai muito além do limite de US$ 100 bilhões por ano e fornecer um roteiro claro de duplicação do financiamento da adaptação. Tal provisão de meios de implementação para os países em desenvolvimento é a ambição climática que o mundo precisa para fortalecer a implementação da UNFCCC e de seu Acordo de Paris. 8. Estamos determinados a contribuir para uma COP28 bem sucedida com o foco na implementação, em Dubai, no final deste ano. Como principal mecanismo para promover a implementação e ambição em todos os aspectos do Acordo de Paris sob a UNFCCC, o Estoque Global deve ser eficaz na avaliação e identificação de lacunas de implementação no âmbito do regime climático, enquanto prospectivamente lança as bases para que os países desenvolvidos assumam a liderança na redução de emissões e preencham as lacunas pendentes nos meios de implementação para os países em desenvolvimento. 9. Os resultados do Estoque Global e do 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (AR6) serão importantes para informar os países na apresentação de sua próxima rodada de contribuições determinadas nacionalmente (NDCs) ao Acordo de Paris em 2025, de forma determinada nacionalmente e levando em conta as diferentes circunstâncias nacionais, na COP30. A China apoia a candidatura brasileira para sediar a COP30, já que a cúpula de 2025 será fundamental para o próprio futuro da resposta global às mudanças climáticas. 10. Saudamos os esforços de cientistas brasileiros e chineses para participar ativamente da eleição do Escritório AR7 do IPCC e sua dedicação às avaliações científicas sobre a mudança climática global. 11. Congratulamo-nos e estamos determinados a continuar nossos respectivos e ambiciosos esforços e progresso climático em nossos países, e nos comprometemos a ampliar, aprofundar e diversificar nossa cooperação bilateral em questões climáticas, em áreas como transição para uma economia global sustentável e de baixo carbono; cidades inteligentes; infraestrutura verde; desenvolvimento de indústrias verdes; energias renováveis, incluindo acesso e apoio a comunidades isoladas; mobilidade elétrica; inovação, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias verdes; e finanças e investimentos verdes. Pretendemos nos engajar de forma colaborativa no apoio à eliminação do desmatamento e da exploração madeireira ilegal global através da aplicação efetiva de suas respectivas leis de proibição de importações e exportações ilegais. Continuaremos a cooperar no desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias, incluindo o novo satélite CBERS 6, que permitirá um melhor monitoramento da cobertura florestal. Além disso, promoveremos o intercâmbio de conhecimentos, melhores práticas e outras formas de cooperação para conservação e manejo sustentável das florestas, regeneração e reflorestamento de áreas degradadas. 12. O Brasil e a China promoverão diálogos políticos e compartilhamento de experiências sobre investimentos e finanças climáticas. 13. O Brasil e a China decidem estabelecer um Subcomitê de Meio Ambiente e Mudança Climática sob o Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil (COSBAN). 14. O Presidente Lula agradeceu ao Presidente Xi e ao governo chinês pela calorosa acolhida dada à delegação brasileira durante sua visita.
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05/04 - Receptor acústico na Praia do Sueste vai monitorar tubarões em Fernando de Noronha
Equipamento pode identificar tubarões marcados pelos pesquisadores da UFRPE. Trabalho é aprovado pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade. Pesquisadores e profissionais do ICMBio colocaram o equipamento no Suste Bruna Roveri/ICMBio Os pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) instalaram um receptor acústico na Praia do Sueste, em Fernando de Noronha, para monitorar os tubarões na área. O equipamento tem a função de captar pulsos sonoros emitidos por transmissores acústicos que foram colocados em tubarões limão e tigre. O trabalho tem a aprovação do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). O Sueste é a praia onde ocorreram dois incidentes considerados mais graves que envolveram tubarões e banhistas. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em 2015, o turista Márcio de Castro foi atacado por um tubarão e perdeu um braço. Em janeiro de 2022, uma garota de oito anos foi mordida por um tubarão e perdeu uma perna. A UFRPE tem realizado estudo em Noronha desde 2016, quando os tubarões passaram a ser marcados e receberam transmissores acústicos para monitoramento. O trabalho é coordenada pelo pesquisador Paulo Oliveira e conta com a participação da pesquisadora Daniele Viana, que detalhou o uso do equipamento. “Nós usamos um sistema de telemetria acústica, composto por transmissores colocados nos tubarões e receptores que detectam os sinais enviados pelos transmissores. Com esse sistema conseguimos identificar a localização do animal marcado num raio de 700 metros”, informou Daniele Viana. Receptor acústico capta sinais de tubarões marcados Rihel Venuto/ICMBio O estudo conta com 13 receptores em pontos da ilha. Os pesquisadores afirmaram que dois receptores foram instalados anteriormente no Sueste, mas os equipamentos sumiram. Desde 2021 não havia informações desta área. “Temos um intervalo grande sem dados do Sueste. Os dois últimos receptores colocados na área sumiram; foram retirados do local. Esses equipamentos estavam numa região baixa, visível. Possivelmente alguém foi lá e retirou esse material. Era uma área protegida, o equipamento não poderia ter sumido apenas por uma ação marinha”, declarou Daniele Viana. O chefe do setor de pesquisa do ICMBio Noronha, Ricardo Araújo, afirmou que órgão vai fazer um acompanhamento rotineiro para evitar a perda do equipamento instalado no dia 29 de março no Sueste. Praia fechada A Praia do Sueste foi fechada para uso público desde o incidente registrado em 2022. O ICMBio liberou o mergulho, a partir de março deste ano, mas a área voltou a ser fechada porque foram identificados riscos. A pesquisadora Daniele Viana disse que a Praia do Sueste deveria permanecer fechada. “Seria interessante para Fernando de Noronha manter uma área como o Sueste fechada. Não apenas para evitar incidentes com tubarões, mas para evitar poluição. Substâncias usadas nos filtros solares estão causados danos genômicos nos tubarões e outras espécies de Noronha. Manter a área fechada seria interessante ecologicamente falando. Torço que essa área permaneça fechada para sempre”, declarou a pesquisadora. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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04/04 - VÍDEO: filhote de ouriço que inspirou personagem 'Sonic' é resgatado de casa no Distrito Federal
Chamado de pigmeu africano ou hedgehog, animal não é nativo do Brasil. Batalhão Ambiental recebeu pedido para recolher um 'porco-espinho'; apesar das semelhanças, veterinária explica que espécies são totalmente diferentes. Filhote de espécie que inspirou o personagem 'Sonic' é resgatado no Distrito Federal Um filhote de hedgehog – ou ouriço pigmeu africano –, mesma espécie que inspirou o famoso personagem Sonic, foi encontrado em uma casa no Setor Habitacional Vicente Pires, no Distrito Federal (veja vídeo acima). O animal foi resgatado pelo Batalhão de Policiamento Ambiental da PM, nesta terça-feira (4). Segundo os militares, a moradora chamou os policiais informando que havia um "porco espinho" em sua residência. "Apesar de semelhante, tratava-se de um hedgehog, espécie que tem fama mundial por causa do personagem de videogame Sonic", informou o batalhão ambiental. Hedgehog, à esquerda, encontrado em residência no DF, e o personagem 'Sonic' à direita Reprodução/Divulgação O filhote, que não é nativo do Brasil, foi encaminhado ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, para acompanhamento veterinário. "Importante ressaltar que no Brasil comercializar, criar, reproduzir ou transferir essas espécies de animais silvestres/exóticos, é considerado uma pratica ilegal pelo Ibama", diz a PMDF. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Saruês representam cerca de 80% dos chamados de resgate da Polícia Ambiental FOTOS: Corn snake, espécie de serpente exótica dos EUA, é capturada na Asa Sul A espécie O hedgehog é uma espécie africana. A única característica comum entre este animal e a espécie nativa do Brasil, o ouriço-cacheiro – chamado de porco-espinho –, é que são mamíferos com o corpo revestido de espinhos. "São totalmente diferentes", explica Líria Queiroz Luz Hirano, médica veterinária especialista em animais silvestres. "O nosso ouriço-cacheiro é um animal de porte médio e seus espinhos soltam com muita facilidade. E ele é um roedor. No caso dos hedgehogs, os espinhos não soltam com facilidade e não são roedores", diz a veterinária. Já em relação aos hábitos, os hedgehogs são animais noturnos e solitários. "Só vão ter companhia geralmente em época reprodutiva", conta a especialista. Além disso, é preciso ter autorização do Ibama para ter um hedgehog, que tem importação, reprodução, comercialização e posse ilegais no país. Ao g1, o Ibama informou que o hedgehog encontrado em Vicente Pires chegou ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF) e, por se tratar de uma espécie exótica, a soltura em habitat natural é proibida por lei. "Portanto, até o momento, não há uma destinação definida para o animal", disse o instituto. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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21/03 - Biodiversidade vertical: pesquisadores fazem descobertas sobre insetos que habitam copa das árvores na Amazônia
No Dia Internacional das Florestas, uma pesquisa chama atenção para a biodiversidade desconhecida dessas minúsculas criaturas que vivem bem acima do solo. Maioria das espécies e até alguns gêneros nunca foram descritos na ciência. Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA Reprodução/INPA Pequenos e muitas vezes imperceptíveis ao olhar humano, os insetos cumprem papel fundamental para os ecossistemas. O grupo mais biodiverso da natureza está na base da alimentação de outros animais, inclusive do homem. Em alusão ao Dia Internacional das Florestas, celebrado nesta terça-feira (21), a Rede Amazônica destaca uma pesquisa que indica um longo caminho de descobertas a ser trilhado quando o assunto é a biodiversidade dos invertebrados que vivem no topo das árvores da floresta. Seres que cumprem funções imprescindíveis na natureza. "Se eu explodisse uma bomba na Amazônia e essa bomba fosse capaz de matar só os insetos, estaria comprometendo a sobrevivência das demais espécies, inclusive a humana. Não teria mais o polinizador, por exemplo, para a castanheira, para a andiroba, para as fruteiras e, com isso, não teria também alimento para os peixes", exemplificou o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), José Albertino. Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA Reprodução/INPA São mais frequentes pesquisas de campo sobre insetos serem realizadas próximas do solo ou em baixas altitudes. Porém, um grupo de cientistas resolveu fazer o mesmo experimento na copa das árvores no meio da Amazônia. Segundo o autor do trabalho, o entomólogo Dalton de Souza Amorim, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da Universidade de São Paulo (USP), o resultado chamou a atenção até dos pesquisadores. "A fauna de insetos de copa é igual a fauna de insetos no solo? Ou seja, se eu coletar no solo, estou pegando o que tem lá em cima também? E a resposta é não. 61% das espécies nunca apareceram na amostra do solo. O que o projeto mostra é a complexidade, não só em números impressionantes, como a complexidade da fauna e da flora", disse Dalton. Para a coleta das amostras, o grupo instalou cinco armadilhas de interceptação de voo no mesmo eixo vertical na Estação Experimental de Silvicultura Tropical, do Inpa– uma torre de mais de 50 metros de altura em uma região de floresta delimitada para estudos científicos próxima de Manaus. A mais alta estava localizada a 32 metros do chão. A cada duas semanas as amostras eram retiradas das redes. Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA Reprodução/INPA O processo inteiro durou pouco mais de um ano, e 38 mil exemplares de insetos foram contabilizados pelos pesquisadores só na primeira coleta. O mais surpreendente é que cerca de 90% das espécies coletadas ainda não são descritas pela ciência. "Vamos coletar de novo durante 14 meses e pegaremos várias amostras e sequenciaremos todos os resultados. Deve dar 300 mil insetos sequenciados e envolver mais de 400 pesquisadores", explicou Dalton de Souza. O objetivo dos pesquisadores nessa nova etapa é responder perguntas, como quantas espécies de insetos vivem em um único local da floresta e qual a porcentagem de espécies de cada ordem de insetos existe em uma fauna de floresta tropical. Carência de incentivo à pesquisas Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA Reprodução/INPA Conforme o pesquisador do Inpa José Albertino, descobrir cada vez mais sobre a distribuição vertical dos insetos "vai possibilitar que se faça uma análise da real biodiversidade que existe na Amazônia". Já segundo Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, trabalhos como esse ilustram o quanto ainda se desconhece sobre a biodiversidade do bioma. E para que haja mais descobertas semelhantes, alerta para a necessidade de incentivo a novos trabalhos. "Precisamos de fomento às pesquisas. Atualmente vemos que as árvores, que são organismos que não se movimentam e são grandes, temos descobertas de novas espécies até em regiões bastante estudadas", concluiu. Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA Reprodução/INPA
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14/03 - Escadaria e faixa de areia da praia do Sancho são interditadas para manutenção geológica em Noronha
Segundo ICMBio, trabalho vai ser executado na quarta (15). Visitação pode ser feita por barco. Praia do Sancho faz parte do Parque Nacional Marinho Ana Clara Marinho/TV Globo A escadaria e a faixa de areia da praia do Sancho vão ser interditadas, em Fernando de Noronha, na quarta (15) por causa de uma manutenção geológica preventiva. Por isso, os turistas e os moradores terão a opção de visitar o Sancho de barco. A informação foi divulgada nesta terça (14), pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em fevereiro, a área do Sancho foi eleita a ‘melhor praia do mundo’ pela sexta vez pelos site especializado em viagens TripAdvisor. Ela faz parte do Parque Nacional Marinho. Segundo informações da Assessoria de Comunicação do ICMBio, o trabalho de manutenção e a interdição ocorrem apenas na quarta. Na quinta-feira (9), os geólogos iniciaram a manutenção preventiva em outros três atrativos do parque, Abreu, Pontinha-Caieira, e Capim-Açu. Os serviços não interferiram no funcionamento dos atrativos. Manuteção gerológica é feita nos atratativos no parque ICMBio Noronha/Divulgação Os trabalhos preventivos começam no ano passado, quando um estudo geológico elaborado por especialistas mapeou os pontos que recebem visitação. O estudo indicou a necessidade de limpeza regular das rochas e fragmentos que possam aumentar o risco de acidentes nas trilhas. A análise, realizada em maio de 2022, na escadaria e na trilha da Praia do Sancho e da Baía dos Porcos indicou que existia um "risco alto" de desmoronamento. Um dos responsáveis pelo estudo foi o geólogo Fábio Reis, que também é engenheiro civil e trabalhou na análise da área de Furnas, em Capitólio (MG), onde o desabamento de pedras em um cânion deixou dez mortos. Os especialistas indicaram ações preventivas nas praias, que fazem parte do Parque Nacional Marinho. O Instituto Chico Mendes informou que, ao longo dos últimos dez meses, foram feitas melhorias de redução do risco geológico, como a adoção do uso de capacete para acesso à trilha da Baía dos Porcos. VÍDEOS: Mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco
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13/03 - Acordo de gestão compartilhada de Noronha e redução do turismo preocupam representantes de moradores
Presidentes do Conselho Distrital, da Assembleia Popular Noronhese e da Associação de Barcos de Turismo temem possíveis impactos na ilha. Acordo de gestão compartilhada foi enviado para o STF Fábio Borges/Acervo pessoal O acordo para gestão compartilhada do Arquipélago de Fernando de Noronha, anunciado pela União e pelo governo de Pernambuco, repercutiu entre os representantes dos moradores da ilha. Os presidentes do Conselho Distrital, da Assembleia Popular Noronhese e da Associação de Barcos de Turismo temem possíveis impactos no arquipélago. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O acordo foi enviado na sexta (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se o documento será ou não homologado. O ministro responsável pelo processo é Ricardo Lewandowski. O STF realizou reuniões de conciliação depois que o governo federal, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entrou com um pedido de liminar em ação civil contra o estado de Pernambuco e solicitou o "domínio sobre o Arquipélago de Fernando de Noronha". O ex-governador Paulo Câmara (sem partido) declarou , em abril de 2022, que confiava que o ministro Ricardo Lewandowski iria tomar “a decisão em favor da Constituição, do estado de direito, em favor de Noronha, que é de Pernambuco." Com a mudança no governo federal, que passou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e no governo do estado, que tem a gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), foi feita uma proposta de conciliação. A ideia é de acordo entre a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Advocacia Geral da União (AGU). Veja as propostas O documento, que ainda não foi assinado, prevê que o número de visitantes em Noronha não poderá ultrapassar os 11 mil por mês nem 132 mil ao ano, até que um novo estudo de capacidade de carga seja feito. A Administração da Ilha informou que, em 2022, Fernando de Noronha bateu recorde e recebeu 149.839 pessoas. Foi o maior fluxo de visitantes no arquipélago, atrás apenas do ano de 2021, quando foram registrados 114.106 visitantes. O acordo prevê, ainda, que o estado e a União não poderão ampliar o perímetro urbano existente em Noronha. A Administração do distrito deve coibir construções irregulares e buscar regularizar ou demolir aquelas que tenham sido erguidas em desacordo com as normas ambientais. Repercussão O presidente do Conselho Distrital, Ailton Araújo Júnior, disse que as mudanças vão afetar a vida dos moradores e a economia local. Ele afirmou que as revisões de perímetro urbano estavam previstas na revisão do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA). “Levar a questão ao STF vai dificultar a vida das futuras gerações. Para mudança do Plano de Manejo, basta uma portaria ministerial. Com esse acordo, possíveis alterações precisariam de autorização do Supremo Tribunal Federal. As futuras gerações, que vão necessitar de casa e lotes, vão ter dificuldades”, declarou o presidente do Conselho. Ailton Júnior disse que o limite de turismo é outro ponto questionável. “A limitação no número de visitantes era necessária por causa da falta de água, problema que foi resolvido com a ampliação do dessalinizador marinho. Nós já estamos com o turismo ruim, por causa dos problemas na pista do aeroporto. Com a limitação de visitantes a situação vai ficar ainda pior”, falou o presidente do Conselho. O presidente do Conselho declarou que a população da ilha não foi ouvida. “Está em tempo, ainda, de rever esse acordo. É preciso ouvir os moradores. Não se deve tomar as decisões em Brasília, em gabinetes. É preciso ouvir o povo”, indicou Ailton Júnior. O presidente da Assembleia Popular Noronha, Nino Alexandre Lehnemann, que também é presidente da Associação dos Donos de Locadoras de Veículos, disse que é preocupante na questão da limitação em 11 mil turistas por mês. Lehnemann lembrou que a ilha já recebeu um número maior de visitantes em 2022 e, atualmente, o turismo está em baixa. “Muita empresa poderá quebrar e não deveremos ter mais empreendimentos querendo se estabelecer enquanto o público for em limite pequeno. A proposta de 366 turistas por dia é demanda de uma baixa estação. Em época de alta, passamos desse número de visitantes proposto”, falou Nino Alexandre Lehnemann. O presidente da Associação de Donos de Barco de Turismo, Milton Luna, que também é conselheiro distrital, disse que os barqueiros estão preocupados e afirmou que o assunto deveria ser discutindo com a população e o seguimento do turismo local. “É importante que a comunidade de Noronha seja ouvida. Não trazer a discussão com a população é uma falha. A mudança do Plano de Manejo, por exemplo, prevê que os moradores sejam ouvidos”, avaliou Luna. O g1 também procurou o presidente do Conselho de Turismo, Hayrton Almeida, mas ele afirmou que não tem conhecimento do teor do acordo. Por isso, não poderia dar opinião. A reportagem também questionou o presidente da Associação dos Donos de Pousada, Ailton Flor, para saber qual opinião sobre as possíveis mudanças, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias ne vai dificultar a vida das futuras gerações. Para mudança do Plano de Manejo basta uma portaria ministerial. Com esse acordo, possíveis alterações precisariam de autorização do Supremo Tribunal Federal. As futuras gerações, que vão e de casa e lotes, vão ter dificuldades”, declarou o presidente do Conselho.
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07/03 - Filhote de bugio ameaçado de extinção aparece acompanhado da mãe em mata na zona urbana e chama a atenção em Presidente Venceslau
Conforme o biólogo Helder Telles Stapait, que é especialista em gestão ambiental, a reprodução dos animais mostra a alta adaptabilidade da espécie naquele tipo de área. Filhote de bugio aparece acompanhado da mãe em Presidente Venceslau (SP) Victor da Matta A aparição de um filhote de bugio (Alouatta sp) acompanhado da mãe em um um fragmento de mata na região de um clube social na zona urbana tem chamado a atenção dos moradores de Presidente Venceslau (SP), já que se trata de uma espécie vulnerável ameaçada de extinção no Estado de São Paulo. Um biólogo especialista em gestão ambiental ouvido pelo g1 exaltou que a reprodução mostra a alta adaptabilidade da espécie naquela área. O mototaxista Victor da Matta, que flagrou os animais, neste domingo (5), conversou com o g1 e disse que "essa foi a primeira vez que eles apareceram com um filhote". A área, ainda de acordo com da Matta, fica próxima à Penitenciária 1 de Presidente Venceslau. “As pessoas alimentam eles, muitos fazem caminhada ali e já levam frutas, deixam na árvore e muitas vezes pegam na mão [dos animais]", adicionou. Reprodução Conforme o biólogo, especialista em gestão ambiental, professor e fotógrafo de natureza Helder Telles Stapait, o fato de estes animais estarem se reproduzindo mostra a "alta adaptabilidade da espécie nesta área (e região)". "É uma espécie que sofre muito com o avanço da urbanização, junto a grandes intervenções em áreas verdes, devido aos novos empreendimentos no município e proximidades. Mesmo com a compensação ambiental sendo executada, o tempo que a área compensada leva para ficar apropriada para abrigar a vida selvagem é longo demais, e acaba fazendo com que as espécies busquem abrigo e alimentos em outros locais que muitas vezes são áreas de borda com o perímetro altamente urbanizado, como é o caso destes bugios", explicou ao g1. “O registro desta mãe com filhote indica que existem outros indivíduos de mesma espécie que pertencem a este mesmo fragmento de área verde", complementou. Filhote de bugio aparece acompanhado da mãe em Presidente Venceslau (SP) Victor da Matta "A reprodução indica alta adaptabilidade e que a espécie está prosperando ali. Mesmo com as atividades humanas, esta espécie segue coexistindo. É necessário realizar um estudo de campo para averiguar se estão coexistindo bem ou se há algum fator que pode estar causando danos a estes macacos", acrescentou. Os bugios podem viver de 15 a 20 anos e a mãe pode carregar o filhote nas costas por até dois anos e, se a espécie está bem adaptada, é "perfeitamente comum que haja reprodução". "É necessário que haja as condições necessárias para sobrevivência destes animais. Tendo comida, água e abrigo, será comum encontrá-los. Sendo assim, a reprodução ocorrerá naturalmente entre os animais dos grupos existentes", pontuou ao g1. Filhote de bugio aparece acompanhado da mãe em Presidente Venceslau (SP) Victor da Matta O biólogo disse que ainda não havia visto um filhote da espécie no perímetro urbano, apenas em áreas verdes próximas à cidade. "A espécie é recorrente no perímetro da cidade, faz parte da fauna do município. Esta constatação eu digo levando em consideração registros que eu mesmo fiz, não contendo qualquer consulta de inventário de fauna do município", citou. Ameaçada A espécie, do gênero Alouatta, faz parte de uma família de primatas que está ameaçada no Estado de São Paulo devido a "grandes intervenções ambientais", de acordo com o biólogo. Parte do chamado Pontal do Paranapanema, que fica no extremo oeste do Estado de São Paulo, Presidente Venceslau conta com uma transição de Mata Atlântica para o Cerrado, e este é exatamente o bioma onde essa espécie está inserida. Além de estarem mais perto da área urbana, estas visualizações estão mais frequentes. “Houve um aumento [de visualizações] proporcional ao avanço do perímetro urbano em Presidente Venceslau”, comentou ao g1. Bugio adulto visto em Presidente Venceslau (SP) Victor da Matta Vulnerabilidade Quando o homem avança com construções, indústrias e fábricas, novas áreas acabam exploradas. “Aqui na região do Pontal do Paranapanema, nós tivemos ao longo de muitos e muitos anos, mais especificamente nos últimos 40 anos, uma enorme exploração com muitos impactos ambientais gravíssimos”, ressaltou Stapait. “O maior inimigo dessas espécies é a intervenção humana. É essa intervenção que está inviabilizando o sucesso dessa espécie, a permanência dessa espécie, a sobrevivência deles”, destacou. VEJA TAMBÉM: Bugio, espécie de primata vulnerável no Estado de São Paulo, tem frequentes visualizações em Presidente Venceslau Presença de bugios na área urbana de Presidente Venceslau atrai curiosos, mas biólogo alerta para riscos da interação humana com os animais: 'Isso está errado!' São os fatores ligados à interferência humana que podem ser um dos motivos do aumento desses registros, cada vez mais próximos da área urbana, segundo o biólogo. "Conforme a cidade está crescendo, está aumentando a visualização de animais silvestres dentro do perímetro urbano, e ali naquele pedaço da mata próximo ao clube está sendo implantado um novo residencial”, comentou. Spairat explicou que essa “invasão” no perímetro urbano pode ocorrer por duas situações: os animais estão ou em busca de proteção ou em busca de alimentos, pois o território deles está cada vez menor. “Por mais que estudos e também atos de compensação ambiental estejam sendo executados, estes levam tempo para estarem preparados pra utilização ou moradia dessas espécies. Então, tem um problema sério aí com a compensação e a invasão desses animais em busca da comida e da proteção”, destacou Stapait ao g1. Bugio adulto visto em Presidente Venceslau (SP) Victor da Matta Segundo o biólogo, a presença, do jeito como estão sendo visualizados, levanta um alerta, pois o ato de dar comida aos animais faz com que eles se acostumem com o “alimento fácil” e, segundo ele, "isso faz com que o macaco fique cada vez mais próximo das pessoas, facilitando a possibilidade de ocorrer um acidente". "Há dois anos eu mesmo filmei o bugio e verifiquei que ele estava já no chão, ao lado da pista de caminhada, esperando comida olhando a todos que passavam e algumas vezes fez gestos de alerta para algumas pessoas. O perigo ali era de o próprio macaco atacar alguém e, além do acidente direto, poderia ter outro agravante devido à pista de caminhada estar muito próximo da avenida", relatou. Bugio adulto visto em Presidente Venceslau (SP) Victor da Matta Orientações Conforme o biólogo, a recomendação principal é "evitar completamente o contato com qualquer animal silvestre que venha a se aproximar das áreas mais urbanizadas". “Muito contato pode fazer com que o animal se acostume e crie de certa forma uma dependência dependendo do nível de interação com o mesmo (como o caso do bugio em questão)”, acrescentou. Stapait reforçou que “é importante esses animais não estarem acostumados com as pessoas”. Bugios são vistos com frequência em área verde em Presidente Venceslau (SP) Sabrina Paulino Soriano Estrella de Oliveira “Eles devem retornar para os fragmentos para sobreviverem com os recursos que eles têm lá e não se acostumarem com as pessoas, porque daqui a pouco eles vão descer dos galhos, vão atravessar as ruas, eles podem ser atropelados, tendo em vista que são animais ameaçados de extinção também, podem causar acidentes de trânsito, podem entrar nas casas, ali tem muitas casas do outro lado da rua, podem causar acidentes domésticos, então não pode haver interação dos animais com essas pessoas”, frisou ao g1. O biólogo citou que é extremamente importante que haja um trabalho de educação ambiental para que as pessoas "não sintam medo ao ter contato com estes animais". "Existem diversos animais que são abatidos por puro medo ou preconceito (como ocorre com praticamente todas as serpentes adentram o perímetro urbano – sendo muitas delas controladoras de pragas urbanas, como as jiboias, por exemplo)", contou. Bugios são vistos com frequência em área verde em Presidente Venceslau (SP) Sabrina Paulino Soriano Estrella de Oliveira Com o avanço da urbanização e da intervenção em áreas verdes, sem o tempo de compensação ambiental necessário, o contato com animais silvestres "deverá ser cada vez mais comum". Em caso de “receber uma visita” destes animais, o especialista alertou que "é fundamental acionar a Polícia Militar Ambiental imediatamente, para que o colete e faça a sua soltura em seu hábitat novamente". VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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07/03 - Vídeo mostra tubarões perto da areia em Fernando de Noronha; 'é algo extremamente raro no resto das praias do Brasil', diz bióloga
Imagens feitas por um guia foram publicadas na internet. Pesquisa da ONG Sea Shepherd Brasil sobre tubarões mostra que 98% dos turistas consideram ilha segura. Tubarões são vistos perto da areia em praia de Fernando de Noronha Imagens publicadas nas redes sociais mostram tubarões perto da areia na Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (veja vídeo acima). O registro feito pelo guia Felipe Rogério Silva no dia 31 de janeiro foi analisado pela bióloga Bianca Rangel, que é pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e integrante da ONG Sea Shepherd Brasil. "Essa cena de vários tubarões no raso, que é muito comum em Noronha, infelizmente é algo extremamente raro no resto das praias do Brasil. É um privilégio estar numa praia, no pôr do sol e ainda presenciar os tubarões se alimentando perto da areia. Mas não é preciso entrar na água”, disse a especialista. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Bianca Rangel fez um comparativo com a situação na Região Metropolitana do Recife, onde ocorreram três ataques de tubarão em menos de um mês, sendo dois deles em 24 horas. “Na Região Metropolitana do Recife, temos os incidentes com mais frequência porque lá existem vários problemas ambientais complexos, como o ambiente degradado. No entanto, em Fernando de Noronha, o ambiente é bem mais preservado, e os tubarões acham alimento com facilidade”, disse. Tubarões vistos perto da areia da Praia de Conceição, em Noronha, no dia 31 de janeiro de 2023 Felipe Rogério Silva/Divulgação Segundo a bióloga, os tubarões que aparecem nas imagens gravadas na ilha não são da mesma espécie dos que morderam o surfista em Olinda e dois adolescentes em Jaboatão dos Guararapes. “No vídeo de Noronha, são tubarões-limão (Negaprion brevirostris), enquanto as espécies envolvidas nos incidentes no Recife são o tubarão-touro (Carcharhinus leucas) e o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier)”, explicou Bianca Rangel. LEIA TAMBÉM: Por que ataques de tubarão são mais comuns em praias de PE? Vídeo de animal em onda em área de ataques de tubarão viraliza A pesquisadora também declarou que são espécies com comportamentos diferentes. Os tubarões-touro e os tubarões-tigre são mais generalistas (se alimentam de diversos animais diferentes), de maior porte. Pesquisa Tubarão perto de banhista na Praia da Conceição, em Fernando de Noronha, em 31 de janeiro de 2023 Felipe Rogério Silva/Divulgação Uma pesquisa realizada em Fernando de Noronha pela ONG Sea Shepherd Brasil indicou que 98% dos turistas consideram seguro visitar o arquipélago e não temem incidentes com tubarões. O levantamento também apontou que: 75% dos visitantes entrevistados “concordam que mergulhar com tubarões é fascinante”; 87% dos brasileiros (turistas e brasileiros) são a favor de tornar Fernando de Noronha um santuário para tubarões; para 93% dos turistas, o abate de tubarão não é uma alternativa viável para aumentar a segurança. Bianca Rangel, que também é coordenadora do projeto Tubarões e Raias de Noronha, analisou o resultado da pesquisa. “Ficou claro que a maioria das pessoas, seja turista ou residente, não veem os tubarões como vilões, como uma ameaça. Isso é um ótimo sinal, porque realmente eles não são. Precisamos incentivar a contemplação e o ecoturismo de tubarões. Temos algo muito precioso em Noronha, que já não existe mais em nenhum lugar do Brasil”, afirmou a pesquisadora. A pesquisa foi feita entre os meses de maio a julho de 2022. Foram realizadas 873 entrevistas com pessoas de todas as regiões do Brasil. Já́ entre agosto e setembro, o questionário foi respondido por 203 visitantes e 101 residentes de Fernando de Noronha. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias “É um privilégio estar numa praia, no pôr do sol e ainda presenciar os tubarões se alimentando próxim na beira da praia, sem nem precisar entrar na água. Essa cena de vários tubarões no raso, que é muito comum em Noronha, infelizmente é algo extremamente raro no resto das praias do Brasil”, analisou Bianca Rangel.
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05/03 - Sustenta Carnaval: programa recolhe em 5 dias 23 toneladas de fantasias descartadas na Sapucaí e revende peças para o mundo todo
Até penas caídas são reaproveitadas. Ação fez com que caminhões da Comlurb ficassem parados em cinco dias de desfiles. É outra iniciativa ecológica no Sambódromo, que já entrou para o Guinness como a maior ação de reciclagem de latas de alumínio do mundo. Sustenta Carnaval: programa recolhe em 5 dias 23 toneladas de fantasias descartadas na Sapucaí Uma montanha de 23 toneladas de fantasias jogadas fora e de adereços caídos pelo chão na Marquês de Sapucaí deixou de ir para aterros sanitários e vai parar nas mãos de artesãos do Brasil e até do mundo. O resultado veio do esforço do Sustenta Carnaval, que pela primeira vez contou com o apoio do poder público para evitar que esses materiais lotassem caminhões de lixo. Fantasias recolhidas pelo Sustenta Carnaval Reprodução/TV Globo Demora para desaparecer Mariana Pinho, idealizadora do Sustenta Carnaval, explicou que a fantasia descartada hoje vai demorar pelo menos 400 carnavais para desaparecer na natureza. “Todos os anos a gente se veste com tecidos sintéticos, brilhos. Eu, que adoro um glitter, virei a ‘Dona Chata da Sustentabilidade’, riu. “As escolas já têm a consciência de reutilizar. Tem agremiação que não deixa cair uma pena, porque há um mercado interno de revenda”, frisou. Mesmo assim, a quantidade de fantasias descartadas é enorme: nos dois dias da Série Ouro, nos dois do Grupo Especial e no Sábado das Campeãs o Sustenta Carnaval recolheu 23 toneladas de roupas. “Isso tudo iria para um aterro sanitário. São tecidos totalmente sintéticos, de difícil degradação no ambiente — meu bisneto ia nascer, e isso ainda estaria se decompondo”, ensinou. Trabalho de formiguinha Mariana no carnaval de 2022: sozinha contra os caminhões Reprodução/TV Globo Mariana começou sozinha nos desfiles de 2020 e 2022. No ano passado, ela gravou um vídeo em que tentava recolher peças enquanto uma equipe inteira de garis varria uma pilha de fantasias para dentro de um caminhão compactador. “A sensação é de impotência. Uma formiguinha contra um caminhão aglutinador. Quem vai vencer? Acho que hoje vai ser o aterro sanitário”, disse, enquanto registrava a cena. Mas a formiguinha conseguiu o apoio do poder público este ano: a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa ajudou o Sustenta Carnaval a crescer e a se multiplicar, com equipe própria e local para separar os materiais. “A formiguinha venceu o aterro! O caminhão tá vazio!”, registrou Mariana este ano. Sérgio Firmino, assessor especial da secretaria, acompanhou o trabalho do Sustenta Carnaval. “Foi emocionante: o carro da Comlurb não saiu do lugar”, comemorou. Da Sapucaí para o mundo Partes de fantasias já passadas pela triagem Reprodução/TV Globo Muitas das fantasias recuperadas vão para escolas que desfilam na Intendente Magalhães, nas divisões de acesso à Sapucaí, mas materiais também podem ir para editoriais de moda ou até cenários de peças de teatro. “O Theatro Municipal vai fechar uma parceria com a gente em breve”, disse Mariana. “Organizações internacionais de produção de moda, de cinema e de TV também”, emendou. “O escopo do projeto é muito grande.” Jean Santos, da Coordenação Pedagógica do Sustenta Carnaval, lembrou que há casos em que a fantasia vai completa, mas é preciso fazer uma triagem das partes soltas. “Se você quer fazer um editorial de moda e precisa de algumas peças, como uma de pescoço ou de cabeça, a gente vai ter esses itens separados. Com a renda, a gente faz a neutralização do carbono”, explicou. VÍDEO: Artesãos mostram como reaproveitar peças de fantasias Artesãos mostram como reaproveitar peças de fantasias Mariana Pinho destacou que já tem demanda de fora do país pelas partes. “Com a parceria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, já podemos atender a pedidos da Suécia, da Inglaterra e da Austrália”, contou. “A gente está evitando que novos materiais sejam comprados e matérias virgens sejam utilizadas. A gente reutiliza uma matéria linda. Um material que foi utilizado por meia hora vai ter uma vida útil muito maior, não vai acabar no aterro sanitário”, resumiu. Sapucaí de recordes Essa não é a única iniciativa pró-natureza na Sapucaí. No Sábado das Campeãs, o Guinness Book entregou a placa em que atesta que os desfiles no Sambódromo do Rio são o maior evento de lixo zero do mundo. O título veio com o Cada Lata Conta, que recolheu 10 toneladas de latinhas de bebidas das arquibancadas e camarotes. Toda a renda foi para os catadores. A ação foi uma união de forças capitaneada pelo Sesc RJ — detentor oficial do título —, que contou com o apoio do Instituto Fecomércio de Sustentabilidade (IFeS), a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas). Catadores na Sapucaí Reprodução/TV Globo VÍDEO: Personal organizer dá dicas para guardar a fantasia para 2024 Personal organizer dá dicas para guardar a fantasia para 2024
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03/03 - Atrativos do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha são fechados por causa do mar revolto
Baía dos Porcos, escada para a Praia do Sancho e Morro São José tiveram visitação suspensa, temporariamente, por causa do fenômeno natural swell, que provoca grandes ondas. Acesso ao Morro Dois Irmãos, atrativo fechado por conta das condições do mar Ana Clara Marinho/TV Globo Atrativos do Parque Nacional Marinho foram fechados na quinta-feira (2) por causa do mar revolto em Fernando de Noronha. A medida foi adotada pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo local. “Por conta das condições do mar, com o fenômeno conhecido como swell, foram temporariamente fechados os seguintes atrativos do Parque Nacional Marinho: Baía dos Porcos, escada para a Praia do Sancho e Morro São José”, disse o ICMBio, em nota. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O instituto afirmou, ainda, que existe a probabilidade de o fenômeno natural continuar na sexta-feira (3). O ICMBio não definiu quando os atrativos serão reabertos, pois as condições vão ser reavaliadas. A Marinha divulgou, na terça-feira (28), o alerta de mar revolto. Na quinta (2), o Porto de Santo Antônio fechou e foram suspensas saídas em embarcações para mergulho, canoa havaiana, pesca e passeios turísticos. Campeonato O Hang Loose Pro Contest, etapa do Mundial de Surfe, que começou em Fernando de Noronha na terça-feira (28), teve a competição suspensa na quinta-feira (2). Na Praia Cacimba do Padre, foram registradas ondas de 12 pés de altura, o que equivale a aproximadamente três metros. O diretor de prova Fábio Gouveia reuniu-se com a comissão técnica e os competidores. “As condições estavam extremas, perigosas”, disse a assessoria de imprensa do evento. A previsão dos organizadores é retomar a competição na sexta-feira (3). VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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01/03 - Projeto Tamar faz primeira abertura de ninho de tartarugas da temporada em Fernando de Noronha
Evento foi promovido na Praia Cacimba do Padre. Cerca de 300 pessoas acompanharam caminhada dos filhotes de tartaruga. Filhotes de tartaruga-marinha são soltos no mar de Fernando de Noronha O Projeto Tamar realizou a primeira abertura pública de ninho de tartarugas da temporada 2022/2023, em Fernando de Noronha, no final da tarde da terça-feira (28). O evento foi promovido na Praia Cacimba do Padre, segundo levantamento do projeto reuniu cerca de 300 pessoas, entre moradores e turistas (veja vídeo acima). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O biólogo Afonso Nascimento, pesquisador do Tamar, contou que o ninho número quatro teve o nascimento na noite anterior, segunda (27). As tartaruguinhas retardatárias, 27 ao todo, foram reunidas para realização do evento de educação ambiental. “A educação ambiental é uma das principais ferramentas para conservação da espécie. Nós precisamos falar dos animais e envolver as pessoas. É importante que o público acompanhe as atividades de pesquisa para que a gente consiga nosso objetivo, que é a preservação”, falou o pesquisador. Tartarugas marinhas estão no período reprodutivo em Noronha Ana Clara Marinho/TV Globo Os estudiosos aguardaram o sol pôr para que o número de pássaros na região fosse o menor o possível. As aves são predadoras das tartarugas. Os tubarões, que nadavam na beira na praia, também podem devorar os filhotes. Depois de mais de uma hora de espera, os pesquisadores fizeram a soltura das tartaruguinhas, para delírio do público. Filhotes de tartaruga-marinha seguem para o mar em Fernando de Noronha Ana Clara Marinho/TV Globo O engenheiro Denis Bolhosa, que é turista de Belém, acompanhou a caminhada dos filhotes. “Eu achei fantástico, um espetáculo. Essa foi a primeira vez que eu vi a caminhada das tartarugas, é um misto de emoções. A gente vê os filhotes e os perigos que enfrentam, muito bonito”, falou Denis. A fisioterapeuta Andreia Mendes, visitante de Belo Horizonte, também viu os filhotes pela primeira vez. “Achei lindo ver as tartaruguinhas indo para o mar. Dá um pouco de dó, porque tem tubarão, as aves que podem devorar os filhotes. Eu nunca vou esquecer”, disse Andreia. Pesquisadores fazem do nascimento ação de educação ambiental Ana Clara Marinho/TV Globo VÍDEOS: Mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco
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28/02 - Ação realiza soltura de 2 mil caranguejos-uçá que foram capturados no defeso no Amapá
Animais foram apreendidos em uma operação do ICMBio e Ibama. Soltura ocorreu na segunda-feira (27) na Estação Ecológica Maracá-Jipióca. ICMBio e Ibama soltam 2 mil caranguejos-uçá capturados no defeso, no Amapá ICMBio/Divulgação Cerca de 2 mil caranguejos-uçá foram soltos na segunda-feira (27) na Estação Ecológica Maracá-Jipióca, um dos habitats naturais da espécie no litoral do Amapá. Os animais, que estão no período de defeso, estavam dentro de uma embarcação que foi apreendida na madrugada do último domingo (26) no Rio Amazonas. A apreensão foi realizada durante uma operação conjunta entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amapá. Os animais foram capturados de forma irregular no entorno da Reserva Biológica do Lago Piratuba, que é uma unidade de conservação e proteção integral no litoral amapaense. ICMBio e Ibama apreendem embarcação com 2 mil caranguejos-uçá capturados no defeso, no Amapá ICMBio/Divulgação No período de defeso a captura e venda ficam proibidas com o objetivo de preservar a espécie do crustáceo, que neste período entra em fase de reprodução. O analista ambiental do ICMBio, Bruno Costa, descreveu como ocorreu a ação dos agentes federais. “A equipe abordou a embarcação no Rio Amazonas e constatou a presença de 40 sacos de ráfia com mais de 2 mil caranguejos uçá vivos que estavam sendo transportados para Macapá. Eram cerca de 400 quilos dos animais que foram capturados de forma ilegal”, disse o analista. A operação teve o objetivo de coibir a captura, transporte e comercialização de caranguejos-uçá na região, devido ao período de defeso, que teve um dos períodos entre de 21 a 26 de fevereiro. Segundo o ICMBio, o piloto da embarcação informou que iria atracar no Canal do Jandiá e fazer a entrega dos caranguejos paras serem comercializados em feiras e restaurantes de Macapá. Defeso do caranguejo uçá ICMBio e Ibama soltam caranguejos-uçá capturados no defeso, no Amapá ICMBio/Divulgação Em janeiro, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) publicou um documento com as datas do defeso. Conhecida como “andada”, a época reprodutiva se dá quando os caranguejos saem das tocas e andam aos montes pelos manguezais, em busca de acasalamento e liberação de ovos. Neste período, o descumprimento do defeso resulta penalidades e multas para os envolvidos. Assim, o documento enfatiza ainda que quem possuir o caranguejo em estoque (vivos, congelados, pré-cozidos, inteiros em parte), deve preencher um formulário de declaração. ICMBio e Ibama soltam caranguejos-uçá capturados no defeso, no Amapá ICMBio/Divulgação Quem ainda não teve acesso ao formulário deve procurar a sede da Sema na Avenida Mendonça Furtado, 53, Central, das 8h às 13h. Uma portaria do Ministério da Agricultura, pecuária e Pesca (Mapa) também proíbe a captura, o transporte, o beneficiamento, a industrialização, a comercialização de qualquer indivíduo da espécie caranguejo-uçá. A medida vale para os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, durante o período da andada. Veja as datas do defeso no AP: Fevereiro de 20 a 26 Março de 21 a 27 (lua nova) Abril de 20 a 26 (lua nova) Outras ações da operação Durante o patrulhamento fluvial da operação, foi abordada uma embarcação transportando 12,6 m³ de madeira de andiroba sem o documento de origem. A carga foi apreendida pelo Ibama e os responsáveis foram autuados. Outro grupo de agentes do Ibama em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em patrulhamento realizado de 21 a 26 de fevereiro na BR-156 e ramais no trecho de Tartarugalzinho, Itaubal e Pracuúba, apreendeu 10 curiós e aproximadamente meia tonelada de peixes das espécies tambaqui e matrinchã, protegidas pelo período de defeso da pesca continental. Os órgãos Ambientais Federais, ressaltaram que o monitoramento e controle é realizado constantemente, e buscam coibir as práticas ilegais. Também pedem a colaboração da população para que fique atenta para os períodos de defeso, não só do caranguejo, mas para outras espécies. Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:
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28/02 - Ao lado de Marina, Kerry diz que os Estados Unidos estão comprometidos em colaborar com o Fundo Amazônia
Ministra do Meio Ambiente e o assessor especial do governo dos Estados Unidos para o clima deram declaração conjunta à imprensa. Kerry afirmou que ajuda do país ao Fundo Amazônia ainda tem que passar pelo Congresso dos EUA. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, deu declaração conjunta à imprensa ao lado do assessor especial para o clima dos EUA, John Kerry Reprodução A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o assessor especial do governo norte-americano para o clima, John Kerry, deram uma declaração à imprensa nesta terça-feira (28), em Brasília, após reunião. Kerry disse que os Estados Unidos "estão comprometidos em colaborar com o Fundo Amazônia". Kerry afirmou que o início do financiamento ao fundo e os valores ainda precisam passar pelo Congresso norte-americano, por isso não confirmou nenhum detalhe. Ele disse que o Congresso de seu país discute um pacote bilionário para ações voltadas ao meio ambiente em todo o mundo. Marina agradeceu o interesse dos EUA no fundo. A ministra disse que o Brasil entende as complexidades da aprovação pelo Congresso norte-americano e que aguardará a definição do valor. "Discutimos um tema importante em relação aos Estados Unidos fazerem uma cooperação com o Fundo Amazônia . Já vem acontecendo em relação à Noruega, Alemanha. Celebramos que os Estados Unidos também estão imbuídos desse propósito", afirmou Marina. A ministra ressaltou, no entanto, que existem outras formas de colaboração que serão colocadas em prática, como a valorização dos créditos de carbono, mecanismo pelo qual os países emergentes recebem dos mais ricos compensação financeira pela redução da emissão de gases do efeito estufa. Documento conjunto Um documento conjunto, costurado entre as comitivas do Brasil e dos EUA, afirma que os dois países estão comprometidos com: combater a mudança climática manter a meta de aquecimento global em um limite de 1,5ºC fazer uma transição justa e inclusiva para descarbonização da economia Os EUA também afirmaram que terão rigor no controle de importação de produtos brasileiros que tenham vindo de desmatamento ilegal. Marina ressaltou que o Brasil aceita ajuda internacional, mas enfatizou que a soberania sobre a região é brasileira. Ela disse que a gestão dos recursos do Fundo Amazônia serão de responsabilidade integral do Brasil. "Nossa soberania impõe responsabilidade e entendemos o caráter que a Amazônia tem de equilíbrio do planeta, mas temos a clareza da soberania sobre esse território." Reuniões John Kerry se reúne com Alckmin e Marina em Brasília para discutir o combate ao desmatamento e às mudanças climáticas Kerry chegou a Brasília na madrugada do domingo (26) e teve diversas reuniões com autoridades brasileiras, entre elas o vice-presidente, Geraldo Alckmin, senadores, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. De acordo com a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Kerry veio ao Brasil com o objetivo discutir as questões climáticas e combate ao desmatamento. Durante encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente dos Estados Unidos Joe Biden, os EUA já haviam sinalizado que passarão a contribuir para o Fundo Amazônia. Até o momento, Noruega e Alemanha contribuem para o fundo.
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28/02 - Praia do Sancho, em Fernando Noronha, conquista pela sexta vez título de ‘melhor praia do mundo’
Ranking anual das 25 melhores praias do planeta foi divulgado nesta terça (28) pelo site especializado em viagens TripAdvisor, em votação feita entre viajantes. A Praia do Sancho comquistou o sexto título Zaira Matheus/Acervo pessoal A Praia do Sancho, localizada no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, foi eleita a melhor praia do mundo em 2023. O ranking anual das 25 melhores praias do planeta foi divulgado nesta terça-feira (28), pelo site especializado em viagens TripAdvisor, em votação feita entre viajantes. Esse é a sexta vez que a praia conquista o título. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O ranking considerou as experiências dos usuários em 2022, quando o Parque Nacional foi visitado por por 129.932 pessoas, entre turistas nacionais e estrangeiros, um recorde. O Sancho está na área que é de responsabilidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). A chefe do órgão na ilha, Carla Guaitanele , comemorou o título. “Para o ICMBio é muito gratificante saber que, por mais um ano, a melhor praia do mundo está no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. O Sancho reserva a todos uma experiência única: trilhas e mirantes acessíveis, falésias, águas límpidas e muita vida marinha. Acreditamos que o título revela mais do que a beleza natural, mas o serviço de qualidade prestado pelo Parque Nacional", disse Carla. A Econoronha é responsável pelos serviços turísticos do parque. A gestora da concessionária, Alice Grossman, também avaliou o título. “Temos muito orgulho desse título, muito orgulho de todos que se dedicam diariamente para proporcionar uma experiência tão positiva”, falou Alice. Premiações Antes de 2023, o Sancho venceu a votação de melhor praia do mundo nos anos de 2014, 2015 , 2017, 2019 e 2020. Para chegar à Praia do Sancho é preciso descer um paredão com mais de 50 metros de altura, que conta com duas escadarias encravadas na rocha e uma terceira em pedra. Outra opção para visitar a praia é fazer um passeio de barco numa das embarcações autorizadas a realizar esse serviço na reserva ambiental. Praia do Sancho faz parte do Parque Nacional Marinho Ana Clara Marinho/TV Globo Para visitar o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha é necessário pagar o ingresso que custa R$ 358, para visitantes estrangeiros, e R$ 179, para turistas brasileiros, que têm 50% de desconto. A relação das dez primeiras melhores praias do mundo segundo o site de turismo é a seguinte: Praia do Sancho: Fernando de Noronha (Brasil) Eagle Beach: Palm/Eagle Beach, (Aruba) Cable Beach: Broome, (Austrália) Reynisfjara Beach: Vik, (Islândia) Grace Bay Beach: Providenciales, (Turks & Caicos) Praia da Falésia: Olhos de Água, (Portugal) Radhanagar Beach: Ilha de Havelock, (Ilhas de Andamã e Nicobar) Isola del Coligli: Lampedusa, (Ilhas da Sicília, Itália) Varadero Beach: Varadero, (Cuba) Ka’anapali Beach: Maui, (Havaí). VÍDEOS: Mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco Ca. O Sancho reserva a todos uma experiência única: trilhas e mirantes acessíveis, falésias, águas límpidas e muita vida marinha. Acreditamos que o título revela mais do que a beleza natural, mas o serviço de qualidade prestado pelo Parque Nacional", disse a,
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28/02 - Estrutura do Ibama é 'menor' que a necessária e órgão precisará se 'desdobrar', diz novo presidente
Rodrigo Agostinho deu declaração ao tomar posse no cargo. Ele também comentou recentes incêndios florestais e afirmou que não haverá 'tranquilidade' à frente da função. O novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou nesta terça-feira (28) que a estrutura do órgão é "muito menor" que a necessária e que será preciso se "desdobrar". Agostinho deu a declaração ao tomar posse no cargo, em uma cerimônia na qual estavam autoridades como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, além de alguns embaixadores. O Ibama tem, entre outras atribuições, a função de fiscalizar a execução de políticas relativas ao licenciamento ambiental e à autorização de uso dos recursos naturais. "Estamos trabalhando para, de forma muito criativa, conseguir trabalhar com uma estrutura muito menor que gostaríamos. Mas a gente vai se desdobrar, tenho certeza da capacidade de todos aqui", afirmou Agostinho. Incêndios florestais O novo presidente do Ibama também mencionou os incêndios florestais e afirmou que não haverá "tranquilidade" à frente do órgão. "Nós vamos enfrentar os desafios que estão aí. O tema dos incêndios florestais, não teremos tranquilidade. Os incêndios serão piores e devemos estar preparados", declarou. Na mesma linha de Agostinho, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, também presente ao evento, manifestou preocupação com os incêndios florestais. "Comecei a receber sinais dos meus parceiros que, se não nos mobilizarmos já, se não agirmos imediatamente, vamos assistir a uma retomada dos incêndios no primeiro ano do governo Lula. Não queremos isso, queremos estar preparados", afirmou. Novo presidente do Ibama Ex-prefeito de Bauru (SP), Rodrigo Agostinho foi indicado para o cargo por Marina Silva. A nomeação foi publicada no "Diário Oficial da União" no último dia 24 e foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Agostinho presidiu a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados e representou a Câmara na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), no ano passado, no Egito. Combate ao 'negacionismo' Durante a posse de Agostinho, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, comparou a atuação de funcionários do Ibama à atuação dos profissionais de saúde durante a pandemia, combatendo o "negacionismo". "Não só eles [profissionais da saúde] expuseram a vida deles para vacinar, tratar, [...] mas tiveram que combater o negacionismo daqueles que não acreditavam na ciência e no vírus e foram corresponsáveis por mortes no Brasil e no mundo", declarou Mercadante. "Vocês do Ibama estão na mesma condição, com atitudes heroicas no meio do fogo, enfrentando o negacionismo daqueles que não reconhecem que há uma grave crise climática no planeta, [...] que compromete a vida e o planeta para as próximas gerações", completou. Combate ao desmatamento Após a cerimônia desta terça, Rodrigo Agostinho disse em entrevista à imprensa que o Ibama começará "nas próximas semanas" a interditar propriedades onde for detectado desmatamento ilegal. Segundo a assessoria do Ibama, quando o órgão encontra indícios de desmatamento ilegal em um local, pode adotar medidas como aplicação de multa e o chamado embargo - situação em que o dono da propriedade fica proibido de realizar atividades no local. "Vamos reiniciar o trabalho de embargo remoto. Então, as áreas desmatadas ilegalmente serão embargadas. As pessoas precisam entender que acabou o tempo da impunidade. Nós vamos embargar todas as propriedades que fizerem desmatamento ilegal, uma medida muito dura e que a gente se organiza para iniciar nas próximas semanas", declarou. Nesta segunda (27), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo identificou "ação criminosa" na Amazônia a fim de aumentar o desmatamento na região. Os alertas de desmatamento registraram recorde neste mês.
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27/02 - Criador apresenta notas fiscais falsas à fiscalização e acaba multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro em Presidente Prudente
Polícia Ambiental encontrou os primatas em uma gaiola em uma residência no Jardim Maracanã. Homem é multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro, em Presidente Prudente (SP) Polícia Ambiental Um homem, de 48 anos, foi multado em R$ 1 mil pela Polícia Militar Ambiental, nesta segunda-feira (27), por manter dois saguis em cativeiro em uma residência, no Jardim Maracanã, em Presidente Prudente (SP). Após uma denúncia de que dois animais silvestres estavam sendo mantidos em cativeiro, os policiais foram até a residência e, no local, constataram o crime. O proprietário do imóvel apresentou duas notas fiscais, mas a Polícia Ambiental verificou e confirmou que ambas eram falsas. Os animais são de duas espécies diferentes: sagui-de-tufos-pretos e sagui-de-tufo-branco (veja abaixo as características de cada uma). Foi elaborado, então, um auto de infração ambiental contra o homem por ter em cativeiro espécimes da fauna silvestre. O homem responderá ainda por crime ambiental, conforme o artigo 29, parágrafo 1º, inciso III, da lei federal nº 9.605/98, que dispõe sobre “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”. A pena para o crime corresponde a detenção, de seis meses a um ano, e multa. Segundo a Polícia Ambiental, os animais foram apreendidos, mas, devido à impossibilidade de local para destinação, ficaram depositados sob a responsabilidade do infrator, "até que haja o local adequado para a devida destinação". Homem é multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro, em Presidente Prudente (SP) Polícia Ambiental Sobre as espécies O sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) é um dos primatas mais conhecidos do Brasil. É um animal de pequeno porte e pesa entre 350 e 450 gramas. Esta espécie apresenta a pelagem branca e estriada nas orelhas, daí a origem do nome popular. A cauda é maior do que o corpo e auxilia o animal a se equilibrar. Tem origem na Caatinga, na região norte do Rio São Francisco e no litoral de Salvador (BA), ocorrendo também do Rio Grande do Norte ao Piauí. Por se adaptar com facilidade a diversos ambientes, foi introduzido nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. São animais territoriais e alimentam-se de frutos, aranhas, insetos e filhotes de pombo-doméstico, avoante e ainda sabiá-laranjeira. Vivem em bando com cerca de seis indivíduos. A fêmea mais velha toma a liderança do grupo. As fêmeas atingem a maturidade aos 18 meses e os machos, aos 24. O período de gestação varia entre 140 e 160 dias. A fêmea tem cerca de dois filhotes. Entre as espécies de saguis brasileiras, é a mais visada pelo tráfico de animais. Homem é multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro, em Presidente Prudente (SP) Polícia Ambiental Já o sagui-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata) é um animal onívoro-insetívoro-gumívoro, que se alimenta de grande variedade de matéria vegetal. A sua gestação dura entre 140 e 150 dias e nascem dois filhotes. São animais de pequeno porte e que pesam, em média, 250 gramas, com comprimento de 174 milímetros. A pelagem, estriada no dorso e na cauda, possui uma mancha branca mediana na testa e tufos longos em forma de pinel, pretos e pré-auriculares. A cauda é anelada e mede 265 milímetros. Conhecido também como mico-estrela ou sagui-do-cerrado, apresenta hábito diurno e crepuscular. É uma espécie arborícola. Faz pequenos saltos entre os galhos e é um ágil caçador. A área de uso é de 1,5 hectare. Forma grupos compostos de dois a nove indivíduos, mas a média é de seis. Uma característica interessante na alimentação é que apresenta os incisivos inferiores especializados para perfuração da casca de árvores gumíferas (que possuem goma ou látex), estimulando a saída de exsudatos que lhe servem de fonte de carboidratos, cálcio e certa proteína. A goma constitui 50% da alimentação vegetal na estação seca. A utilização da goma permite que os saguis tenham uma área de uso comparativamente menor, baseada em duas ou três árvores gumíferas. Após a perfuração da árvore, como é preciso esperar a liberação da goma, os indivíduos marcam os ferimentos (perfurações) com “cheiro”, isto é, urina e secreções. Assim, diminuem a competição pela goma. A sua distribuição, no Brasil, fica nos seguintes Estados: São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, introduzido nos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Maranhão. Homem é multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro, em Presidente Prudente (SP) Polícia Ambiental Homem é multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro, em Presidente Prudente (SP) Polícia Ambiental Homem é multado em R$ 1 mil por manter saguis em cativeiro, em Presidente Prudente (SP) Polícia Ambiental VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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24/02 - Zoo de Brasília recebe primata típico da Amazônia para reprodução da espécie
Fêmea Cuxiú estava sob cuidados do Ibama no Amazonas e chegou ao DF nesta sexta-feira (24). Animal passou muito tempo domesticado e não apresenta condições de sobrevivência no habitat natural. Cuxiú: Zoo de Brasília recebe primata típico da Amazônia para reprodução da espécie A Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) recebeu, na manhã desta sexta-feira (24), um primata fêmea de Cuxiú (Chiropotes sagulatus). O animal é uma espécie de macaco típica do Bioma Amazônico. LEIA TAMBÉM: AMAZÔNIA: fevereiro ainda não acabou, mas alertas de desmate batem recorde para o mês VÍDEO e FOTOS: animais recebem 'bolos' para comemorar aniversário do Zoo de Brasília A fêmea estava sob os cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama do Amazonas. O transporte dela de Manaus para o zoológico de Brasília tem como objetivo a reprodução da espécie e pesquisas. De acordo com o zoo, ela foi domesticada e não apresenta condições de sobrevivência caso seja levada de volta para o habitat natural. A primata foi entregue ao Ibama, que optou pelo seu envio ao Zoológico de Brasília para formar um casal e tentar a reprodução com um macho da mesma espécie que já vive no local. Primata fêmea de Cuxiú (Chiropotes sagulatus) Leonardo Viana Além disso, o Chiropotes sagulatus é um macaco pouco estudado, e os pesquisadores do Distrito Federal querem saber mais sobre o comportamento da espécie. O animal foi embarcado em um voo, que partiu de Manaus às 3h13 desta sexta-feira e pousou em Brasília às 6h49. Ele foi transportado por meio do programa Avião Solidário da Latam. Leia outras notícias da região no g1 DF.
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23/02 - Pesquisa usa réplica de tartaruga para avaliar comportamento de tubarões em Fernando de Noronha
Estudo é feito pelo Projeto Tubarões e Raias na Praia do Sueste e estuda a forma como os tubarões enxergam as presas. Tartaruga falsa foi colocada no mar Projeto Tubarões e Rais/Divulgação Pesquisadores do Projeto Tubarões e Raias de Fernando de Noronha colocaram na Baía do Sueste uma isca artificial, em formato de tartaruga, para observar o comportamento dos tubarões-tigre na região e o possível encontro dos animais. O trabalho faz parte de um estudo realizado pelo projeto que auxilia o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) a decidir as regras de visitação da área. O banho de mar nessa praia está proibido desde janeiro do ano passado, quando uma garota de 8 anos foi mordida por um tubarão e perdeu a perna. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Os pesquisadores também fazem o monitoramento com a produção de imagens através de drone. A tartaruga falsa é uma estratégia utilizada em vários países para auxiliar pesquisas. “A ideia é observar a aproximação do tubarão-tigre, estimar tamanho do bicho, sexo, marcas do animal para saber se é o mesmo tubarão que volta ao Sueste”, informa a bióloga Bianca Rangel, coordenadora do Projeto Tubarões e Raias. A réplica de tartaruga foi desenvolvida pelo pesquisador Alexandre Rodrigues e produzida em espuma vinílica acetinada no tamanho de uma tartaruga juvenil. A isca foi colocada no mar no dia 15 de fevereiro, pelo ICMBio, e passou a ser observada pelos pesquisadores. LEIA TAMBÉM Surfista é atacado por tubarão em Olinda; vídeo mostra socorro Sobrevivente de ataque de tubarão não teve perna amputada e segue estável O documentarista Fábio Borges, que também faz parte do Projeto Tubarões e Raias, faz o monitoramento do Sueste com a gravação de imagens com drone. Até o momento não foi identificado um ataque de tubarão-tigre ao boneco de tartaruga. Os pesquisadores querem estudar se o animal busca a presa pelo formato. “A gente quer comprovar a importância a visão, não é uma tartaruga normal, mas tem o formato. O tubarão vai ver como ser fosse uma tartaruga de verdade”, disse Borges. Fábio Borges faz monitoramento da área com drone Ana Clara Marinho/TV Globo “Caso a tartaruga seja mordida, a gente consegue analisar o padrão de mordida, como eles predam e comparar com resultados ao redor do mundo. Essa interação tubarão-tigre e tartaruga é estudada em vários lugares, por isso precisamos validar o comportamento em Noronha”, explica a bióloga Bianca Rangel. Os estudiosos acreditam que nessa época do ano, período de reprodução das tartarugas, os tubarões-tigres passam a frequentar a ilha de Fernando de Noronha com mais intensidade. As tartarugas marinhas fazem parte da cadeia alimentar dos tigres. Para Fábio Borges, os incidentes de tubarões com humanos em Fernando de Noronha foram erros de identificação do animal. “Uma análise feita no mundo inteiro indica que os tubarões se equivocam. Eles investigam uma potencial presa; a mordida é uma ação exploratória", afirmou Fábio Borges. O coordenador de Pesquisa, Monitoramento e Manejo do ICMBio, Ricardo Araújo, disse que a pesquisa vai ajudar a descobrir e mapear quais são os animais que frequentam o Sueste. “Qualquer pesquisa que vise entender melhor esses animais e que não ofereça riscos aos animais e a aos visitantes é bem-vinda”, avaliou Araújo. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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17/02 - Governo anuncia ex-chanceler Luiz Alberto Figueiredo como embaixador para o clima
Ministro das Relações Exteriores no governo Dilma, Figueiredo representará o Brasil no diálogo com outros países e organismos internacionais para assuntos relacionados à mudança climática. Itamaraty anuncia Luiz Alberto Figueiredo como embaixador para mudança do clima O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta sexta-feira (17 ) o diplomata Luiz Alberto Figueiredo como embaixador extraordinário para Mudança do Clima. Figueiredo foi ministro das Relações Exteriores no governo Dilma Rousseff e já atuou como embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Portugal e nos Estados Unidos. Conforme o Itamaraty, à frente do novo cargo, Figueiredo deverá representar o Brasil em diálogos internacionais sobre o clima. "O embaixador Figueiredo deverá complementar a representação de alto nível do Brasil em eventos internacionais, bem como contribuir para a divulgação do engajamento brasileiro no combate à mudança do clima", afirmou o Itamaraty. A função de embaixador para o clima existiu no Brasil entre 2007 e 2010, no primeiro governo de Lula, e foi ocupado à época pelo diplomata Sérgio Barbosa Serra. Luiz Alberto Figueiredo, em foto de 2016. Alexandre Durão/G1 Autoridade Climática O governo Lula anunciou a intenção de criar um órgão de aconselhamento para a área de mudanças climáticas, que vem sendo chamado de Autoridade do Clima. Lula chegou a convidar Marina Silva para a função, mas ela recusou. Marina assumiu o Ministério do Meio Ambiente. Em janeiro, Marina Silva comentou sobre o projeto e disse que não seria indicado para comandar a Autoridade nenhum nome com perfil político ou diplomático. Na época, a ministra informou a intenção de indicar um nome técnico para o cargo. Informou ainda que a entidade deverá atuar como "uma espécie de Inpe", em referência ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão que tem entre as funções o monitoramento de desmatamento no país. Nesta sexta, o Ministério do Meio Ambiente informou que Luiz Alberto Figueiredo não será o responsável pela Autoridade Climática. De acordo com o ministério, o cargo será vinculado ao próprio MMA e o nome do indicado ainda não foi definido. O g1 procurou o Ministério das Relações Exteriores para esclarecer a nomeação de Figueiredo. Em nota, o ministério afirmou que "não existe sobreposição de funções". Segundo o ministério, a Autoridade Nacional de Segurança Climática, cuja criação foi anunciada pela ministra Marina Silva em seu discurso de posse, terá por finalidade “produzir subsídios para a execução e implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, além de regular e monitorar a implementação das ações relativas às políticas e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliência às mudanças do clima”. "Sua função será voltada, prioritariamente, para questões técnicas, ainda que possa contribuir para posições brasileiras em debates internacionais", diz a nota. Já o embaixador Extraordinário de Mudança do Clima deverá “complementar a representação de alto nível do Brasil em eventos internacionais, bem como contribuir para a divulgação do engajamento brasileiro no combate à mudança do clima, inclusive no contexto da candidatura do país para sediar a 30ª Conferência das Partes (COP 30) na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), a ser realizada em 2025”. "Ainda no âmbito do Itamaraty, foi criada uma nova Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente (SECLIMA), que liderará as negociações internacionais na área de mudança do clima, em estreita coordenação com órgãos governamentais e, quando apropriado, com entidades da sociedade civil. Não existe, portanto, sobreposição de funções", informou o Itamaraty. VÍDEOS: notícias de política
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16/02 - Apoio dos EUA 'chancela' Fundo Amazônia e deve atrair mais investimentos, diz Marina Silva
Ministra do Meio Ambiente falou à GloboNews. Na semana passada, presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou intenção de contribuir para o fundo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (16) que o anúncio do governo dos EUA de transferir recursos para o Fundo Amazônia funciona também como uma "chancela" para o programa e tem o potencial de atrair novos investidores, públicos e privados. Marina fez a declaração durante entrevista para o programa "Estúdio i", da GloboNews. O anúncio da intenção de contribuir para o Fundo Amazônia foi feito pelo presidente dos EUA, Joe Biden, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, na semana passada. Em comunicado conjunto com Lula, Biden anuncia intenção de entrar no Fundo Amazônia Não foi informado o valor da contribuição. Entretanto, o blog da Julia Duailib apurou que o aporte será de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões). “Quando o governo (dos EUA) decide que vai fazer aporte em dinheiro para um fundo que foi criado, com um operador sendo uma instituição financeira brasileira, isso tem um valor muito grande porque os Estados Unidos funcionam também como uma espécie de catalisador, como uma força gravitacional. O mundo fica olhando, né? Se até os EUA estão reconhecendo a importância desse fundo para a proteção das florestas, para o desenvolvimento sustentável de uma região tão sensível e importante como é o caso da Amazônia, isso cria uma busca por doadores de outros países e até da iniciativa privada e da filantropia”, disse Marina. “É uma negociação com um ganho secundário muito grande, que é esse de uma chancela e de um reconhecimento de um instrumento altamente inovador, que é receber recursos não retornáveis por um resultado já alcançado”, completou a ministra do Meio Ambiente. Fundo Amazônia O Fundo foi criado há 15 anos para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento na Amazônia. Atualmente, ele reúne doações internacionais e já recebeu recursos da Noruega e Alemanha. Entre as ações financiadas pelo fundo estão aquelas voltadas para redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento, o apoio a comunidades tradicionais e a ONGs que atuam na região amazônica, além de fornecer recursos diretamente para estados e municípios para ações de combate ao desmatamento e a incêndios. A iniciativa esteve paralisada desde abril de 2019, quando o governo federal, sob a gestão de Jair Bolsonaro, fez um “revogaço” de centenas de conselhos federais e com isso extinguiu o Comitê Orientador (COFA) e o Comitê Técnico (CTFA). Na campanha, Lula prometeu retomar o fundo. Essa foi uma de suas primeiras medidas após assumir o governo, em 1º de janeiro. Aporte dos EUA Marina disse que o governo Lula vai atuar para que o valor do aporte norte-americano ao fundo seja o maior possível, em linha com o que já investem Noruega e Alemanha. “O valor que vai ser aportado, claro, torcemos para que seja o máximo possível. Isso ainda não está decidido. Vamos trabalhar para que seja um aporte que seja à altura do que já vem sendo feito por Alemanha e Noruega", disse a ministra. VÍDEOS: notícias de política
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12/02 - Projeto quer transformar museu a céu aberto em parque sobre a 2ª Guerra Mundial, no Amapá
Base Aeronaval de Amapá foi construída pelos EUA em 1941 e serviu como apoio para reabastecimentos e patrulhamentos no Atlântico até o fim da guerra. Bese usada durante a Segunda Guerra Mundial, no Amapá Reprodução Um projeto da Universidade Federal do Amapá (Unifap) pretende transformar o Museu à Céu Aberto da Segunda Guerra Mundial, localizado no município de Amapá, região centro-leste do estado, em um parque. A ideia é envolver locais que foram usadas no período do conflito mundial e que estão fora da área do museu. O coordenador do Laboratório de História Militar da Unifap, Edinaldo Pinheiro, detalhou que importantes pontos como o local onde os dirigíveis atracavam e o porto por onde chegavam equipamentos e veículos militares, não estão na área do museu e precisam ser preservados de alguma forma. “Nós fizemos parte do contexto da 2ª Guerra. Hoje em dia a base é considerada um museu e a ideia do projeto é abranger toda a infraestrutura que foi construída e deixada pelos norte-americanos lá, que é muito maior que só o museu”, explicou o pesquisador. Dirigíveis na Base Aeronaval de Amapá, durante a guerra Reprodução A Base Aeronaval de Amapá foi construída em 1941, um ano antes da entrada do Brasil no conflito, que ocorreu em 22 de agosto de 1942. A área da base mede 623,34 hectares, e abrigou militares da marinha e do exército estadunidense e servia como ponto para reabastecimentos de aeronaves que seguiam para os EUA ou para a África. Torre de atração de dirigíveis em Amapá Rafael Aleixo/Arquivo Pessoal Mas, segundo o pesquisador, o principal objetivo era compor a corrente de proteção no Atlântico, para evitar a destruição de navios mercantes dos Aliados pelos submarinos alemães, os chamados U-Boats. Dois deles foram afundados no litoral amapaense. Queda de aeronaves aliadas no Amapá Edinaldo Pinheiro, coordenador do Laboratório de História Militar da Unifap Rafael Aleixo/g1 Do lado dos Aliados as perdas ocorreram fora dos combates. Edinaldo Pinheiro informou que cerca de 5 aeronaves militares caíram em várias regiões do estado por conta de condições climáticas, falta de combustível ou por problemas de desorientação de instrumentos dos aviões. “Eu participei da cerimônia, em 1991, de velório da tripulação de um B-24 que acabou o combustível e caiu na região do Cassiporé. Meu tio inclusive levou os americanos para localizarem os destroços. E de 2005 a 2008 eu participei da localização de um outro avião militar que caiu na região do Gurupora”, descreveu Pinheiro. Militares do Exército Brasileiro no local da queda de uma avião estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial, no Amapá Reprodução Um outro B-24, que também caiu no período da Guerra, foi visto em 2022 durante um patrulhamento da Companhia Especial de Fronteira, do Exército Brasileiro no município de Oiapoque. No local foram encontradas metralhadores e equipamentos usados pelos militares dos EUA. Nazistas no AP antes da guerra Registros feitos à época mostram trabalho de pesquisadores alemães Reprodução/Rede Amazônica Pesquisadores da Alemanha nazista estiveram no Sul do Amapá antes da guerra, entre 1935 e 1937. O objetivo da “Expedição Jari” era implantar uma colônia na América do Sul, a exemplo do Suriname (Holanda) e das guianas Inglesa e Francesa. Durante a viagem no Amapá, Joseph Greiner, um dos integrantes da comitiva alemã morreu e foi sepultado no município de Laranjal do Jari. Greiner morreu de uma febre não especificada durante a expedição. Sepultura nazista completa 85 anos em meio a mistério sobre planos de Hitler para a Amazônia Segundo estudos e um livro alemão sobre o assunto, ele era capataz da tropa e morava no Brasil antes de ser recrutado pelo governo alemão. O objetivo era que ele facilitasse a comunicação. Na cruz, está a mensagem: "Joseph Greiner morreu aqui de febre em 2 de janeiro de 1936 a serviço da pesquisa alemã". Joseph Greiner morreu em 2 de janeiro por uma febre misteriosa Reprodução/Rede Amazônica A cruz caiu em 2022, mas o pesquisador Edinaldo Pinheiro informou que ela está sendo restaurada em Laranjal do Jari para ser posta novamente no mesmo local. A ao longo de 17 meses, a pesquisa levantou informações sobre fauna, flora e a cultura indígena. Registros em imagens feitos à época mostram a relação com a tribo Aparai. “A expedição durou cerca de 2 anos. Eram três cientistas, todos com formação militar, que pesquisaram todas as nossas riquezas, como a nossa fauna, flora e minérios. Eles fizeram incursões com o objetivo de chegar à Guiana Francesa. Eles fizeram todo um estudo da nossa região e das riquezas”, disse o pesquisador. Expedição Jari usou pequeno avião para sobrevoar floresta Reprodução/Rede Amazônica Com o possível plano de invasão em mente, a equipe retornou à Alemanha, mas o projeto Guiana nunca foi realizado, mesmo assim, a visitação levou crânios e informações de mais de 500 mamíferos, répteis, anfíbios e aves, além de registros em fotos e filmagens. Um documentário alemão, feito na época, mostra em detalhes os percalços da viagem, inclusive com imagens da expedição e do contato com os índios. Confira: Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:
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09/02 - Operação conjunta retira aves exóticas de Fernando de Noronha
Ação conjunta do ICMBio, da FAB e da Administração da Ilha transportou oito pássaros com potencial de competirem com aves nativas. Pássaros retirados de Fernando de Noronha ICMBio/Divulgação Uma parceria firmada entre o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), a Administração de Fernando de Noronha e a Força Aérea Brasileira (FAB) possibilitou a retirada de oito pássaros exóticos do arquipélago nesta terça (7). Os animais foram levados para o continente. Foram transportadas seis calopsitas e dois periquitos australianos, num avião militar da FAB. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Veterinária Camila Cansian acompanhou o transporte das aves ICMBio/Divulgação Os pássaros foram acompanhados pela veterinária do governo local, Camila Cansian. Segundo ICMBio, essas aves têm potencial de se transformarem numa praga na ilha, competindo com as aves nativas de Noronha. Elas eram criadas por uma moradora. "No passado tivemos a introdução de outras aves, que ainda permanecem na ilha, como os pardais - que hoje são considerados uma praga - e o galo-de-campina, que permanece em Noronha, mas ainda não se transformou em problema. Ambas as espécies não pertencem a Fernando de Noronha”, informou o analista ambiental Ricardo Araújo, coordenador o setor de pesquisa no ICMBio . Pássaros trsnsportados não são espéceis nativas de Fernando de Noronha ICMBio/Divulgação Ricardo Araújo relatou que os técnicos do instituto explicaram à tutora das aves os riscos que os pássaros representam e convenceram a moradora da necessidade de retirada dos animais. O coordenador de Pesquisa do ICMBio indicou que o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental proíbe a permanência das aves em Fernando de Noronha. “É fundamental que os moradores entendam a importância de não trazer para a ilha esses animais para a manutenção da conservação ambiental de Noronha”, falou Ricardo Araújo. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias a
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06/02 - ICMBio alerta para evitar proximidade de aves em Fernando de Noronha por risco de transmissão de doenças
Recomendação é que turistas e moradores evitem proximidade com os animais. No arquipélago é comum as pessoas alimentarem as aves - o que representa riscos para ambos. Noronha são registradas muitas aves Lucas Penna/ICMBio O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) fez um alerta, nesta segunda-feira (6), para que os turistas e os moradores evitem proximidade com as aves silvestres. No arquipélago é comum as pessoas alimentarem as aves, o que representa riscos para os animais e para os seres humanos. “A gente não pode alimentar as aves, isso é crime ambiental. Muitas pessoas alimentam as fragatas com peixes, sardinhas. Isso é muito perigoso. Podemos transmitir doenças para as aves e também podemos adoecer. Não se deve tocar nos pássaros”, declarou o pesquisador do ICMBio, Lucas Penna. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Gripe aviária A recomendação foi reforçada pelo ICMBio após um alerta emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que registrou um aumento de casos de gripe aviária na América do Sul. “A Opas fez um alerta porque muitas aves, em diversos continentes, apresentaram uma mortalidade muito grande. A gripe aviária é um vírus que afeta as aves e mamíferos, incluindo humanos”, informou Lucas Penna. O pesquisador esclareceu que o risco para os seres humanos é pequeno. Em humanos não há sintomas graves. O único caso reportado, até o presente momento, foi em um avicultor nos Estados Unidos que teve sintomas gripais e se curou rapidamente, sem transmissão para outras pessoas. Por isso, o risco é considerado baixo. Nas aves os sintomas podem variar muito, havendo suspeita em qualquer aspecto anormal, seja de vida livre ou de criadouro. Os principais sintomas nas aves são: Corrimento e inchaço ocular Dificuldade para respirar Letargia Incapacidade de se levantar ou andar Convulsões, tremores. Fernando de Noronha é considerada uma área de atenção especial porque o arquipélago é ponto de descanso de aves migratórias. O ICMBio também determinou o uso Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os pesquisadores de aves que visitem Fernando de Noronha para estudo. No caso de identificação de uma ave com suspeita da doença, o ICMBio Noronha conta com um protocolo de avaliação de saúde do animal, equipamentos adequados e profissionais treinados para lidar com o problema. O alerta é para que as pessoas não interajam com os animais silvestres e observem apenas à distância. Não tente mexer na ave; Tire uma foto com certa distância da ave avistada; Envie a foto para o WhatsApp +55 81 99115-6860 (do ICMBio Noronha), informando o local em que o animal foi avistado; Caso não tenha telefone na hora, informe para o monitor do Parque Nacional mais próximo de você e peça para avisar ao ICMBio Noronha; A informação também pode ser encaminhada pelo Instagram @icmbionoronha, ou pelo e-mail: pesquisa.noronha@icmbio.gov.br. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias A informação pod eVocê também pode informar por meio do instagram @icmbionoronha, pelo e-mail:pesquisa.noronha@
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03/02 - Começa temporada de reprodução das tartarugas em Fernando de Noronha
Até o momento foram contabilizados 40 ninhos e a expectativa é superar os 300 ninhos até o mês de junho. Primeiro ninho foi registrado no Sancho Projeto Tamar/Divulgação Os pesquisadores do Projeto Tamar estão otimistas com o início da temporada de reprodução das tartarugas marinhas em Fernando de Noronha. Nesta sexta-feira (3), a Organização Não-Governamental (ONG) divulgou um balanço das desovas na ilha. Até o momento foram contabilizados 40 ninhos e a expectativa é superar as 300 desovas até junho. “A temporada passada foi considerada média, foram 263 ninhos. Nesta atual temporada nós esperamos um número maior. Acreditamos que devemos superar os 300 ninhos”, afirmou o pesquisador do Projeto Tamar Afonso Nascimento. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A temporada 2022/2023 começou no final de dezembro e os primeiros nascimentos de tartarugas devem ocorrer nos próximos dias. Os ovos levam cerca de 50 dias para eclodir. Pesquisadores do Tamar verificam os ninhos Projeto Tamar/Divulgação Como sempre acontece, a Praia do Leão tem a maior parte das desovas. Até agora são 20 ninhos no local. Em segundo lugar, vem a Praia do Sancho, que registra até agora 11 ninhos. Os pesquisadores identificaram desovas também na Cacimba do Padre, Bode, Conceição e até no Sueste, que conta até o momento com dois ninhos. “A Praia do Sueste não tem muitos ninhos; a média são cinco desovas na temporada e já temos duas. Algumas vezes a fêmea sai do mar, tentar colocar os ovos, não consegue e depois volta”, explicou Afonso Nascimento. A espécie que se reproduz em Noronha é a Chelonia mydas, conhecida popularmente como tartaruga-verde. Na ilha também é possível ver a tartaruga-de-pente, que tem nome científico Eretmochelys imbricata, e não realiza reprodução em Fernando de Noronha. Tubarão-tigre Os pesquisadores de tubarão acreditam que os tubarões-tigre passam a frequentar Fernando de Noronha em maior quantidade no período de desova das tartarugas. Elas fazem parte da cadeia alimentar desses animais. “O tubarão é o principal predador das tartarugas. É o único animal que consegue predar as tartarugas adultas. O casco da tartaruga é resistente e o tubarão-tigre é um dos poucos animais que consegue romper o casco”, falou Nascimento. O pesquisador não acredita que exista um desequilíbrio ambiental na ilha. “A tartaruga faz parte da dieta dos tubarões, como os peixes. O tubarão tem uma importância biológica; esse animal faz parte do ecossistema. O ambiente em Noronha é equilibrado”, avaliou Afonso Nascimento. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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02/02 - ICMBio faz desratização na segunda maior ilha do arquipélago de Noronha
Objetivo é eliminar roedores da Ilha Rata, que em 75 hectares, integra Parque Nacional Marinho e não é habitada. Ratos são capturados para estudo do comportamento ICMBio/Divulgação O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) deu início a uma ação de desratização na Ilha Rata, a segunda maior do Arquipélago de Fernando de Noronha. A meta é eliminar 100% dos roedores. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Na primeira fase do trabalho, será feito o levantamento da quantidade de ratos no local. A ilha tem 75 hectares, integra o Parque Nacional Marinho e não é habitada. O coordenador de Pesquisa, Monitoramento e Manejo do ICMBio, Ricardo Araújo, disse que o levantamento vai até 15 de fevereiro. “Nós dividimos a Rata em três setores: área arbórea, área de ninhal e a área campo. Contamos com o apoio de pesquisadores para fazer esse trabalho”, informou Araújo. Servidores do ICMBio e pesquisadores realizam o trabalho na Ilha Rata ICMBio/Divulgação O coordenador de Pesquisa contou que os ratos são animais introduzidos em Noronha e que prejudicam o meio ambiente. “Os ratos se alimentam dos filhotes das aves. Isso vem causando um desequilíbrio ecológico. A Ilha Rata é um local de descanso de aves migratórias e conta com espécies que vivem nessa área e fazem ninhos no chão", disse Ricardo Araújo. Segundo pesquisadores, ratos predam as aves ICMBio/Divulgação Para fazer a desratização, o ICMBio instalou 20 armadilhas com iscas. Quando o animal for capturado, será colocada uma marca. Em seguida, esse roedor será liberado. “Nós soltaremos os ratos para fazer uma nova captura. Assim, saberemos o comportamento do animal e o espaço que ele percorre. Com isso, poderemos fazer a distribuição do veneno, na segunda fase da ação”, indicou o representante do Instituto Chico Mendes. O veneno que vai ser utilizado não agride outras espécies. A expectativa é aplicar o produto quando a área deve estar com a vegetação seca, entre setembro e outubro. O ICMBio já realizou trabalho de desratização da Ilha do Meio, que também faz parte do Parque Nacional Marinho, em 2017. O resultado foi considerado positivo. “A Ilha do Meio tinha a maior densidade de ratos do mundo. Esse local chegou a ter 12 mil animais em 15 hectares. A predação de outras espécies era gigante. Na Ilha do Meio, deu certo”, afirmou Araújo. O coordenador de Pesquisa do ICMBio disse que, em novembro, será feito o monitoramento na ilha, após a aplicação do veneno. A ideia é aplicar uma segunda dose de veneno para eliminar os roedores que tenham resistido. Ricardo Araújo acredita que, até o final deste ano, o trabalho de desratização da Ilha Rata será concluído. Expectativa é elimiar os ratos até o final do ano ICMBio/Divulgação O Instituto Chico Mendes planeja fazer uma proposta para a Administração de Fernando de Noronha para controle de ratos e outras espécies exóticas na ilha principal. “Nós precisamos fazer um trabalho de biossegurança na chegada das embarcações que trazem carga do continente. Vamos fazer uma proposta ao governo local que tem a gestão do Porto de Santo Antônio”, indicou Ricardo Araújo. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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30/01 - Marina diz que governo usará recursos do Fundo Amazônia para ajudar povo Yanomami
População indígena sofre com uma grave crise de saúde, com registros de mortes de adultos e crianças provocados por doenças como desnutrição e malária. 'Recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais' declara ministra Marina Silva A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (30) que o governo federal utilizará recursos do Fundo Amazônia para ajudar o povo Yanomami. A população indígena sofre com uma grave crise de saúde, com inúmeros registros de desnutrição e malária. Fome, desnutrição, malária, e contaminação por mercúrio: a tragédia Yanomami em Roraima "Os recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais. Essas ações estão sendo tratadas em vários níveis, que envolvem: a questão da saúde; o tratamento ao problema da grave situação de fome, que está assolando as comunidades; a parte de segurança, para que essas pessoas possam ficar em suas comunidades, e isso tem a ver com operações de desintrusão do garimpo criminoso dentro dessas comunidades", declarou a ministra. Marina Silva deu a declaração em uma entrevista coletiva em Brasília, após ter se reunido com a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze. Fundo Amazônia Criado em 2008, o Fundo Amazônia é destinado a financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento. É considerada uma inciativa pioneira na área. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao lado da ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze. Filipe Matoso / g1 Além de apoiar comunidades tradicionais e ONGs que atuam na região amazônica, o fundo fornece recursos para estados e municípios para ações de combate ao desmatamento e a incêndios. O fundo é abastecido com recursos de doações internacionais. Os governos de Alemanha e Noruega respondem, juntos, por mais de 99% dos depósitos. Em dez anos (2009 a 2018), o fundo aplicou mais de R$ 1 bilhão em 103 projetos de órgãos públicos e organizações não-governamentais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) administra os recursos e aprova os projetos. Em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, as ações do fundo foram paralisadas. Na ocasião, o governo suspendeu comitês, entre eles o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA), que tem como atribuição estabelecer as diretrizes e critérios para aplicação dos recursos do fundo. Isso levou Noruega e Alemanha a suspenderem os repasses. Em 1º de janeiro, dia em que tomou posse como novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma série de medidas, entre elas um decreto em que determinou a retomada do fundo. Após a edição do decreto, entidades ambientais disseram ter boa expectativa com a retomada do fundo, afirmando ser possível garantir a preservação ambiental da região e a buscar o desenvolvimento sustentável. Também após o decreto, a Noruega informou que o Brasil já poderia gastar cerca de R$ 3 bilhões doados pelo país ao Fundo Amazônia. E a Alemanha anunciou a destinação de 35 milhões de euros. VÍDEOS: notícias de política
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28/01 - Fachin estende prazo para que União apresente plano de proteção de TI onde vivia 'Índio do Buraco'
Medida reforça pedido para elaboração de plano de proteção para terras onde vivem indígenas isolados. Último Tanaru, conhecido como ‘Índio do Buraco’, é enterrado no sul de Rondônia O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um prazo adicional de 30 dias para que a União apresente um plano de proteção para Terras Indígenas onde vivem povos isolados, entre elas a TI onde vivia o "Índio do Buraco", em Rondônia. Quem foi o 'Índio do Buraco', último sobrevivente de seu povo encontrado morto em RO Último Tanaru, conhecido como 'Índio do Buraco', é enterrado no sul de RO Em uma decisão de novembro de 2022, o ministro já havia determinado a proteção da área onde o indígena vivia, além de medidas para proteção de demais áreas onde vivem povos isolados. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu pedindo a revisão da decisão. A AGU argumenta, entre outros pontos, que no caso "não se verifica um quadro de omissão estrutural apto a atrair a atuação do Poder Judiciário". O pedido de revisão não foi aceito por Fachin. No mesmo recurso, a Advocacia Geral solicitou mais tempo para apresentar o plano de ação para regularização e proteção das terras indígenas com presença de povos isolados e de recente contato. A justificativa utilizada no pedido é que o prazo inicial - de 60 dias - atravessava o exercício fiscal e o período de transição governamental. Fachin analisou os argumentos e concedeu um prazo extra de 30 dias para que a União atenda às determinações. Proteção dos povos isolados Indígena viveu sozinho por quase 30 anos Reprodução/Funai A ação de autoria da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) defende que durante anos "as omissões do Poder Público colocam alguns povos indígenas em risco real de genocídio, podendo resultar no extermínio de etnias inteiras". As medidas foram adotadas após a morte do indígena isolado conhecido como "Índio do Buraco". Ele era o último sobrevivente do seu povo e viveu sozinho por aproximadamente 30 anos, na TI Tanaru, localizada no sul do estado de Rondônia. O Índio do Buraco foi encontrado morto no dia 23 de agosto, durante atividade de rotina de equipes da Funai no interior da TI Tanaru. Terra Indígena Tanaru em Rondônia Reprodução/ISA Outro exemplo de riscos aos quais os povos indígenas isolados são expostos, é o da TI Uru-Eu-Wau-Wau. A Apib afirma que no local há "intensa pressão de grileiros, madeireiros, fazendeiros, garimpeiros, pescadores e caçadores". LEIA MAIS: Quem são os indígenas isolados flagrados por coordenador da Funai morto com flechada em RO Terras indígenas de RO com presença de povos isolados estão entre as mais desmatadas em 2021, diz instituto
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26/01 - Tintas feitas de terra e cinzas de queimadas: pintura de 600m² no centro de São Paulo homenageia Ari Uru-Eu-Wau-Wau
Ari era indígena, professor e conhecido por trabalhar registrando e denunciando crimes ambientais e contra seu povo. Ele foi morto em 2020. Ari Uru-Eu-Wau-Wau é homenageado em pintura de 600 m² no Centro de São Paulo André D'Elia Terra e cinzas de queimada da Amazônia foram matérias-primas para fabricação das tintas utilizadas em uma pintura com mais de 600 m², exposta no centro da cidade de São Paulo, que homenageia Ari Uru-Eu-Wau-Wau. A obra foi inaugurada no aniversário da cidade, na quarta-feira (25). Ari era professor e conhecido por trabalhar registrando e denunciando extrações ilegais de madeira dentro da terra indígena onde vive o seu povo. Ele foi morto há quase três anos. "Eu recebi o convite dos produtores do filme 'O Território'. Topei na hora. Recebi com muito carinho essa oportunidade de fazer um trabalho que eu pudesse chegar perto e contribuir com o legado do Ari". A fala acima é de Mundano, de 36 anos. Ele se intitula como artivista: utiliza a arte para direcionar o olhar da sociedade para questões socioambientais do nosso país. "A ideia era fazer um retrato de grandes dimensões em São Paulo para que pudesse levar para mais pessoas, tanto o caso do assassinato do Ari, também a história que se passa aí em Rondônia dentro do território e ao mesmo tempo pudesse ser meio que um 'basta'". A pintura de Ari também tem o objetivo de fazer uma releitura da obra de Lasar Senegall, chamada "Bananal". Processo de produção Pintura de 600 m² homenageia Ari Uru-Eu-Wau-Wau no centro de São Paulo Com a ideia em mente, a questão se tornou escolher o prédio mais apropriado para a pintura. O local escolhido fica próximo ao Marco Zero, localizado em frente à Catedral da Sé, no centro da Cidade de São Paulo. "Ela agora pode ser vista no Centro Histórico de São Paulo. E o mais legal: por ser o centro histórico, diversos guias e turistas diariamente andam por ali, então, a partir de agora, a história da cidade de São Paulo está sendo contada inclusive com a história do Ari", aponta Mundano. Na foto que foi utilizada como inspiração para a pintura, Ari está na floresta, segurando um tipo de ferramenta feita de madeira. A pintura de Mundano acrescenta à imagem de Ari, um grafismo tradicional do povo Uru-Eu-Wau-Wau em formato de "X" abaixo do peito. Ari Uru-eu-wau-wau foi encontrado morto em RO Reprodução/Kanindé Trazendo ainda mais representação para a figura, Mundano decidiu utilizar terra da região do Marco Zero e cinzas de queimadas da Amazônia para produzir a tinta da pintura. "Quando eu vi que boa parte do desenho eu ia estar usando marrom, me deu a ideia de fazer a pintura com terra. Então, no centro de São Paulo, no Marco Zero, eu recolhi essa terra e passei ela por filtragens, maceração até extrair esse pigmento que depois eu coloco verniz à base de água para ser o fixador. Então a representação do Ari é feita 100% com a terra e as cinzas da Amazônia", descreve Mundano. A tinta feita de cinzas também foi utilizada para escrever ao redor da pintura nomes de centenas de indígenas e ativistas que lutam pela proteção das florestas. A obra que mede mais de 600 m² demorou nove dias para ficar pronta, com participação de mais quatro artistas: AFolego, Andre Hulk, André Firmiano e Everaldo Costa. Por conta da proporção da pintura, os artistas precisaram usar uma plataforma elevatória para alcançar toda área. "São diversos desafios pintando uma obra desse tamanho. A altura, o tamanho em si, a própria tinta que é bem mais difícil de pintar e também a responsabilidade de fazer uma releitura de uma das obras mais importantes da história da arte brasileira. Mas o maior desafio pra mim, enquanto artista, foi de representar o Ari e tentar trazer a sua presença", revela Mundano. E a recepção do trabalho foi positiva e repercutiu. De acordo com Mundano, somente na quarta-feira (26), o vídeo sobre a arte alcançou mais de 1 milhão de visualizações. Além da pintura, diversos murais com a imagem de Ari foram espalhados por São Paulo e outros 20 estados. "É uma obra histórica, no centro histórico de São Paulo, tentando fazer uma reparação aos povos originários que desde a invasão portuguesa sofrem massacre. Eu acho que a missão foi cumprida", finaliza. Morte e Legado Ari fazia parte do grupo de monitoramento do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau e lutava combatendo os crimes cometidos contra seu povo e sua terra. Ele foi morto durante a noite de 17 de abril de 2020 e o corpo encontrado na manhã seguinte, com sinais de lesão contundente na região do pescoço, que ocasionou uma hemorragia aguda. O suspeito foi preso somente dois anos depois do crime. As investigações da Polícia Federal (PF) concluíram, em 2022, que a morte do ativista "não tem ligação com crimes ambientais". A versão não é aceita por indígenas e amigos de Ari. Quase três anos após a morte do professor, seu nome continua a ecoar dentro e fora de Rondônia. Ele foi lembrado na abertura oficial da Conferência da Cúpula do Clima (COP26) na Escócia, durante discurso da ativista indígena Txai Suruí, em novembro de 2021. Txai Suruí, ativista de 24 anos, fala na abertura da COP26 O documentário 'O Território' Ari também é parte importante na construção de "O Território". O documentário mostra a luta de indígenas Uru-Eu-Wau-Wau pela defesa de suas terras. Durante 1h24m de duração, o público entra nas rotinas de Bitaté, um jovem Uru-Eu-Wau-Wau e da ativista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha. A morte de Ari Uru-Eu-Wau-Wau também é apresentada na obra. "Para o meu povo assistir esse documentário hoje é muito forte porque ele [Ari] esteve presente no início. Lembrar é um furo no coração da gente", diz Bitaté. TI Uru-Eu-Wau-Wau Mudança das florestas em volta da TI Uru-eu-wau-wau, entre 1984 e 2020 Google Earth/Reprodução A Terra Indígena Uru-eu-wau-wau possui mais de 1,8 mil hectares e se espalha por 12 dos 52 municípios rondonienses. A maior parte do território fica em Guajará-Mirim (RO) e São Miguel do Guaporé (RO). O território vive sob ameaças de grilagem de terras e desmatamento. Em 2021, a TI Uru-Eu-Wau-Wau foi a que teve o entorno mais desmatado, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Em 2021, a ativista Txai Suruí denunciou invasores destruíram um antigo cemitério indígenas na TI para criar gado. O cemitério para os povos indígenas é um local sagrado e o cenário de destruição encontrado chocou aqueles que vivem terra Uru-Eu-Wau-Wau. Criação de gado em cemitério indígena da terra Uru-Eu-Wau-Wau Redes Sociais/Reprodução Povos de nove etnias vivem na TI, entre eles, diversos indígenas isolados. São eles: Amondawa Isolados Bananeira Isolados do Cautário Isolados no Igarapé Oriente Isolados no Igarapé Tiradentes Juma Kawahiva Isolado do Rio Muqui Oro Win Uru-Eu-Wau-Wau
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26/01 - Parque Nacional de Fernando de Noronha recebe mais de 129 mil visitantes e bate recorde, diz ICMBio
Dados sobre visitação ao parque em 2022 foram divulgados pelo ICMBio. Maioria dos turistas saiu de São Paulo, de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha Ana Clara Marinho/TV Globo O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar) bateu recorde de visitação em 2022, de acordo com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). No ano passado, a reserva foi visitada por 129.932 pessoas, entre turistas nacionais e estrangeiros. Em 2021, o Parnamar recebeu 102.498 visitantes. O recorde anterior de visitação foi registrado em 2019, quando o parque nacional recebeu 115.617 turistas, número contabilizado antes da pandemia da Covid-19. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em 2022, o estado de São Paulo foi o campeão no ranking de turistas na reserva ambiental, com um total de 33.634 pessoas. Em segundo lugar, ficaram os visitantes de Pernambuco, com 12.622. Já em terceiro lugar, ficou o Rio de Janeiro, com 10.546 pessoas. Ao todo, no ano passado, 110.483 brasileiros visitaram o parque. Em seguida, vem a Argentina, que somou 1.031 visitantes. Em terceiro lugar, estão os Estados Unidos, com um total de 860 turistas. Na área do parque, estão praias como Sueste, Atalaia, e Sancho, que foi eleita cinco vezes como a mais bonita do mundo pelos leitores do site internacional de viagens Trip Advisor. Arrecadação No ano passado, foram arrecadados R$ 20.450.515 com a cobrança de ingressos para acessar o parque. No dia 1º de novembro, o governo federal reajustou em 8,6% o valor da entrada no Parque Nacional Marinho. Com esse aumento, os preços passaram de R$ 330 para R$ 358, para visitantes estrangeiros, e de R$ 165 para R$ 179, para turistas brasileiros, que têm 50% de desconto. O ingresso é válido para dez dias de visitação. O g1 solicitou à Administração da Ilha o total de visitantes em Fernando de Noronha e de arrecadação da Taxa de Preservação Ambientação, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. VÍDEOS: mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco i
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20/01 - Como brasileiro criou 'abelhas assassinas' por acidente e revolucionou a apicultura
Warwick Estevam Kerr importou exemplares de espécie africana na década de 1950, que acabaram escapando e cruzando com abelhas europeias. Nos primeiros anos, nova espécie gerou pânico, mas depois de algum tempo foi fundamental para apicultura brasileira. Como brasileiro criou 'abelhas assassinas' por acidente e revolucionou a apicultura Acervo/SBPC Ele foi engenheiro agrônomo, geneticista e entomologista, professor de cinco universidades brasileiras e quatro dos Estados Unidos, além de ter sido o primeiro diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), diretor do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) por duas vezes e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por dois mandatos. Como se não bastasse, por onde passou criou departamentos e formou novos pesquisadores, mas quando se fala em seu nome o que vem primeiro à mente de muita gente é um acidente ocorrido em 1957: a introdução das abelhas africanas - injustamente chamadas de "abelhas assassinas - no Brasil. Não foi à toa, portanto, que durante muitos anos Warwick Estevam Kerr temesse que sua brilhante carreira ficasse marcada pelo episódio. Em uma entrevista para a revista Estudos Avançados, da Universidade de São Paulo (USP), publicada em 2005, ele chegou a dizer: "Diante do erro cometido com as abelhas africanas, em 1957, eu não esperava que iria dar a volta por cima. Pensava que teria uma vida desgraçada para o resto dos meus dias. Até 1978, as mulheres franziam a testa, mostravam-me para os filhos e diziam: 'aquele é o homem que introduziu a abelha brava no Brasil'." Mel começa com o 'vômito' das abelhas, pode durar alguns anos e tem tipos venenosos; ASSISTA VÍDEO: De onde vem o que eu como: Mel LEIA MAIS: VÍDEO: descubra como é a produção do mel, da colmeia ao supermercado DE ONDE VEM: série do g1 explica como alimentos são produzidos EDUCAÇÃO: casal leva laboratório de abelhas em Kombi para escolas O tempo, no entanto, lhe fez justiça. Nascido em Santana de Parnaíba, em 9 de setembro de 1922, Kerr se formou em Engenharia Agronômica, em 1945, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, na qual também fez doutorado e livre docência, e foi professor, de 1951 a 1955, e chefe do Departamento de Genética por quatro meses. Em 1955, ele se mudou para Rio Claro, onde, a partir de 1958, foi chefe do Departamento de Biologia, da então recém-criada Universidade Estadual Paulista (Unesp). De 1962 a 1964 foi diretor científico da Fapesp, cargo ao qual renunciou um mês antes do término do seu mandato para criar e assumir a chefia, em 1965, do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, da qual se tornou professor titular por concurso em 1971. Nessa época, foi presidente da SBPC por dois mandatos, 1969-1971 e 1972-1973, período em que teve muitos problemas com a ditadura, que governava o país. Foi preso duas vezes, em 1964 e 1969 e chegou a ter sua numerosa família, de sete filhos, ameaçada e sob vigilâncias dos agentes do governo. Despois de se aposentar da USP, em janeiro de 1981, Kerr foi para o Maranhão, onde ficou por oito anos, período em que criou o Departamento de Genética da Universidade Federal de lá (UFMA) e foi reitor da universidade estadual (UEMA). Depois, em 1972, mesmo aposentado aos 70 anos, ele foi convidado para dar aulas, orientar alunos de doutorado e continuar suas pesquisas na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na qual permaneceu até 2012. Nesse período, ele voltou a Manaus, em 1999, para novamente dirigir o Inpa por mais três anos. Warwick faleceu aos 96 anos, em 15 de setembro de 2018 ARQUIVO PESSOAL / SBPC Para o também engenheiro agrônomo Breno Magalhaes Freitas, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará (UFC), a importância de Kerr para a ciência brasileira "foi enorme". "Ele foi um cientista pioneiro em muitas áreas e levou a ciência a todas as regiões desse país, tendo formado várias gerações de pesquisadores brasileiros diretamente e inspirado tantos outros", diz. "Junto com o padre Jesus Moure e o professor Paulo Nogueira-Neto, ele estabeleceu toda a base do conhecimento sobre as abelhas no Brasil." No que diz respeito à apicultura em si, Freitas lembra que Kerr ficou marcado pelo acidente com as abelhas africanas, mas que depois ficou claro não ter sido sua culpa. "E felizmente, mesmo por linhas tortas, a apicultura brasileira acabou se beneficiando enormemente da sua iniciativa de trazer as abelhas africanas, coragem de encarar as consequências quando os problemas aconteceram, mesmo não tendo sido sua responsabilidade", explica. "Mas é preciso também ressaltar o seu grande trabalho com as abelhas sem ferrão, especialmente na região Norte do Brasil." As abelhas africanizadas foram criadas a partir do cruzamento entre as abelhas africanas e europeias Getty Images O 'acidente com as abelhas' O tão falado acidente com as abelhas africanas ocorreu um ano após ele ter voltado da África, para onde havia ido, em 1956, para estudar de perto a produção de mel naquele continente e, depois, aplicar seus novos conhecimentos na apicultura brasileira. O objetivo era aumentar a produtividade e a resistência das abelhas europeias, que tinham sido introduzidas no Brasil, em 1839, mas que não haviam se adaptado muito bem ao país, com exceção das regiões Sul e Sudeste. Na volta ao Brasil, como parte de sua bagagem, Kerr trouxe 51 rainhas - 50 da África do Sul e uma da Tanzânia - da espécie Apis mellifera scutellata, altamente produtiva, mas muito agressiva - ou defensiva, como preferem dizer os estudiosos das abelhas. Elas deram origem a colmeias, que foram postas em quarentena em um bosque de eucalipto no campus de Rio Claro da Unesp, para que apenas as mais mansas fossem escolhidas. Para evitar que as rainhas fugissem para a natureza e se espalhassem, as colmeias foram fechadas por uma malha, que permitia a passagem apenas das operárias, que são menores. Um funcionário da equipe, imaginando que as abelhas estavam presas por engano, no entanto, retirou as malhas de algumas colmeias. Resultado: 26 rainhas escaparam, cruzaram com as europeias e deram origem a enxames de abelhas africanizadas, que se espalharam, primeiro por São Paulo, e depois por todo o Brasil e que hoje estão pelas três Américas. Sem predadores naturais no novo lar e muito agressivas, aonde chegavam e se instalavam "tocavam o terror". "De 1957 até 1964 essas abelhas cruzaram-se com as alemãs, italianas e portuguesas", contou Kerr, na mesma entrevista para Estudos Avançados. "Porém, houve um grande problema: os apicultores colocavam seus apiários próximos aos galinheiros, pocilgas, cocheiras. Houve mortes de galinhas, porcos, cavalos, e a mortalidade de gente que era 120 por ano passou para 180." A médica veterinária Débora Cristina Sampaio de Assis, do Departamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lembra que as abelhas se espalharam rapidamente pelo país e, por meio do cruzamento com abelhas europeias, deram origem às abelhas africanizadas. "Inicialmente, elas trouxeram uma série de problemas, pois os apicultores não sabiam como trabalhar com elas, devido, principalmente, ao seu maior comportamento defensivo, quando comparado ao das europeias", explica. As abelhas africanizadas eram muito mais sensíveis a qualquer estímulo, além de atacarem em maior número e a distâncias mais longas da colmeia, sendo muito mais insistentes nos ataques que as abelhas europeias. "Assim, por medo, muitos apicultores acabaram abandonando a atividade, pois não possuíam equipamentos adequados nem conhecimento técnico para realizar o manejo das abelhas africanizadas", diz Débora. E foi aí que surgiu o mito das "abelhas assassinas". O medo, gerado pela falta de conhecimento e a repercussão dada pela imprensa aos acidentes, que ocorreram nesse período, fez com que as pessoas acreditassem que se tratavam de abelhas que poderiam atacar qualquer um e sem nenhum motivo, quando na verdade o que se tinha era uma resposta defensiva, para proteger a colônia. "Ao se sentirem ameaçadas, as abelhas saíam das colmeias em grande número, ferroando as pessoas e animais, mesmo a longas distâncias, de 100 metros ou mais da colmeia", diz Débora. Os animais, quando estavam confinados, levavam centenas ou milhares de ferroadas e muitos acabavam morrendo. Além disso, como as abelhas africanizadas produzem mais enxames por temporada quando comparadas às abelhas europeias, esse fenômeno se tornou muito mais frequente, assustando a população. "Entretanto, apesar de parecer um evento impressionante para a maioria das pessoas, devido ao barulho e grande número de abelhas, sabe-se que durante a enxameação, as abelhas apresentam pouca tendência a ferroar", diz Débora. As vantagens Mas não foi só morte e pânico que abelhas africanizadas causaram. "Pensando na apicultura brasileira, a curto prazo houve um impacto negativo, com a desistência da atividade por parte da maioria dos apicultores", conta Freitas. "Mas a médio e longo prazo, tão logo se entendeu que essa abelha era diferente e não podia ser criada como a europeia, quando se estudou seu comportamento e se desenvolveram as indumentárias de proteção, fumigadores maiores, e se passou a criá-la afastada das pessoas e animais e, principalmente, adotadas técnicas de manejo específicas para esse animal, a apicultura brasileira deu grandes saltos." Por isso, segundo ele, hoje o Brasil é um grande produtor e exportador de mel de abelhas e própolis, coisa impensável naquela época. "E isso ocorre apesar dos nossos apicultores não serem qualificados como deveriam, ainda com dificuldades de acesso à informação, equipamentos, crédito e comercialização justa para seus produtos", acrescenta Freitas. O próprio Kerr contou, na entrevista a Estudos Avançados, como se deu esse processo. "O grupo de Ribeirão Preto (eu, Lionel Gonçalves, Antônio Carlos Stort, vários alunos, três técnicos e mais tarde David De Jong e Ademilson Espencer Soares) conseguiu desenvolver várias técnicas, algumas muito simples, para controlar a exploração econômica dessas abelhas", disse. "Como colocar os apiários longe das casas de moradia, dos galinheiros e cocheiras; depositar as colmeias em banquetas isoladas (ou em canos grossos de esgoto), usar fumigadores maiores, macacões, botas, por máscaras e luvas, sempre; fazer rainhas, escolher as colmeias mais produtivas, mais mansas, mais resistentes a ácaros e enfermidades. Porém, um avanço fundamental foi dado em 1965 e 1966 com a diminuição da agressividade das abelhas, o que era um grande problema." Cinco anos depois, o problema estava praticamente resolvido. Para isso, o grupo comprou vinte rainhas italianas dos Estados Unidos, mansas e de alta produtividade, fez enxertia e obteve 25 mil rainhas virgens, que foram introduzidas em 25 mil núcleos fortes, das quais 18 mil foram aceitas e produziram milhares de zangões italianos. O Brasil é atualmente um grande produtor e exportador de mel de abelhas e própolis GETTY IMAGES "Logo os apicultores viram que não adiantava ter uma população mansa, como se tinha com as abelhas italianas, mas que fornecia uma reduzida produção de mel, duas a três vezes menos do que a africanizada", declarou Kerr. De acordo com ele, na entrevista, a baixa produção das europeias era causada por vários fatores, inclusive porque não resistiam a um ácaro muito grande, Varroa destructor, que provocava enorme estrago nas colmeias, ao ponto de baixar a produtividade da apicultura em dezenas de países. Além disso, as africanizadas jogam fora as larvas doentes e mortas. As colmeias são mais limpas que as das europeias. "A nossa produção normalizou-se porque os apicultores aprenderam a lidar com a abelha africanizada", comemorou. Há controvérsias sobre se o acidente poderia ou não ter sido evitado, mas é consenso de que não houve negligência. Para Freitas, a fuga das rainhas africanas poderia ter sido evitada, mas não houve falta de rigor no experimento. "A ideia original não era de que as abelhas se soltassem nas matas, tanto que foram tomados cuidados de prevenção colocando telas protetoras nas colmeias", diz. "No entanto, não acredito em negligência. Apenas não puderam imaginar que alguém iria tirar essas telas, com a intenção de ajudar, achando que as abelhas estavam presas por engano. É preciso lembrar que aqueles eram outros tempos, e a maioria dos funcionários de fazendas eram pessoas simples, sem maiores instruções." Débora, por sua vez, lembra que realização de experimentos de campo não é tarefa simples. Há dificuldades para controlar todos os fatores que podem interferir nos resultados. "Por isso, não se pode afirmar que houve negligência ou falta de rigor no experimento", afirma. "O fato é que as abelhas africanizadas se adaptaram muito mais facilmente ao ambiente que as abelhas europeias e, o que era para ter sido feito de forma controlada, acabou sendo feito pela própria natureza." O próprio Kerr, que morreu aos 96 anos, em 15 de setembro de 2018, na sua entrevista, diz que de 1979 em diante, tudo mudou. "Passaram a tirar fotografias minhas e falavam: 'esse é o homem que salvou nossa apicultura'", contou. "Por causa dele o papai comprou caminhão novo'. Enfim, durante 14 anos vivi uma tragédia com a introdução no Brasil das 50 rainhas da África do Sul e de uma da Tanzânia. Agora, minha mulher acha a história até engraçada e eu, como bom caipira de Santana de Parnaíba, digo 'louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo'. E sempre fico frustrado, por não ter por perto meus caipiras amigos para tirarem o chapéu e dizerem: 'E para sempre seja louvado, amém'." Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64329040
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04/01 - VÍDEO: Gata adota filhotes de gambá abandonados no ES
De acordo com o professor de Biologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o comportamento de adoção entre os mamíferos não é incomum. Gata adota filhotes de gambás abandonados no ES O instinto materno foi responsável por uma adoção inusitada em Vila Velha, na Grande Vitória. De acordo com a Guarda Municipal da cidade, uma gata, que estava amamentando, adicionou a sua prole dois filhotes de gambá que foram abandonados pela mãe com outros seis irmãos. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Os gambás adotados pela gata foram resgatados na manhã desta quarta-feira (4) e entregues ao Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM). Ainda de acordo com a guarda, os outros seis filhotes não resistiram e morreram. Filhotes de gambá foram adotados por gata que amamentava no ES Guarda Municipal de Vila Velha/Divulgação Comportamento não é incomum Segundo o professor de Biologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Marcelo Teixeira, o comportamento de adoção de outros filhotes entre os mamíferos não é incomum. "Vemos isso com certa frequência, de cachorro adotando gato, porco adotando cachorro, entre outros exemplos. O que difere nessa situação é que o gambá é um mamífero marsupial, ou seja, terminam o desevolvimento no interior das bolsas das mães", disse. Teixeira explicou ainda que o comportamento é influenciado pelos hormônios da fêmea. "Muitas vezes, a fêmea está no momento de cuidar da prole e acaba cuidando de outros filhotes também por influência hormonal", explicou. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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03/01 - 'Pantaninho Paulista': onde a natureza gera e ganha vida
Série de reportagens especiais produzidas pela TV Fronteira aborda o cenário da foz do Rio do Peixe junto ao Rio Paraná, na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP). Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira A TV Fronteira lança nesta terça-feira (3) “Pantaninho Paulista”, uma série de reportagens especiais que abordam o cenário da foz do Rio do Peixe junto ao Rio Paraná, na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP), no Oeste Paulista. Os episódios vão ao ar no Fronteira Notícias 2ª Edição, o FN2, a partir das 19h, e dividem-se em três partes. A primeira parte faz uma viagem ao Parque Estadual do Rio do Peixe, uma reserva protetora do rio homônimo, fundada há 20 anos. Já a segunda, na quarta-feira (4), mergulha na biodiversidade do lugar conhecido como "Pantaninho Paulista". A terceira, por fim, vai ao ar na quinta-feira (5) e discute o impacto das ações humanas sobre a região, em uma conversa com ambientalistas, pesquisadores, autoridades e população local. “É uma série que vai mostrar uma região que está muito próxima da gente, que é a foz do Rio do Peixe, e que está bastante modificada. Virou um labirinto, assim, na boca do rio. E a gente conheceu essa riqueza, de muitas aves, muitos répteis, muitos anfíbios”, ressaltou ao g1 o gerente de Jornalismo e Esporte da TV Fronteira, Luís Augusto Pires Batista. Segundo ele, na década de 1990, a região que contempla a foz já era pantanosa. Com o passar dos anos, a mudança do curso do rio formou “vários canais” dentro dele. A curiosidade em explorar as mudanças do local trouxe, ainda, a preocupação em discutir medidas de preservação do lugar que, hoje, é um berço da fauna e da flora paulistas. "O rio, que passava por um lugar, mudou de curso, e ali é uma região que tem uma vegetação muito rica e uma fauna também muito rica. É um material que, especialmente na última reportagem, procura fazer uma discussão em cima disso e levantar o que pode ser feito para preservar”, afirmou Pires Batista. Para o editor-chefe do FN2, Vinícius Pacheco, a proposta das reportagens especiais consistiu em descobrir como estava a situação do rio e mostrar os pontos "a que o telespectador não teria acesso em nenhuma ocasião". “Quando a gente mostra que isso está tão perto da gente, mas que a gente não tem nenhuma iniciativa para preservar ou que não existe uma política pública tão abrangente em relação a isso, é uma possibilidade de trazer esse tema para toda a região discutir novamente e de buscar novos caminhos”, declarou Pacheco ao g1. Assista abaixo à primeira reportagem da série: 'Pantaninho Paulista’: primeiro episódio Onde a natureza ganha vida Para contar essa história, que teve produção e edição da jornalista Mariana Gouveia e contou com a edição de imagens de José Henrique Botti, foram necessários dois meses de produção e mais três dias de viagem a barco pela faixa dos aproximadamente 15 quilômetros que abraçam parte do Rio do Peixe e seus arredores, entre 14 de novembro e 22 de dezembro. Durante as expedições, a equipe, composta pelo gerente de Jornalismo e Esporte da TV Fronteira, Luís Augusto Pires Batista, pelo repórter Murilo Zara e pelos cinegrafistas Betto Lopes, Luciano Silva e Rildo Silva, viu o pântano dar espaço a um lugar rico e diverso, cheio de belezas naturais. “Foi uma experiência reveladora, eu diria, porque mesmo eu sendo da região, trabalhando há tanto tempo com jornalismo, já fiz muita matéria de meio ambiente, mas eu não tinha tido a oportunidade de fazer essa jornada pelo Rio do Peixe, de entrar, subir a área da antiga foz, conhecer toda a beleza e riqueza dessa área chamada de Pantaninho Paulista. Eu acho que grande parte da população sequer faz ideia de que a gente tem esse tipo de ecossistema, de biodiversidade, de aves, de répteis, enfim. É muito bonito”, enfatizou ao g1 o repórter Murilo Zara. E, ainda sem saber qual rumo o barco tomaria em meio às vegetações, deu para ver o voo do tuiuiú, das anhumas e dos guachos, que pintaram o céu e a vegetação que cerca o local. Até mesmo no Parque Estadual do Rio do Peixe foi possível contemplar a natureza gerando e ganhando vida. “No trecho do parque, a gente pôde presenciar a recuperação da floresta. Foi bonito demais ver a floresta sendo plantada para recuperar parte da mata ciliar, da mata que dá proteção ao pantaninho e ao Rio do Peixe, então, isso traz um alento, traz um conforto de saber que o futuro pode ser melhor para esse ecossistema”, salientou Zara. Para o cinegrafista Betto Lopes, olhar além das lentes das câmeras proporcionou a contemplação de paisagens únicas, mas, ao mesmo tempo, despertou a preocupação com o destino do Pantaninho Paulista. “Acredito que, com esse material, as pessoas vão conseguir entender a importância de preservar a natureza, de olhar para ela como de fato ela é, como a mãe da gente, por isso que se chama ‘mãe natureza’, porque sem ela não tem vida. A vida não teria vida”, disse ao g1. “A importância, para mim, foi tentar trazer boas imagens para as pessoas conhecerem um pouco mais a beleza e a importância do pantaninho. Com isso, conscientizar todos a cuidar do nosso Pantaninho Paulista”, afirmou o cinegrafista Luciano Silva. "É incrível ver como a natureza é forte e se renova sempre para vencer os obstáculos naturais e os causados pelo homem. A natureza é incrível! A série 'Pantaninho Paulista' mostra isso em detalhes", enalteceu o cinegrafista Rildo Silva. Assista abaixo à segunda reportagem da série: 'Pantaninho Paulista’: segundo episódio Meio ambiente e sociedade De acordo com o gestor do Parque Estadual do Rio do Peixe, Jeferson Bolzan, a possibilidade do turismo ecológico no local é um dos desafios para os próximos anos. Uma forma de aproximar as pessoas das belezas naturais da região e, ao mesmo tempo, evidenciar o trabalho de preservação do rio e de recuperação da mata ciliar no seu entorno, realizado pelos agentes do parque. “A gente sempre recebe todos de braços abertos. Esse é o nosso objetivo, o nosso trabalho, e explicando, expondo a importância do Parque Estadual do Rio do Peixe, desse remanescente de Mata Atlântica para o nosso interior, o oeste do Estado”, reforçou. Parque Estadual do Rio do Peixe é abordado na série de reportagens especiais 'Pantaninho Paulista', da TV Fronteira Videografismo/TV Fronteira Para alcançar esse objetivo, o envolvimento das pessoas é essencial. Mas nem sempre ele é benéfico, segundo o ambientalista e presidente da Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (Apoena), Djalma Weffort. Para ele, a foz do rio vem sofrendo as consequências da ação humana, já que “têm havido pressões exteriores na região, no ecossistema, que são os assoreamentos, o mau uso do solo, o uso de agrotóxicos no entorno, a entrada de gado e de animais domésticos”. “É uma região que está muito distante da política pública, tanto estadual quanto federal. Em parte, porque não há, ainda, uma mobilização maior da sociedade, do poder público... As entidades, as ONGs [Organizações Não-governamentais] têm feito o seu papel, a imprensa tem destaque muito importante nisso, mas precisa, realmente, de mais ações. Porque, aqui, não basta só conservar o que existe, tem que restaurar, porque nós estamos com índices muito abaixo do necessário para a conservação, muito abaixo, inclusive, da própria legislação. Então, o desafio nosso, aqui, é muito maior. Vai precisar dessa intervenção proativa da sociedade”, afirmou Weffort. Assista abaixo à terceira reportagem da série: ‘Pantaninho Paulista’: terceiro episódio Fiscalização coletiva Peter Mix é pesquisador e fotógrafo. Nos seus registros, a fauna e a flora paulistas são documentadas e percebidas de forma singular pelo profissional, bem como as dificuldades que as cercam. Para ele, a intensificação da fiscalização no entorno do Rio do Peixe é essencial, mas esse deve ser um trabalho coletivo. “Está havendo, hoje, até uma renascença de amor e gosto pela natureza dentro do público em geral. Eles estão, realmente, começando a dar valor a essa restauração. Mas é uma coisa, por enquanto, muito pequena. É preciso ter um envolvimento público muito maior, precisa se expressar e precisa pressionar proprietários e prefeituras para que todo mundo venha trabalhar junto. Uma coisa é plantar e voltar à fauna. A outra coisa, que está faltando, é a fiscalização disso tudo”, enfatizou Mix. Assim como Peter Mix, documentar é o que vem fazendo o doutor em Ciências Ambientais e pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Paulo César Rocha. Tendo como objeto de estudo o Rio do Peixe, as constatações, ainda preliminares, demonstram que as mudanças no curso do rio são claras, no entanto, podem ter sofrido com a ação humana. “Não é uma lição muito fácil separar o que é mudança climática do que é alteração natural, mas a gente tem visto bastante efeitos, em especial, de alterações humanas, principalmente pelo fato de problemas no uso da terra que podem levar a uma maior situação de escoamento superficial, onde chega mais água para o rio e, com mais água, mais sedimento para o rio, e isso pode ser um problema para esses sistemas que são meandrantes. Eles têm pouca energia e tendem a depositar o excesso de carga sedimentar”, constatou o professor. Em nota à TV Fronteira, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo informou que as ações no Rio do Peixe são norteadas pelo Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e do Peixe. O Parque Estadual do Rio do Peixe protege cerca de 10% da extensão total do rio, abrange os municípios de Ouro Verde (SP), Dracena (SP), Presidente Venceslau e Piquerobi (SP) e, em conjunto com o Parque Estadual do Rio Aguapeí, cumpre a função de preservar os últimos trechos de ecossistemas de várzeas. Entre as ações de proteção e conservação desenvolvidas pela Fundação Florestal, responsável pela gestão das Unidades de Conservação (UCs), estão a contratação de equipes de vigilância, manutenção de áreas verdes e compra de equipamentos de combate a incêndios. A UC recebeu, ainda, mais de R$ 4,5 milhões de investimentos focados na restauração ecológica, tão importante para a regeneração da mata ciliar e a preservação da fauna da região. Ao todo, são mais de 230 hectares contemplados e 360 mil mudas plantadas. “Vale lembrar que os 62 municípios atendidos pela Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo] na região de Presidente Prudente [SP] têm 100% de água tratada e de esgoto coletado e tratado nas sedes municipais, contribuindo com a qualidade de rios e córregos da região, sendo o Rio do Peixe um dos beneficiados por este trabalho”, concluiu a pasta estadual. Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV 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situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho 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Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em três reportagens especiais da TV Fronteira a situação da foz do Rio do Peixe na divisa entre Presidente Epitácio (SP) e Panorama (SP) Luís Augusto Pires Batista/ TV Fronteira Série 'Pantaninho Paulista' mostra em 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03/01 - Para comemorar 40 anos do Parque Zoobotânico da Ufac, livro vai reunir depoimentos de envolvidos no início do projeto
Livro de memórias deve ficar pronto em 2023 com fotos e depoimentos de ex-servidores, professores e alunos que passaram pelo parque. Na primeira fase, os estudiosos tentam encontrar 300 pessoas que tiveram participação na plantação das primeiras árvores. Parque Zoobotânico da Ufac guarda uma grande variedade espécies de árvores em Rio Branco Arquivo/Ufac Em comemoração aos 40 anos do Parque Zoobotânico (PZ) da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, um grupo de pesquisadores está coletando depoimentos, relatos, fotografias e manuscritos que devem compor um livro de memórias dos trabalhos desenvolvidos no parque. O livro deve conter depoimentos de ex-professores, ex-alunos, ex-servidores e pesquisadores que ajudaram a construir a história do espaço que apoia ações de ensino, pesquisa e extensão dentro do Campuz da Ufac. O PZ possui cerca de 115 hectares de extensão com uma variada fauna e fez 40 anos em 2020. A estrutura tem arboreto, herbário, viveiro de produção de mudas, laboratório de análise de sementes florestais, educação ambiental, laboratório de entomologia, Setor de Estudos de Uso da Terra e Mudanças Globais (Setem) e Setor de Conservação e Manejo. Para reunir o material de pesquisa e relatos, professores e técnicos do PZ criaram o Projeto Memórias do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac: 40 Anos Contribuindo na Geração de Conhecimento, Conservação da Biodiversidade e na Formação de Profissionais na Área Ambiental no Estado do Acre. Livro vai resgatar história de construção do parque e homenagear as pessoas que participaram Arquivo/Parque Zoobotânico Na primeira fase, os estudiosos tentam encontrar 300 pessoas que tiveram participação na plantação das primeiras árvores e construção de toda estrutura. Destas, 150 já foram encontradas e contaram suas histórias. O coordenador do projeto e dos fundadores do PZ, professor Carlos Edegard de Deus, disse que os pesquisadores têm pelo menos mais três meses para juntar esses relatos e fotografias. "É um trabalho muito bonito que está sendo feito porque estamos resgatando a história de 40 anos de trabalho do Parque Zoobotânico e uma das coisas que já estamos constando é que muitas das pessoas que passaram pelo parque hoje estão em cargos de chaves na gestão ambiental do estado. O Parque Zoobotânico começou esse movimento ambiental aqui no Acre, claro, junto com outras organizações. Mas, foi um dos primeiros, então, queremos destacar isso também ", explicou o professor. Homenagens O projeto tem outras linhas de frente também, conforme o professor, já que será produzido também um artigo científico contando a história de cada setor e espaço do parque. As equipes vão ainda reorganizar os arquivos do PZ, documentos que têm 40 anos e que vão construir uma linha do tempo da história. "Passaram por vários diretores e estamos fazendo uma linha do tempo com os principais documentos do parque. Uma das coisas que a gente pretende fazer também é uma revitalização do site do parque que está no portal da Ufac e vamos refazer um vídeo institucional com os depoimentos", descreveu. Espaço tem ainda laboratório que é usado por alunos e pesquisadores do estado Arquivo/Parque Zoobotânico O coordenador disse ainda que haverá uma homenagem para as pessoas que ajudaram na construção do espaço e já morreram. "Vamos fazer também uma homenagem para aqueles que faleceram, tanto homens e mulheres que trabalharam no parque. Vamos prestar uma homenagem coletiva para eles", resumiu. Atraso O Parque Zoobotânico completou 40 anos em 2020. Inicialmente, o projeto de pesquisa iria terminar entre o final de 2022 e início de 2023, mas, com a pandemia de Covid-19, os trabalhos atrasaram e devem ser concluídos em até seis meses. "Concluímos em 2023, com certeza. Tem bastante coisa avançada no ponto de vista da sistematização. O parque tem uma área remanescente de floresta, uma estrada de seringa que é utilizada pelos alunos e também as visitas que vão lá. Tem ainda a sede onde funcionam os trabalhos de educação ambiental e recebe alunos e professores da rede de ensino", concluiu. Reveja os telejornais do Acre
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02/01 - Retomada do Fundo Amazônia ajuda no combate ao desmatamento e desenvolvimento sustentável na região, dizem entidades
Fundo está parado desde 2019, quando Bolsonaro suspendeu comitês; além disso, Alemanha e Noruega suspenderam repasses. Neste domingo (1º), Lula assinou decreto para retomar fundo. Entidades ambientalistas ouvidas nesta segunda-feira (2) pelo g1 avaliaram que a retomada do Fundo Amazônia, assinada neste domingo (1º) pelo presidente Lula, contribui para combater o desmatamento e também buscar o desenvolvimento sustentável da região. Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, o fundo está parado desde abril de 2019. Na ocasião, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu comitês vinculados ao fundo. Além disso, em meio a uma série de polêmicas envolvendo a política ambiental do governo, Alemanha e Noruega – principais doadores do fundo – anunciaram a suspensão dos repasses. Após a eleição de Lula, em outubro, porém, os dois países informaram que voltarão a fazer os repasses. Neste domingo (1º), em seu primeiro ato como novo presidente do Brasil, Lula assinou uma série de atos. E, entre esses atos, está um decreto que estabelece a retomada do fundo. "Com o Fundo Amazônia funcionando, e com a decisão política do governo Lula e da ministra Marina Silva de combater primariamente o desmatamento e conseguir baixar as taxas rapidamente, entendo que o Fundo Amazônia vai voltar a ser um espaço onde a comunidade internacional pode remunerar o país pelos serviços de diminuição do desmatamento e das emissões", avaliou Raul do Valle, especialista em políticas públicas da entidade ambiental WWF-Brasil . "Isso vai retroalimentar recursos para que você possa não só fazer financiamento de ações de comando e controle, mas, sobretudo, [...] financiar atividades de desenvolvimento sustentável", completou. Para Valle, "muita coisa" precisa ser feita na região, como a "gestão territorial das terras indígenas" e a chamada "economia da floresta". "O Fundo Amazônia vai ser uma importante fonte de financiamento. Acreditamos que poderá ter novos doadores para além da Noruega e da Alemanha", acrescentou. Assessora do Instituto Socioambiental, Adriana Ramos entende que, com a retomada do fundo, será possível discutir a proteção ambiental da região e o desenvolvimento sustentável. Na opinião dela, sem os recursos do fundo, o governo não dá conta de promover de forma adequada as ações na região. "A retomada do fundo é fundamental, porque não haveria condições de o governo enfrentar essa questão do desmatamento e da proteção sem o Fundo Amazônia. E o governo sinaliza, também, a possibilidade de enfrentar dilemas, inclusive os relacionados à questão socioeconômica da região", avalia. Marina Silva fala sobre cooperação dos EUA com o Fundo da Amazônia e COP no Brasil Reestruturação da política ambiental Para Adriana Ramos, a retomada do Fundo Amazônia deve ser acompanhada de uma reestruturação da política ambiental do governo. No domingo, na mesma cerimônia em que assinou o decreto de retomada do fundo, Lula assinou um despacho no qual determinou ao Ministério do Meio Ambiente a elaboração de uma proposta que haja uma nova regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). No governo Bolsonaro, o Conama deixou de ter 96 conselheiros para ter 23, dos quais somente quatro seriam indicados pela sociedade civil. "O fundo é um instrumento financeiro atrelado à existência de uma política. E a retomada pressupõe que também haja a reestruturação da política ambiental, que o governo sinalizou ao editar o decreto de combate ao desmatamento, não só na Amazônia, ampliando para outros biomas. O fundo pressupõe uma política, e o pacote do que será essa política já veio sinalizado", afirmou. Ações de fiscalização Conforme o especialista do WWF-Brasil, o Fundo Amazônia deverá ser "reorganizado" a partir de agora, passando a ter decisões "novamente transparentes" e "acordadas entre os diversos setores" da sociedade. Para ele, se isto acontecer, os doadores internacionais voltarão a liberar recursos "Esses recursos, a nossa expectativa é que financiem imediatamente ações de fiscalização, de comando e controle que possam ajudar o país a diminuir o desmatamento", afirmou.
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28/12 - Polícia Ambiental destrói armadilha destinada à caça de javalis em plantação de mandioca em fazenda
Funcionário da propriedade rural confessou ter fabricado a estrutura próxima à margem do Rio do Peixe, em Santo Expedito (SP), e levou multa de R$ 500,00. Armadilha para caça de javalis foi encontrada em Santo Expedito (SP) Polícia Militar Ambiental A Polícia Militar Ambiental apreendeu e destruiu nesta quarta-feira (28) uma armadilha destinada à caça de javalis que estava montada em uma fazenda em Santo Expedito (SP). Um homem, de 58 anos, que é funcionário da propriedade rural, confessou ter fabricado e armado a estrutura próxima à margem do Rio do Peixe e recebeu um auto de infração ambiental com multa no valor de R$ 500,00. Os policiais encontraram dentro da armadilha espigas de milho para a ceva de animais. Segundo a polícia, o funcionário da fazenda alegou que havia montado a armadilha para capturar javalis, em um local com plantação de mandioca, e que não sabia da necessidade de autorização para exercer tal prática. O homem foi autuado com base no artigo 25 da Resolução 05/2021, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sima), que trata da infração administrativa de “matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”. Depois de apreendida, a armadilha foi destruída pelos policiais. Armadilha para caça de javalis foi encontrada em Santo Expedito (SP) Polícia Militar Ambiental Expansão dos javalis e caça esportiva Não existem estatísticas sobre a quantidade exata de javalis no Brasil ou o prejuízo que causam. Mas os especialistas são unânimes em dizer que a espécie deve ser controlada. A caça deveria ser um dos principais métodos de controle, mas o aumento do número de caçadores não está se refletindo em uma redução dos javalis no país. Pelo contrário. O animal só está se espalhando. Em 2016, havia javalis em 563 municípios brasileiros, segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em 2019, o número quase triplicou e os animais apareceram em 1.536 municípios. Em vez de controlar a expansão do animal, alguns caçadores estão, inclusive, espalhando o javali pelo país de forma ilegal. O ritmo de expansão do javali no Brasil é bem maior do que o registrado em países vizinhos. É 11 vezes maior do que o do Uruguai, por exemplo, por onde a espécie foi introduzida no país. Armadilha para caça de javalis foi encontrada em Santo Expedito (SP) Polícia Militar Ambiental Porcos selvagens Os javalis (Sus scrofa scrofa) pertencem à família Suidae. São porcos selvagens naturais da Europa, do norte da África e da Ásia, que entraram no Brasil há mais de 100 anos. Eram criados para consumo, mas muitos escaparam do confinamento e cruzaram com porcos domésticos. Desse cruzamento surgiu um animal híbrido: o javaporco (Sus scrofa), que se desenvolveu e ficou maior. Enquanto o javali pesa em torno de 80 quilos, o javaporco pode passar de 100 quilos, e se reproduz mais de uma vez por ano, o que aumenta o risco de invasão e descontrole da espécie. Invasões de javaporco já ocorreram em algumas áreas do Estado de São Paulo, como o Parque Estadual Vassununga, que precisou ser fechado depois que esses animais tomaram conta da mata e causaram um grande desequilíbrio ambiental. O parque, em Santa Rita do Passa Quatro (SP), já foi reaberto. A facilidade que os javalis possuem de se adaptar a ambientes diversos e até modificados pelo homem e a ausência de predadores naturais os colocam na lista das 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo. Visualmente falando, em comparação com o queixada (Tayassu pecari) e com o cateto (Pecari tajacu), os javalis e javaporcos são bem maiores, já que esses últimos podem chegar aos 200 quilos. Além disso, possuem um rabo comprido de seis a oito centímetros, enquanto os pecarídeos têm “tocos” que não ultrapassam os três centímetros. As orelhas dos javalis também são maiores e mais compridas. LEIA TAMBÉM: Cateto, queixada e javali: conheça as diferenças entre as espécies Javaporco: a ameaça que avança sem controle pelo Brasil Caça ao javali vira pretexto para grupos se armarem, inclusive com fuzil Emissão de licenças para caçadores mais que triplica no governo Bolsonaro Os dentes caninos crescem a vida toda nos javalis e saem facilmente da boca em direção à cabeça, chegando a medir até 12 centímetros. Além disso, os porcos são conhecidos pela capacidade de se “multiplicar” rapidamente, tendo em média de seis a dez filhotes por gestação. Vivem em bandos geralmente com um macho dominante. Já a alimentação é diversa, sendo onívoros e não possuindo muitas restrições. Por esse motivo, quando há falta de oferta na natureza, esses animais podem causar estragos em lavouras, se alimentando até de galinhas e pequenos mamíferos. Eles também destroem nascentes e pisoteiam sementes. O problema da superpopulação também acarreta outro desafio: a proliferação de doenças. Estudos ainda são escassos na área, mas porcos são flagrados com tumores e doenças de pele e não se sabe ao certo ainda quanto isso afeta outros animais nativos. A Instrução Normativa nº 03/2013, de 31 de janeiro de 2013, do Ibama, considerou como javali a espécie exótica invasora javali-europeu, em todas as suas formas, raças, linhagens e diferentes graus de cruzamento com o porco-doméstico (Sus scrofa domesticus) para serem abrangidos pela mesma legislação. Apesar de no Brasil ser proibida a caça, o javali, desde 2013, é a única exceção, com uma série de regras e processos a serem respeitados e seguidos. No entanto, as populações de javalis vêm aumentando e criadouros clandestinos só pioram o problema, o que prova que a caça não é um controle efetivo para o problema. VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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28/12 - Agroecologia e 'recaatingamento' transformam paisagem e vida de famílias no Sertão
Projeto socioambiental em Caiçarinha da Penha trabalha na restauração do bioma e oferece, através de um instituto com foco na produção agrícola sustentável, oportunidade para mais de 40 famílias da zona rural de Serra Talhada. Sistema agroflorestal ajuda a manter agrícola da comunidade, sem impactos negativos a Caatinga Ezequiel Quirino/TV Globo “Quando eu acordo, antes das 5h da manhã, eu abro a janela e olho para a Caatinga, sinto o cheiro dela. Cheiro gostoso! Escuto o som dos passarinhos cantando, quando amanhece o dia”. O depoimento é da agricultora familiar Lucineide Ferraz, 49 anos, apaixonada pela região em que vive e preocupada com o futuro: “me preocupo bastante com o desmatamento. Está acabando com tudo”. Quando questionada sobre o que a Caatinga representa para ela, a resposta é direta: “a vida”. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Perguntada sobre sonhos, ela diz ter um: “fazer faculdade sobre algo da Caatinga, que é o que eu mais gosto, e dos animais”. É com os olhos marejados de encantamento que ela fala da sua relação com o bioma. Em Pernambuco, há mais de 3 milhões de hectares de área de Caatinga desmatada. Além disso, apenas 2,65% da Caatinga de Pernambuco estão em área de preservação integral. Lucineide Ferraz transforma os frutos da Caatinga em doces e geleias Caroline Rangel/TV Globo Lucineide é uma das 13 mulheres que trabalham no Instituto Serra Grande, localizado no distrito de Caiçarinha da Penha, na zona rural, a 43 quilômetros de Serra Talhada, no Sertão. O projeto, que existe desde 2019, reúne 40 famílias das comunidades de Barreiros e Santana, num trabalho socioambiental - que é a recuperação e restauro de áreas desmatadas da Caatinga - e de agroecologia, preservando e aproveitando os frutos e folhas da vegetação do bioma, para gerar renda às famílias locais. LEIA TAMBÉM: PE tem mais de 3 milhões de hectares de área desmatada de Caatinga Apenas 2,65% da Caatinga de PE estão em área de preservação integral A agricultora familiar, junto às colegas do Instituto, aproveita os insumos oferecidos pela Caatinga, como o umbu, o caju, o alecrim do mato e a quebra-faca, para fazer geleias, conservas, vinagres e bebidas fermentadas. Elas produzem 50 potes de produtos por dia e vendem em feiras, entre as comunidades, e pela internet. Para fazer as receitas dos doces tudo é aproveitado. Enquanto a fruta é desidratada, o mel do caju é usado pra fazer licor. O umbu, colhido do pé, também é levado para casa, onde a produção acontece. Instituto produz doces dos frutos Caatinga, como caju e umbu Caroline Rangel/TV Globo Há um ano, Tota Cavalcante começou a trabalhar no instituto. E assim como Lucineide, ela vê o projeto como um grande passo, para realização de sonhos. “A pessoa pode juntar um dinheiro, juntar um pouco para o futuro, para quando estiver mais velho ter um dinheiro junto, para não depender dos outros. Meu sonho é fazer uma faculdade no futuro quando eu estiver podendo mais”, disse Tota, explicando que deseja fazer o curso de letras, para se tornar professora de português. Agricultora Tota Cavalcante junta dinheiro que ganha pelo trabalho no instituto, para estudar no futuro Caroline Rangel/TV Globo O trabalho desenvolvido pelas mulheres da comunidade é presidido pela agricultora familiar Creuza Ferraz, de 69 anos. Aos 10 anos de idade, ela já trabalhava com agricultura. Líder da Associação de Moradores da comunidade de Santana, no distrito de Caiçarinha da Penha, em Serra Talhada, Creuza tem facilidade para dialogar com as mulheres e famílias que vivem na área, principalmente sobre a importância das mulheres da região terem seu próprio trabalho, e pensarem num futuro melhor para elas e para o ecossistema em que estão inseridas. “Aqui tudo é na base da mão. Não tem nada industrializado, e nem nós queremos. Nós queremos fazer artesanalmente, porque valoriza. É agricultura familiar”, pontuou a presidente. O projeto do Instituto foi pensado desde 2003. Dona Creuza e outras mulheres da comunidade chegaram a fazer curso no Sebrae, para aprender a fazer doces, mas só em 2019, depois de muitos testes e estudos com frutas da região e da vegetação da Caatinga, começaram a fazer as geleias e compotas como um negócio local. "Eu fui a primeira a fazer uma geleia de acerola, e deu certo. Aí eu mostrei no grupo, que as meninas criaram para a gente se comunicar. Aí, uma amiga minha fez outra em casa, deu certo também. Então, a gente começou fazendo em casa, com o aprendizado que a gente teve lá [no Sebrae]”, contou dona Creuza, enquanto mexia um doce de passa de caju. Presidente do Instituto Serra Grande, Creuza Ferraz diz que projeto a valoriza agricultura, sem agredir a Caatinga Caroline Rangel/TV Globo O preço dos produtos varia de R$8 a R$30. São pelo menos oito horas de trabalho por dia para dar conta da produção. Todo trabalho feito pelas mulheres acontece na Fazenda Serra Grande, uma propriedade privada de 1.260 hectares, com 800 hectares de Caatinga preservada e 260 hectares de área reflorestada. As terras são da família do coordenador do projeto socioambiental Serra Grande, Alvaro Severo. A área é da família dele desde a época do império, e sofreu com períodos de seca e degradação. Em 2019, quando decidiu morar em definitivo no local, resolveu abrir as portas da fazenda, incentivar as mulheres da região a enxergar oportunidade através da caatinga e orientar os agricultores sobre como é possível viver em harmonia com a terra. “Essa área foi antropizada, ela foi utilizada por um método de agricultura que queimava, que compactava o solo, que salinizava o solo”, afirmou o coordenador, que tem um viveiro com 26 mil mudas nativas da caatinga, entre frutíferas e cactos, para reflorestamento. Mais de 26 mil mudas de plantas nativas da Caatinga serão plantadas na região de Caiçarinha da Penha, para restaurar solo degradado Ezequiel Quirino/TV Globo As mudas são utilizadas na área da fazenda que um dia foi lavoura, em um sistema chamado de agroflorestal, onde espécies ameaçadas da caatinga dividem espaço com a plantação de feijão e mandioca, por exemplo. São grandes faixas de plantio com espécies alternadas. A técnica é importante tanto no processo de recuperação do solo do bioma, como na prática da agroecologia, vivenciada pelas mulheres do instituto. “A raiz da tuberosa, da mandioca, expande na terra. Então, quando chove, o fato desse solo não ser mais compactado ajuda para que a água da chuva, em vez de escorrer, infiltre. Então, a gente já tem um risco zero de erosão numa área como essa, porque a gente tem um poder de infiltração enorme. Justamente por causa dessas linhas de árvore que estão fazendo o processo de bombear água para o subsolo”, explicou Alvaro. O sistema agroflorestal utilizado na fazenda é um experimento que ocupa 2,5 hectares de área. A expectativa é de que no próximo ano essa área seja expandida e ocupe 200 hectares de área, que poderá ser utilizada pela agricultura, mas sem impactos negativos à Caatinga. Sistema agroflorestal é experimento para manter atividade agrícola, sem agredir vegetação da Caatinga Ezequiel Quirino/TV Globo “Recaatingamento” O projeto socioambiental Serra Grande foi criado por Alvaro em 2003, pela inquietação com os impactos da seca na vida dos sertanejos e pela vontade de ver o bioma, exclusivamente brasileiro, vivo em Serra Talhada. As mudas nativas do bioma, utilizadas no sistema agroflorestal e para agricultura sustentável, também ajudam a recuperar áreas degradadas da Caatinga, por causa das queimadas, pastagem e criação de caprinos, prática comum no Sertão. Mas, de acordo com o coordenador do projeto, apenas o plantio de mudas nas áreas desmatadas não é suficiente para restaurar o bioma. Para o trabalho do "recaatingamento", como costumam chamar, é fundamental a presença da fauna. Alvaro conta que mais de 2 mil espécies nativas da caatinga já foram soltas na área da fazenda, pelo Ibama. E é essa prática, junto ao reflorestamento, que faz o bioma se recuperar. “Hoje a gente vê crescer uma floresta. É com essa diversidade, com a ajuda da fauna, dos ventos, por isso que também é tão importante a gente ter a soltura desses animais, porque eles também ajudam nesse restauro também. O passarinho come uma semente aqui, mas, se você olha os pés do Juazeiro, por exemplo, vê que tem um Mandacaru dentro. Isso é efeito da dispersão da semente pelos pássaros. Eles usam Juazeiro, que é uma das plantas que demoram a perder copa, é a melhor sombra para ele. Ele come a fruta do Mandacaru e vai se abrigar no Juazeiro. Aí cria uma simbiose, nasce sempre um pé de Mandacaru dentro de um pé de Juazeiro”, detalha Alvaro, pontuando a importância não só dos pássaros, mas tatus e outros animais comuns da Caatinga, para ajudar no restauro da vegetação degradada. Ivair de Lima criava pássaros em gaiolas, e hoje entende a importância deles em liberdade para o ecossistema Caroline Rangel/TV Globo Além das atividades desenvolvidas na fazenda, quem trabalha no projeto também promove rodas diálogos e cursos sobre educação ambiental, para as comunidades vizinhas. Ivair de Lima tem 21 anos, e desde os 10 anos criava pássaros em gaiola. A família, que trabalha com agricultura, participou de uma das conversas sobre a importância de manter animais como pássaros, tatus, veados e emas, soltos na Caatinga. O diálogo conscientizou Ivair. “Eu achava bonito eles cantando na gaiola, mas agora eu crio eles soltos. É mais bonito eles voando entre as árvores. E também ajudo no restauro da Caatinga com o sistema agroflorestal, plantando mudas. É importante esse cuidado”, declarou o jovem, que também ajuda o Ibama a soltar os animais silvestres na fazenda Serra Grande. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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28/12 - Apenas 2,65% da Caatinga de Pernambuco estão em área de preservação integral
Com mais de 8 milhões de hectares, o bioma presente em 84% do território pernambucano tem cerca de 219 mil hectares em unidades de conservação de proteção integral, que também sofrem com práticas ilegais como a caça de animais e retirada de vegetação nativa. Xique-xique, planta nativa da Caatinga Caroline Rangel/TV Globo Os números do desmatamento da Caatinga em Pernambuco têm chamado a atenção de ambientalistas e de quem vive no Sertão do estado, mas não somente eles despertam preocupação. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram “A Caatinga hoje é o nosso bioma mais ameaçado, porque é o que tem a menor quantidade de áreas de proteção e a menor proporção de áreas protegidas”, disse o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada, Martinho Carvalho, preocupado com o futuro da fauna e flora do ecossistema. Dos 8.277.900 hectares de área do bioma no estado, apenas 219.623 hectares estão em áreas de proteção integral. Ou seja: só 2,65% da Caatinga está protegida. LEIA TAMBÉM: PE tem mais de 3 milhões de hectares de área desmatada de Caatinga Agroecologia e 'recaatingamento' mudam paisagem e vida de famílias Esse cálculo foi feito pelo g1 com base em dados divulgados pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). De acordo com o órgão, Pernambuco tem 13 Unidades de Conservação da Caatinga de Proteção Integral. Duas são mantidas pelo governo federal, nove pelo governo do estado e outras duas pelos municípios (veja no mapa). O objetivo das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza. Nelas são proibidas atividades como a caça de animais e a retirada de árvores nativas, para uso comercial ou não. O Sistema Estadual de Unidades de Conservação (Seuc) - Lei 13.787/09 - divide as unidades de proteção integral em cinco categorias: Estação Ecológica (Esec); Monumento Natural (Mona); Parque Estadual (PE); Refúgio de Vida Silvestre (RVS) e Reserva Biológica (ReBio). Em algumas dessas categorias não é permitida a visitação de pessoas ou a prática do turismo, mas elas podem ser utilizadas para pesquisa científica, por exemplo. A lei também prevê que as áreas particulares incluídas nos limites do território de proteção integral sejam desapropriadas. Falta proteção nas áreas de conservação A maior unidade de conservação do bioma que temos em Pernambuco, mantida pelo estado, é a Estação Ecológica Serra da Canoa, fica na zona rural de Floresta, no Sertão de Pernambuco. São 7.598 hectares de área. Ela foi instituída como Unidade de Conservação em 2012, através de um decreto estadual (Nº 38133, de 27/04/2012), assinado pelo então governador Eduardo Campos. Por estar na categoria Estação Ecológica, a Lei estadual 13.787/09 diz que a visitação pública é proibida em áreas como essa, exceto quando o objetivo for educacional, para pesquisas científicas ou para medidas e manejo de restauração. Animais são criados em área da Estação Ecológica Serra da Canoa Caroline Rangel/TV Globo Entre as justificativas para instituir a área de Floresta como Unidade de Conservação, o documento pontua “a baixa representatividade do bioma Caatinga no Sistema Estadual de Unidades de Conservação” e “as vulnerabilidades deste bioma, exclusivamente nacional, diante das perspectivas de mudanças climáticas”. Já entre os objetivos, está “proteger as espécies endêmicas e as espécies raras ameaçadas de extinção ocorrentes na área e nos remanescentes florestais da região”. Em viagem ao Sertão, o g1 visitou a Estação Ecológica Serra da Canoa. Mas na região a equipe recebeu denúncias de que até dentro da área de conservação da Caatinga existe a prática da caça de animais, como tatupeba, veado, ema e arara azul. As práticas ilegais foram confirmadas pelo gestor da Unidade de Conservação da Caatinga em Floresta, Ericson da Silva. Funcionário da CPRH convocado para atuar na área desde 2019, ele é o único que vive na região e trabalha na Estação. “Nós temos problemas seríssimos aqui de caça, retirada de madeira, mineral. Vários agravantes aqui precisam ser equalizados”, declarou o servidor, pontuando que, como sua chegada ao local é recente, a área ainda está passando por um processo de levantamento de terra e pessoal, para montagem do conselho gestor e do plano de manejo da estação. Gestor da Estação Ecológica Serra da Canoa, Ericson da Silva, faz o mapeamento da área para criar plano de manejo e ações ambientais Ezequiel Quirino/TV Globo Além da atividade ilegal da caça, outra irregularidade apontada ao g1 é a presença de residências dentro da estação. O gestor da unidade confirmou a presença de 90 proprietários de terrra no local. De acordo com ele, a regularização fundiária está em curso. “O proprietário tem toda autonomia na área, porque ainda é o dono da terra. Nós precisamos avançar quanto à questão fundiária, para que possamos ter uma reserva direcionada realmente à pesquisa científica e educação ambiental”, ressaltou, explicando que hoje o seu trabalho na unidade é principalmente relacionar os problemas, para que o estado possa implementar as medidas exigidas para uma área de proteção integral. Próximo à Estação Ecológica Serra da Canoa está o Parque Estadual Mata da Pimenteira, em Serra Talhada, a 90km de Floresta. A Unidade de Conservação fica bem próxima da Universidade Rural de Pernambuco. A área costuma ser usada pelos professores e estudantes, para pesquisa. Por estar inserida na categoria Parque Estadual, de acordo com o Sistema Estadual de Unidades de Conservação, a área tem como "objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de ecoturismo". A Mata da Pimenteira é uma área de preservação da vegetação de Caatinga arbórea. O biólogo e pesquisador da UFRPE Martinho Carvalho acompanhou a visita do g1 à Unidade de Conservação e explicou o que pode ser encontrado no local. “Essa vegetação é de uma Caatinga Florestal, que é uma Caatinga mais rara. É uma vegetação mais densa. As árvores têm de 12 a 15 metros de altura e um diâmetro de tronco bem maior do que o que ocorre numa Caatinga típica. Ela é mais úmida em comparação aos outros tipos de Catinga, mas um pouco mais seca do que a Mata Atlântica. E, por isso também, ela tem uma riqueza de espécies maior do que as demais”, explicou o professor. Parque estadual Mata da Pimenteira preserva vegetação de Caatinga arbórea Ezequiel Quirino/TV Globo O Parque tem uma área total de 887 hectares e, de acordo com a CPRH, recebeu o título de 1ª Unidade de Conservação do Estado de Pernambuco no Bioma Caatinga. Mas assim como a Estação Ecológica Serra da Canoa, em Floresta, a área de preservação em Serra Talhada conta com apenas um gestor no quadro de funcionários e também sofre com a presença de caçadores, o que acaba preocupando os pesquisadores, já que esse deveria ser um espaço de proteção do bioma. “A presença de caçadores também é algo ameaçador. Aqui na reserva se encontram muitos caçadores, principalmente para caçar tatupeba, porque o pessoal acaba usando como aperitivo [a carne]. Eu mesmo, trabalhando aqui às vezes, à noite, já escutei tiros de espingarda. Já encontrei caçadores aqui dentro”, relatou o biólogo. Além da caça dentro da Unidade e na região, também há a prática do desmatamento da vegetação nativa da Caatinga. O professor de biologia e ecologia da UFRPE André Lima explica que, das espécies ameaçadas do bioma, algumas estão presentes na área de conservação e são alvo da atividade ilegal. “A aroeira e a baraúna são duas espécies que têm uma madeira muito boa, e por isso tão cobiçada. Mas temos também a umburana de cambão, uma planta que também é utilizada, por exemplo, para fazer as carrancas, porque ela tem uma madeira mole. Além disso existem outras espécies que podem ser utilizadas para produção de carvão, como por exemplo, a própria catingueira. A catingueira é uma planta que tem esse nome justamente porque o cheiro dela não é tão bom, entretanto, ela tem também essa pressão por conta da extração da madeira, que é bem resistente”, explicou o pesquisador. A madeira extraída da vegetação nativa da Caatinga costuma ser utilizada por carvoarias clandestinas e madeireiras. Pelas estradas do Sertão é comum encontrar caminhões carregados. Eles costumam sair no fim da tarde. Caminhões carregados de madeira são comuns nas estradas do Sertão de Pernambuco Ezequiel Quirino/TV Globo Respostas Procurado pelo g1 para explicar sobre a extração ilegal de madeira da Caatinga e a inspeção, o gerente das Unidades de Conservação da CPRH, Gleidson Castelo Branco, explicou que a fiscalização existe e em algumas situações eles apreendem caminhões que saem disfarçados, com plantas que não são nativas da Caatinga na parte externa, para não chamar a atenção da fiscalização. “A gente encontra muitos caminhões transportando algaroba, mas por diversas vezes já encontramos ele transportando não só algaroba. Ela realmente vem disfarçada com o fundo da carga. Então requer uma atenção dos fiscais durante essa fiscalização e o procedimento é que haja a apreensão de toda a carga, mesmo que tenham poucas espécies ali que são liberadas." Sobre a falta de efetivo nas Unidades de Conservação da Caatinga, o gerente afirmou que, apesar de ter apenas um gestor na Estação Ecológica Serra da Canoa e no Parque Estadual Mata da Pimenteira, existe uma equipe, na sede do órgão, no Recife, para dar suporte a essas áreas. “Existe o gestor. Algumas unidades têm uma equipe maior além do gestor, mas na sede no Recife. Inclusive tem um setor de administração de Unidades de Conservação que dá esse suporte na fiscalização da equipe gestora. Quando a unidade não possui a equipe gestora, quem faz esse papel é o setor de administração das unidades de conservação, que fica aqui na sede”. De acordo com Gleidson Castelo Branco, ao existir denúncia e demanda, uma equipe sai do Recife para a fiscalização nas áreas de Unidade de Conservação. Questionado sobre o que acontece quando uma pessoa é flagrada numa unidade de proteção ambiental desmatando ou caçando animais, ele explicou o infrator responde administrativamente, tem carga apreendida e pode pagar multa que varia entre R$ 50 e R$ 50 milhões. “Tem tanto a apreensão da carga como também todos os instrumentos utilizados no cometimento da infração, como o próprio veículo. Existe a multa também que, a depender do caso, tem muitas variantes, agravantes, que vai de R$ 50 a R$ 50 milhões. Em algumas situações, além de ser infração administrativa ambiental, é um crime, então ele vai ser conduzido à delegacia para que se estabeleça todo o procedimento de inquérito criminal. Na Justiça tem as penas, além de multa, a depender do crime também. Inclusive, quando ele é cometido dentro da unidade de conservação, é um agravante”, explicou o gerente das Unidades de Conservação da CPRH. Entre janeiro e 15 de dezembro de 2022, de acordo com a CPRH, foram registradas 12 autuações de tráfico e caça de animais nativos da Caatinga, além de três por cativeiro [de animais]. Dez autuações de desmatamento em unidades de conservação da Caatinga foram registradas no estado Investir para preservar Diante da pequena proporção de áreas de Caatinga protegidas no estado e do desmatamento e da caça dentro dessas áreas, pesquisadores e ambientalistas lamentam a falta de investimento e políticas públicas direcionadas ao bioma. “O apoio governamental, na verdade, e a gente fala tanto numa escala estadual ou nacional, [a Caatinga] sempre é colocada em último lugar”, afirmou o professor André Lima, da UFRPE. O Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) estuda os biomas da região, as áreas de proteção e também atua na recuperação da vegetação e fauna dos locais degradados. De acordo com o presidente da instituição, Joaquim José de Freitas Neto, esse não é um problema ambiental pontual do estado, mas do país, que segundo ele sofreu com a diminuição de recursos voltados para proteção, gestão e implementação de novas unidades. “É importantíssimo a gente conseguir proteger esse capital natural que ainda existe da Caatinga, sob a forma de unidade de conservação, que hoje é a principal estratégia de proteção de floresta em pé, dentro da governança ambiental brasileira. Nos últimos tempos, sobretudo nos últimos quatro anos, vem ocorrendo um desmonte de políticas ambientais. Então se a gente não tem um direcionamento do governo federal, toda governança ambiental se torna fragilizada. Não adianta nada a gente criar uma unidade de conservação e ela não ter uma gestão efetiva, com diálogo com a comunidade, não ter planejamento, como o plano de manejo, que norteiam a gestão". O g1 procurou o Ministério do Meio Ambiente para saber quanto o governo federal investiu no bioma Caatinga durante os últimos quatros anos, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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23/12 - Zoológico na Holanda descobre que panda gigante é fêmea e não macho
Fan Xing nasceu em 2020 em um zoológico e será enviada para a China. Panda será enviada para a China Reprodução/ Instagram Ouwehands Dierenpark Um panda gigante causou surpresa em um zoológico holandês, depois que os funcionários descobriram que se trata de uma fêmea e não de um macho, como ficou estabelecido logo após seu nascimento, em 2020. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A descoberta surpreendeu os funcionários do zoológico de Ouwehands, no centro do país, durante um exame médico de rotina. Fan Xing é o primeiro panda gigante nascido na Holanda. Panda gigante causou surpresa em um zoológico holandês Reprodução/ Instagram Ouwehands Dierenpark "Fan Xing nos surpreendeu. Para nós, o sexo era algo que queríamos verificar durante um exame de saúde sob anestesia, só para ter certeza", contou José Kok, chefe do zoológico, em um comunicado. Meses após seu nascimento, em 1º de maio de 2020, Fan Xing passou por um exame médico sem anestesia, feito rapidamente para que o filhote de urso pudesse retornar à mãe o mais rápido possível. Initial plugin text No entanto, não é fácil determinar o sexo de um panda gigante, explicou Kok, especialmente quando se trata de um bebê que não para de se mexer. RELEMBRE como foi o nascimento da Fan Xing "Estávamos tão convencidos de que era um macho que nunca questionamos", contou Kok na noite de quinta-feira em um programa de televisão. Foto divulgada pelo zoológico de Ouwehands mostra uma panda segurando seu filhote pela boca, neste sábado (2), em Rhenen, na Holanda Ouwehands Zoo/AFP Como acontece com todos os machos, o animal passou por um treinamento especial no zoológico para fortalecer o traseiro para poder se reproduzir sem dificuldade. "Esta fêmea terá patas traseiras sólidas", brincou Kok. A surpresa não afeta a saúde de Fan Xing ou sua missão, afirmou o zoológico. O panda será enviado em breve para a China, conforme planejado, como parte de um programa internacional de reprodução. Initial plugin text Veja vídeos sobre os pandas gigantes: Pandas gigantes se refrescam com guloseimas geladas nos zoológicos da China Pandas gigantes, Suhail e Thuraya, chegam no Catar antes da Copa do Mundo
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19/12 - Estudo relata 1ª evidência de acasalamento de tubarões-tigre em Noronha: 'Mordidas de amor', diz bióloga
Artigo científico internacional foi publicado nesta segunda (19). Pesquisadora diz que animais estão copulando na ilha. Registros de marca de cópula em tigres em Noronha Projeto Trubarões e Rais de Noronha/Divulgação Um artigo científico internacional, publicado nesta segunda (19), relata a primeira evidência de acasalamento e gravidez em tubarões-tigre em Fernando de Noronha. A publicação foi feita na revista Environmental Biology of Fishes. São ‘mordidas de amor’”, afirmou a bióloga Bianca Rangel. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Os relatos foram feitos a partir de 2009 e contam com imagens de três registros produzidos em maio deste ano pelos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). “Este é o primeiro estudo relatando uma área associada ao acasalamento e gestação de tubarões-tigre em águas brasileiras”, comemorou Bianca Rangel, doutoranda da USP e coordenadora do Projeto Tubarões e Raias de Noronha. A pesquisadora contou que o estudo indica que os tubarões-tigres estão copulando em Fernando de Noronha. “Esse estudo tem sete registros de fêmeas com marca de cópula. Isso indica que a espécie copula em Noronha. A reprodução envolve várias etapas, como a fêmea ficar grávida e o nascimento dos filhotes. A cópula nós vimos que é feita em Fernando de Noronha”, declarou Bianca Rangel. Fêmea de tigre com marcas de ato sexual Projeto Tubarões e Rais de Noronha A bióloga disse que já existiam registros esporádicos da reprodução, mas não havia um estudo que comprovasse cientificamente essas notificações, como aconteceu agora. As fotos mostram as fêmeas mordidas, marcas ocorridas no acasalamento. “Essas são mordidas feitas pelos machos. Por isso, as fêmeas ficam todas marcadas assim", observou a bióloga. Importância de Noronha A publicação dos registram comprovam a importância ambiental de Fernando de Noronha. “O estudo valida Noronha como área importante para a reprodução do tubarão-tigre. Essa é a primeira região no Brasil com essa importância para a reprodução da espécie. Existem poucos registros de filhotes na região costeira e grávidas. Confirmamos a importância da ilha para espécie”, afirmou a pesquisadora. Bianca Rangel acredita que a reprodução dos tigres em Noronha é recente. “O pesquisador Ricardo Garla desenvolve estudo na ilha há mais de 20 anos e ele só tem um registro de fêmea com marca de cópula, que foi feito em 2011. Depois, os registros começaram a ser feitos com mais frequência, a partir de 2017. Esse ano nós fizemos três registros de fêmeas com marca de cópula, em uma semana”, informou a pesquisadora. Pesquisa mostra primeira evidência de gravidez em tubarão-tigre em Noronha A estudiosa disse, ainda, que Noronha é a região com a maior diversidade genética tubarão-tigre no planeta. “Isso mostra que eles saem de todos os lugares do Oceano Atlântico para Fernando de Noronha. Aparentemente, estão trocando material genético e se reproduzindo. Isso é muito bom para a manutenção da espécie”, analisou Bianca (veja vídeo acima). Ataques Em Fernando de Noronha, ocorreram dois ataques de tubarões a humanos. Foram mordidos um turista, em 2015, e uma menina, em janeiro deste ano, na Praia do Sueste. Nos dois casos, os pesquisadores atribuíram os ataques a animais da espécie tigre. A estudiosa afirmou que os incidentes não têm relação com a reprodução na ilha. “Os incidentes não têm relação direta com o possível aumento populacional da espécie em Noronha. Nós ainda estamos constatando que os animais estão se reproduzindo. Não temos evidências de que eles estão nascendo na ilha. Aparentemente, tem animal que vem para Noronha, se reproduz e vai embora. Não há comprovação do aumento da população da espécie na ilha”, indicou Bianca Rangel. Mergulhos O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) suspendeu, no sábado (17), o mergulho de apneia na Praia do Sueste. O monitoramento por drone registrou tigres em comportamento de alimentação. A pesquisadora considerou a decisão acertada. “Observamos os tubarões-tigres se alimentando. Nesse momento, eles têm um comportamento mais agitado. Os animais estão procurando presas e a água do Sueste, às vezes turva, não colabora. A forma de evitar o incidente é fechar a praia”, avaliou Bianca. Bianca Rangel declarou que o Sueste é o local de preferência desses animais. “A preferência alimentar do tubarão-tigre é a tartaruga. O Sueste tem muita tartaruga e, por isso, o animal procura essa área. Nós acreditamos que o período de reprodução das tartarugas pode atrair tigres de vários locais, mas ainda precisamos monitorar para comprovar isso”, falou Bianca Rangel. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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17/12 - Mergulhos na Praia do Sueste, em Noronha, são suspensos após drone detectar tubarões-tigre em comportamento de alimentação
Segundo o ICMBio, suspensão foi feita de forma preventiva, começa a valer a partir deste sábado (17) e é temporária. Banho de mar no local está proibido desde janeiro. Mergulhos na Praia do Sueste estão suspensos temporariamente Ana Clara Marinho/TV Globo A prática do mergulho de apneia, também chamado de mergulho por flutuação, na Praia do Sueste, em Fernando de Noronha, foi suspensa a partir deste sábado (17). O banho de mar está proibido no local desde janeiro deste ano, após uma menina de 9 anos ser mordida por um tubarão e ter a perna amputada. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A suspensão é temporária, de acordo com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). A decisão foi motivada pelo avistamento de tubarões-tigre em comportamento de alimentação no Sueste, através de um monitoramento aéreo feito com drone. Tubarão-tigre é visto na Praia do Sueste, em Fernando de Noronha Rihel Venuto/Reprodução Instagram A chefe do ICMBio em Noronha, Carla Guaitanele, disse que o avistamento de tubarões-tigre tem ocorrido com frequência nessa região, por isso a suspensão aconteceu de forma preventiva, para evitar novos ataques. Ainda de acordo com a representante do instituto na ilha, o protocolo de reabertura do Sueste prevê a suspensão dessa atividade quando tubarões-tigre são avistados no local, ou ainda em caso de chuva forte, alta turbidez da água e abertura do mangue. Monitoramento aéreo Drone monitora tubarão-tigre na Praia do Sueste, em Noronha Rihel Venuto/Reprodução Instagram Um relatório gerado a partir de imagens aéreas constatou o avistamento de tubarões-tigre no Sueste. Em 18 dias, com voos durante uma hora por dia, o monitoramento por drone registrou seis vezes a presença dessa espécie no local. Os dados foram obtidos pelo mestre em oceanografia biológica Rihel Venuto e pelo fotógrafo de natureza Fábio Borges, que se voluntariaram para a atividade e realizam voos e anotações desde o dia 24 de novembro. Tubarões Segundo a direção do ICMBio, um quarto das espécies de tubarão estão ameaçadas de extinção, classificadas como criticamente ameaçadas, ameaçadas ou vulneráveis. Com base nos critérios da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), Noronha se tornou um dos principais destinos para o mergulho com tubarões no Brasil. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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13/12 - Adamantina instala ninhos artificiais para incentivar a reprodução da arara-canindé, espécie ameaçada de extinção
Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente destinou estruturas para praças públicas e também as colocou à disposição de moradores interessados em fazer a instalação. Ave traz na plumária as cores da bandeira do Brasil. Ninhos artificiais são instalados em Adamantina (SP) para a reprodução da arara-canindé Divulgação A Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente (Saama) deu início a um projeto que pretende incentivar, em Adamantina (SP), a reprodução de aves da espécie arara-canindé (Ara ararauna), que está ameaçada de extinção. A iniciativa consiste na instalação de ninhos artificiais em espaços públicos e privados da cidade com o objetivo de oferecer para as araras uma ferramenta para que elas possam se reproduzir de forma segura e livre dos perigos dos predadores. Foi feita a abertura de brechas nas palmeiras mortas da Praça Vereador José Parrilla, facilitando a formação de novos ninhos e onde já é possível observar filhotes, já que as araras-canindé, que têm presença certa no céu de Adamantina, diariamente, no começo da manhã ou no fim da tarde, nidificam entre dezembro e maio. As aves costumam conviver em grupo, mas, para a reprodução, diferentemente do que ocorre com outras espécies, vivem com o mesmo parceiro a vida toda. Elas se alimentam de frutas, sementes e cocos de palmeiras. Inicialmente, foram confeccionados seis ninhos artificiais que serão instalados em áreas públicas da cidade: nas praças Vereador José Parrilla e Élio Micheloni, nos parques dos Pioneiros e Caldeira e na frente de duas residências. “Caso algum morador tenha o interesse de instalar o ninho artificial, basta entrar em contato, pois a Saama fará a instalação ou, se tiver palmeiras mortas plantadas, serão abertas brechas para que novos ninhos se formem”, afirma o secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Adamantina, Thiago Ribeiro Benetão. A iniciativa recebeu o nome de Projeto Arara-Canindé, mas a Saama também prevê que os ninhos artificiais poderão servir ainda para a reprodução de aves de outras espécies, como pica-paus e tucanos. Aves da espécie arara-canindé estão ameaçadas de extinção Divulgação “Essa ação busca diminuir os impactos ambientais causados pelas ações humanas resultantes do desenvolvimento e industrialização. A biodiversidade encontra-se ameaçada pela intensificação da fragmentação dos biomas que ocorrem diante das ações, como exploração florestal, pecuária, agricultura, urbanização, construção de estradas, entre outras, afetando diretamente na migração de animais para a área urbana em busca de alimento e local seguro para reproduzir”, afirmou Benetão ao g1. Ele explicou que a população pode contribuir com essa iniciativa doando material para a confecção de novos ninhos, não permitindo que os ninhos instalados sejam depredados, coibindo qualquer ação predatória do homem e denunciando-a. Ainda segundo o secretário, a importância da preservação da espécie em Adamantina é manter o equilíbrio do ecossistema, já que as araras-canindé estão envolvidas na dispersão de sementes e, como grandes voadoras, percorrem longas distâncias entre os locais de repouso e nidificação e os de alimento. Benetão detalhou ao g1 que o projeto tem os seguintes motivos e objetivos: Oferecer abrigo e local seguro para a reprodução das araras-canindé, que ocorre entre dezembro e maio, sendo a postura de um a três ovos. Quando formam casal, não mais se separam. Coibir o declínio que já vem ocorrendo em razão da destruição de seu ambiente e do comércio intenso e geralmente ilegal. Manter o equilíbrio do ecossistema, vez que a canindé está envolvida na dispersão de sementes. Incentivar o “Turismo de Observação”, que é uma excelente opção de passeio e que, além de uma atividade de recreação, é educacional, pois reforça o interesse das pessoas pelo meio ambiente. Cores da bandeira do Brasil A arara-canindé, ave que traz na plumária as cores da bandeira do Brasil e que também é conhecida como arara-de-barriga-amarela ou simplesmente arara-amarela, está ameaçada de extinção, com sua conservação em perigo. Talvez uma das razões para essa condição seja o fato de ela deslocar-se a grandes distâncias durante o dia, entre os locais de descanso e de alimentação, e ser, por isso, uma presa fácil. Quando esses animais são caçados para a venda, as árvores com os ninhos costumam ser derrubadas. Isso não só prejudica a reprodução de diversas espécies de aves, que utilizam o mesmo ninho em épocas reprodutivas diferentes, como altera por completo o hábitat desses bichos. A arara-canindé costuma fazer seus ninhos em buracos nos troncos, onde põe seus ovos. Os filhotes permanecem no ninho até a 13ª semana, período no qual são alimentados pelos pais, que regurgitam a comida em seus bicos. O bico forte dessas aves costuma ser usado também para ingerir pedrinhas, que auxiliam na trituração de sementes de algumas das palmeiras que fazem parte da dieta dessas araras. São os casos de buriti, tucum, bocaiuva, carandá e acuri. VEJA TAMBÉM: Ameaçada de extinção, arara-canindé 'pega carona' com ciclista e transforma prática do esporte em 'experiência incrível' Filhotes de arara-canindé são abandonados em caixa de papelão no trevo de acesso a Teodoro Sampaio Morador de Iepê é multado em R$ 5 mil por manter arara-canindé em cativeiro ‘Desnorteado e desidratado’, filhote de arara-canindé é resgatado no Centro de Dracena; veja VÍDEO Com lesão provavelmente provocada por linha cortante, arara-canindé é resgatada em Dracena Morador de Presidente Prudente leva multa de R$ 5,5 mil por manter arara-canindé e papagaio-verdadeiro em cativeiro sem autorização Moradora de Presidente Venceslau recebe multa de R$ 5 mil por arrancar palmeira imperial com ninho de arara-canindé Morador de Presidente Prudente é multado em R$ 5 mil por manter arara em cativeiro Cidade da Criança comemora nascimento de arara-canindé As araras-canindé são consideradas “predadoras” de algumas palmeiras, porque, ao triturar suas sementes, impedem a dispersão das plantas. Mas vale dizer: desde a chegada dos exploradores portugueses ao país, no século 16, as araras (bem como papagaios, periquitos, jandaias e maracanãs) são responsáveis pela alcunha dada ao Brasil de “Terra dos Papagaios”. Geralmente elas voam em pares ou grupos de três indivíduos. A mesma combinação é mantida quando estão em bando (de até 30 indivíduos). Também é muito encontrada em cativeiro, onde chega a durar 60 anos. No Brasil, a espécie é encontrada desde a Amazônia até o Paraná. Além disso, também é vista no Panamá, na Colômbia, nas Guianas, no Equador, no Peru, na Bolívia, no Paraguai e na Argentina, entre florestas úmidas, matas de galeria, buritizais e palmais. O período de incubação dura aproximadamente 28 dias, botando de um a três ovos. VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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12/12 - Artistas plásticos do Acre montam presépio sustentável com peças de papelão
Luiz Carlos Gomes e Darci Seles utilizaram também papel craft, conhecido como papel madeira ou pardo, e cola quente para montar os três reis magos, Maria, José, o burrinho e a manjedoura com o menino Jesus. Presépio ficará no Memorial dos Autonomistas para visitação do público Fhaidy Acosta/FEM O papelão pode parecer um material sem muita utilidade após ser descartado, mas, a quem diga que ele tem mil e uma utilidades. Nas mãos dos artistas plásticos Luiz Carlos Gomes e Darci Seles ele virou arte. Os dois montaram um presépio sustentável de Natal com peças que chegam até 2 metros utilizando apenas papel madeira, papelão e cola quente. O trabalho demorou três semanas para ser concluído e a exposição deve ser aberta para o público no Memorial dos Autonomistas, no Centro de Rio Branco, até o final desta semana. O presépio foi desenvolvido na sede da Fundação Elias Mansour (FEM). As peças já foram levadas para o memorial, contudo, falta montar a parte do chão onde ficaram os três reis magos, o burrinho, Maria, José, a manjedoura com o menino Jesus e também a iluminação. O material usado para o chão será de papelão picado. Darci Seles (esq) e Luiz Carlos Gomes (dir.) montaram presépio usando apenas papelão, papel madeira e cola quente Arquivo pessoal Ao g1, o artista plástico Luiz Carlos Gomes explicou que a estrutura das peças foi montada com papelão. Ele usou papel craft, também conhecido como papel madeira ou pardo, apenas para simbolizar o manto usado pelos magos e Maria. "Os reis magos estão com aproximadamente 2 metros. Eu já faço há muito tempo trabalho utilizando papéis e papelão, fazendo esculturas de papelão e levamos essa sugestão para o Correinha [presidente da FEM] e ele achou bacana, apoiou, acreditou muito em nosso potencial", relembrou Luiz Carlos. Reis magos têm cerca de 2 metros e foram montados com papelão Fhaidy Acosta/FEM Gomes disse que não sabe o quanto de papel e papelão foi utilizado na produção do presépio. Ele recordou que teve ajuda de conhecidos que ajuntaram caixas de papelão. "Usamos várias caixas, o rapaz do almoxarifado juntou caixas de ar-condicionado, a gente passava por uma loja, via alguma caixa e parava. Saímos garimpando por caixa, espero que as pessoas gostem”, brincou. Peças foram confeccionadas com papelão Fhaidy Acosta/FEM Trabalho demorou pelo menos 20 dias para ser finalizado Fhaidy Acosta/FEM Reveja os telejornais do Acre
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12/12 - Invasão de nova espécie de lagarto a Fernando de Noronha é investigada por pesquisadores
Espécie encontrada na ilha pode causar desequilíbrio ecológico, segundo pesquisadores da Unicap e Unicamp. 'É preciso cuidado com as espécies endêmicas, ameaçadas de extinção', diz biólogo. Nova espécie de lagarto foi identificada em Fernando de Noronha Damião Rabelo/ICMBio Uma nova espécie invasora em Fernando de Noronha é investigada por pesquisadores. Eles constataram que existe, na ilha, uma invasão de lagartos Tropidurus, espécie que pode causar um desequilíbrio ecológico. Pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) derem início a um estudo de campo e deixaram Noronha no segundo final de semana de dezembro, depois de realizar uma coleta de informações sobre o animal. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Fotos dos lagartos dessa espécie foram repassadas pela direção do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para as duas universidades. “Neste ano, foram feitos três registros desse lagarto em locais diferentes. Nós entendemos que existe uma invasão, não é uma situação isolada. Por isso, visitamos Noronha para entender o que está acontecendo”, disse o biólogo Felipe Toledo, professor da Unicamp e especialista em anfíbios e répteis. Os pesquisadores têm uma hipótese sobre a forma de chegada da espécie exótica à ilha. “Nós achamos que esse lagarto chegou ao arquipélago junto com o transporte de madeira ou material de construção ao acaso. Agora, esse animal está espalhando em Noronha”, declarou Felipe Toledo. Os estudiosos analisam as ações a serem tomadas. “Nós queremos saber se é possível conter a invasão, controlar, ou se existe uma situação mais difícil”, afirmou o pesquisador. O biólogo também contou que é preciso analisar os riscos, pois Noronha tem um ecossistema delicado e espécies endêmicas, que só existem na ilha, como as mabuyas. Ele também afirmou que há a possibilidade de competição entre as mabuyas e o novo lagarto invasor na disputa por espaço e alimentos. “É preciso cuidado com as espécies endêmicas, ameaçadas de extinção. Uma nova espécie pode prejudicar o ecossistema. Elas vão se alimentar de insetos e podem transmitir doenças para mabuyas e outras espécies nativas”, explicou o pesquisador. Monitoramento Os pesquisadores querem o apoio dos moradores para localizar a espécie invasora. “É importante que as pessoas que encontrarem esse lagarto fotografem e repassem a informação ao ICMBio ou para nossa equipe de pesquisa. Com isso, vamos saber onde está o animal e se essa população está crescendo”, declarou Felipe Toledo. No período em que Noronha foi administrada por militares, no século passado, foram introduzidos tejus para conter os ratos na ilha. Como têm horários de alimentação distintos, os tejus passaram a se alimentar de ovos de aves marinhas. Como existe um plano de monitoramento que está sem execução, a equipe da pesquisa disse que será elaborada uma proposta para encaminhar ao ICMBio. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
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09/12 - Chico, Juçara, Nadi, Nanã e Raoni são os nomes escolhidos para batizar onças-pintadas da Mata Atlântica paulista
Enquete realizada pela Fundação Florestal contou com mais de 700 votos e envolveu felinos que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP). Onça-pintada fêmea recebeu o nome de Juçara com 32% dos votos Fundação Florestal A Fundação Florestal do Estado de São Paulo (FF) divulgou, nesta sexta-feira (9), o resultado da enquete nas redes sociais para escolher os nomes de onças-pintadas que vivem no bioma da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, incluindo o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP). A enquete foi realizada durante dez dias e contou, no total, com mais de 700 votos. Os vencedores são: Chico (macho) - 36%; Juçara (fêmea) - 32%; Nadi (fêmea) - 30%; Nanã (fêmea) - 35,2%; e Raoni (macho) - 35%. A bióloga e pesquisadora científica Andréa Soares Pires conversou com o g1 e explicou que a escolha das onças participantes da enquete foi feita a partir das câmeras de monitoramento instaladas na reserva ambiental. “Elas foram escolhidas do projeto de monitoramento. Existe um trabalho sendo feito no Vale do Ribeira há alguns anos, com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e com o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade], mas, para o Estado de São Paulo, a gente não tinha nada ainda. Então, quando a gente começou a fazer o monitoramento em 2021, de cara apareceram sete onças aqui no Morro. A gente precisa de nomes para identificar as onças, e aí a gente pensou: ‘Por que não disponibilizar [a enquete] para toda a população poder participar e entender a importância da onça-pintada?’. Porque, quando você dá nome, ela faz parte da sua vida, é legal isso”, comentou ao g1 a bióloga. Onça-pintada macho recebeu o nome de Raoni com 35% dos votos Fundação Florestal Segundo a pesquisadora, a enquete incluiu a participação de animais dos parques estaduais do Morro do Diabo e da Serra do Mar. Sobre as alternativas de nomes, Andréa disse que foi um processo de escolha que envolveu muitas pessoas e sugestões. “A gente recebeu uma enxurrada de nomes de sugestões. Então, a gente fez uma enquete, dentro da Secretaria de Meio Ambiente, na própria Fundação Florestal, com todos os funcionários, que são mais de 300, e escolhemos cinco [nomes] para cada um. Nós trabalhamos com o pessoal de uma aldeia indígena em Ubatuba [SP], que também faz monitoramento junto com a gente, eles fizeram uma votação, e saiu um nome para cada onça”, detalhou Andréa ao g1. Segundo a bióloga, as câmeras de monitoramento, que registraram as imagens das cinco onças que foram nomeadas, são fundamentais para a proteção dos animais. “Apesar de no Estado de São Paulo estar criticamente ameaçada [a espécie], aqui no Morro do Diabo, por ser uma unidade de conservação, tem fiscalização com o pessoal da Polícia Ambiental, da segurança do parque, que estão aqui para proteger os animais nas matas. Então, aqui, ela está conservada”, salientou. “A maior ameaça é a rodovia [Arlindo Béttio]. O pessoal do DER [Departamento de Estradas de Rodagem] monitora a rodovia com câmeras. Nós temos 40 pontos de câmeras no Morro do Diabo. Se por algum motivo tiver um incêndio ou algum caçador, por exemplo, e isso for detectado pelas câmeras, a gente passa essa informação para a Polícia Ambiental e eles tomam as providências”, enfatizou a pesquisadora. Onça-pintada fêmea recebeu o nome de Nadi com 30% dos votos Fundação Florestal Bebês A bióloga também contou uma importante novidade ao g1: as câmeras registraram, recentemente, dois filhotes de onça-pintada andando pelo Morro do Diabo. “Nós temos, pelo menos, dois filhotes de onça-pintada circulando aqui no Morro do Diabo. A gente usa elas [câmeras] durante 120 dias, 24 horas por dia, e aí recolhemos esse material e fazemos a análise estatística dessa informação. A partir do momento que a gente fecha esses 120 dias, a gente instala câmeras dos dois lados da trilha, para poder mapear melhor as onças. Então, nós estamos com cinco conjuntos instalados, de dez câmeras, em pontos estratégicos, para poder ver se a gente pega detalhes desses filhotes”, disse Andréa, empolgada com a situação. Onça-pintada macho recebeu o nome de Chico com 36% dos votos Fundação Florestal Risco de extinção da onça-pintada A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Tem até 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. Os machos pesam cerca de 20% a mais do que as fêmeas, podendo chegar a 135 quilos. A onça-pintada pode viver em vários tipos de hábitats, desde que uma parte da vegetação seja densa. É um animal solitário e territorial. Tem hábitos noturnos. Pode ocupar áreas de 22 km² a mais de 150 km² (dependendo da disponibilidade de presas). A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Mas está oficialmente extinta nos Estados Unidos e já é uma raridade no México. Na onça-pintada, ocorre também o fenômeno do melanismo, comum em outros felinos. A coloração amarela é substituída por uma pelagem preta. Dependendo da luz em que o animal se encontra, percebem-se as rosetas. O animal na forma melânica é chamado de onça-preta. As populações vêm diminuindo devido ao confronto com atividades humanas, como a pecuária. A espécie é classificada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Ibama como vulnerável e está no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites). Ou seja, o risco de extinção está associado ao comércio e sua comercialização só é permitida em casos excepcionais, mediante autorização expressa. Onça-pintada fêmea recebeu o nome de Nanã com 35,2% dos votos Fundação Florestal VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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08/12 - Descendentes de aves ameaçadas de extinção resgatadas há duas décadas por causa da Usina de Porto Primavera são soltos na natureza
Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho, desenvolvido pela Cesp, permitiu a reprodução em cativeiro, com o acompanhamento de equipe técnica e qualificada. Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) concluirá neste mês de dezembro a soltura na natureza de um total de 40 aves da espécie mutum-de-penacho (Crax fasciolata) na área de influência da Usina Hidrelétrica Engenheiro (UHE) Sérgio Motta, que fica no Rio Paraná, no distrito de Porto Primavera, em Rosana (SP). A ação faz parte do projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho, uma iniciativa da empresa, que é uma subsidiária integral da Auren Energia, para a preservação dessa espécie na região. De acordo com o gerente de Sustentabilidade e Operações da empresa, André Rocha, os animais que estão sendo colocados na natureza são descendentes de indivíduos resgatados há cerca de duas décadas pela própria companhia, durante a construção do reservatório da usina. Na época, foram resgatadas cerca de 140 aves, sendo a grande maioria solta na natureza e levada para instituições como zoológicos e centros de conservação. O restante, em torno de 40 indivíduos, foi encaminhado para o Centro de Conservação de Aves Silvestres (CCAS), da Usina Hidrelétrica de Paraibuna, em Paraibuna (SP), que fica no Vale do Paraíba, a mais de 900km de distância de Rosana, visando à proteção da espécie por meio da reprodução em cativeiro, com o acompanhamento de equipe técnica e qualificada. “A Cesp tem o compromisso com a conservação da biodiversidade e proteção dos nossos recursos naturais. Faz parte do nosso negócio. Por isso, mantemos várias ações com o objetivo de promover a preservação da fauna e da flora na região, que incluem ações de manejo e proteção de Unidades de Conservação e APPs [Áreas de Preservação Permanente] e de reflorestamento de regiões degradadas, visando, principalmente, à criação de corredores ecológicos para auxiliar na proteção de animais silvestres", destaca Rocha. "Por isso, é com muito orgulho que dizemos que, depois de 20 anos de muita dedicação e cuidados, essas aves tão importantes para o equilíbrio ambiental dos biomas estão retornando para casa”, complementa ele. Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Devido aos cuidados que a operação envolve, o processo de soltura dos animais foi dividido em duas etapas. Na primeira delas, iniciada no dia 26 de outubro, foram transferidos 20 animais da UHE Paraibuna: dez seguiram para a Área de Soltura e Manejo de Fauna da Fazenda Cisalpina, Unidade de Conservação da Cesp no município de Brasilândia (MS), e outros dez, para a Área de Soltura e Manejo de Fauna da Foz do Rio Aguapeí, em Castilho (SP). Para receber os animais, dois viveiros semelhantes ao existente no CCAS, com 17 metros de comprimento, por 4,5 metros de altura e 7,8 metros de largura, foram construídos nas duas propriedades com o objetivo de facilitar o processo de adaptação das aves. “Esta é uma ação bastante complexa. Vai muito além de pegar essas aves do viveiro e soltar na natureza. O projeto começou com meses de antecedência, com a construção dos viveiros, estudos e planejamento estratégico. Depois, iniciamos as avaliações constantes dos animais, incluindo exames médicos e treinamentos comportamentais, visando a garantir que eles estejam saudáveis e aptos para a soltura", salienta Rocha. "A viagem da UHE Paraibuna, no Estado de São Paulo, até a Reserva Cisalpina também teve atenção especial, com contratação de empresa especializada no transporte de animais silvestres, e foi realizado no período noturno, tudo para reduzir qualquer estresse dos animais e garantir que eles cheguem bem e saudáveis”, detalha. Já nas duas áreas de soltura e manejo, a equipe técnica do projeto, que envolve biólogos e veterinários, continuou com o processo de adaptação e treinamento dos animais. A segunda fase do projeto está prevista iniciar neste mês e consistirá na transferência de mais 20 indivíduos de mutum-de-penacho. Assim como na primeira etapa, serão soltos dez em Brasilândia e outros dez em Castilho. Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Soltura branda No dia 26 novembro, após um período de quarentena das aves, foi iniciada a ação de soltura branda. Nesta etapa, as portas do viveiro foram abertas e as aves continuam recebendo alimentação dos tratadores – os alimentos são escondidos na mata para incentivar a integração dos pássaros ao ambiente – até que o viveiro seja por fim fechado. Antes disso, porém, todos os indivíduos receberam equipamentos radiotransmissores no dorso, para que possam ser monitorados pela equipe responsável. Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Ameaça de extinção Para o pesquisador Sérgio Posso, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), especialista em ornitologia e coordenador do projeto, a ação de soltura dos mutuns-de-penacho só tem a enriquecer a fauna das regiões leste de Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo. O pesquisador explica que essa espécie já é considerada ameaçada em diversas regiões do país, principalmente na região Sudeste, em estados como Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, onde a classificação é de criticamente em perigo. Em outras regiões, sobrevivem somente pequenos grupos, o que aumenta as chances de extinção, uma vez que, além da redução da variabilidade genética, a ave também é alvo de caça predatória e de ataques de animais domésticos. “Como existem somente pequenos grupos, se reproduzindo entre si, podem ocorrer problemas genéticos e o enfraquecimento dos indivíduos, o que, somado aos outros riscos, entre eles a caça predatória, pode levar ao seu desaparecimento. A vinda de novos indivíduos, com novos genes, só tem a agregar para a diversidade genética e aumentar a população dessa espécie na região”, reforça o pesquisador. Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Reflorestador natural Com cerca de 60 centímetros de altura e pesando de 2,5 a 3 quilos, o mutum-de-penacho também é conhecido por ser um excelente dispersor de sementes. Como se trata de um animal de solo – ele sobe em árvores somente para dormir –, o mutum se alimenta de pequenos insetos e de sementes de árvores, o que ajuda a disseminá-las pela região. “Além de extremamente bonita, essa ave é muito importante para o equilíbrio ambiental. Por isso, ações como esta da Cesp são extremamente importantes para a conservação e o aumento da população da espécie e da biodiversidade como um todo, levando em consideração a importância dessa ave para o reflorestamento. Hoje, em Mato Grosso do Sul, ainda há muitos animais, mas não podemos repetir os mesmos erros cometidos por outras regiões no passado”, salienta Posso. Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani Projeto de Soltura do Mutum-de-Penacho é uma iniciativa para a preservação da espécie na área de influência da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Luciano Candisani VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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05/12 - Guaxinim é capturado no Centro de Dracena e solto no Parque Estadual do Rio do Peixe
Conforme a Polícia Ambiental, o animal foi levado ao interior da unidade de conservação por estar em boas condições sanitárias. Um guaxinim foi solto no Parque Estadual do Rio do Peixe, em Dracena (SP), na última quinta-feira (1º) Polícia Ambiental Um guaxinim, da espécie mão-pelada (Procyon cancrivorus), foi solto no Parque Estadual do Rio do Peixe, pela Polícia Militar Ambiental, após ser capturado na área urbana em Dracena (SP). De acordo com as informações divulgadas nesta segunda-feira (5), pela Polícia Ambiental, a soltura foi feita na quinta-feira (1º) e o animal foi retido pelo Corpo de Bombeiros na última quarta-feira (30), no Centro, após moradores das proximidades do local ligarem comunicando a aparição do guaxinim. Conforme a Polícia Ambiental, o animal foi solto no interior da unidade de conservação por estar em boas condições sanitárias. A espécie O mão-pelada é um mamífero carnívoro da família dos procionídeos, também conhecido pelos nomes de guaxinim-sul-americano, jaguacinim, jaguacampeba, jaguaracambé, iguanara e cachorro-do-mangue. A espécie tem uma distribuição geográfica ampla, habitando a região que vai da Costa Rica à América do Sul, abrangendo todo o Brasil e o norte da Argentina e do Uruguai. É um animal solitário, noturno e terrestre, mede cerca de 60 centímetros de comprimento e vive próximo a fontes de água, como rios, mangues, praias, baías e lagoas. Um guaxinim foi solto no Parque Estadual do Rio do Peixe, em Dracena (SP), na última quinta-feira (1º) Polícia Ambiental Um guaxinim foi solto no Parque Estadual do Rio do Peixe, em Dracena (SP), na última quinta-feira (1º) Polícia Ambiental Um guaxinim foi solto no Parque Estadual do Rio do Peixe, em Dracena (SP), na última quinta-feira (1º) Polícia Ambiental VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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30/11 - Transição: grupo de Meio Ambiente defende fiscalização remota para acelerar combate ao desmatamento ilegal
Em relatório preliminar da área, grupo deve abordar ajustes no orçamento, estrutura do ministério e revogação de decretos. O grupo da transição que discute a preservação ambiental afirmou nesta quarta-feira (30) que defende a fiscalização remota, através da utilização de imagens de satélite, para acelerar o combate ao desmatamento ilegal. A informação foi dada pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, um dos membros do grupo na equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a equipe de transição, a fiscalização remota ainda é pouco aplicada no país. Transição: veja ministérios que podem ser criados e pastas que podem voltar à Esplanada Grupo de trabalho do Meio Ambiente se reuniu nesta quarta-feira (30), em Brasília. Na imagem, Carlos Minc discursa ao lado de Marina Silva. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo Minc, a ideia é punir quem pratica desmatamento ilegal sem a necessidade de a equipe de fiscalização ir presencialmente ao terreno -- esse modelo é conhecido como embargo remoto. “Embargar as fazendas, as unidades que estão desmatando, detectado por satélite, mesmo sem você ir lá, porque o satélite te diz isso”, disse o ex-ministro. Para Minc, o embargo remoto seria uma “medida rápida, barata, efetiva” ao cruzar os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com as bases de dados dos estados para identificar se a área desmatada possui licença para plano de manejo ou se está desmatando ilegalmente. O grupo, porém, não detalhou como a punição aos desmatadores seria efetivamente feita. O ex-ministro apenas disse que o embargo precisa do apoio das instituições financeiras. “É obrigação deles [bancos], cortar imediatamente o crédito de todas essas áreas e explorações embargadas”. André Trigueiro: ‘É a primeira vez que se terá no Brasil um combate ao desmatamento contra forças paramilitares’ Queda no desmatamento Também nesta quarta, o Inpe divulgou que a área desmatada na Amazônia foi de 11.568 km² entre agosto de 2021 e julho de 2022 (o equivalente ao tamanho do Catar). Quando comparado ao último levantamento do Inpe, houve uma queda de 11% do total da área desmatada entre as duas temporadas. Na edição anterior, o número foi de 13.038 km², entre agosto de 2020 e julho de 2021. Relatório preliminar Segundo Jorge Viana, membro do GT de Meio Ambiente, o relatório preliminar do grupo deve abordar quatro pontos principais: medidas emergenciais - que, segundo ele, “precisam ser adotadas para rapidamente trazer de volta um protagonismo positivo pro Brasil, pra sair dessa situação de pária”; questão orçamentária; parte organizacional do ministério de Meio Ambiente; e revogação de decretos e atos normativos - que, de acordo com a avaliação do grupo, desmontaram a “estrutura do estado brasileiro de trabalhar o meio ambiente”. O prazo para os grupos de trabalho apresentarem um diagnóstico preliminar de suas respectivas áreas termina hoje. Fundo Amazônia No início de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a reativação, no prazo de 60 dias, do Fundo Amazônia – que capta doações para projetos de preservação e fiscalização do bioma. A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que também participa do grupo de transição, disse que uma das 'urgências' será não apenas a retomada do funcionamento do fundo, como o processo de "colocar os projetos aprovados em implementação". Teixeira também disse que Alemanha e Noruega, aceitaram retomar "imediatamente" as doações à iniciativa. Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização, o Fundo Amazônia está parado desde abril de 2019, quando o governo Bolsonaro extinguiu os colegiados Comitê Orientador (COFA) e o Comitê Técnico (CTFA), que formavam a base do fundo.
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29/11 - Fundação Florestal faz enquete para batizar onças-pintadas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio
Entre as alternativas de nomes que o público pode escolher nas redes sociais para os felinos, estão Brisa, Tempestade, Madona, Caetano e Esperança. Enquete nas redes sociais vai escolher nomes de onças-pintadas da Mata Atlântica Fundação Florestal A Fundação Florestal do Estado de São Paulo (FF) abriu, nesta terça-feira (29), uma enquete nas redes sociais para escolher os nomes de onças-pintadas que vivem no bioma da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, incluindo o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP). A bióloga e pesquisadora científica Andréa Soares Pires conversou com o g1 e explicou que a escolha das onças participantes da enquete foi feita a partir das câmeras de monitoramento instaladas na reserva ambiental. “Elas foram escolhidas do projeto de monitoramento. Existe um trabalho sendo feito no Vale do Ribeira há alguns anos, com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e com o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade], mas, para o Estado de São Paulo, a gente não tinha nada ainda. Então, quando a gente começou a fazer o monitoramento em 2021, de cara apareceram sete onças aqui no Morro. A gente precisa de nomes para identificar as onças, e aí a gente pensou: ‘Por que não disponibilizar [a enquete] para toda a população poder participar e entender a importância da onça-pintada?’. Porque, quando você dá nome, ela faz parte da sua vida, é legal isso”, comentou ao g1 a bióloga. Enquete nas redes sociais vai escolher nomes de onças-pintadas da Mata Atlântica Fundação Florestal Segundo a pesquisadora, a enquete seguirá aberta por pelo menos dez dias nas redes sociais da Fundação Florestal e inclui a participação de animais dos parques estaduais do Morro do Diabo e da Serra do Mar. Sobre as alternativas de nomes, Andréa disse que foi um processo de escolha que envolveu muitas pessoas e sugestões. “A gente recebeu uma enxurrada de nomes de sugestões. Então, a gente fez uma enquete, dentro da Secretaria de Meio Ambiente, na própria Fundação Florestal, com todos os funcionários, que são mais de 300, e escolhemos cinco [nomes] para cada um. Nós trabalhamos com o pessoal de uma aldeia indígena em Ubatuba [SP], que também faz monitoramento junto com a gente, eles fizeram uma votação, e saiu um nome para cada onça”, detalhou Andréa ao g1. Enquete nas redes sociais vai escolher nomes de onças-pintadas da Mata Atlântica Fundação Florestal Na enquete, cada felino recebeu cinco alternativas de nomes. Confira abaixo! Para os dois machos participantes, existem as seguintes opções: Mitã kiwi (onça adulta); Tempestade; Naurú; Ventania; Chico; Kiwi tuixa (onça adulta); Jorge; Yamandu; Raoni; e Caetano. Enquete nas redes sociais vai escolher nomes de onças-pintadas da Mata Atlântica Fundação Florestal Já para as três fêmeas, os nomes terão de ser escolhidos entre: Kunha kiwi (onça fêmea); Juçara; Brisa; Lua; Noturna; Itxi kiwi (onça mãe); Nadi; Afrodite; Janaína; Madona; Kiwi kirim (onça pequena); Nanã; Esperança; Cafuringa; e Bartira. As pessoas interessadas em participar da enquete podem clicar aqui. Enquete nas redes sociais vai escolher nomes de onças-pintadas da Mata Atlântica Fundação Florestal Segundo a bióloga, as câmeras de monitoramento, que registraram as imagens das onças que serão nomeadas, são fundamentais para a proteção dos animais. “Apesar de no Estado de São Paulo estar criticamente ameaçada [a espécie], aqui no Morro do Diabo, por ser uma unidade de conservação, tem fiscalização com o pessoal da Polícia Ambiental, da segurança do parque, que estão aqui para proteger os animais nas matas. Então, aqui, ela está conservada”, salientou. “A maior ameaça é a rodovia [Arlindo Béttio]. O pessoal do DER [Departamento de Estradas de Rodagem] monitora a rodovia com câmeras. Nós temos 40 pontos de câmeras no Morro do Diabo. Se por algum motivo tiver um incêndio ou algum caçador, por exemplo, e isso for detectado pelas câmeras, a gente passa essa informação para a Polícia Ambiental e eles tomam as providências”, enfatizou a pesquisadora. VEJA TAMBÉM: Parque Estadual do Morro do Diabo comemora 80 anos de história e conservação 'Extremamente ameaçada de extinção', onça-pintada encontra no Morro do Diabo um ambiente protegido para a preservação da espécie Projeto de monitoramento identifica espécies inéditas de mamíferos no Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio Vigilantes do Morro do Diabo registram imagens de onça-pintada durante ronda no Rio Paranapanema; veja VÍDEOS Vigilantes do Morro do Diabo registram imagens de travessia a nado de onça-pintada no Rio Paranapanema; veja VÍDEO Em plena luz do dia, onças-pintadas são flagradas após caça a macacos-pregos no Parque Estadual do Morro do Diabo; veja VÍDEO Fundação Florestal faz enquete para batizar onças-pintadas Bebês A bióloga também contou uma importante novidade ao g1: as câmeras registraram, recentemente, dois filhotes de onça-pintada andando pelo Morro do Diabo. “Nós temos, pelo menos, dois filhotes de onça-pintada circulando aqui no Morro do Diabo. A gente usa elas [câmeras] durante 120 dias, 24 horas por dia, e aí recolhemos esse material e fazemos a análise estatística dessa informação. A partir do momento que a gente fecha esses 120 dias, a gente instala câmeras dos dois lados da trilha, para poder mapear melhor as onças. Então, nós estamos com cinco conjuntos instalados, de dez câmeras, em pontos estratégicos, para poder ver se a gente pega detalhes desses filhotes”, disse Andréa, empolgada com a situação. Exposição em alusão ao Dia Nacional da Onça-pintada, em Teodoro Sampaio (SP) Fundação Florestal Dia Nacional da Onça-pintada Nesta terça-feira, 29 de novembro, comemora-se o Dia Nacional da Onça-pintada. Em Teodoro Sampaio , município onde fica uma das "casas" da espécie na natureza, que é o Parque Estadual do Morro do Diabo, está sendo realizada uma exposição em homenagem ao felino. “Nós estamos fazendo aqui na praça da Prefeitura [Praça Antônio Evangelista da Silva], de Teodoro Sampaio [SP], uma exposição do Parque Estadual do Morro do Diabo e da Fundação Florestal, que é o projeto de monitoramento dos grandes mamíferos do Estado de São Paulo. Nós trouxemos os animais, as onças, taxidermizadas [empalhadas], suas presas, crânios, pegadas e as câmeras que a gente usa no mato para fazer o monitoramento, uma série de vídeos educativos, enquanto o pessoal da Polícia Ambiental também trouxe um trailer com os animais taxidermizados”, disse ao g1 a bióloga Andréa Soares Pires. O objetivo da ação, conforme a bióloga, é "conscientizar para a importância de se manter esse animal na natureza, porque aqui no Estado de São Paulo ela está criticamente ameaçada de extinção". "Nós temos apenas duas grandes populações: uma é no Morro do Diabo e a outra é na região da Serra do Mar e no Vale do Ribeira. Aqui no Morro do Diabo nós conseguimos, já mapeadas, nove onças, que foram vistas pelas armadilhas fotográficas”, detalhou ela. Exposição em alusão ao Dia Nacional da Onça-pintada, em Teodoro Sampaio (SP) Fundação Florestal Risco de extinção da Onça-pintada A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Tem até 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. Os machos pesam cerca de 20% a mais do que as fêmeas, podendo chegar a 135 quilos. A onça-pintada pode viver em vários tipos de hábitats, desde que uma parte da vegetação seja densa. É um animal solitário e territorial. Tem hábitos noturnos. Pode ocupar áreas de 22 km² a mais de 150 km² (dependendo da disponibilidade de presas). A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Mas está oficialmente extinta nos Estados Unidos e já é uma raridade no México. Na onça-pintada, ocorre também o fenômeno do melanismo, comum em outros felinos. A coloração amarela é substituída por uma pelagem preta. Dependendo da luz em que o animal se encontra, percebem-se as rosetas. O animal na forma melânica é chamado de onça-preta. As populações vêm diminuindo devido ao confronto com atividades humanas, como a pecuária. A espécie é classificada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Ibama como vulnerável e está no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites). Ou seja, o risco de extinção está associado ao comércio e sua comercialização só é permitida em casos excepcionais, mediante autorização expressa. Exposição em alusão ao Dia Nacional da Onça-pintada, em Teodoro Sampaio (SP) Fundação Florestal Exposição em alusão ao Dia Nacional da Onça-pintada, em Teodoro Sampaio (SP) Fundação Florestal VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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23/11 - Golfinho encalha em praia de Fernando de Noronha e força-tarefa é realizada para salvar o animal; veja o vídeo
Animal, uma fêmea com cerca de 1,80m, encalhou na Cacimba do Padre nesta quarta-feira (23). Golfinho encalha em Fernando de Noronha e é salvo por força-tarefa Um golfinho encalhou na Praia Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, nesta quarta-feira (23). O animal, uma fêmea com cerca de 1,80m, foi encontrado por moradores que acionaram pesquisadores do Projeto Golfinho Rotador e do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Foi realizada uma força-tarefa para salvar o mamífero (veja vídeo acima). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram pesquisadores e voluntários fizeram operação para salva o animal Bruna Roveri/ICMBio Segundo a veterinária Taysa Rocha, do ICMBio, a fêmea apresentava sinais de desorientação. Inicialmente, os estudiosos e voluntários tentaram fazer a chamada reintrodução do golfinho após a arrebentação, mas o animal voltou a encalhar. “O golfinho não teve a reação de passar a arrebentação e seguir para mar aberto. Nós seguimos os protocolos para encalhes e procuramos a melhor forma de reintrodução, conforme as condições ambientais”, afirmou a bióloga Priscila Medeiros, coordenadora do Projeto Golfinho Rotador. Golfinho recebeu atendimento na praia Bruna Roveri/ICMBio A estratégia encontrada foi transportar o animal de bote até o grupo de golfinhos, que estava no Porto de Santo Antônio. Os pesquisadores e voluntários usam uma prancha como maca e levam o mamífero até a embarcação. “Nós levamos o animal até o Porto, onde uma equipe do Projeto Golfinho já monitorava um grupo de golfinhos. O mamífero foi reintroduzido no mar naquela região”, contou Priscila Medeiros. O golfinho-rotador, que tem nome científico Stenella longirostris, vai ser monitorado. “O golfinho misturou-se no grupo. No monitoramento fixo, que fazemos do Forte dos Remédios, não identificamos nenhum golfinho com mudança de comportamento. Nós seguimos com a observação das praias”, declarou a pesquisadora Priscila Medeiros. O Projeto Golfinho Rotador realiza o trabalho de pesquisa e monitoramento em Fernando de Noronha há 32 anos e conta com o apoio do Programa Petrobras Socioambiental. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias “O golfinho não teve a reação de passar a arrebentação e seguir para mar aberto. Nós seguimos os protocolos para encalhes e procuramos a melhor forma de reintrodução , conforme as condições ambientais”, afirmou a bióloga Priscila Medeiros, coordenadora do Projeto Golfinho Rotador.
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21/11 - Scott é o nome escolhido para filhote de tamanduá-mirim do Zoológico de Brasília
Enquete foi aberta no final de semana e registrou cerca de 3 mil votos. Nome mais votado é referência ao Homem Formiga, personagem das histórias em quadrinhos. Tamanduá-mirim macho, do Zoológico de Brasília, que nasceu em setembro de 2022 Zoo Brasília/Divulgação A Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) divulgou, na manhã desta segunda-feira (21), o resultado da enquete que escolheu o nome para o filhote de tamanduá-mirim, nascido em setembro: ele vai se chamar Scott. O nome foi escolhido por meio de uma pesquisa feita no Instagram, no último sábado (19). Eram três opções de nomes, todas com algum significado especial: Leônidas: ele apresenta personalidade forte, assim como o rei de Esparta, Leônidas I Scott: nome do homem-formiga Tapecuim: significa "cupim" em alguns dialetos indígenas Scott recebeu cerca de 1,2 mil votos. O nome é uma referência a Scott Lang, personagem das histórias em quadrinhos conhecido por ser o homem-formiga. O nome do filhote, portanto, remete a um dos principais alimentos do tamanduá, a formiga. LEIA TAMBÉM: SARAÉ: conheça a ariranha fêmea que é nova habitante do Zoológico de Brasília AXOLOTE: animal ameaçado de extinção ganha espaço no Zoo de Brasília Dia do Tamanduá Tamanduá carrega filhote nas costas Fantástico/ reprodução A ação para a escolha do nome do filhote foi motivada pela proximidade do Dia Mundial do Tamanduá (#tamanduaday), celebrado em 29 de novembro. A data foi criada para sensibilizar as pessoas sobre os desafios para a sobrevivência das espécies na natureza. Os tamanduás são mamíferos que pertencem a um grupo chamado Xenathra, onde estão também os tatus e preguiças. A espécie surgiu na Terra há mais de 60 milhões de anos, na América Latina. Atualmente, no Brasil há três espécies: tamanduá-bandeira tamanduá-mirim tamanduaí No Zoológico de Brasília há duas espécies, sendo sete tamanduás-bandeira e três tamanduás-mirim. Zoológico de Brasília O Zoológico de Brasília está aberto à visitação de terça a domingo, e em feriados, das 8h30 às 17h. A bilheteria fecha às 16h, e o pagamento dos ingressos é somente em dinheiro. Nas terças, quartas e quintas-feiras, exceto feriados, todos pagam R$ 5. Nos outros dias, a inteira custa R$ 10 e a meia R$ 5. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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20/11 - Juiz aposentado cria projeto para plantar mil mudas de árvores frutíferas em quintais de casas em Rio Branco
Juiz aposentado Heitor Andrade Macêdo, de 82 anos, disse que sonhou que deveria ajudar o meio ambiente e plantar mudas de árvores frutíferas nos quintais das casas na capital acreana. Magistrado conta que pede permissão dos donos das residências e cataloga tipo de muda que plantou em cada local. Juiz aposentado cria projeto para plantar mil mudas de árvores frutíferas em quintais de casas em Rio Branco Arquivo pessoal Foi a partir de um sonho, que o juiz aposentado Heitor Andrade Macêdo, de 82 anos, decidiu colocar em prática um antigo sonho. Ele pretende plantar, gratuitamente, mil mudas de árvores frutíferas nos quintais das casas em Rio Branco. Para isso, ele vai de casa em casa pedindo autorização dos donos para plantar as mudas. Além de ajudar o meio ambiente, seu Heitor quer arborizar a casa das pessoas e colaborar com a preservação das espécies, quando as árvores crescerem os donos podem consumir os frutos e até mesmo vendê-los. Ele iniciou o projeto em junho deste ano após sonhar que criaria o projeto. "Tive um sonho e nesse sonho recebi uma recomendação para plantar árvores frutíferas nos quintais de Rio Branco. Aí conversei com minha filha Márcia e ela gostou da ideia. Ela disse: 'papai, isso é muito bom, a gente sair plantando árvores'!. Nessa recomendação que eu tive era de que cada árvore frutífera plantada ia expelir da natureza o gás carbônico e devolver ar puro. Então, cada casa que tiver uma árvore frutífera plantada é sinal de que ali terá menos gás carbônico na natureza." Desde então, o magistrado diz que já foram plantadas quase 700 mudas em casas de bairros da capital. A ação é 100% financiada por ele, que gasta por mês de R$ 5 mil a R$ 6 mil. As mudas doadas são as mais variadas como: cajú, cupuaçu, graviola, laranja, tangerina, araçá, manga, jabuticaba, biribá, manga rosa, e manga comum. "Essa ideia nasceu em 12 de junho deste ano e logo depois eu e minha filha conversamos, combinamos, e eu já comecei, formei uma equipe e no dia 20 de junho já comecei a ir de casa em casa pedindo autorização e plantando as mudas nas casas de quem quer, porque algumas pessoas aceitam e outras não, essa é uma das dificuldades do projeto". Ele já passou por vários bairros da capital e começou pelo Adalberto Aragão. "Depois fui para a Morada do Sol, depois para a Cadeia Velha, depois vim para o Tropical, que é onde eu moro, depois para a baixada da Colina e para o Alto Alegre. Agora que estou chegando perto das mil mudas, pretendo expandir." Seu Heitor sai aos sábados com uma equipe de quatro pessoas, contando com ele. "Não compro muda, inicialmente peguei mudas com o governo, só de caju, porque eles só tinham de caju. Mas, a plantação mesmo fica na minha casa. Preparo as mudas, vou nas casas, vejo quem quer, e planto nos quintais. Aqui em casa é assim, cada fruta que a gente encontra por aí a gente já traz as sementes para plantar e depois distribuir." Magistado pretende retornar nas casas seis meses após a distribuição das mudas para ver como as plantas estão Arquivo pessoal Acompanhamento do projeto Seu Heitor fala que tem um controle com o endereço, nome e o tipo de muda que plantou em cada casa para, após seis meses, ele e sua equipe voltarem ao local para acompanhar o crescimento das árvores. “Sei em que casa plantei cada muda, o endereço certo e o nome das pessoas. Quando completar seis meses, pretendo voltar em cada casa em que nós plantamos para verificar se as mudas estão crescendo", afirma. Juiz aposentado Heitor Andrade Macêdo, de 82 anos, é motivo de inspiração Arquivo pessoal Por isso é que agora ele sonha alto e pretende expandir o projeto para poder chegar à marca de 10 mil mil mudas plantadas e atingir todos os bairros de Rio Branco. "Depois pretendemos incluir no projeto um agrônomo, porque ele é quem vai verificar se as plantas estão crescendo, se as plantas não pegaram doença. Quando já tiverem mais ou menos com um metro e meio de altura ele vai ter que podar para não ficar muito grande, principalmente as mangueiras, que elas crescem muito, por isso a necessidade de um profissional, mas para isso precisamos de apoio", complementa. O jornalista Walcimar Júnior mora no bairro Morada do Sol e é um dos que receberam seu Heitor em casa e aprovou a iniciativa do magistrado. "Gostei bastante, eles estavam batendo de porta em porta oferecendo as mudas das plantas e eu aceitei", disse. O jornalista Walcimar Júnior é um dos que recebeu seu Heitor em casa e aprovou a iniciativa do magistrado Arquivo pessoal Grande incentivadora do pai A professora da Universidade Federal do Acre (Ufac) Márcia Verônica Ramos de Macêdo, de 56 anos, é uma das grandes incentivadoras do pai. Ela conta que após ele se aposentar tem ajudado ele a se envolver em vários projetos sociais para que ele se mantenha ativo. "Desde quando ele se aposentou já foram vários projetos em que ele se envolveu e sempre com o meu apoio. Acho que ele tem muito vigor e muita coisa boa para dar às pessoas, amor e muito mais. Já fez uma biblioteca na casa dele aberta ao público, já foi para o Educandário ler para crianças carentes e agora esse de arborizar a cidade." Ela fala que quando ele a procurou, não pensou duas vezes em apoiar o pai. “O projeto aconteceu assim, no Dia dos Namorados deste ano ele foi lá em casa e a gente começou a conversar, aí ele disse que tinha tido um sonho com esse projeto e que era para ele ter a missão de plantar mil mudas visando a alimentação das pessoas e o reflorestamento.” Ela fala da admiração pelo pai e que ele sempre tem ideias inovadoras. “Ele já está chegando na faixa das 700 mudas e agora quer distribuir 10 mil. Meu pai tem 82 anos, é diabético, têm comorbidades, esses dias sofreu uma queda, caiu e está com o fêmur quebrado, mas, mesmo assim, ele não para, tem cede de vida”, fala, orgulhosa. A professora criou o projeto de extensão Sementes de Leitura e cidadania: plantar para colher, que atende alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual Elozira Tomé. A atividade produz receitas culinárias de frutas regionais, planta árvores no bairro Alto Alegre. Ela diz que com apoio da equipe técnica da escola e de quatro bolsistas de extensão. "No dia 15 de dezembro, às 19h, nós vamos fazer uma feira cultural, de nome 'Sementes de Leitura e Cidadania', na escola e todos estão convidados. Meu pai faz parte da equipe de apoio desse projeto. Contamos ainda com apoio do Instituto Soka Amazônia, de Manaus, que ministrou três palestras para os alunos dos módulos 2 e 3 da EJA, e meus orientandos do Pibic, Pibid, mestrandos e professores referentes, em uma média de 70 pessoas por palestra." Diretoria da ONG Árvores Frutíferas Arquivo pessoal ONG 'Árvores Frutíferas' Nesta sexta-feira (18) está sendo criada oficialmente a ONG “Árvores Frutíferas”, que tem como finalidade plantar mudas de árvores gratuitamente nos quintais das casas da capital acreana com o consentimento dos donos. A ação quer contribuir para o cultivo de gás puro na atmosfera e a eliminação do gás venoso. Além disso, após o crescimento das árvores, fazer com que as pessoas possam consumir mais frutas e possam até vendê-las. “O grande idealizador da ONG é, claro, é o meu pai Heitor Macêdo, ex-magistrado, estudioso e grande apreciador do meio ambiente. A gente fez um projeto de extensão e hoje vai ter a fundação da nossa ONG Árvores Frutíferas. A ideia veio após ele chegar perto do objetivo inicial, que era plantar mil mudas, e agora ele quer expandir para 10 mil e chegar a todos os bairros de Rio Branco. Mas, para isso, é necessário dinheiro e como ele arca com todas as despesas sozinho, resolvemos criar a ONG para podermos ter ajuda’, explica. Com a ONG, o juiz aposentado pretende além de conseguir levantar mais recursos para plantar mais mudas, fazer com que as as pessoas fiquem mais seguras quando ele chegar nas casas pedindo para entrar e plantar. "Algumas pessoas rejeitaram porque não sabem do que se trata o projeto, nós explicamos que é grátis, que não precisa pagar. O projeto inicial era plantar mil mudas. Mas, como Rio Branco tem 300 bairros, precisamos cobrir os 300 bairros, acredito que a gente vai plantar mais de 10 mil mudas. Para isso é que nós estamos criando a ONG, porque nós não temos recurso para tanto. Então, estamos criando a ONG para ver se a gente consegue convênio com o governo, com a prefeitura, para ajudarem a fornecer recursos. Para seguirmos em frente, vamos precisar futuramente de um caminhãozinho, de uma sede e de uma área grande para plantar as árvores." Questionado se o projeto dá trabalho, o juiz aposentado fala que é um prazer ajudar o próximo e poder contribuir de forma positiva para ajudar o meio ambiente e conscientizar as pessoas. "Eu queria deixar aqui um recado para as pessoas que quando me virem batendo na porta da sua casa me deixem entrar que o que eu quero é plantar amor, melhorar o meio ambiente e deixar o meu recado', finaliza. Juiz aposentado cria projeto para plantar mil mudas de árvores em casas na capital VÍDEOS: g1
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18/11 - Desmatamento na Amazônia bate 10 mil km² no ano e alcança a área no PA que é maior 'bloco' protegido no mundo, diz Imazon
O período de janeiro a outubro deste ano representa o segundo pior acumulado de desmatamento dos últimos 15 anos. Garimpo dentro da Flota do Paru. Havita Rigamonti/Imazon/Ideflor De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de janeiro a outubro deste ano foram derrubados quase 10 mil km² da floresta amazônica. Isso equivale a mais de seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) também apontam que esse foi o segundo pior acumulado dos últimos 15 anos, sendo apenas 0,5% menor do que o mesmo período em 2021. A 5° unidade de conservação mais desmatada na Amazônia em outubro foi a Floresta Estadual do Paru, que ganhou repercussão internacional após uma expedição, em setembro, ter encontrado a maior árvore da Amazônia: um angelim-vermelho de 88,5 metros de altura e 9,9 metros de circunferência. A floresta também é parte do maior bloco de áreas protegidas do mundo, no Norte do Pará. "É uma área importante para conter as mudanças climáticas e possui um potencial enorme de ecoturismo e extrativismo vegetal, podendo gerar renda com a floresta em pé", afirma Jakeline Pereira, pesquisadora do Imazon e conselheira da Flota do Paru. Somente o Pará foi responsável por desmatar 351 km² em outubro, 56% do que foi registrado em toda a Amazônia. Destruição que tem invadido áreas protegidas do estado, onde estão sete das 10 unidades de conservação e quatro das 10 terras indígenas mais desmatadas em outubro. A árvore mais alta da Amazônia brasileira é da espécie Angelim Vermelho e está localizada na Floresta Estadual do Parú, no Pará Tobias Jackson/Divulgação O território Apyterewa, que vem sofrendo mensalmente com a invasão de desmatadores ilegais, concentrou 46% do total de floresta destruída dentro das terras indígenas da Amazônia. Veja também: Área desmatada da Amazônia em 2022 é 8 vezes maior que a cidade do Rio, mostra Imazon; marca é a pior em 15 anos Onde fica a árvore mais alta da Amazônia? Conheça o ‘santuário das gigantes’ Efeito estufa A dificuldade em refrear o desmatamento implica em maior emissão de gases do efeito estufa, que tiveram no ano passado a maior alta em quase duas décadas. Atualmente, o Brasil é o quinto maior emissor do mundo. Conforme o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, a Amazônia é a região responsável por 77% das emissões causadas pela mudança no uso da terra. Para Bianca Santos, pesquisadora do Imazon, é evidente a relação entre perda de floresta e o aumento do sistema global. Isso porque entre os dez municípios brasileiros que mais emitem gases do efeito estufa, oito estão na Amazônia, de acordo com o SEEG. “O segundo município que mais emite no Brasil é São Félix do Xingu, no Pará, que no mês de outubro ficou em terceiro lugar no ranking dos mais desmatados na Amazônia.”, afirma Bianca Santos, pesquisadora do Imazon. Degradação florestal Outro problema apontado pelo monitoramento do instituto foi a alta na degradação florestal causada pelas queimadas e pela exploração madeireira. Esse dano ambiental passou de 537 km² em outubro de 2021 para 1.519 km² no mês passado, um aumento de 183%. Entre os estados, os maiores responsáveis pela degradação foram Mato Grosso (74%) e Pará (19%). Os incêndios oferecem risco à saúde pública, além de aumentarem a emissão de gases do efeito estufa. "Existem diversos estudos que associam a fumaça proveniente das queimadas da Amazônia com problemas respiratórios, o que afeta mais gravemente idosos e crianças. E isso não se limita apenas à população amazônica, já que essa fumaça viaja por quilômetros no ar até chegar a outras regiões do Brasil”, finaliza Bianca.
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16/11 - Lula diz que pedirá à ONU para a Amazônia sediar a Conferência do Clima em 2025
Presidente eleito deu declaração em evento relacionado à COP27, no Egito. Brasil iria sediar a COP em 2019, mas, a pedido de Bolsonaro, conferência mudou de país e foi feita na Espanha. 'Vamos pedir para que essa COP de 2025 seja feita no Brasil e, no Brasil, ser feita na Amazônia', diz Lula O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quarta-feira (16) que pedirá à Organização das Nações Unidas (ONU) para a Amazônia sediar a Conferência do Clima (COP) em 2025. Lula deu a declaração no Egito ao discursar no evento "Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática", relacionado à COP27. Governadores brasileiros também participaram do evento. O presidente eleito desembarcou no Egito, na última segunda-feira (14), para participar da COP27 a convite do presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi. Esta é a primeira viagem de Lula ao exterior desde que venceu Bolsonaro nas urnas. Entre outros pontos, a Cúpula do Clima serve para que os países possam discutir as mudanças climáticas e propor medidas para a redução de gases do efeito estufa. O Brasil iria sediar a COP25, em 2019, mas a pedido do presidente Jair Bolsonaro a conferência mudou de país e foi transferida para a Espanha. "Nós vamos falar com o secretário-geral da ONU [António Guterres] e vamos pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil e, no Brasil, seja feita na Amazônia. E, na Amazônia, tem dois estados aptos a receber qualquer conferência internacional, que é o estado da Amazonas e o estado do Pará", afirmou Lula nesta quarta. Veja a íntegra do discurso de Lula na COP 27 Lula discursa durante evento 'Carta da Amazônia' na COP27 Ainda no discurso desta quarta-feira (16), Lula acrescentou ser "importante" que as pessoas conheçam a Amazônia. "Acho muito importante que [a COP em 2025] seja na Amazônia e acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia e que defendem o clima conheçam de perto o que é aquela região." Lula também aproveitou o discurso para dizer que "o Brasil está de volta ao mundo". Leia também: Lula recebe 10 pedidos para reuniões bilaterais na COP27 Lula se reúne com representantes de EUA e China para o clima Ministério para os povos indígenas A agenda de Lula divulgada para esta quarta-feira também prevê um encontro com representantes da sociedade civil e a participação do presidente eleito no Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudança Climática. Durante a campanha eleitoral, Lula disse que, se eleito, iria criar um ministério voltado para os povos indígenas. No discurso desta quarta-feira, voltou a falar na criação do ministério. "Nós vamos fazer uma luta muito forte contra o desmatamento ilegal. É importante as pessoas saberem que vamos cuidar muito forte dos povos indígenas. E vamos criar um Ministério dos Povos Originários para fazer com que eles não sejam tratados como bandidos", afirmou o presidente eleito.
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08/11 - VÍDEO: saruê é resgatado dentro de supermercado em Brasília
Caso ocorreu na manhã desta terça-feira (8), na região do Sudoeste. Segundo Polícia Militar, após passar por avaliação, animal solto na natureza. Saruê é resgatado de supermercado no Sudoeste, no DF O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) resgatou um saruê que estava dentro de um supermercado na quadra 105 do Sudoeste, em Brasília, na manhã desta terça-feira (8). O animal foi encontrado por funcionários. LEIA TAMBÉM: SAMAMBAIA: filhote de tamanduá-bandeira é resgatado por PMs no DF RIACHO FUNDO: porco-espinho aparece em quiosque de shopping e é resgatado pelos bombeiros, no DF Os policiais militares foram chamados por volta das 9h20 e filmaram o resgate (veja vídeo acima). Nas imagens é possível ver um policial em cima de pedaços de madeira para alcançar o saruê que estava no forro do supermercado. Ao ser resgatado, o animal foi colocado dentro de um balde. De acordo com os militares, o saruê passou por avaliação e, como não estava ferido, foi solto na natureza. Saruê é resgatado de supermercado no Sudoeste, no Distrito Federal Divulgação/BPMA Resgate seguro O BPMA orienta que, ao encontrar um animal silvestre, o ideal é acionar a corporação. Quando resgatados, se estiverem em bom estado, os bichos são soltos na área de preservação mais próxima. Caso estejam feridos, eles são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Veja os contatos do Batalhão da Polícia Militar Ambiental no DF Central 190 Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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05/11 - A mosca que consegue escapar da armadilha da planta carnívora e ainda roubar sua comida
Fenômeno foi observado em 2016 no Brasil, em Minas Gerais e São Paulo. Assista ao vídeo. A larva de mosca que consegue roubar a comida de planta carnívora Uma mosca que tem habilidade de escapar das garras de uma planta carnívora, botar ovos em cima dela e ainda gerar larvas que roubam a comida do vegetal. Sim, ela existe: a Toxomerus basalis, mais conhecida como mosca-das-flores. Confira no vídeo acima. Este fenômeno foi observado em 2016 nos estados de Minas Gerais e São Paulo, por um grupo de pesquisadores da Alemanha, EUA e Espanha, além do brasileiro Paulo Gonella, professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). O alvo da mosca-das-flores é a planta carnívora do tipo Drosera, que tem uma armadilha grudenta que imita um orvalho. Conheça as 5 armadilhas das plantas carnívoras; tem até debaixo da terra e água Fugindo da armadilha Mosca-das-flores consegue reconhecer as partes da Drosera onde não há perigo. Reprodução A mosca-das-flores consegue reconhecer as partes da Drosera onde não há perigo, ou seja, onde não há glândulas pegajosas, como nas folhas em desenvolvimento ou na haste floral. Assim, ela pousa em locais onde não será capturada. Os pesquisadores ainda não descobriram como a mosca consegue fazer esse reconhecimento. Porém, observaram que se por acaso ela cair na armadilha da planta, consegue escapar caso não esteja aderida. "Nós fizemos um teste colocando uma mosca em cima da armadilha. Alguns minutos depois, ela conseguiu escapar e se limpar da mucilagem pegajosa", diz o pesquisador. Após encontrar o seu local seguro, a mosca bota os seus ovinhos na planta. Cortar pedaço da fruta mofado e comer o resto faz mal? Entenda Roubando a comida Larva da mosca-das-flores roubando a comida da planta carnívora Drosera. Reprodução As larvas que saem dos ovinhos das mosca-das-flores não só transitam livremente pela Drosera, como também roubam a comida da planta carnívora. "Ainda não foi feito um estudo, mas, aparentemente, alguma substância impregnada na superfície do esqueleto externo da larva consegue evitar a sinalização de que ela é uma presa. Assim, ela consegue evitar que a planta mova os seus tentáculos para capturá-la", afirma. Plantas carnívoras Luisa Blanco Gente do campo: ex-jogador do Vasco, Marquinhos Pavão cultiva a paixão pelo café especial
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03/11 - Justiça do DF suspende decisão que mandou Youtube excluir vídeos referentes à caça de animais silvestres no Brasil
Desembargador atendeu pedido do Google. Retirada das imagens foi proposta por entidade de combate ao tráfico de animais; g1 tenta contato com envolvidos no processo. Imagem genérica de homem com espingarda na mão freepic.diller/Freepik O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) suspendeu a liminar que mandou o Youtube excluir todos os vídeos referentes à caça de animais silvestres no Brasil. A decisão, do dia 26 de outubro, atende a um pedido do Google, dono da plataforma de imagens. LEIA TAMBÉM: 'BASTA DE CAÇA': campanha quer proibir divulgação de vídeos que incentivam a prática na internet LEVANTAMENTO EM 2021: emissão de licenças para caçadores mais que triplica no governo Bolsonaro Em julho deste ano, a Justiça deu 24 horas para que o Google tirasse do YouTube todo e qualquer vídeo sobre a prática de caça a animais silvestres no Brasil. A decisão previa multa diária de R$ 10 mil. A ação foi movida pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). O g1 tenta contato com as partes envolvidas no processo. No processo, a Renctas argumenta que a exibição de vídeos é uma apologia à caça indiscriminada. Segundo o grupo, "a divulgação dos vídeos pode atrair mais seguidores e incentivar a caça ilegal, em total desrespeito ao meio ambiente". Por outro lado, o Google alegou que o conteúdo veiculado no Youtube é de responsabilidade dos criadores e não dela. Segundo a empresa, "a remoção da indexação dos vídeos seria uma providência sem efeitos, porque eles permaneceriam na rede". Decisão O desembargador à frente da decisão, Luis Gustavo de Oliveira, diz no processo que o "Google é um provedor de busca, enquanto o Youtube é de conteúdo". "À luz da jurisprudência, o provedor de busca não possui qualquer dever ou atribuição de fiscalizar ou controlar o conteúdo postado em provedores de armazenamento ou conteúdo", diz o magistrado. Segundo o desembargador, "nem todo abate animal é crime, pois existem caças de determinadas espécies devidamente autorizadas pelo Poder Público". O magistrado citou ainda a previsão legal de permitir a caça para "combater a própria fome do indivíduo". "Por igual motivo, não se poderia censurar ações praticadas no estrangeiro, pois sujeitam-se à legislação do país de origem, não havendo razão para qualquer tipo de controle ou censura no Brasil", diz o desembargador. Por fim, Luis Gustavo de Oliveira decidiu suspender a decisão liminar, até o julgamento do processo pelo Colegiado. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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31/10 - Porco-espinho aparece em quiosque de shopping e é resgatado pelos bombeiros, no DF
Caso ocorreu no Riacho Fundo I, na madrugada desta segunda-feira (31). Após passar por avaliação, animal foi solto em na mata. Porco-espinho é resgatado em shopping do Distrito Federal O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) resgatou um porco-espinho em um quiosque de shopping, na região do Riacho Fundo I, na madrugada desta segunda-feira (31). O animal estava dentro de um suporte de televisão. LEIA TAMBÉM: SAMAMBAIA: filhote de tamanduá-bandeira é resgatado por PMs no DF LAGO NORTE: filhote de gavião é resgatado pela PM Ambiental no DF Imagens feitas pela dona da loja mostram o porco-espinho subindo em uma prateleira e tentando se esconder. Depois, os bombeiros, com o apoio dos funcionários do quiosque, resgataram o animal e o colocaram dentro de um balde (veja vídeo acima). Ele passou por avaliação e, como estava bem, foi solto em uma mata próximo a região. O Batalhão Ambiental da Polícia Militar (BPMA) chegou a ser chamado, no entanto, como os bombeiros já estavam no local, eles receberam as orientações e resgataram o porco-espinho. Porco-espinho é resgatado por bombeiros em um shopping do Distrito Federal Arquivo pessoal Resgate seguro O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) orienta que, ao encontrar um animal silvestre, o ideal é acionar a corporação. Quando resgatados, se estiverem em bom estado, os bichos são soltos na área de preservação mais próxima. Caso estejam feridos, eles são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Veja os contatos do Batalhão da Polícia Militar Ambiental no DF (61) 99351-5736 Central 190 Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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31/10 - Reajuste de 8,6% no preço de ingresso para Parque Nacional Marinho de Noronha é anunciado
Valores passarão de R$ 330 para R$ 358, para visitantes estrangeiros, e de R$ 165 para R$ 179, para turistas brasileiros, que têm 50% de desconto. Praia do Sancho faz parte do Parque Nacional Marinho Zaira Matheus/Acervo pessoal O governo federal anunciou o reajuste de 8,6% no valor do ingresso de acesso ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha . Os preços passarão de R$ 330 para R$ 358, para visitantes estrangeiros, e de R$ 165 para R$ 179, para turistas brasileiros, que têm 50% de desconto. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A portaria do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio ) foi assinada nesta segunda-feira (31). A previsão é ser publicada na terça-feira (1º), quando deve entrar em vigor . Portaria do reajuste do Parque Divulgação O tíquete é válido por dez dias de visitação. O reajuste é baseado no Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) de setembro de 2021 a setembro de 2022. Os preços da taxa foram considerados “um roubo”, em julho de 2019, pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PL), quando custavam R$ 212, para estrangeiros, e R$ 106, para brasileiros. O presidente chegou a anunciar que gostaria de acabar com a cobrança do ingresso, mas, na prática, eles não foram extintos e seguiram com aumentos anuais. Esse é o quarto reajuste desde os questionamentos de Bolsonaro. O Parque Nacional Marinho tem os serviços turísticos terceirizados. Os trabalhos são executados pela empresa EcoNoronha, desde 2012. A reserva é de responsabilidade do ICMBio e na área estão praias como Sancho, Leão, Sueste e Atalaia, entre outras. Só é possível visitar esses locais com o pagamento da taxa, que é exigida também para quem realiza os passeios de barco. O instituto informou que, em 2021, o Parque Nacional recebeu 102.498 visitantes e arrecadou R$ 12,6 milhões em ingressos. VÍDEOS: Mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco
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26/10 - Charuto feito com tabaco sustentável produzido no AC é apresentado em festival na BA
Especialistas brasileiros têm se surpreendido com a qualidade do fumo produzido na região do Alto Juruá. Agricultura é sustentável e de base familiar. Produção de charuto é feira de maneira manual Reprodução/Agência de Notícias do Acre Um charuto produzido com tabaco sustentável no município de Marechal Thaumaturgo, no interior do Acre, foi destaque no Festival Origens, realizado na Bahia entre os dias 20 e 23 deste mês. O evento reuniu apreciadores de charutos que fizeram questão de conhecer a produção que vai desde à semente até o produto finalizado para o consumo. Os charutos são produzidos manualmente. O tabaco usado não recebe nenhum tipo de tratamento químico. Sendo assim, produto é considerado orgânico. A empresária Andreia Tanja não reside atualmente no Acre, mas disse que morou em Cruzeiro do Sul e que iniciou o negocio há dois anos. Ela destacou que as plantações de tabaco no Acre são da agricultura familiar e produzidas em áreas degradadas. "Os ribeirinhos da floresta plantam e nós só compramos. A gente faz uma parceria e orienta como tem que ser o processo de secagem, como tem que embalar as folhas, como tem que ser o cuidado no campo, para termos a melhor matéria prima. Então, esse produto não é nosso, é a riqueza local, é a floresta que entrega esse tabaco. Fazemos uma orientação para que eles nos entreguem a melhor matéria prima para que a gente possa transformar isso em um excelente produto", disse. Segundo a empresária, o tabaco é nativo da região do Vale do Juruá e foi realizado um estudo para chegar no produto atual, inclusive, com um processo de secagem das folhas. "Morei na região muitos anos e sempre tivemos muitos elogios em relação a esse tabaco, ele tinha cheiro de charuto. O tabaco é utilizado na forma de uma corda, nós tivemos a ideia de desenvolver essa folha para que usássemos na forma de charuto", complementou. Plantação de tabaco no Alto Juruá Reprodução/Agência de Notícias do Acre Reconhecimento nacional Andreia Tanja falou ainda que o produto é vendido em todo o Brasil e destacou o prêmio recebido em 2021como melhor charuto produzido no país. "A Bahia promove o principal evento nacional de charuto. Lá, estavam os principais fabricantes do Brasil. Os charutos que têm uma relevância no cenário nacional e os charutos que são legalizados. Nosso produto, apesar de novo, foi escolhido como o melhor charuto nacional de 2021. Então, nós temos um grande potencial de crescimento até para fora do Brasil." VÍDEOS:G1
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25/10 - Arara Rio, conhecida no DF por voar entre os carros, é atropelada por caminhão
Acidente ocorreu na região do Park Way. Ave está internada em clínica veterinária; veja vídeo. Arara Rio é internado após ser atropelado por caminhão, no DF Uma arara canindé foi atropelada por um caminhão, nesta segunda-feira (24), no Park Way, no Distrito Federal. Rio, como a ave é chamada, é famosa por viver livre na região e por dar "rasantes" entre os carros. LEIA TAMBÉM: 'RASANTES': arara surpreende motoristas e voa entre carros, no DF VÍDEO: arara pousa em capacete e 'pega carona' com ciclista durante treino, no Lago Sul, no DF Um vídeo mostra a arara momentos após o resgate. Ela não conseguia se mexer, e apenas piscava os olhos (veja vídeo acima). O macho, de dois anos e meio de idade, está internado em uma clínica veterinária da Asa Norte. Ele foi medicado com antibiótico, anti-inflamatórios e analgésicos. De acordo com o tutor da arara, Augusto Souza, Rio "não quebrou nada e não teve nenhum órgão atingido com a batida". No entanto, ele sofreu uma pancada na cabeça e vai precisar ficar internado. "Ele não está conseguindo comer e tem grandes chances de ter sequelas", diz Augusto. Arara Rio fica ferido após ser atropelado, no DF Arquivo pessoal Criada livre Rio é criada por uma família no Park Way, de forma livre. Ela usa anilhas que têm registro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A arara ficou famosa na região e entre os motoristas que circulam na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). Em fevereiro deste ano, ela foi flagrada enquanto fazia manobras entre os carros (veja vídeo abaixo). Arara canindé voa baixo entre os carros, no Núcleo Bandeirante, no DF Leia outras notícias da região no g1 DF.
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22/10 - Recém-descoberta, espécie de árvore gigante da Mata Atlântica recebe nome em homenagem a Hermeto Pascoal
Dipteryx hermetopascoaliana pode alcançar até 30 metros de altura. O exemplar fica em Alagoas e foi objeto de tese de doutorado de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A Dipteryx hermetopascoaliana Divulgação Uma nova espécie de árvore gigante, que pode alcançar até 30 metros de altura, foi descoberta na Mata Atlântica e batizada em homenagem ao multi-instrumentista Hermeto Pascoal. O primeiro exemplar da Dipteryx hermetopascoaliana foi encontrado no Município de Branquinha, em Alagoas, estado natal de Hermeto. A façanha está descrita na tese de doutorado da pesquisadora Catarina Silva de Carvalho, da Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), e tem como coautores Haroldo Cavalcante de Lima e Domingos Cardoso, também do JBRJ, Débora Zuanny, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Bernarda Gregório, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Os pesquisadores Debora Zuanny, Catarina de Carvalho, Domingos Cardoso e Haroldo Lima diante da Dipteryx hermetopascoaliana Divulgação A espécie também foi apresentada em um artigo publicado este mês na revista científica “Botanical Journal of the Linnean Society”. O gênero Dipteryx, com o tronco de cor clara, pertence à família das leguminosas e é comum na Amazônia, com espécies como o cumaru (D. odorata), e, no Cerrado, como o baru (D. alata). No entanto, a Dipteryx hermetopascoaliana é a primeira espécie do gênero descrita na Mata Atlântica, o bioma mais devastado do Brasil, atualmente com cerca de apenas 10% de sua cobertura original. “Dessa forma, a Dipteryx hermetopascoaliana já está altamente ameaçada pela destruição histórica de seu habitat. Os pesquisadores encontraram apenas um indivíduo adulto e dois jovens em um fragmento de floresta cercado de lavouras de cana-de-açúcar”, descreveu o JBRJ. “Assim como Hermeto é símbolo de resistência da diversidade da cultura brasileira dentro do universo infinito do jazz, através de seu tempero nordestino e de natureza universal, sendo referência mundial, a árvore gigante Dipteryx hermetopascoaliana que catalogamos é símbolo de resistência da megadiversidade da Mata Atlântica”, afirmam os autores. Hermeto Pascoal Foto: Divulgação A Dipteryx hermetopascoaliana com seus descobridores Divulgação
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19/10 - Entenda por que o pirarucu, peixe nativo da Amazônia, é um perigo para os rios de SP
Pescador fisgou pirarucu de 113 kg em rio no interior de São Paulo. Peixe é considerado invasor na região. Pirarucu se torna ameaça ambiental em rios de São Paulo Reprodução/TV TEM A história de um pescador que fisgou um pirarucu de 113 kg, em um rio no interior de São Paulo, preocupa pesquisadores. Segundo a Doutora em Desenvolvimento Sustentável, Carolina Doria, a presença do peixe na região, onde não há um predador para a espécie, pode causar desequilíbrio ambiental. "Ele é um grande predador, é uma espécie carnívora. Ele pode colocar em perigo as espécies do local, pois ele se alimenta de peixes nativos daquela região", explica. Segundo Carolina, que atua na Universidade Federal de Rondônia (Unir), a invasão do pirarucu nos rios do interior de São Paulo pode ter acontecido após o peixe ter escapado das fazendas de piscicultura instaladas na região. VEJA MAIS: Pescadores fisgam pirarucu de mais 2 metros e 100 kg no Rio Madeira em RO: 'foi uma sensação incrível' "Provavelmente algum piscicultor levou para criar por lá e, em algum momento, ele [pirarucu] pode ter escapado das pisciculturas, que às vezes alaga, os tanques se rompem ou até mesmo terem sido liberados no ambiente e ta aí o impacto", disse. De acordo com a Polícia Ambiental de São Paulo, por ser considerado um invasor, a pesca do pirarucu é liberada, inclusive durante a época da piracema, desde que todas as regras sejam respeitadas. ENTENDA: Pirarucu invade Rio Grande (SP) e se torna uma ameaça ambiental Ao g1, Carolina Doria explica que a invasão não aconteceu só em São Paulo, mas em outros estados e países. "Essa invasão que está ocorrendo não só no interior de São Paulo, mas em outros estados e países é uma preocupação nossa muito grande. Os órgãos ambientais tem que tomar providência de tentar conter esse processo de invasão", aponta.
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14/10 - Anta morre atropelada na rodovia que corta o Morro do Diabo; pesquisadora e Ministério Público apontam remoção de radares de controle de velocidade
Fêmea adulta tinha leite no úbere, o que pode indicar que estava prenha ou em período de amamentação. Animal é considerado vulnerável na lista de espécies ameaçadas de extinção e possui taxa reprodutiva anual reduzida. Fundação Florestal lamentou a ocorrência. Anta morreu atropelada na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), nas proximidades do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP) Cedida Uma anta brasileira (Tapirus terrestris), de aproximadamente 250 quilos, morreu atropelada na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), nas proximidades do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP), nesta terça-feira (11). De acordo com as informações apuradas pelo g1, o animal era uma fêmea adulta e tinha leite no úbere, o que pode indicar que estava prenha ou em período de amamentação. A morte deste animal representa uma grande perda para o meio ambiente, de acordo com a engenheira florestal Patrícia Medici, coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), projeto do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), e presidente do Tapir Specialist Group (TSG), da International Union for Conservation of Nature (IUCN), Species Survival Commission (SSC). "É um animal que faz parte de uma população bastante reduzida. No Parque Estadual do Morro do Diabo, a gente tem uma estimativa de cerca de 130 a150 indivíduos nessa área. Então, qualquer remoção, atropelamento, caça, enfim, qualquer remoção de indivíduos de uma população pequena como essa significa uma grande perda. Particularmente para um animal de grande porte, herbívoro e que tem um papel importante na dispersão de sementes, qualquer remoção é, de verdade, uma perda bastante importante", informou Patrícia Medici ao g1. Ainda segundo a engenheira florestal, se a fêmea estivesse amamentando um filhote, a sobrevivência dele dependeria de seu tempo de vida. Quanto mais nova a prole, menor a chance de sobrevivência sem a mãe. Também salientou que a anta só dá à luz um filhote por gestação e que os registros de nascimento de gêmeos são raros no mundo. "A gravidade da situação é imensa, porque é um animal removido da população. A anta é um animal que tem um ciclo reprodutivo muito longo. Então, para que uma população se recomponha e se regenere da perda de indivíduos, levam-se décadas. Portanto, a remoção desses bichos da população é bastante comprometedora para a manutenção da espécie", reforçou a pesquisadora ao g1. A implementação de técnicas para evitar o atropelamento de animais silvestres nos trechos depende do contexto da rodovia em questão, segundo Patrícia Medici. Na Arlindo Béttio, passagens inferiores e cercamento da área já foram implantados a fim de mitigar os acidentes. No entanto, a falta de radares pode ser um complicador. "A Rodovia Arlindo Béttio é uma rodovia retilínea, sem grandes recortes, então, a utilização de radares ajudaria bastante. Ela [rodovia] é bastante equipada com mitigações. Na minha opinião, o que deve estar fazendo bastante falta neste momento são os radares de velocidade. Até onde eu entendi, não existem radares operantes na rodovia. Existiram até pouco tempo atrás, resolveram bem a questão dos atropelamentos ali e, por alguma razão que eu desconheço, esses radares deixaram de existir, foram removidos, e eu não saberia responder o porquê", afirmou a pesquisadora. Ainda conforme Patrícia, é necessário investir em medidas de mitigação, como "pensar em radares de monitoramento de velocidade, pensar em encorajar os animais a utilizarem as passagens inferiores e os túneis, que já existem debaixo dessa rodovia, e encorajar os animais a utilizarem as bordas das cercas, que já foram implementadas". Posicionamento do Gaema O promotor de Justiça Gabriel Lino de Paula Pires, que é o secretário regional do Núcleo do Pontal do Paranapanema do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), informou ao g1, nesta quinta-feira (13), que tramita, na Vara Judicial Única da Comarca de Teodoro Sampaio, desde o ano 2000, uma ação civil pública em que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP) foi condenado a cumprir diversas obrigações tendentes à proteção da fauna silvestre do Parque Estadual do Morro do Diabo e de outros fragmentos florestais da região do Pontal do Paranapanema, cortada pela Rodovia Arlindo Béttio. As obrigações são as seguintes: instalação de, no mínimo, quatro radares fotográficos ao longo do trecho em que a SP-613 corta o Parque Estadual do Morro do Diabo; construção de dez passagens subterrâneas (sob as pistas de rolamento) no trecho em que a SP-613 corta o Parque Estadual do Morro do Diabo, de acordo com projeto a ser previamente aprovado pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, cuja manutenção deve ser de responsabilidade do DER-SP; construção de alambrados para condução da fauna, junto às passagens subterrâneas, dos dois lados da estrada, numa extensão mínima de 100 metros para cada segmento, de acordo com projeto a ser previamente aprovado pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, cuja manutenção deve ficar a cargo do DER-SP; e realização periódica – três vezes ao ano – de limpeza dos aceiros existentes ao longo do trecho em que a rodovia transpõe o Parque Estadual do Morro do Diabo. Atualmente, segundo o MPE-SP, o processo se encontra em fase de cumprimento de sentença e no aguardo do julgamento dos embargos à execução opostos pelo DER-SP, no âmbito dos quais o Gaema requereu ao Poder Judiciário, em maio de 2022, a expedição de ofício à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a fim de que realize vistoria nos pontos da SP-613, indicados pelo DER-SP, para a constatação da suficiência das obras executadas. Na mesma petição, o Gaema também requereu à Justiça a intimação do DER-SP a fim de que se manifeste sobre o teor do auto de constatação elaborado pela Assessoria Técnica do Ministério Público do Estado de São Paulo, o qual relatou que, em vistoria realizada no dia 11 de julho de 2021, foi constatado que haviam sido removidos os radares eletrônicos de velocidade de todos os quatro pontos existentes na Rodovia Arlindo Béttio, especificamente no trecho do Parque Estadual do Morro do Diabo. O promotor ainda salientou ao g1 que, até o momento, o Poder Judiciário ainda não apreciou os pedidos formulados pelo Ministério Público. Anta morreu atropelada na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), nas proximidades do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP) Cedida Posicionamento da Fundação Florestal A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sima) informou ao g1, por meio de nota oficial, que a Fundação Florestal, órgão responsável pelo Parque Estadual do Morro do Diabo, foi comunicada, nesta terça-feira (11), pelo Departamento de Estradas de Rodagem, sobre o atropelamento de uma anta fêmea adulta nas proximidades do Parque Estadual do Morro do Diabo. "A instituição lamenta o ocorrido e esclarece que a Unidade de Conservação, que é cortada no sentido leste-oeste em aproximadamente 14 km pela SP-613, possui 13 passagens subterrâneas para permitir o deslocamento da fauna, com cercas em alambrados com 100 metros de cada lado", explicou a Sima. "As antas são extremamente importantes para a manutenção da biodiversidade por serem dispersoras de sementes. Este animal é considerado vulnerável na lista de espécies ameaçadas de extinção e possui taxa reprodutiva anual reduzida. Para preservar esta e outras espécies, a Fundação desenvolve o programa de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos nas Unidades de Conservação administradas por ela ao longo de todo o Estado, incluindo o PEMD [Parque Estadual do Morro do Diabo], e atividades de conscientização na rodovia SP-613, como o pedágio ecológico, em que orienta os usuários da rodovia sobre a importância da biodiversidade local e os cuidados necessários para se evitar os atropelamentos de fauna", concluiu. VEJA TAMBÉM: Anta é resgatada pela Polícia Ambiental após atropelamento na Rodovia Arlindo Bettio Iniciado em Teodoro Sampaio, projeto de conservação da anta, espécie conhecida como 'jardineira das florestas', completa 25 anos e se expande Posicionamento do DER-SP Ao g1, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo informou que foram implantadas estruturas físicas sob a rodovia para passagem inferior de fauna e há estudos para a implantação de mais três unidades de passagens secas. Sobre os instrumentos medidores de velocidade, o DER-SP também destacou que instalou quatro radares fixos duplos e está prevista a implantação de mais dois para monitoramento dos 14 quilômetros que interceptam a unidade de conservação ambiental no Pontal do Paranapanema. "O DER, em conjunto com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), realiza estudos e o monitoramento de fauna para desenvolver projetos para o local. Entre as medidas avaliadas para mitigar os riscos de atropelamento de fauna, estão as implantações de bebedouros de animais, de alambrados condutores de fauna e de radares medidores de velocidade", salientou o órgão estadual em nota oficial. "Importante destacar que este trecho possui características específicas, já que está próximo de dois parques estaduais de reserva de Mata Atlântica. Sendo assim, a travessia de animais silvestres é comum e, por esta razão, há ostensiva sinalização de advertência sobre o fato ao longo do trecho", complementou o DER-SP ao g1. O DER-SP salientou que trabalha na licitação para a instalação de novos radares na SP-613 e que, para isto, segue os trâmites da lei, cumprindo os prazos regimentais previstos. O departamento lembrou que "a segurança nas estradas é dever de todos, que devem seguir as velocidades indicadas, principalmente em trechos com curvas", conforme a sinalização do próprio órgão estadual orienta. "Vale ressaltar que a fiscalização da velocidade continua sendo realizada pela Polícia Militar Rodoviária, por meio dos radares portáteis", concluiu o DER-SP ao g1. Anta morreu atropelada na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), nas proximidades do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (SP) Cedida A espécie Nome popular: anta Nome científico: Tapirus terrestris Família: Tapiridae Ordem: Perisodactyla Distribuição: Venezuela, Colômbia, Paraguai, norte da Argentina, leste dos Andes e Brasil. Hábitat: florestas densas ou abertas, primárias ou alteradas e mesmo cerradões e cerrados. Alimentação: ramos jovens, galhos, gramíneas, plantas aquáticas, cascas de árvores, folhas de palmeiras, de arbustos e de árvores, mas também consomem uma quantidade substancial de frutos (ex.: cajá, jamelão, açaí, dendê). Reprodução: o período de gestação dura de 335 a 439 dias. Gera um filhote por gestação, que nasce listrado para se camuflar, acompanhando a mãe o tempo todo durante 18 meses a 2 anos. Características: a anta é o maior mamífero herbívoro do Brasil. Durante o dia, a anta permanece entre a vegetação da floresta. Ao anoitecer, o animal emerge para ir em busca de alimento nas matas e nos pastos. Desempenha o papel de dispersor de sementes. Normalmente toma banhos, tanto de água quanto de lama, que ajudam a se livrar dos parasitas de sua pele. Ela mede até 2 metros de comprimento, o peso varia entre 150 e 250 quilos, a altura vai de 77 a 108 centímetros, o comprimento da cauda é de 8 centímetros, tem focinho alongado com uma pequena tromba. As pernas são curtas e geralmente negras. O pelo é uniforme, a coloração mais comum é marrom acinzentado, a face é geralmente mais clara. Esta espécie utiliza um curso d'água, uma lagoa ou mesmo grandes poças para se refrescar e se esconder. No mundo, existem apenas quatro espécies do mesmo gênero Tapirus. LEIA TAMBÉM: Estudo inédito realizado no Morro do Diabo aponta que áreas habitadas por grandes herbívoros têm menor perda de diversidade Parque Estadual do Morro do Diabo comemora 80 anos de história e conservação ‘Jardineira das florestas’ Conforme informações do Instituto de Pesquisas Ecológicas, a anta é o maior mamífero terrestre da América do Sul e sua presença é essencial para a formação e manutenção da biodiversidade dos hábitats em que ela ocorre. Herbívoros, esses mamíferos se alimentam de grandes quantidades de frutos de diversas espécies vegetais e são excelentes dispersoras de sementes, motivos que a levam a ser conhecida como “Jardineira das florestas”. Esses animais enfrentam inúmeras ameaças que a deixam em sério risco de extinção, como perda e fragmentação de habitat, incêndios, atropelamentos em rodovias, caça ilegal e contaminação por pesticidas. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a espécie está em perigo nas regiões de Mata Atlântica, bioma predominante no Oeste Paulista. Normalmente toma banhos, tanto de água quanto de lama, que ajuda a se livrar dos parasitos de sua pele. Ela mede até 2 metros de comprimento. O peso varia entre 150 a 250 quilos e altura de 77 a 108 centímetros, além da cauda de 8 cm. Tem focinho alongado com uma pequena tromba. As pernas são curtas e geralmente negras. O pelo é uniforme, a coloração mais comum é marrom acinzentado, sendo que a face é geralmente mais clara. Esta espécie utiliza um curso d'água, uma lagoa ou mesmo grandes poças para se refrescar e se esconder. No mundo existem apenas quatro espécies do mesmo gênero Tapirus. O período de gestação dura de 335 a 439 dias. A espécie gera um filhote por gestação, que nasce listrado para o ajudar na camuflagem e acompanha a mãe pelo período de 18 meses a dois anos. VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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12/10 - Garimpeiros fecham BR-319 em Porto Velho em protesto após dragas serem incendiadas em operação no rio Madeira
Via foi liberada durante a noite após mais de três horas de manifestação. Operação contra garimpo ilegal é realizada em Rondônia e no Amazonas. Garimpeiros e familiares fizeram manifestação após destruição de dragas em RO Garimpeiros e familiares fecharam, na tarde desta quarta-feira (12), um trecho urbano da BR-319 em Porto Velho em protesto após dragas terem sido explodidas no rio. Uma operação da Polícia Federal, Ibama e ICMBio contra o garimpo ilegal no rio Madeira está sendo realizada em Rondônia e no Amazonas. Durante a manifestação, pneus foram incendiados na estrada que dá acesso ao Porto Organizado e à ponte sobre o rio Madeira, que liga Rondônia ao Amazonas. Filas de carros e carretas foram formadas dos dois lados da via esperando pela liberação da BR. A Polícia Militar e o secretário de Segurança Pública estiveram no local negociando para que o fogo ateado em pneus fosse apagado e a estrada liberada. Helicópteros da Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros também estiveram no local. Após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada. Manifestantes fecham trecho da BR-319 após dragas serem destruídas em operação da PF Manifestação na BR-319 em Porto Velho Carolina Brazil Operação no rio Madeira A operação "Lex Et Ordo", contra o garimpo e exploração de ouro ilegal no rio Madeira, está sendo realizada em Rondônia e no Amazonas pela Polícia Federal (PF), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Segundo a PF, a ação busca desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água. Fiscais explodem dragas no rio Madeira durante operação contra garimpo ilegal Nesta quarta-feira (12), dragas foram explodidas no rio como forma de inutilização dos equipamentos irregulares. Em vídeos que circulam pela internet, familiares dos garimpeiros que trabalhavam nas dragas reclamam da ação e afirmam que algumas das balsas serviam também como moradia. Ainda de acordo com a PF, foram inutilizadas 81 embarcações. A operação continua sendo realizada na região e há previsão de novas ações de combate ao garimpo ilegal. O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental, e não tem a atividade de garimpo permitida no local. Bacia do Rio Madeira é uma das mais impactadas da Amazônia brasileira, aponta índice *Matéria em atualização.
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12/10 - Fotografia de vida selvagem: foto de bololô de abelhas vence concurso internacional
Abelhas se embolam em uma tentativa de acasalar, na foto vencedora da edição 2022 do concurso internacional de fotografia de vida selvagem Karine Aigner/World Photographer of the Year/Divulgação Uma fotografia que mostra o momento em que diversos zangões se embolam em torno de uma abelha fêmea para tentar acasalar foi a grande vencedora de 2022 no concurso internacional Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano (Wildlife Photographer of the Year), promovido pelo Museu de História Natural de Londres. A fotógrafa americana Karine Aigner usou uma lente macro para mostrar bem de perto o bololô dos insetos enquanto outros machos se aproximam do frenesi, em um rancho no Texas, EUA. A foto foi a vencedora na categoria Comportamento: Invertebrados, e ainda rendeu a Karine o prêmio principal de Vencedora do Grande Título Adulto 2022. Entre os demais vencedores e destaques do concurso, há diversas outras cenas incríveis, e até uma participação do Brasil. O fotógrafo Luis Palácios recebeu menção de destaque na galeria do prêmio com uma foto feita na Mata Atlântica (no final da galeria). Veja abaixo mais fotos da competição: Foto vencedora na categoria Fotojornalismo do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Brent Stirton/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Fotos de pássaros como esse belo mergulho garantiram o prêmio de portfólio de estrela em ascensão do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Mateusz Piesiak/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Flamingos no Salar de Uyuni, na Bolívia, garantiram o prêmio de Arte Natural no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Junji Takasago/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A cena de pequenos peixes saltando da boca de uma baleia garantiu o prêmio de Jovem Vencedor do Grande Título 2022 no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Katanyou Wuttichaitanakorn/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A dança de acasalamento da ave houbara garantiu o prêmio de Retratos Animais no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 José Juan Hernández Martinez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A imagem de uma cobra se alimentando de um morcego recém-capturado garantiu o prêmio de Comportamento: Anfíbios e Répteis no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Fernando Constantino Martínez Belmar/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A cena de cogumelos à beira de uma cachoeira garantiu o prêmio de Plantas e Fungi no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Agorastos Papatsanis/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Dança reprodutiva de uma estrela-do-mar garantiu o prêmio na categoria Subaquática do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Tony Wu/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Ursos polares em uma casa abandonada na Rússia garantiram o prêmio de Vida Selvagem Urbana no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Dmitry Kokh/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Imagem aérea do contraste de algas que se multiplicaram em um lago por conta da poluição garantiram o prêmio de Áreas Alagadas - The Bigger Picture no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Daniel Núñez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Um urso avistado perto de Quito, no Equador, garantiu o prêmio de Animais em Seus Ambientes no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Daniel Mideros/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A cena de uma carriça colando o ouvido no chão para ouvir barulho de insetos garantiu o prêmio na categoria Comprtamento: Aves no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Nick Kanakis/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A cena de um leopardo-das-neves caçando um grupo de íbexes garantiu o prêmio de Comportamento: Mamíferos no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Anand Nambiar/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Dança de baleias garantiu o prêmio na categoria Oceanos - The Bigger Picture no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Richard Robinson/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Ensaio aprofundado sobre a tradição de domesticar pássaros canoros em Cuba rendeu o Prêmio de História Fotojornalística no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Karine Aigner/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Primeira e raríssima foto da única espécie de anêmona que vive no gelo já descoberta está entre as imagens que garantiram o Prêmio de Portfólio no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Laurent Ballesta/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação Um duelo de íbexes garantiu o prêmio na categoria para fotógrafos de até 10 anos de idade no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Ekaterina Bee/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A cena de uma águia-pescadora sobre um galho seco em meio à neblina garantiu o prêmio na categoria de 11 a 14 anos no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Ismael Domínguez Gutiérrez/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação A imagem de dois micos-leão-de-cara-dourada de mãos dadas, feita em floresta da Mata Atlântica em Una, na Bahia, garantiu ao brasileiro Luis Palácios uma menção de destaque na galeria do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2022 Luis Palácios/Wildlife Photographer of the Year/Divulgação
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09/10 - Cupulate: o desafio do 'primo' do chocolate que pode ajudar Amazônia, segundo pesquisadores
Desconhecido por muitos brasileiros, produto é apontado como um alimento que pode ajudar no desenvolvimento da região, mas precisa encontrar uma identidade própria. Barra do cupulate (na foto) tem muita semelhança com a do chocolate AMMA A barra se quebra com facilidade entre os dedos, sem aquele estalo que ouvimos quando partimos um chocolate. Na boca, os pedaços se dissolvem mais rapidamente, e sua textura é incrivelmente aveludada. A aparência, o aroma e o sabor lembram chocolate, mas leves notas cítricas, amendoadas e amadeiradas, e um gosto distinto, indefinível, confundem o paladar. Estamos falando do cupulate, um "primo" do chocolate que não contém cacau. É feito com a semente da fruta amazônica cupuaçu (Theobroma grandiflorum, na nomenclatura científica), que pertence ao mesmo gênero que o cacau (Theobroma cacao). Ao leitor, uma dica: o cupulate não deve ser confundido com bombons feitos de cacau e cupuaçu vendidos há algumas décadas em supermercados pelo Brasil afora. O legítimo cupulate é um produto que muitos brasileiros ainda desconhecem mas que, na opinião de pesquisadores, pode cumprir um papel importante no desenvolvimento da floresta e contribuir para a economia do Brasil. Para isso, dizem, precisa vencer um desafio: encontrar uma identidade própria, distante do primo famoso e bem sucedido. Desmatamento sobe mesmo em unidades de conservação na Amazônia no governo Bolsonaro; veja imagens Alertas de desmate na Amazônia têm pior setembro da série histórica, aponta Inpe O que é o cupulate? Duas marcas de cupulate se destacam hoje no Brasil. A amazônica De Mendes, que desenvolveu seu cupulate a partir de uma receita tradicional usada por mulheres de uma comunidade agroextrativista do Pará. E baiana Amma, que foi pioneira e comercializa seu cupulate orgânico há quase uma década. O cupuaçu pertence ao mesmo gênero que o cacau GETTY IMAGES Ambas entraram no mercado oferecendo, inicialmente, chocolates artesanais feitos com cacau fino, de altíssima qualidade. O dono da Amma, Diego Badaró, de 41 anos, pertence à quinta geração de uma família de fazendeiros de cacau que, em 1989, tiveram suas lavouras devastadas por um fungo. Ele recuperou a saúde das plantações seguindo as práticas do suíço Ernst Gotsch, especialista em regeneração de terras degradadas. E começou a vender sua linha de chocolates finos. Um dia, se encantou com o cupuaçu. "Fui visitar uma fazenda de cupuaçu, vi os grãos e fiquei muito interessado, curioso", conta Badaró em entrevista à BBC News Brasil. A árvore do cupuaçu, o cupuaçuzeiro, pode chegar a 15 metros de altura. Seu fruto pode alcançar 25 cm de comprimento e entre 10 e 13 cm de diâmetro. Rico em vitamina C, vitaminas do complexo B e sais minerais, o cupuaçu é muito apreciado pelos amazônicos, que o consomem nas formas mais variadas, como sucos, cremes, sorvetes, licores e geleias. Sua popularidade fora da Amazônia, no entanto, contrasta muito com a de duas outras frutas nativas da floresta - o cacau, estrela consagrada, e o açaí (Euterpe oleracea Mart), em ascensão meteórica. Badaró conta que resolveu fazer uma experiência: usar as sementes da fruta para criar um alimento análogo ao chocolate. "Decidi fermentar os grãos e secar, como fazemos com o cacau. Não ficou muito interessante", relembra. Mas ele insistiu. Procedimento de secagem do cupuaçu para a produção do cupulate Mateus Mendes "Resolvi testar novamente, já com fábrica em Salvador. E percebi que a fermentação do cupuaçu era mais longa. É o mesmo processo, só que leva mais tempo do que o do cacau." Uma barra de cupulate não deve deixar ninguém acordado à noite. Ele não contém cafeína nem teobromina, estimulantes naturais presentes no chocolate. E sua textura cremosa se deve à composição da semente da fruta, explica Badaró. "O grão do cacau tem 50% de sólidos e 50% de óleo. O do cupuaçu é 80% óleo, tem poucos sólidos, então dá essa textura. É incrível, não?", comenta. Os cupulates da Amma e da De Mendes são do tipo meio amargo, ou seja, contêm somente semente de cupuaçu e açúcar mascavo. Em busca de identidade Nascido e criado na Amazônia, o macapaense César de Mendes, de 59 anos, conhecia bem o cupuaçu e já tinha provado cupulate, mas conta que não via muita graça naquilo. Ele ressalta, inclusive, que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu e patenteou o cupulate na década de 1980. "O nosso existe há dois anos. Eu não coloquei pra rodar antes porque não estava satisfeito com o resultado. Tinha provado o da Embrapa, mas eu não gostava." Especialista em engenharia de alimentos, Mendes trabalhou como consultor no ramo do cacau antes de abrir sua própria fábrica. A De Mendes faz chocolates à base de cacau nativo da Amazônia, colhido por comunidades da floresta em regiões, muitas vezes, isoladas. Isso talvez explique a visão crítica que César tinha sobre o cupulate. Para ele, era como se faltasse uma personalidade própria a esse primo do chocolate. "Você coloca (um produto como esse) no mercado, e as pessoas tendem a comparar com o chocolate", explica. "Então, não tinha estímulo nenhum para fazer." Uma xícara de uma bebida saborosa tomada à sombra de uma árvore nas imediações do rio Tapajós, no Pará, fez Mendes mudar de opinião. Ele conta que provou a bebida quando visitava a associação de mulheres agroextrativistas Amabela, no município de Belterra. "Era cupulate", diz. "Tomei numa xícara e gostei, como nunca tinha gostado antes." Mendes conta que perguntou às mulheres se elas concordariam em compartilhar com ele o processo de fabricação - um conhecimento transmitido entre gerações na comunidade. Com a permissão do grupo, testou a receita em casa. "Gostei muito. Pensei, 'está na hora de lançar uma barra de cupulate'." Ele diz que o cupulate da De Mendes tem um sabor único. Tão gostoso que, depois de prová-lo, muitos clientes desistem de comprar chocolate e encomendam apenas cupulate. Mas gostoso como? "Pra mim, é fácil porque quem nasce na Amazônia entende esse gosto", ele responde. "Mas, quando vou falar com uma pessoa de fora, tenho que dar referências. Por exemplo, quando você mastiga, sente um perfume muito característico do cupuaçu. E, no sabor, percebe o azedinho, a lembrança da fruta, da polpa da fruta." Mas quem ficou com vontade vai ter um certo trabalho para provar. Os cupulates da De Mendes e da Amma são vendidos principalmente nos sites das marcas. Também podem ser encontrados em algumas lojas de produtos orgânicos e em supermercados independentes, mas é inegável que a distribuição ainda pode ser melhor. O cupulate pode fazer do cupuaçu o 'novo açaí'? Na década entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021, as exportações de açaí pelo Estado do Pará (responsável por 94% do total exportado pelo Brasil) cresceram quase 150 vezes (14.380%), segundo dados da Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frutas e Derivados, Abrafrutas. Ainda segundo a entidade, a quantidade exportada subiu de 41 toneladas em 2011 para 5.937 toneladas em 2021. Em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país produziu 1.478.168 toneladas de açaí, com rendimento à economia brasileira de R$ 4,75 bilhões. Dados do instituto para 2017 (os mais recentes disponíveis) mostram que, naquele ano, a produção de cupuaçu foi de 21.240 toneladas, com um faturamento de R$ 54,82 milhões. Os dados são de anos diferentes, o que dificulta comparações. Além disso, os pesquisadores enfatizam que os números variam muito de ano para ano. Ainda assim, a diferença no desempenho das duas frutas é imensa. Será que o cupulate poderia mudar o destino do cupuaçu para fazer dele mais uma estrela da Amazônia? Quase uma década após ter lançado o seu cupulate, Diego Badaró, da Amma, diz não ter dúvidas sobre a viabilidade do produto. "Já está há nove anos no mercado, já se provou." Aliás, bem antes de Badaró e Mendes investirem no cupulate, outros já haviam identificado o potencial comercial do produto - inclusive no exterior do país, e nem sempre de forma legítima. 'O cupuaçu é nosso' Na década de 2000, o cupuaçu esteve no centro de uma batalha judicial internacional envolvendo a empresa japonesa Asahi Foods e o governo do Brasil. Em um caso clássico de biopirataria, a empresa japonesa patenteou as marcas "Cupuaçu" e "Cupulate". O caso resultou na campanha "O cupuaçu é nosso", e as patentes foram revogadas. Mas o sucesso do cupulate no mercado não interessa apenas a empresários. O cupuaçu é visto por um grupo de cientistas brasileiros como um produto com grande potencial de promover o desenvolvimento econômico da Amazônia para que a floresta em pé gere riquezas para o Brasil. O caminho para isso, dizem, seria aliar os saberes da floresta (como é o caso, por exemplo, da receita de cupulate das mulheres da Amabela) a tecnologias de ponta (para permitir que os próprios produtores façam o beneficiamento da fruta, agregando valor ao produto) e dando suporte a tudo isso com políticas do governo. Mendes conta que foi convidado pelo climatologista Carlos Nobre, líder do grupo de cientistas, a colaborar com esse plano, batizado de Amazônia 4.0. Ele explica que foi chamado por ser um especialista em cacau. "Conheço a cadeia, conheço as comunidades, produzo. Conheço a floresta", diz. "Por isso me chamaram." Mas o cupulate teria o mesmo potencial comercial que o chocolate? "O chocolate é um produto que tem uma cultura de consumo em massa de cem anos. É um sabor consagrado no mundo todo. Você vai contrastar (o chocolate) com um outro produto, é delicado de fazer uma projeção", responde. "Vejo potencial. Mas depende da forma como (o cupulate) vai ser entregue para o mundo. Se for feita essa aproximação com o chocolate, vai ser muito difícil evoluir." Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62665457
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